Nome do Projeto
Estudos e Pesquisas em Neonatologia
Ênfase
Pesquisa
Data inicial - Data final
21/09/2020 - 28/11/2025
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Ciências da Saúde
Resumo
A neonatologia compreende o período do nascimento do recém-nascido (RN) até o 28º dia de vida e é considerado o momento de maior vulnerabilidade do RN. A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) atende recém-nascidos de diferentes idades gestacionais, que apresentam alguma condição clínica grave, que coloquem em risco a vida do RN e por isso necessitam de assistência e monitoramento 24 horas por dia. Nesse contexto é fundamental o cuidado que vise a neuroproteção durante a hospitalização, bem como, o acompanhamento após alta, visando conhecer de que forma ocorre o crescimento e desenvolvimento dessas crianças. Para tanto, será realizada uma pesquisa de métodos mistos.
Objetivo Geral
Desenvolver estudos e pesquisas que irão contribuir na implementação dos cuidados neuroprotetores e na segurança do paciente neonato, bem como traçar o perfil do neonato internado na UTI e de sua família;
Justificativa
A neonatologia compreende o período do nascimento do recém-nascido (RN) até o 28º dia de vida e é considerado o momento de maior vulnerabilidade do RN. A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) atende recém-nascidos de diferentes idades gestacionais, que apresentam alguma condição clínica grave, que coloquem em risco a vida do RN e por isso necessitam de assistência e monitoramento 24 horas por dia (SILVA et al., 2020).
O RN pode ser classificado de acordo com a idade gestacional, sendo considerado a termo aqueles que nascem entre 38 a 41 semanas completas de gestação, pré-termo RN nascido antes das 37 semanas e pós-termo aqueles nascidos com 42 semanas ou mais (RICCI, 2019). A Organização Mundial da Saúde (OMS) divide os RNs prematuros em subcategorias: extremamente prematuros RNs nascidos com menos de 28 semanas, muito prematuro os nascidos entre 28 e 32 e prematuros moderados a tardios aqueles RNs nascidos entre 32 e 37 semanas de gestação (OMS, 2012).
O peso ao nascer é uma variável importante, RNs nascidos com menos de 2.500g é considerado baixo peso, nascidos com menos de 1.500g muito baixo peso e com menos de 1.000g extremo baixo peso (SOUSA et al.,2017).
A prematuridade é uma das principais causas de internação na UTIN. Além de ter alta prevalência, possui alta taxa de mortalidade, sendo a principal causa de morte no período neonatal e em crianças menores de cinco anos (D’AGOSTINI et al., 2020). A prematuridade pode ocasionar danos à saúde dessas crianças a curto, médio e longo prazo. Isso ocorre pelo fato de que RNs prematuros podem ter seus sistemas orgânicos imaturos, o que afeta a adaptação a vida extrauterina, podendo assim, ocasionar complicações (OLIVEIRA et al., 2015; FREITAS et al., 2018).
Pensando nessa imaturidade dos RNs pré-termos, a formação dos sistemas que deveria ocorrer na vida intrauterina, vai acontecer no ambiente da UTIN, sendo assim, é indispensável pensar em cuidados neuroprotetores. O ambiente da UTI neonatal é, muitas vezes, inapropriado para o desenvolvimento neuropsicomotor, pois ocorrem interrupções do ciclo do sono, ambiente muito iluminado, ruídos contínuos, manuseios excessivos, estímulos dolorosos, temperatura variável, além de ter sido separado da mãe. Sendo assim os neonatos internados na UTIN, necessitam de cuidados específicos, neuroprotetores e monitoramento ininterrupto de profissionais, pois a falta desses cuidados pode acarretar em complicações a curto, médio e longo prazo (TAMEZ, 2017).
Os profissionais de saúde da equipe da UTIN devem ser capacitados e psicologicamente equilibrados, pois desenvolvem trabalho contínuo e importante, para isso, são necessárias capacitações contínuas e fundamentação de suas ações em conhecimento científico. A enfermagem tem papel importante, pois além de dispensar cuidados ao neonato, coordena a equipe, orienta e inclui a família nos cuidados, realiza cuidados psicológicos aos pais e esclarece dúvidas (SILVA; SANTOS; AOYAMA, 2020).
Os profissionais da equipe de saúde da UTIN trabalham em um ambiente com potencial estressor, pois os RNs ali internados apresentam instabilidade, o ambiente possui barulho excessivo, procedimentos de alta complexidade e que não toleram erros. Observa-se que o alto ruído pode ocasionar problemas para os profissionais, familiares e principalmente ao neonato, sejam eles, danos físicos, sociais e/ou psicológicos (BARSAM et al., 2018).
Durante a gestação os pais idealizam seu filho, porém essas expectativas são desapontadas quando os pais se deparam com a internação do filho na UTIN (MAGALHÃES et al., 2018).
