Nome do Projeto
PADRONIZAÇÃO DO MÉTODO DE TERMONARCOSE PARA A INSENSIBILIZAÇÃO DE TILÁPIAS DO NILO (Oreochromis niloticus).
Ênfase
Pesquisa
Data inicial - Data final
31/08/2020 - 31/08/2022
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Ciências Agrárias
Resumo
Com o avanço na piscicultura e sua representatividade na economia brasileira, exige-se dos produtores uma maior produção e preocupação com questões que envolvem o bem-estar do pescado (PEDRAZZANI et al., 2007). Segundo RIBAS et al. (2007) o abate é uma das etapas mais importantes para que se mantenha a qualidade do pescado, e a falta de práticas de bem-estar animal, desde a captura, afetam o tempo de vida útil da carne, além de modificar sua qualidade (ROBB; KESTIN; LINES, 2000). O abate de peixes não possui lei específica para protegê-los na fase de abate, diferente de outros animais (VIEGAS et al., 2012). Portanto diferentes métodos para insensibilizar os peixes são pesquisados para tornar o abate humanitário. Segundo PEDRAZZANI (2009), no Brasil a maioria dos frigoríficos de pescado utiliza a imersão dos peixes em gelo ou em água gelada, como forma de insensibilização pré-abate, caracterizando a termonarcose ou choque térmico. O objetivo deste estudo é padronizar método de termonarcose para insensibilização de tilápias do Nilo (Oreochromis niloticus) em agroindústrias familiares de pequeno porte. O estudo será conduzido no estabelecimento Rolante Pescados Ltda. (Entreposto e Fábrica de Conservas de Pescados), na cidade de Rolante-RS, em parceria com a Secretária Municipal de Agricultura, mais especificamente com o Serviço de Inspeção Municipal de Produtos de Origem Animal (SIM). A empresa ira realizar a aquisição dos peixes para a sua produção, sendo destinados para o presente estudo 50 exemplares de tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus), que serão escolhidos de forma aleatória dos tanques de depuração. Será utilizado o tanque de insensibilização da empresa (refrigerador de apoio), onde será colocada uma mistura de água em gelo na proporção de 1:1. Uma quantidade padronizada de 10 animais por tratamento será introduzida nesse equipamento e será observada a insensibilização adequada. Serão formados 5 grupos de 10 animais cada. Cada grupo será submetido a uma faixa de temperatura estabelecida da seguinte forma: Grupo 1- 0ºC a 1ºC; Grupo 2- 1ºC a 2ºC; Grupo 3- 2ºC a 3ºC; Grupo 4- 3ºC a 4ºC; e Grupo 5- 4ºC a 5ºC. A temperatura da água será verificada utilizando um termômetro do tipo espeto, marca AK16L. Será verificado o tempo necessário para a insensibilização de 100% de cada grupo dentro de sua faixa de temperatura correspondente. A avaliação da insensibilização será feita através da observação dos seguintes sinais: ausência de movimentos corporais e respiratórios (ausência de movimentos operculares); perda de Potenciais Evocados Visuais (PEV) e a perda do Reflexo Vestíbulo-Ocular (RVO), isto é, incapacidade de estabilizar o olhar durante os movimentos da cabeça, segundo as determinações do Código Sanitário de Animais Terrestres (OIE, 2019). Após a insensibilização os animais serão conduzidos ao abate. Após o abate, amostras da carne de 3 animais de cada grupo, escolhidos aleatoriamente, serão enviados ao laboratório para avaliação de pH, textura do músculo, bases voláteis, cor e odor.

Objetivo Geral

Padronizar método de termonarcose para insensibilização de tilápias do Nilo (Oreochromis niloticus) em agroindústrias familiares de pequeno porte;

Justificativa

Segundo Ribas et al. (2007) o abate é uma das etapas mais importantes para que se mantenha a qualidade do pescado. A falta de práticas de bem-estar animal, desde a captura, afeta o tempo de vida útil da carne, além de modificar sua qualidade (ROBB; KESTIN; LINES, 2000).
O abate ideal deve ser fácil, rápido, higiênico, humanitário evitando sofrimento ao animal e menores perdas à integridade da carne (CAGGIANO, 2002). O abate de peixes não possui lei específica, diferente de outros animais (VIEGAS et al., 2012), portanto, diferentes métodos para insensibilizar os peixes são pesquisados para tornar o abate humanitário. A OIE reconhece vários métodos que podem ser utilizados no abate de peixes, incluindo o resfriamento através da deposição de gelo na água de contenção (OIE, 2015).
Segundo Pedrazzani et al. (2009), no Brasil a maioria dos frigoríficos de pescado utiliza a imersão dos peixes em gelo ou em água gelada, como forma de insensibilização pré-abate, caracterizando a termonarcose ou choque térmico. Contudo, não há um protocolo específico que normatize tal metodologia, sobretudo em agroindústrias familiares de pequeno porte. Dessa forma, a padronização desse método trará segurança e agilidade para a indústria, além de propiciar menos sofrimento aos animais, conferindo melhor qualidade no produto final.

Metodologia

O estudo será conduzido no estabelecimento Rolante Pescados Ltda. (Entreposto e Fábrica de Conservas de Pescados), na cidade de Rolante-RS, em parceria com a Secretária Municipal de Agricultura, mais especificamente com o Serviço de Inspeção Municipal de Produtos de Origem Animal (SIM). A empresa ira realizar a aquisição dos peixes para a sua produção, sendo destinados para o presente estudo 50 exemplares de tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus), que serão escolhidos de forma aleatória dos tanques de depuração. Será utilizado o tanque de insensibilização da empresa (refrigerador de apoio), onde será colocada uma mistura de água em gelo na proporção de 1:1. Uma quantidade padronizada de 10 animais por tratamento será introduzida nesse equipamento e será observada a insensibilização adequada. Serão formados 5 grupos de 10 animais cada. Cada grupo será submetido a uma faixa de temperatura estabelecida da seguinte forma: Grupo 1- 0ºC a 1ºC; Grupo 2- 1ºC a 2ºC; Grupo 3- 2ºC a 3ºC; Grupo 4- 3ºC a 4ºC; e Grupo 5- 4ºC a 5ºC. A temperatura da água será verificada utilizando um termômetro do tipo espeto, marca AK16L. Será verificado o tempo necessário para a insensibilização de 100% de cada grupo dentro de sua faixa de temperatura correspondente. A avaliação da insensibilização será feita através da observação dos seguintes sinais: ausência de movimentos corporais e respiratórios (ausência de movimentos operculares); perda de Potenciais Evocados Visuais (PEV) e a perda do Reflexo Vestíbulo-Ocular (RVO), isto é, incapacidade de estabilizar o olhar durante os movimentos da cabeça, segundo as determinações do Código Sanitário de Animais Terrestres (OIE, 2019). Após a insensibilização os animais serão conduzidos ao abate. Após o abate, amostras da carne de 3 animais de cada grupo, escolhidos aleatoriamente, serão enviados ao laboratório para avaliação de pH, textura do músculo, bases voláteis, cor e odor.

Indicadores, Metas e Resultados

Ao final do projeto será possível identificar qual temperatura da água e tempo será necessário para uma insensibilização adequada, que gere qualidade desejada da carne, de forma a padronizar o método de termonarcose para ser utilizado pelas agroindústrias familiares de pequeno porte.

Equipe do Projeto

NomeCH SemanalData inicialData final
JOAO RODRIGO GIL DE LOS SANTOS1
RAFAEL SEVERINO DUARTE

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