Nome do Projeto
ANÁLISE CUSTO-BENEFÍCIO DO SISTEMA LIGHT STEEL FRAMING FRENTE A REQUISITOS DE DESEMPENHO TERMOENERGÉTICO EM EDIFICAÇÕES UNIFAMILIARES NA ZONA BIOCLIMÁTICA 2
Ênfase
Pesquisa
Data inicial - Data final
21/09/2020 - 31/03/2021
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Ciências Sociais Aplicadas
Resumo
O presente trabalho objetiva analisar a competitividade dos custos entre o sistema convencional e o sistema Light Steel Framing para as edificações residenciais unifamiliares na zona bioclimática 2 a partir dos requisitos de desempenho termoenergético da NBR 15.575 e RTQ-R. O método desta pesquisa propõe utilizar os projetos-padrão da NBR 12.721 como estudo de caso para verificar de que forma os sistemas construtivos, a partir das configurações da envoltória determinadas pela Diretriz SiNAT e NBR 12.721, atendem aos requisitos de desempenho térmico e energético, ajustando-as caso não atendam ao mínimo necessário. Com a envoltória definida, será viável quantificar os custos diretos para que sejam avaliados pelos indicadores Sinapi e CUB. Posteriormente, será possível, ainda, constatar a energia conservada e determinar o Payback simples e descontado para realizar a avaliação do custo-benefício. Desse modo, espera-se que o método adotado possibilite identificar as diferenças de custos entre os sistemas construtivos, de acordo com o nível econômico de cada projeto para atingir os diferentes níveis, assim como identificar de que forma o sistema LSF concorre em custo-benefício com o sistema construtivo convencional mediante sua eficiência e padrão de acabamento.
Objetivo Geral
Identificar a competitividade de custo do sistema Light Steel Framing nas edificações residenciais unifamiliares mediante requisitos de desempenho térmico e energético da NBR 15.575 e RTQ-R.
Justificativa
O acelerado desenvolvimento econômico do país, em 2009, proporcionou oportunidades em diversas áreas, principalmente na construção civil. Ao mesmo tempo, o país estava com linhas de crédito, facilitando financiamentos e incentivando a moradia própria. No entanto, a disponibilidade no setor da construção civil referente à baixa qualidade da mão de obra e produtividade afirma Mattos (CBIC, 2019), empreendedor de laboratório na exploração de cenários futuros e novas tecnologias, que há a necessidade de mapear as tendências de mercado, sendo, essas, imprescindíveis para manter a competitividade e qualidade no setor da construção. “Quem não pensa sobre o futuro resolve o presente com ferramentas do passado”, afirma Mattos (CBIC, 2019).
Para que uma empresa mantenha-se no mercado é preciso empreender o conceito de qualidade para obter êxito perante a concorrência nos setores produtivos, declara Rosa (2006), adaptações essas indispensáveis das empresas de edificações. E para atender às necessidades dos usuários e o desempenho esperado, a edificação precisa utilizar de ferramentas que contribuam para o seu desenvolvimento, no ponto de vista, qualitativo, tecnológico e viável financeiramente.
Mediante a necessidade de adaptações recorrentes no quesito qualidade da construção, em 2008, foi desenvolvida, pela ABNT, a NBR 15.575. Revisada no ano de 2013, essa norma determina de que forma os projetos e o produto edilício devem cumprir com o desempenho referente à habitabilidade da edificações perante as condições mínimas. No entanto, seus métodos provocam questionamentos e demonstram limitações aferidas, como, por exemplo, os limites de aprovação do desempenho pelo método de simulação, para as situações de inverno, nas quais os limites são incompatíveis na zona bioclimática 2 (SOARES, 2014).
No que toca especificamente aos regulamentos, estes, não sendo obrigatórios, servem como parâmetros para auxiliar na avalição de desempenho das edificações. Esse é o caso do RTQ-R, que, de acordo com Soares (2014), ao adotar a possibilidade de uso do padrão de ocupação da edificação, mostra resultados satisfatórios se comparados às configurações sem ocupação dos requisitos da ABNT NBR 15.575.