A mulher, quando seu filho precisa ir para a UTIN, tem dificuldade em se perceber mãe, pois ocorre a separação, os cuidados passam a ser desenvolvidos pela equipe de saúde, além disso, o ambiente é repleto de tecnologias o que provoca sentimentos como angústia, medo e insegurança (LIMA et al., 2017).
Quando um RN precisa ficar internado na UTIN, os pais vivenciam diversos sentimentos, como o de culpa, medo da perda, incerteza e insegurança, podendo impactar o vínculo entre pais e filhos pela separação física e emocional. A inclusão dos pais auxilia no desenvolvimento do bebê, além de promover afeto, segurança e conforto (MESQUITA et al., 2019).
Nesse sentido, pensando em proporcionar uma experiência menos negativa possível para os pais e RNs, os profissionais de saúde possuem papel importante, visto que é um momento de inúmeros sentimentos negativos e de incertezas para os familiares. A equipe deve incentivar o vínculo familiar entre pais e bebê que é afetado com a separação depois do nascimento. A família deve ser incluída, ouvida, assistida e apoiada, pois ver seu filho naquela situação, com diversos equipamentos tecnológicos durante a visita à UTIN causa sentimentos de luto antecipado aos pais (SCHMIDT et al., 2012).
Os pais se sentem impotentes em não saber como ajudar o filho naquele momento, é preciso que a equipe auxilie no envolvimento gradativo dos pais perante aos cuidados do bebê, dando-lhes autonomia e confiança. Toque e conversa dos pais com o bebê auxilia no desenvolvimento e melhora clínica, além de promover conforto, confiança e criação de vínculo que auxilia nos cuidados após alta (SCHMIDT et al., 2012).
A humanização do cuidado na UTIN busca diminuir estressores que podem vir a comprometer a melhora do neonato, sendo assim, auxilia no desenvolvimento do RN. O ambiente da UTIN é assustador para os familiares, surgindo sentimentos de culpa e medo, por isso é de suma importância realizar o acolhimento da família dentro desse ambiente. O cuidado inclui a liberação de visita de outros familiares, permanência dos pais, incentivo ao método canguru, envolver os pais no cuidado e participação na decisão do tratamento. É importante incluir os familiares como equipe cuidadora, pois eles darão continuidade aos cuidados em casa (COELHO et al., 2018).
Prematuros de baixo peso e muito baixo peso possuem risco para atraso no desenvolvimento, porém ainda não está totalmente elucidada a natureza desses déficits. A prematuridade pode ocasionar atraso no desenvolvimento motor, adaptativo, cognitivo e na linguagem da criança. Entendendo os fatores de risco e identificando precocemente intervenções que possam auxiliar o neurodesenvolvimento, podem ser criadas estratégias para prevenção de atrasos no desenvolvimento da criança prematura (RIBEIRO et al., 2017).
Com o avanço tecnológico e científico, os prematuros com peso e idade gestacional cada vez menor, estão sobrevivendo. Porém, essas crianças possuem alto risco para alterações em seu desenvolvimento. Com isso, justifica-se a importância de avaliar os impactos da prematuridade e realizar acompanhamento dessas crianças, para identificar, intervir precocemente e planejar intervenções para prevenção de agravos (OLIVEIRA et al., 2016).
O RN pode ser classificado de acordo com a idade gestacional, sendo considerado a termo aqueles que nascem entre 38 a 41 semanas completas de gestação, pré-termo RN nascido antes das 37 semanas e pós-termo aqueles nascidos com 42 semanas ou mais (RICCI, 2019). A Organização Mundial da Saúde (OMS) divide os RNs prematuros em subcategorias: extremamente prematuros RNs nascidos com menos de 28 semanas, muito prematuro os nascidos entre 28 e 32 e prematuros moderados a tardios aqueles RNs nascidos entre 32 e 37 semanas de gestação (OMS, 2012).
O peso ao nascer é uma variável importante, RNs nascidos com menos de 2.500g é considerado baixo peso, nascidos com menos de 1.500g muito baixo peso e com menos de 1.000g extremo baixo peso (SOUSA et al.,2017).
A prematuridade é uma das principais causas de internação na UTIN. Além de ter alta prevalência, possui alta taxa de mortalidade, sendo a principal causa de morte no período neonatal e em crianças menores de cinco anos (D’AGOSTINI et al., 2020). A prematuridade pode ocasionar danos à saúde dessas crianças a curto, médio e longo prazo. Isso ocorre pelo fato de que RNs prematuros podem ter seus sistemas orgânicos imaturos, o que afeta a adaptação a vida extrauterina, podendo assim, ocasionar complicações (OLIVEIRA et al., 2015; FREITAS et al., 2018).
