Nome do Projeto
Preditores precoces de carga alostática em adulto na Coorte 1982, Pelotas/RS.
Ênfase
Pesquisa
Data inicial - Data final
24/08/2020 - 28/02/2023
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Ciências da Saúde
Resumo
A carga alostática é uma medida do risco biológico cumulativo, usada para
avaliar o impacto causado por estressores ambientais e sociais em múltiplos
sistemas fisiológicos, estimada a partir da combinação de marcadores que, em
geral, representam os sistemas: cardiovascular, metabólico e imunológico. Em
indivíduos jovens, a carga alostática seria um indicador de disfunção subclínica,
podendo ser usada para identificar precocemente o risco de doença. De acordo
com a literatura, a carga alostática estaria positivamente associada com o risco
de mortalidade e negativamente com a função física e a capacidade cognitiva
em adultos. A maior parte dos estudos sobre este tema avaliou fatores
socioeconômicos e/ou psicossociais e indicam que o baixo nível
socioeconômico, em diferentes fases da vida, estaria associado a maior carga
alostática. Por outro lado, poucos estudos têm avaliado os mediadores dessa
relação e o papel de outros preditores precoces, como a nutrição e o crescimento
na infância, apesar das evidências de associação entre a nutrição no início da
vida e o desenvolvimento de doenças crônicas na idade adulta. O objetivo deste
projeto é avaliar a associação de condições de nascimento, amamentação,
crescimento, estado nutricional precoce e fatores socioeconômicos com a carga
alostática aos 30 anos. As análises serão ajustadas para possíveis fatores de
confusão. Além disso, estão previstas análises de mediação (por
comportamentos em saúde, medidas socioeconômicas e de estado nutricional
na idade adulta). Os fatores precoces foram avaliados na infância e os
biomarcadores utilizados para compor a carga alostática aos 30 anos. Por fim,
será realizada revisão sistemática sobre os determinantes nutricionais precoces
de carga alostática na idade adulta. Serão utilizados dados da coorte de
nascimentos de 1982 da cidade de Pelotas, Rio Grande do Sul.
Objetivo Geral
Esta tese tem como objetivo avaliar a associação de fatores precoces
(condições de nascimento, amamentação, crescimento, estado nutricional e fatores
socioeconômicos da infância) com a carga alostática aos 30 anos. Serão utilizados
dados da coorte de nascimentos de 1982 da cidade de Pelotas, Rio Grande do Sul.
(condições de nascimento, amamentação, crescimento, estado nutricional e fatores
socioeconômicos da infância) com a carga alostática aos 30 anos. Serão utilizados
dados da coorte de nascimentos de 1982 da cidade de Pelotas, Rio Grande do Sul.
Justificativa
Ao longo da vida os processos regulatórios ocorrem em vários sistemas
fisiológicos em resposta às demandas ambientais, à medida que esses processos se
tornam repetitivos ao longo do tempo, resultam na carga alostática, refletindo em
disfunção subclínica nos sistemas orgânicos, que deveriam estar em estado de
homeostase. A carga alostática tem sido usada como um indicador precoce do risco
de doenças (JUSTER; MCEWEN; LUPIEN, 2010; JUSTER et al., 2016; MCEWEN;
SEEMAN, 1999; SEEMAN et al., 1997).
Na literatura está bem estabelecido que a nutrição no início da vida (período
fetal, neonatal e infantil) está associada com o risco de desenvolver doenças crônicas
não transmissíveis (BAROUKI et al., 2012; HEIDARI-BENI, 2019; LANGLEY-EVANS,
2015; MORENO VILLARES et al., 2019) como: obesidade, diabetes, hipertensão e
doença cardiovascular; condições que afetam a saúde da população na maioria dos
países industrializados e são responsáveis por uma parcela significativa dos anos de
vida perdidos por incapacidade (GBD 2017 DALYS AND HALE COLLABORATORS,
2018; GBD 2017 RISK FACTOR COLLABORATORS, 2018).
fisiológicos em resposta às demandas ambientais, à medida que esses processos se
tornam repetitivos ao longo do tempo, resultam na carga alostática, refletindo em
disfunção subclínica nos sistemas orgânicos, que deveriam estar em estado de
homeostase. A carga alostática tem sido usada como um indicador precoce do risco
de doenças (JUSTER; MCEWEN; LUPIEN, 2010; JUSTER et al., 2016; MCEWEN;
SEEMAN, 1999; SEEMAN et al., 1997).