A partir da necessidade de se avaliar as edificações perante os métodos analisados pelo trabalho de Soares, podemos observar que é de imprescindível avaliar as construções por métodos que possam aproximar os resultados dos estudos à realidade. Além de determinar o cumprimento da norma de desempenho e demais regulamentos, é perceptível que o desenvolvimento no setor da construção civil demanda de escassez de tecnologia nos processos produtivos. Com isso, sistemas construtivos não convencionais que tenham conceitos racionais e tecnológicos podem tornarem-se uma alternativa a ser explorada.
É possível identificar, ainda, que o desenvolvimento de requisitos do controle de qualidade das edificações a partir do Sistema Nacional de Avaliações Técnicas (SINAT) qualifica sistemas não convencionais que poderiam também, ser alternativa nas novas construções habitacionais, oferecendo garantia e segurança. Como alternativa no mercado, hoje, o sistema inovador LSF tem sido o mais utilizado para a execução de fachadas em edifícios, em substituição ao processo tradicional (SANTIAGO; ARAÚJO, 2008; CARDOSO, 2016; ROCHA, 2017).
Lawson e Ogden (2008) afirmam, nesse sentido, que o sistema LSF vem sendo utilizado em construções residenciais há mais de 70 anos. No entanto, no Brasil, mesmo com as barreiras culturais (VIVIAN; PALIARI, 2012), o uso cresce nos últimos anos em diversas aplicações. É o caso, por exemplo, de habitações unifamiliares, de escolas, de hospitais e de edificações de até quatro pavimentos, como frisam Freitas e Crasto (2006).
Segundo o vice-presidente da empresa Tecverde, José Márcio Fernandes, o conceito de qualidade e racionalização motivaram a criação de sua empresa onde a edificação de prédios e casas com tecnologia industrializada a seco reduz o prazo de execução em até três vezes, diminui custos e mão de obra se comparados ao sistema convencional.
Com isso, a popularização de um sistema construtivo, aliada a um bom desempenho deste, tende a estimular as empresas a iniciarem uma produção em escala nacional. Consequentemente, os custos são reduzidos, e o sistema torna-se viável (MASCARÓ, 2005).
Com base nos assuntos discutidos, é possível observar que a competitividade de um sistema pode não somente trazer mais uma opção construtiva ao mercado, mas também aperfeiçoar técnicas mediante estudos na área e minimizar os custos da construção, tornando-o um sistema viável e popular.
Para que uma empresa mantenha-se no mercado é preciso empreender o conceito de qualidade para obter êxito perante a concorrência nos setores produtivos, declara Rosa (2006), adaptações essas indispensáveis das empresas de edificações. E para atender às necessidades dos usuários e o desempenho esperado, a edificação precisa utilizar de ferramentas que contribuam para o seu desenvolvimento, no ponto de vista, qualitativo, tecnológico e viável financeiramente.
Mediante a necessidade de adaptações recorrentes no quesito qualidade da construção, em 2008, foi desenvolvida, pela ABNT, a NBR 15.575. Revisada no ano de 2013, essa norma determina de que forma os projetos e o produto edilício devem cumprir com o desempenho referente à habitabilidade da edificações perante as condições mínimas. No entanto, seus métodos provocam questionamentos e demonstram limitações aferidas, como, por exemplo, os limites de aprovação do desempenho pelo método de simulação, para as situações de inverno, nas quais os limites são incompatíveis na zona bioclimática 2 (SOARES, 2014).
No que toca especificamente aos regulamentos, estes, não sendo obrigatórios, servem como parâmetros para auxiliar na avalição de desempenho das edificações. Esse é o caso do RTQ-R, que, de acordo com Soares (2014), ao adotar a possibilidade de uso do padrão de ocupação da edificação, mostra resultados satisfatórios se comparados às configurações sem ocupação dos requisitos da ABNT NBR 15.575.
A partir da necessidade de se avaliar as edificações perante os métodos analisados pelo trabalho de Soares, podemos observar que é de imprescindível avaliar as construções por métodos que possam aproximar os resultados dos estudos à realidade. Além de determinar o cumprimento da norma de desempenho e demais regulamentos, é perceptível que o desenvolvimento no setor da construção civil demanda de escassez de tecnologia nos processos produtivos. Com isso, sistemas construtivos não convencionais que tenham conceitos racionais e tecnológicos podem tornarem-se uma alternativa a ser explorada.