Pensando nessa imaturidade dos RNs pré-termos, a formação dos sistemas que deveria ocorrer na vida intrauterina, vai acontecer no ambiente da UTIN, sendo assim, é indispensável pensar em cuidados neuroprotetores. O ambiente da UTI neonatal é, muitas vezes, inapropriado para o desenvolvimento neuropsicomotor, pois ocorrem interrupções do ciclo do sono, ambiente muito iluminado, ruídos contínuos, manuseios excessivos, estímulos dolorosos, temperatura variável, além de ter sido separado da mãe. Sendo assim os neonatos internados na UTIN, necessitam de cuidados específicos, neuroprotetores e monitoramento ininterrupto de profissionais, pois a falta desses cuidados pode acarretar em complicações a curto, médio e longo prazo (TAMEZ, 2017).
Os profissionais de saúde da equipe da UTIN devem ser capacitados e psicologicamente equilibrados, pois desenvolvem trabalho contínuo e importante, para isso, são necessárias capacitações contínuas e fundamentação de suas ações em conhecimento científico. A enfermagem tem papel importante, pois além de dispensar cuidados ao neonato, coordena a equipe, orienta e inclui a família nos cuidados, realiza cuidados psicológicos aos pais e esclarece dúvidas (SILVA; SANTOS; AOYAMA, 2020).
Os profissionais da equipe de saúde da UTIN trabalham em um ambiente com potencial estressor, pois os RNs ali internados apresentam instabilidade, o ambiente possui barulho excessivo, procedimentos de alta complexidade e que não toleram erros. Observa-se que o alto ruído pode ocasionar problemas para os profissionais, familiares e principalmente ao neonato, sejam eles, danos físicos, sociais e/ou psicológicos (BARSAM et al., 2018).
Durante a gestação os pais idealizam seu filho, porém essas expectativas são desapontadas quando os pais se deparam com a internação do filho na UTIN (MAGALHÃES et al., 2018).
A mulher, quando seu filho precisa ir para a UTIN, tem dificuldade em se perceber mãe, pois ocorre a separação, os cuidados passam a ser desenvolvidos pela equipe de saúde, além disso, o ambiente é repleto de tecnologias o que provoca sentimentos como angústia, medo e insegurança (LIMA et al., 2017).
Quando um RN precisa ficar internado na UTIN, os pais vivenciam diversos sentimentos, como o de culpa, medo da perda, incerteza e insegurança, podendo impactar o vínculo entre pais e filhos pela separação física e emocional. A inclusão dos pais auxilia no desenvolvimento do bebê, além de promover afeto, segurança e conforto (MESQUITA et al., 2019).
Nesse sentido, pensando em proporcionar uma experiência menos negativa possível para os pais e RNs, os profissionais de saúde possuem papel importante, visto que é um momento de inúmeros sentimentos negativos e de incertezas para os familiares. A equipe deve incentivar o vínculo familiar entre pais e bebê que é afetado com a separação depois do nascimento. A família deve ser incluída, ouvida, assistida e apoiada, pois ver seu filho naquela situação, com diversos equipamentos tecnológicos durante a visita à UTIN causa sentimentos de luto antecipado aos pais (SCHMIDT et al., 2012).
Os pais se sentem impotentes em não saber como ajudar o filho naquele momento, é preciso que a equipe auxilie no envolvimento gradativo dos pais perante aos cuidados do bebê, dando-lhes autonomia e confiança. Toque e conversa dos pais com o bebê auxilia no desenvolvimento e melhora clínica, além de promover conforto, confiança e criação de vínculo que auxilia nos cuidados após alta (SCHMIDT et al., 2012).
A humanização do cuidado na UTIN busca diminuir estressores que podem vir a comprometer a melhora do neonato, sendo assim, auxilia no desenvolvimento do RN. O ambiente da UTIN é assustador para os familiares, surgindo sentimentos de culpa e medo, por isso é de suma importância realizar o acolhimento da família dentro desse ambiente. O cuidado inclui a liberação de visita de outros familiares, permanência dos pais, incentivo ao método canguru, envolver os pais no cuidado e participação na decisão do tratamento. É importante incluir os familiares como equipe cuidadora, pois eles darão continuidade aos cuidados em casa (COELHO et al., 2018).
Prematuros de baixo peso e muito baixo peso possuem risco para atraso no desenvolvimento, porém ainda não está totalmente elucidada a natureza desses déficits. A prematuridade pode ocasionar atraso no desenvolvimento motor, adaptativo, cognitivo e na linguagem da criança. Entendendo os fatores de risco e identificando precocemente intervenções que possam auxiliar o neurodesenvolvimento, podem ser criadas estratégias para prevenção de atrasos no desenvolvimento da criança prematura (RIBEIRO et al., 2017).