Na literatura está bem estabelecido que a nutrição no início da vida (período
fetal, neonatal e infantil) está associada com o risco de desenvolver doenças crônicas
não transmissíveis (BAROUKI et al., 2012; HEIDARI-BENI, 2019; LANGLEY-EVANS,
2015; MORENO VILLARES et al., 2019) como: obesidade, diabetes, hipertensão e
doença cardiovascular; condições que afetam a saúde da população na maioria dos
países industrializados e são responsáveis por uma parcela significativa dos anos de
vida perdidos por incapacidade (GBD 2017 DALYS AND HALE COLLABORATORS,
2018; GBD 2017 RISK FACTOR COLLABORATORS, 2018).
Metodologia
O objetivo deste
projeto é avaliar a associação de condições de nascimento, amamentação,
crescimento, estado nutricional precoce e fatores socioeconômicos com a carga
alostática aos 30 anos. As análises serão ajustadas para possíveis fatores de
confusão. Além disso, estão previstas análises de mediação (por
comportamentos em saúde, medidas socioeconômicas e de estado nutricional
na idade adulta). Os fatores precoces foram avaliados na infância e os
biomarcadores utilizados para compor a carga alostática aos 30 anos. Por fim,
será realizada revisão sistemática sobre os determinantes nutricionais precoces
de carga alostática na idade adulta. Serão utilizados dados da coorte de
nascimentos de 1982 da cidade de Pelotas, Rio Grande do Sul.
projeto é avaliar a associação de condições de nascimento, amamentação,
crescimento, estado nutricional precoce e fatores socioeconômicos com a carga
alostática aos 30 anos. As análises serão ajustadas para possíveis fatores de
confusão. Além disso, estão previstas análises de mediação (por
comportamentos em saúde, medidas socioeconômicas e de estado nutricional
na idade adulta). Os fatores precoces foram avaliados na infância e os
biomarcadores utilizados para compor a carga alostática aos 30 anos. Por fim,
será realizada revisão sistemática sobre os determinantes nutricionais precoces
de carga alostática na idade adulta. Serão utilizados dados da coorte de
nascimentos de 1982 da cidade de Pelotas, Rio Grande do Sul.
Indicadores, Metas e Resultados
HIPÓTESES
✓ O peso ao nascer estará inversamente associado com a carga alostática (com
maiores valores de biomarcadores de pressão arterial sistólica e diastólica,
colesterol total, glicemia, triglicerídeos e menores valores de HDL, nos
nascidos com peso <2500g);
✓ A duração da amamentação estará inversamente associada com a CA;
✓ As medidas de crescimento infantil adequadas para idade estarão associadas
a menor CA aos 30 anos;
✓ A associação entre aspectos nutricionais da infância e carga alostática será
parcialmente mediada por comportamentos em saúde e estado nutricional na
idade adulta;
✓ O nível socioeconômico na infância estará inversamente associado com a
carga alostática;
✓ A relação entre o nível socioeconômico na infância e carga alostática será
parcialmente mediada por comportamentos em saúde e estado nutricional na
idade adulta;
52
✓ O nível socioeconômico e a escolaridade dos indivíduos aos 30 anos serão
moderadores da relação entre a pobreza infantil e a carga alostática aos 30
anos.
ARTIGOS PLANEJADOS
1. Artigo de revisão: Determinantes precoces da carga alostática em adultos.
2. Artigo original 1: Condições do nascimento, alimentação e crescimento na
infância e carga alostática na idade adulta.
3. Artigo original 2: Condições socioeconômicas na infância e carga alostática
na idade adulta.
✓ O peso ao nascer estará inversamente associado com a carga alostática (com
maiores valores de biomarcadores de pressão arterial sistólica e diastólica,
colesterol total, glicemia, triglicerídeos e menores valores de HDL, nos
nascidos com peso <2500g);
✓ A duração da amamentação estará inversamente associada com a CA;
✓ As medidas de crescimento infantil adequadas para idade estarão associadas
a menor CA aos 30 anos;
✓ A associação entre aspectos nutricionais da infância e carga alostática será
parcialmente mediada por comportamentos em saúde e estado nutricional na
idade adulta;
✓ O nível socioeconômico na infância estará inversamente associado com a
carga alostática;
✓ A relação entre o nível socioeconômico na infância e carga alostática será
parcialmente mediada por comportamentos em saúde e estado nutricional na
idade adulta;
52
✓ O nível socioeconômico e a escolaridade dos indivíduos aos 30 anos serão
moderadores da relação entre a pobreza infantil e a carga alostática aos 30
anos.
ARTIGOS PLANEJADOS
1. Artigo de revisão: Determinantes precoces da carga alostática em adultos.
2. Artigo original 1: Condições do nascimento, alimentação e crescimento na
infância e carga alostática na idade adulta.
3. Artigo original 2: Condições socioeconômicas na infância e carga alostática
na idade adulta.
Equipe do Projeto
Nome | CH Semanal | Data inicial | Data final |
---|---|---|---|
BERNARDO LESSA HORTA | 5 | ||
VÂNIA PEREIRA OLIVEIRA |