Nome do Projeto
Promoção e prevenção da saúde mental de adolescentes na pandemia pela Covid-19
Ênfase
Extensão
Data inicial - Data final
16/11/2020 - 23/12/2020
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Ciências da Saúde
Eixo Temático (Principal - Afim)
Saúde / Saúde
Linha de Extensão
Infância e adolescência
Resumo
A adolescência se caracteriza por ser um período da vida marcado por mudanças significativas e intensas. Nessa fase, atravessada por questões de classe, raça, gênero e outras, acontecem algumas perdas importantes, que transformam o modo como o jovem se reconhece e se coloca no mundo. Ele perde o corpo da infância e ganha um novo corpo, que se transforma rapidamente, produzindo mudanças na autoimagem e autoestima. Perde os pais da infância porque, diferente do ideal infantil, os adultos de referência passam a ser vistos como aqueles que falham, que não são mais tão poderosos e podem ser questionados. Os sonhos fantasiosos e desejos de criança são substituídos por outros que ganham intensidade e passam, ao longo dessa etapa da vida, a serem confrontados com os limites da realidade e de si mesmo. É o tempo de vislumbrar quem é e quem se deseja ser, pautado em novos parâmetros que exigem maior responsabilidade e a superação dos comportamentos infantis. É, portanto, um tempo de intenso trabalho emocional, no qual sentimentos como angústia, insegurança e solidão permeiam o modo como o adolescente se expressa na busca por seu lugar no mundo. Nesse processo de desenvolvimento, o adolescente busca outras experiências e referências fora do núcleo em que está inserido, seja familiar ou de acolhimento. Nessa fase, o grupo de amigos, as tribos, as relações amorosas e as manifestações culturais tornam-se referências fundamentais, pois encontra, através deles, o sentido de pertencimento, de identificação, igualdade e aceitação. Ao mesmo tempo, é comum que o jovem ‘teste’ tudo e todos, desafiando tanto a autoridade dos adultos como os próprios limites individuais. É, também, através da oposição que ele constrói sua identidade. A descoberta do que ‘não sou’ é um grande passo na definição de ‘quem sou’. Essas transformações, com frequência, geram frustrações e sentimentos hostis nos adultos responsáveis pelos adolescentes. O que é dito pelo adulto aparentemente nem sempre é ouvido e a oposição do jovem costuma ser a primeira reação. É comum o embate de argumentos que mais afasta do que aproxima. Ao adulto (que já foi adolescente!) resta buscar entender esse momento de transição, dar apoio, ouvir e orientar, considerando que o que viveu e aprendeu em sua adolescência não é necessariamente aquilo que faz sentido para esse adolescente com quem convive. Cabe aos adultos esse movimento de aproximação. O adolescente precisa de ajuda para perceber que suas ações no presente constroem seu futuro. Um desafio refere-se ao significado do tempo para o adolescente. Ele é imediatista: tudo é agora. Para o jovem é difícil tolerar a espera por resultados e visualizar as pequenas conquistas. O adulto que acolhe e mostra isso pode auxiliá-lo a ‘aprender a esperar’, ao estabelecer e discriminar, com ele, objetivos a curto, médio e longo prazo. Diante disso,o presente projeto busca identificar junto aos adolescentes estratégias que podem lançar mão para conscientizar-se e responsabilizar-se, de forma acolhedora, ajudando-os a superar esse momento de crise.

Objetivo Geral

Oferecer um espaço de escuta aos adolescentes da comunidade pelotense e seus distritos para promoção e orevenção em sáude mental neste momento de isolamento social devido ao Covid19.

Justificativa

A adolescência se caracteriza por ser um período da vida marcado por mudanças significativas e intensas. Nessa fase, atravessada por questões de classe, raça, gênero e outras, acontecem algumas perdas importantes, que transformam o modo como o jovem se reconhece e se coloca no mundo. Nesse processo de desenvolvimento, o adolescente busca outras experiências e referências fora do núcleo em que está inserido, seja familiar ou de acolhimento. Nessa fase, o grupo de amigos, as tribos, as relações amorosas e as manifestações culturais tornam-se referências fundamentais, pois encontra, através deles, o sentido de pertencimento, de identificação, igualdade e aceitação.

A partir dessas reflexões, podemos pensar que para os adolescentes será especialmente difícil a vivência do isolamento social, já que não podem ir à escola, encontrar os amigos em grupo . No esforço de conter a epidemia e garantir a saúde dos profissionais e usuários, muitos serviços de acolhimento estão limitando ou mesmo cancelando os atendimentos. Além disso, como o jovem vai testando os limites, muitas vezes tem dificuldades em calcular os riscos de suas ações. Alguns podem ter a postura de minimizar os efeitos da pandemia e os riscos que correm ao sair na rua.
Diante disso,o presente projeto busca identificar junto aos adolescentes estratégias que podem lançar mão para conscientizar-se e responsabilizar-se, de forma acolhedora, ajudando-os a superar esse momento de crise.

Metodologia

Inicialmente serão verificados tosos os encaminhamentos de adolescentes ao ambulaório de pediatria da Faculdade de Medicina, posteriormente será realizado uma divisão de grupos por queixas apresentadas .Participará de cada grupo no máximo 10 adolescentes com queixas semelhantes apresentadas na ficha de encaminhamento.
Serão contactados por telefone para realização de sua participação no grupo que acontecerá de forma on-line, uma vez por semana, com duração de 1hora e 30 minutos.

Indicadores, Metas e Resultados

Criar estratégias que podem lançar mão para conscientizar e responsabilizar os adolescentes, ajudar a superar esse momento de crise
Diminuir angústias e medos;
Entendimento científico sobre o corona vírus;
Criar uma rotina da casa, pensar em conjunto em como organizar o dia, atividades interessantes para fazer.

Equipe do Projeto

NomeCH SemanalData inicialData final
LUISE LOPES PINTO
MARIA TERESA DUARTE NOGUEIRA2
MARIANA GOUVÊA SILVEIRA

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