Com o avanço tecnológico e científico, os prematuros com peso e idade gestacional cada vez menor, estão sobrevivendo. Porém, essas crianças possuem alto risco para alterações em seu desenvolvimento. Com isso, justifica-se a importância de avaliar os impactos da prematuridade e realizar acompanhamento dessas crianças, para identificar, intervir precocemente e planejar intervenções para prevenção de agravos (OLIVEIRA et al., 2016).
Metodologia
Pesquisa com abordagem de método misto quantitativa e qualitativa, cujos dados serão coletados, com auxílio de instrumentos de medição de ruídos, preenchimento de fichas de perfil do neonato e escalas de avaliação de estresse neonatal e de cuidados neuroprotetores, entrevista e acompanhamento com pais e crianças após a alta da Unidade de Tratamento Intensivo Neonatal.
Os dados qualitativos serão analisados por meio da análise temática e os dados quantitativos será utilizado análise descritiva com auxilio de um software.
Os dados qualitativos serão analisados por meio da análise temática e os dados quantitativos será utilizado análise descritiva com auxilio de um software.
Indicadores, Metas e Resultados
Elaborar protocolos operacionais padrão para cuidados neuroprotetores na UTINeonatal;
Avaliar o crescimento e desenvolvimento dos neonatos após a alta hospitalar, visando, auxiliar os pais no cuidado aos filhos e elaborar estratégias capaz de facilitar esse processo;
Discutir com a comunidade acadêmica, profissionais e população acerca dos cuidados ao neonato prematuro, visando minimizar as dificuldades experienciadas em meio a pandemia, na internação e no pós-alta.
Avaliar o crescimento e desenvolvimento dos neonatos após a alta hospitalar, visando, auxiliar os pais no cuidado aos filhos e elaborar estratégias capaz de facilitar esse processo;
Discutir com a comunidade acadêmica, profissionais e população acerca dos cuidados ao neonato prematuro, visando minimizar as dificuldades experienciadas em meio a pandemia, na internação e no pós-alta.
Equipe do Projeto
Nome | CH Semanal | Data inicial | Data final |
---|---|---|---|
ANA LÚCIA SPECHT | |||
ANANDA ROSA BORGES | |||
Bárbara Maria Mendes Farias Braga | |||
CAMILA FERREIRA COLPO | |||
Cibele Thomé da Cruz Rebelato | |||
CÁSSIA GISELE LARROQUE SILVA DA ROSA | |||
DEISI CARDOSO SOARES | 5 | ||
DORALÚCIA GIL DA SILVA | |||
EDUARDA HERBSTRITH KRUSSER | |||
EDUARDA RAMOS DE LEON | |||
ELLEN COSTA VAZ | |||
GABRIELA BRAUN PETRY | |||
GABRIELA GALATA PASA SANCHER | |||
IRIS HELENA SCHWARTZ BEILFUSS | |||
JENNIFER ZANINI MORAES | |||
JESSICA CARDOSO VAZ | |||
Jaciara Souza Costa | |||
Josana Brodt de Matos | |||
Josana Brodt de Matos | |||
Joycianne Ramos Vasconcelos de Aguiar | |||
KAIANE PASSOS TEIXEIRA | |||
KARINE FARIAS BRUM | |||
KAROLINE CRUZ MELENDEZ | |||
LAINE BERTINETTI ALDRIGHI | |||
LARISSA CARDOSO NOGUEIRA | |||
LAVÍNIA LOPES DA SILVA | |||
Lidiane Gonçalves Cardoso | |||
MARIANI DA SILVA EINHARDT | |||
MILENA MUNSBERG KLUMB | |||
MILENA MUNSBERG KLUMB | |||
NARA JACI DA SILVA NUNES | |||
NARA JACI DA SILVA NUNES | |||
PAULA DUARTE DE OLIVEIRA | |||
PEDRO TRINDADE VELASQUES | |||
PEDRO TRINDADE VELASQUES | |||
RENATA GONÇALVES DE OLIVEIRA | |||
RUTH IRMGARD BARTSCHI GABATZ | 20 | ||
SIMONE PONT ZAMBONATO MACLUF | |||
SUEINE VALADAO DA ROSA | |||
TANIELY DA COSTA BÓRIO | |||
THALINE JAQUES RODRIGUES | |||
THANIZE DO NASCIMENTO FERREIRA | |||
TUIZE DAMÉ HENSE | |||
TUIZE DAMÉ HENSE | |||
Ticyanne Soares Barros | |||
Tielen Marques Dias | |||
VANESSA ACOSTA ALVES | |||
VANESSA DUTRA CHAVES | |||
VITÓRIA GONÇALVES VAZ | |||
VITÓRIA MILECH MESQUITA | |||
VIVIANE MARTEN MILBRATH | 23 |