Nome do Projeto
Cidade, vida cotidiana e imagem
Ênfase
Pesquisa
Data inicial - Data final
13/08/2020 - 30/09/2022
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Ciências Humanas
Resumo
A pesquisa busca refletir sobre a cotidianidade nas cidades da “periferia” do mundo moderno,
descrevendo não só os modos de vida das populações, suas interações com o espaço urbano e o meio
ambiente, mas também pensando o cotidiano como um ponto de vista privilegiado, ao mesmo tempo
teórico e metodológico para interpretar e explicar os fenômenos da sociedade moderna. As “cidades da
periferia”, por denominá-las de algum modo, são aquelas que estão situadas no umbral da modernidade,
no limite de um mundo tradicional que não desaparece, e se apresenta como uma crítica incompleta das
contradições e dos efeitos da modernidade. Autores diversos têm tratado sobre essa questão, desde a
antropologia, Canclini (2011) se refere a este aspecto como “culturas híbridas”, Dussel o denomina de
“trasnmodernidade”, no contexto de uma longa luta epistemológica, crítica, especifica das ciências
sociais na América Latina, em oposição crítica à “interpretação distorcida” das culturas não europeias;
mas também como expressão de uma “cultura periférica” desprezada e negada pela modernidade
eurocentrada. É por isso que o principal objetivo deste esforço, segundo ele, foi o de situar todas as
culturas que se entrecruzam na vida cotidiana. O autor busca a afirmação de uma cultura popular, crítica e
criativa, que na década de 80, com a Revolução Sandinista, emerge como “cultura popular revolucionária”
(Dussel, 2015); ou ainda como Martins a chama: sociedades de modernidade inconclusa, todos eles têm
em comum a crítica à teoria da modernidade produzida na Europa, principalmente por Lyotard, Vattimo,
Habermas até Wallesrstein, que Dussel define como “segundo eurocentrismo”. A “transmodernidade”
expressa todos os aspectos que se situam além (para frente e para atrás) da cultura euro-americana
moderna, ou seja, com esse conceito Dussel pretende dar conta das outras culturas: ameríndia, China,
cultura islámica, Índia. Autores pós-coloniais como Hall (2003) e Bhabha (1998) também trabalham a
desconstrução da ideia de modernidade, pensando o rompimento da dicotomia colonizador/colonizado.
Assim, a pós-modernidade abriria para novas possibilidades, para além da razão ocidental
Objetivo Geral
Demonstrar que a reflexão sociológica sobre a vida cotidiana nas
cidades da “periferia” do mundo moderno, contribui não só para descrever os modos de vida das
populações e suas interações com o espaço urbano e o meio ambiente, mas que também se constitui
num ponto de vista teórico e metodológico para explicar os fenômenos da sociedade moderna e as
mediações que, na vida cotidiana, se produzem entre o comportamento dos indivíduos e as estruturas
sociais e ainda, entre presente e passado
cidades da “periferia” do mundo moderno, contribui não só para descrever os modos de vida das
populações e suas interações com o espaço urbano e o meio ambiente, mas que também se constitui
num ponto de vista teórico e metodológico para explicar os fenômenos da sociedade moderna e as
mediações que, na vida cotidiana, se produzem entre o comportamento dos indivíduos e as estruturas
sociais e ainda, entre presente e passado