É possível identificar, ainda, que o desenvolvimento de requisitos do controle de qualidade das edificações a partir do Sistema Nacional de Avaliações Técnicas (SINAT) qualifica sistemas não convencionais que poderiam também, ser alternativa nas novas construções habitacionais, oferecendo garantia e segurança. Como alternativa no mercado, hoje, o sistema inovador LSF tem sido o mais utilizado para a execução de fachadas em edifícios, em substituição ao processo tradicional (SANTIAGO; ARAÚJO, 2008; CARDOSO, 2016; ROCHA, 2017).
Lawson e Ogden (2008) afirmam, nesse sentido, que o sistema LSF vem sendo utilizado em construções residenciais há mais de 70 anos. No entanto, no Brasil, mesmo com as barreiras culturais (VIVIAN; PALIARI, 2012), o uso cresce nos últimos anos em diversas aplicações. É o caso, por exemplo, de habitações unifamiliares, de escolas, de hospitais e de edificações de até quatro pavimentos, como frisam Freitas e Crasto (2006).
Segundo o vice-presidente da empresa Tecverde, José Márcio Fernandes, o conceito de qualidade e racionalização motivaram a criação de sua empresa onde a edificação de prédios e casas com tecnologia industrializada a seco reduz o prazo de execução em até três vezes, diminui custos e mão de obra se comparados ao sistema convencional.
Com isso, a popularização de um sistema construtivo, aliada a um bom desempenho deste, tende a estimular as empresas a iniciarem uma produção em escala nacional. Consequentemente, os custos são reduzidos, e o sistema torna-se viável (MASCARÓ, 2005).
Com base nos assuntos discutidos, é possível observar que a competitividade de um sistema pode não somente trazer mais uma opção construtiva ao mercado, mas também aperfeiçoar técnicas mediante estudos na área e minimizar os custos da construção, tornando-o um sistema viável e popular.
Metodologia
O método desta pesquisa propõe utilizar os projetos-padrão da NBR 12.721 como estudo de caso para verificar de que forma os sistemas construtivos, a partir das configurações da envoltória determinadas pela Diretriz SiNAT e NBR 12.721, atendem aos requisitos de desempenho térmico e energético, ajustando-as caso não atendam ao mínimo necessário. Com a envoltória definida, será viável quantificar os custos diretos para que sejam avaliados pelos indicadores Sinapi e CUB. Posteriormente, será possível, ainda, constatar a energia conservada e determinar o Payback simples e descontado para realizar a avaliação do custo-benefício.
Indicadores, Metas e Resultados
As metas relevantes deste trabalho são:
a. avaliar a influência dos diferentes padrões construtivos na competitividade de custo do sistema analisado;
b. avaliar a competitividade, para os diferentes níveis de desempenho, do ponto de vista econômico do sistema estudado;
c. identificar as forças e fraquezas que impactam no desempenho termoenergético das edificações estudadas;
Os resultados esperados devem demonstrar as relações de custo e benefício para a tomada de decisão por um sistema construtivo.
Espera-se que, com o método adotado, seja possível identificar as diferenças de custos de cada sistema construtivo para atingir determinados níveis de desempenho. Além disso, crê-se ser possível indicar as configurações construtivas de menor custo com o objetivo de obter o desempenho esperado de acordo com o nível econômico de cada projeto.
a. avaliar a influência dos diferentes padrões construtivos na competitividade de custo do sistema analisado;
b. avaliar a competitividade, para os diferentes níveis de desempenho, do ponto de vista econômico do sistema estudado;
c. identificar as forças e fraquezas que impactam no desempenho termoenergético das edificações estudadas;
Os resultados esperados devem demonstrar as relações de custo e benefício para a tomada de decisão por um sistema construtivo.
Espera-se que, com o método adotado, seja possível identificar as diferenças de custos de cada sistema construtivo para atingir determinados níveis de desempenho. Além disso, crê-se ser possível indicar as configurações construtivas de menor custo com o objetivo de obter o desempenho esperado de acordo com o nível econômico de cada projeto.
Equipe do Projeto
Nome | CH Semanal | Data inicial | Data final |
---|---|---|---|
ANA LUIZA COELHO | |||
ANTONIO CESAR SILVEIRA BAPTISTA DA SILVA | 8 | ||
FABIO KELLERMANN SCHRAMM | 4 | ||
RODRIGO KARINI LEITZKE |