Nome do Projeto
Arquitetura e Urbanismo em um contexto de precariedade econômica e social: confrontando o modelo
Ênfase
Extensão
Data inicial - Data final
01/06/2017 - 01/06/2019
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Ciências Sociais Aplicadas
Eixo Temático (Principal - Afim)
Direitos Humanos e Justiça / Meio ambiente
Linha de Extensão
Desenvolvimento urbano
Resumo
Tomando como ponto de partida a perspectiva que aponta para o fato de que as demandas sociais pelo acesso à terra urbanizada, à moradia qualificada e aos servicos públicos adequados devem ser pautas prioritárias nas ações do arquiteto e urbanista no contexto social brasileiro, o João de Barro - Escritório Modelo de Arquitetura e Urbanismo da FAUrb se propõe a desenvolver a articulação entre a produção de conhecimento, as atividades de ensino e aprendizagem e ações práticas de arquitetura e urbanismo no contexto da cidade de Pelotas, formando sujeitos com preocupações e experiências no desenvolvimento de projetos de arquitetura e urbanismo destinados à população de mais baixa renda. Esta postura vai ao encontro do entendimento da Universidade Pública como dotada de responsabilidade diante de seu contexto social. Nesse sentido, as ações a serem desenvolvidas têm como premissas a incorporação de um processo participativo, entre sujeitos, eventuais instituições de interesse, e comunidade, priorizando atuações com benefícios coletivos e com enfoques multidisciplinares, bem como a capacidade de troca e geração de conhecimento entre Universidade e comunidade.
Objetivo Geral
Democratizar o acesso à Arquitetura e Urbanismo a partir da difusão de uma cultura de projeto socialmente responsável considerando, para tanto, o projeto como:
- instrumento para a fundamentação das lutas pelo direito à cidade;
- campo de convergência entre distintas metodologias voltadas a discussão das demandas populares e dos - contextos nas quais estão inseridas;
- exercício de prefiguração do futuro e transformação destes contextos;
- instância do encontro de saberes entre comunidade externa e comunidade acadêmica enquanto sujeitos desta transformação;
- crítica aos limites de atuação da disciplina de Arquitetura e Urbanismo e da Universidade Pública.
- instrumento para a fundamentação das lutas pelo direito à cidade;
- campo de convergência entre distintas metodologias voltadas a discussão das demandas populares e dos - contextos nas quais estão inseridas;
- exercício de prefiguração do futuro e transformação destes contextos;
- instância do encontro de saberes entre comunidade externa e comunidade acadêmica enquanto sujeitos desta transformação;
- crítica aos limites de atuação da disciplina de Arquitetura e Urbanismo e da Universidade Pública.
Justificativa
Entende-se a necessidade de um maior compromisso das ações da Universidade Pública num contexto de ampliação das demandas sociais pelo direito à cidade, na luta pelo direito à moradia e por condições adequadas de habitat e nas limitações observadas entre as ações e intenções na produção de Arquitetura e Urbanismo e as necessidades da população de mais baixa renda..
Este descompasso entre a produção da arquitetura e as demandas populares leva ao distanciamento entre ambos, fazendo necessário a construção de alternativas que respondam a estas demandas, com atenção a abertura do processo para participação dos envolvidos, com foco nas articulações espaciais, soluções construtivas e adequação ao contexto natural e urbano.
Segundo dados oficiais do IBGE, relativos a trabalho e rendimento para o ano de 2014, o salário médio dos trabalhadores formais pelotenses é de 2,8 salários mínimos; sendo que 31,9% da população total da cidade vive com uma renda per capita de ½ salário mínimo, explicitando, desse modo, o cenário de pobreza que se converte necessariamente em precariedade urbana.
Segundo a Prefeitura Municipal de Pelotas, no ano de 2013 aproximadamente 91 mil pelotenses viviam em 156 áreas de urbanização precária sem titulação de posse ou propriedade. O fato de que cerca de 27% da população da cidade tenha sua moradia afetada por este tipo de irregularidade demonstra a escala do problema.
Diante disto, as atividades de extensão de uma Faculdade de Arquitetura e Urbanismo devem necessariamente reconhecer tal situação, contribuindo tanto na legitimação social das reivindicações destas comunidades quanto para a construção de alternativas superadoras.
A ação de um Escritório Modelo de Arquitetura e Urbanismo toma o termo "modelo" de modo a enfrentar estas questões. Ou seja, simultaneamente contribuindo para o devido reconhecimento da sociedade e fações ligadas à profissão da arquitetura, construindo conhecimento em uma abordagem interdisciplinar com preocupações e experiências no desenvolvimento de uma Arquitetura e Urbanismo comprometidos com a maioria da população, bem como, enquanto atividade universitária, cumprir a responsabilidade social assumida.
Desse modo, diante da possibilidade de fortalecer as atividades de extensão dentro do FAUrb/UFPel e reafirmar o papel da universidade pública como lugar de produção de conhecimentos compartilhados socialmente e dentro dos preceitos do Projeto Pedagógico do Curso de Arquitetura e Urbanismo, justifica-se a apresentação deste projeto.
Este descompasso entre a produção da arquitetura e as demandas populares leva ao distanciamento entre ambos, fazendo necessário a construção de alternativas que respondam a estas demandas, com atenção a abertura do processo para participação dos envolvidos, com foco nas articulações espaciais, soluções construtivas e adequação ao contexto natural e urbano.
