Nome do Projeto
Doenças do sistema nervoso central de cães e gatos
Ênfase
Pesquisa
Data inicial - Data final
07/10/2020 - 19/07/2025
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Ciências Agrárias
Resumo
As doenças do sistema nervoso central (SNC) que acometem caninos e felinos, na grande maioria são reportadas como relatos de casos ou como estudos retrospectivos de determinadas doenças. No Brasil, há poucos dados com relação à prevalência de doenças/lesões neurológicas em cães e gatos, assim como, em outros países, sendo escassos os dados epidemiológicos dessas enfermidades. A realização de estudos retrospectivos de lesões que afetam o sistema nervoso central demonstra o potencial da utilização destes dados, para que seja estabelecida a frequência e distribuição dos transtornos neurológicos em relação às diferentes variáveis como etiologia, idade, raças e distribuição geográfica. Estas informações são essenciais para compreender as variações das lesões neurológicas, que sem dúvida, estão relacionadas com inúmeros fatores inclusive a realidade sociocultural do ambiente em que vivem os animais afetados.

Objetivo Geral

Determinar a ocorrência de enfermidades do sistema nervoso central (SNC) de caninos e felinos, encaminhados ao Laboratório Regional de Diagnóstico, da Faculdade de Veterinária, da Universidade Federal de Pelotas (LRD/FV/UFPel), entre os anos de 2000 e 2020.

Justificativa

As doenças do sistema nervoso central (SNC) que acometem caninos e felinos, na grande maioria são reportadas como relatos de casos ou como estudos retrospectivos de determinadas doenças. No Brasil, há poucos dados com relação à prevalência de doenças/lesões neurológicas em cães e gatos (Chaves et al., 2014), assim como, em outros países, sendo escassos os dados epidemiológicos dessas enfermidades (Bradshaw et al., 2004; Fluehmann et al., 2006; Pellegrino et al., 2011).
As doenças que acometem o sistema nervoso central de caninos e felinos, podem ser de causa infecciosa, congênita, degenerativa, neoplásica e idiopática. Em caninos as enfermidades de origem idiopática (epilepsia idiopática e neoplasias cerebrais) são as mais frequentes, seguido pelas doenças infecciosas, como a cinomose e as doenças degenerativas (Pellegrino et al., 2011). Já em felinos, as alterações neurológicas mais frequentemente observadas são as doenças congênitas (hipoplasia cerebelar), degenerativas (incluindo a Síndrome de disautonomia felina), infecciosas (Peritonite infecciosa felina, toxoplasmose e criptococose) e neoplásicas (linfoma) (Bradshaw et al., 2004).
A frequência das doenças neurológicas, varia de acordo com a região geográfica estudada (Bradshaw et al., 2004; Fluehmann et al., 2006; Snyder et al., 2006; Schatzberg 2010; Pellegrino et al., 2011). Essas diferenças podem ser reflexo de mudanças na prevalência das doenças, diferenças na população estudada, de acordo com as raças ou outras razões desconhecidas (Bagley et al. 1999). Algumas doenças ocorrem com maior frequência em determinadas regiões geográficas, como a cinomose, a qual é mais comum na América Latina do que nos Estados Unidos ou Europa (Chaves et al., 2014; Pellegrino et al. 2011). Esta variação de prevalência provavelmente está associada ao número de animais abandonados em relação a baixa porcentagem da população canina que recebe vacinação de forma sistemática (Pellegrino et al. 2011). Segundo Ellis & Pfeiffer (1990) e Pfeiffer & Ellis (1992) descrevem que na Austrália há uma alta prevalência de criptococose em felinos em comparação com outros lugares do mundo, possivelmente associada a presença de algumas espécies de Cryptococcus spp. em árvores de eucaliptos.
A realização de estudos retrospectivos de lesões que afetam o sistema nervoso central demonstra o potencial da utilização destes dados, para que seja estabelecida a frequência e distribuição dos transtornos neurológicos em relação às diferentes variáveis como etiologia, idade, raças e distribuição geográfica. Estas informações são essenciais para compreender as variações das lesões neurológicas, que sem dúvida, estão relacionadas com inúmeros fatores inclusive a realidade sociocultural do ambiente em que vivem os animais afetados.

Metodologia

Para execução deste projeto será realizado um levantamento das patologias do sistema nervoso central de caninos e felinos, encaminhados ao LRD/FV/UFPel, no período de 2000 a 2020. Serão avaliados, no banco de dados do laboratório, os protocolos de necropsia de todos os casos cuja história clínica apresentava algum sinal clínico nervoso. Após a avaliação dos protocolos, serão selecionados os casos com lesões em nível do SNC. Destes serão coletadas as informações referentes à procedência, idade, sexo e raça dos animais, bem como, os sinais clínicos, evolução da doença, lesões macroscópicas/microscópicas e diagnóstico final.
Em relação à faixa etária, os caninos e felinos serão classificados como filhotes (até 1 ano), adultos (1 até 8 anos) ou idosos (mais de 8 anos). Quanto à raça, serão classificados em animais com raça definida (CRD) ou sem raça definida (SRD). Os diagnósticos serão agrupados conforme a etiologia em doenças infecciosos, traumáticas, neoplásicas e metabólicas/nutricional. Os casos sem diagnóstico, serão agrupados como inconclusivos.
Após a realização do levantamento serão elaborados artigos científicos referentes ao aspecto epidemiológico das patologias do SNC em caninos e felinos e, também, relatos de casos do SNC que são pouco frequentes nestas espécies.

Indicadores, Metas e Resultados

Ao final deste projeto, espera-se obter a casuística das principais patologias que acometem o sistema nervoso central de caninos e felinos, na região de abrangência do LRD/FV/UFPel.

Equipe do Projeto

NomeCH SemanalData inicialData final
ANA LUCIA PEREIRA SCHILD1
ELIZA SIMONE VIEGAS SALLIS1
FABIANO DA ROSA VENANCIO
HAIDE VALESKA SCHEID
JOSIANE BONEL1
MARGARIDA BUSS RAFFI1
MARIA LUIZA HÜBNER ETGES
MAURO PEREIRA SOARES1
ROSIMERI ZAMBONI
TÁINA DOS SANTOS ALBERTI

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