Segundo dados oficiais do IBGE, relativos a trabalho e rendimento para o ano de 2014, o salário médio dos trabalhadores formais pelotenses é de 2,8 salários mínimos; sendo que 31,9% da população total da cidade vive com uma renda per capita de ½ salário mínimo, explicitando, desse modo, o cenário de pobreza que se converte necessariamente em precariedade urbana.
Segundo a Prefeitura Municipal de Pelotas, no ano de 2013 aproximadamente 91 mil pelotenses viviam em 156 áreas de urbanização precária sem titulação de posse ou propriedade. O fato de que cerca de 27% da população da cidade tenha sua moradia afetada por este tipo de irregularidade demonstra a escala do problema.
Diante disto, as atividades de extensão de uma Faculdade de Arquitetura e Urbanismo devem necessariamente reconhecer tal situação, contribuindo tanto na legitimação social das reivindicações destas comunidades quanto para a construção de alternativas superadoras.
A ação de um Escritório Modelo de Arquitetura e Urbanismo toma o termo "modelo" de modo a enfrentar estas questões. Ou seja, simultaneamente contribuindo para o devido reconhecimento da sociedade e fações ligadas à profissão da arquitetura, construindo conhecimento em uma abordagem interdisciplinar com preocupações e experiências no desenvolvimento de uma Arquitetura e Urbanismo comprometidos com a maioria da população, bem como, enquanto atividade universitária, cumprir a responsabilidade social assumida.
Desse modo, diante da possibilidade de fortalecer as atividades de extensão dentro do FAUrb/UFPel e reafirmar o papel da universidade pública como lugar de produção de conhecimentos compartilhados socialmente e dentro dos preceitos do Projeto Pedagógico do Curso de Arquitetura e Urbanismo, justifica-se a apresentação deste projeto.
Metodologia
A estruturação do João de Barro Escritório Modelo de Arquitetura e Urbanismo dá-se pela soma de movimentos: desde o resgaste da atuação do Escritório Modelo de Habitação Popular e Desenvolvimento Urbano da FAUrb, na década de 80; indicações do Programa Orientador dos Escritórios Modelos de Arquitetura (POEMA), resultante de intensa discussão da Federação Nacional dos Estudantes de Arquitetura e Urbanismo (FeNEA); troca de experiências em encontros anuais dos Escritórios Modelos, através do Seminário Nacional dos Escritórios Modelos de Arquitetura e Urbanismo (SeNEMAU); e, por fim, as próprias atividades do programa de extensão, na busca por um espaço de autonomia e autogestão, atuando estrategicamente em pautas de interesse crítico. Com destaque a experimentação de metodologias de trabalho e a potencialidade pedagógica dos processos participativos como ferramentas que difundem a autoria e a apropriação dos resultados entre todos os envolvidos na elaboração dos projetos.
O Escritório Modelo da FAUrb se propõe em compor uma equipe horizontalizada, com engajamento tanto da FAUrb e de outras unidades de graduandos, pós graduandos e professores, numa proposta de equipe interdisciplinar. As ações e projetos a serem desenvolvidos têm como premissas a incorporação de um processo participativo, entre técnicos, comunidade e eventuais instituições de interesse.
O Escritório Modelo da FAUrb se propõe em compor uma equipe horizontalizada, com engajamento tanto da FAUrb e de outras unidades de graduandos, pós graduandos e professores, numa proposta de equipe interdisciplinar. As ações e projetos a serem desenvolvidos têm como premissas a incorporação de um processo participativo, entre técnicos, comunidade e eventuais instituições de interesse.
Indicadores, Metas e Resultados
Consolidar um debate qualificado a respeito de temas urbanos.
Construir vínculos efetivos com as comunidades que vivem em núcleos urbanos precários na cidade de Pelotas, reconhecendo suas particularidades e características identitárias.
Tornar cotidiana a assistência técnica em Arquitetura e Urbanismo nas comunidades envolvidas.
Constituir processos participativos voltados ao diagnóstico e à intervenção nas comunidades envolvidas.
Reconhecer os moradores como sujeitos no processo de projeto de Arquitetura e Urbanismo.
Compartilhar informacoes e experiencias com outras comunidades, outras instancias universitárias, com o poder público e a sociedade em geral.
Construir vínculos efetivos com as comunidades que vivem em núcleos urbanos precários na cidade de Pelotas, reconhecendo suas particularidades e características identitárias.
Tornar cotidiana a assistência técnica em Arquitetura e Urbanismo nas comunidades envolvidas.
Constituir processos participativos voltados ao diagnóstico e à intervenção nas comunidades envolvidas.
Reconhecer os moradores como sujeitos no processo de projeto de Arquitetura e Urbanismo.
Compartilhar informacoes e experiencias com outras comunidades, outras instancias universitárias, com o poder público e a sociedade em geral.
Equipe do Projeto
Nome | CH Semanal | Data inicial | Data final |
---|---|---|---|
ADRIANA TEIXEIRA CAMISA | |||
ALINE DE MOURA RIBEIRO XAVIER | |||
ANDRE DE OLIVEIRA TORRES CARRASCO | 8 | ||
ANDRÉIA TEIXEIRA CAMISA | |||
DENISE BALHEGO MOREIRA HAX | |||
FLÁVIA PAGNONCELLI GALBIATTI | |||
LEANDRO FERREIRA FONSECA | |||
RAFAEL BORGES SIGNORINI | |||
RODOLFO BARBOSA RIBEIRO | |||
VINÍCIUS DIAS DE PAULA | |||
VINÍCIUS FOSSATI DA SILVA |