Nome do Projeto
Projeto integrado de ensino, pesquisa e extensão: acessibilidade, inclusão e sustentabilidade na Orquestra do Areal
Ênfase
Extensão
Data inicial - Data final
24/04/2017 - 24/04/2022
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Multidisciplinar
Eixo Temático (Principal - Afim)
Cultura / Cultura
Linha de Extensão
Grupos sociais vulneráveis
Resumo
O projeto Acessibilidade e Inclusão na Orquestra Areal é uma iniciativa do curso de Terapia Ocupacional, articulando com os cursos de Música e de Memória Social e Patrimônio Cultural da UFPel junto à Orquestra Estudantil do Areal para introduzir às práticas acessibilidade e inclusão nesta orquestra. O intuito é qualificar o acesso e auxiliar na permanência e manutenção, aproveitando a disponibilidade da experiência e acervo disponibilizado pela Orquestra Infanto-Juvenil da UFRGS, em processo de dissolução, e estabelecer novos parâmetros para de atuação no ensino, pesquisa e extensão com alunos, colaboradores e a comunidade. O projeto está baseado na ação pedagógica e artística coletiva e se destina a colaborar nos processos de adaptação das necessidades e criando novas oportunidades para os membros da Orquestra Estudantil do Areal, incluindo seus profissionais. Isto abarca desde a abertura de novas vagas, tanto para crianças, como adolescentes e adultos com ou sem deficiência, o estudo de instrumentos que podem ser adaptados, a sensibilização de alunos e comunidade o respeito e convivência, além da ampliar o potencial formador e a capilarização da participação social destes, em eventos artísticos, didáticos e de entretenimento. Por ser um projeto unificado, une as três esferas universitárias: ensino, pesquisa e extensão - as ações visam atender alunos de graduação e de pós-graduação, de servidores, e colaboradores locais e de outras localidades. O intuito é convergir forças para uma adaptação crescente das ações da orquestra, tanto no plano institucional quanto na parte operacional (técnica e artística), incluindo autores locais como nacionais e universais.

Objetivo Geral

Geral:
Desenvolver um projeto integrado, que contemple ações conjuntas e inter-relacionadas nas áreas de Ensino/Pesquisa/Extensão, com a Orquestra Estudantil do areal.

Específicos:
Iniciar o processo de acessibilidade e inclusão na Orquestra Estudantil do Areal, com ações de ensino, pesquisa e extensão da universidade, ampliando o trabalho sociocultural da orquestra, cuja finalidade está apoiada nas manifestações e práticas culturais, relativa ao patrimônio imaterial relacionados ao universo da música e da experiência artística, abrangendo diversos estilos e vertentes musicais, unindo as ações de ensino, pesquisa e extensão.

Ampliar a participação de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social no desenvolvimento do estudo de técnicas relativas aos instrumentos musicais disponíveis, bem como a musicalidade dos alunos incentivando a formação de diferentes grupos musicais e ainda a formação da orquestra estudantil.

Proporcionar a construção de um espaço democrático e de reflexão, capaz de entender a fruição estética como uma capacidade humana que se desenvolve e se refina levando o aluno em busca de sua autonomia e identidade nesse espaço de coletividade, fomentando a prática de inclusão de autores locais, de hibridismos estéticos e da inclusão de autoras mulheres no portofolio de aprendizado e performance.

Justificativa

O que Manfredo Schmidt, Carmelo de los Santos e Daniel Wolff tem em comum? Manfredo acabou tornando-se maestro da Orquestra Sinfônica da UCS - Universidade de Caxias do Sul e da OSPA - Orquestra Sinfônica de Porto Alegre. Carmelo, além de virtuoso violinista é professor associado na Universidade do Novo México. Daniel, além de violonista excepcional é professor adjunto da UFRGS. Mas esta expressividade decorre também de uma oportunidade: ambos tiveram suas primeiras experiências na Orquestra Infanto-Juvenil da UFRGS, uma orquestra que iniciou suas atividades em 1973 e teve atividade até recentemente, sendo que todo acervo da orquestra está em processo de disponibilização este projeto junto à Orquestra Estudantil do Areal.

A Orquestra Estudantil do Areal, que iniciou suas atividades em 2014, conta com crescente adesão de alunos e comunidade, a maioria em situação de vulnerabilidade social. No entanto, foi concebida a partir de um edital que não previa acessibilidade e inclusão no projeto original, mas que por sensibilidade de sua equipe, percebe a necessidade de tornar a Orquestra Acessível e Inclusiva. Para isto encontra no Curso de Terapia Ocupacional da UFPel a oportunidade de executar o projeto, que tem como balizamento o conceito de Justiça Local, de John Elster, quando instituições distribuem acesso à bens escassos, e a cultura é um caso exemplar.

Estas ações estão de acordo com as legislações vigentes no Brasil e na UFPel, que aliam conceitos e práticas para a inclusão qualificada de todos, não apenas como presença física, mas como potencializadoras de emancipação, autonomia e pertencimento. O projeto será um articulador das garantias e direitos da população frente às restrições históricas e culturais que excluem o cidadão de uma vida digna com oportunidades equivalentes, fomentando o protagonismo e o respeito à diversidade e à individualidade no aprendizado e vivência coletiva.

Metodologia

A metodologia do projeto é alçar a integração nas atividades de ensino, pesquisa e extensão. Nesta metodologia devem estar entrosados o Curso de Terapia Ocupacional, o Curso de Licenciatura em Música, a Pró-Reitoria de Extensão e Cultura da UFPel, pela área de Arte e Inclusão, e a Ginásio do Areal, pela Orquestra Estudantil do Areal

Inicialmente o projeto pretende articular as disciplinas de Formação Pessoal do Terapeuta Ocupacional, com a temática de Conhecimento do Mundo: Música; de Terapia Ocupacional nos Contextos Sociais, com a temática Contextos sociais e culturais; e outras disciplinas obrigatórias e eletivas que possam tratar do assunto que envolve acessibilidade em ambientes culturais.

Nestas disciplinas, junto ao Projeto de Ensino Tecnologias Contemporâneas Interdisciplinares, são atividades de sensibilização e aprendizado inicial para a temática da pedagogia musical, da performance e da habilidades necessárias para tocar um instrumento por alguma pessoa com deficiência ou não. Ao mesmo tempo é condição ideal para o entendimento das atividades individuais e coletivas necessárias para a formação pessoal e profissional, pois ali são trabalhados valores de convivência, limites, aceitação, um ambiente bastante propício para problematizar as questões ligadas aos processos de acessibilidade e inclusão.

Para a extensão, a metodologia proposta é favorecer a prática dos envolvidos, alunos, professores e comunidade beneficiada com a presença dos mesmos, e as articulações para o processo de acessibilidade e inclusão na orquestra. Este processo se dá pelas ações junto aos músicos, regentes, suas famílias e comunidade escolar, além das demandas específicas de formação, mediação, produção e registro das atividades e processos de evolução do grupo orquestral e do projeto.

No desenvolvimento das ações de extensão a metodologia de ação e participação avaliza um aprendizado no cotidiano da orquestra, desde a preparação dos alunos, da seleção dos instrumentos, a migração para outros instrumentos, os ensaios, as apresentações, colaborando no desenvolvimento de oportunidades e amparo nas demandas específicas que cada situação exige.

Sob a perspectiva da pesquisa, a metodologia proposta é atuar sob os desafios que estão presentes nas questões do ensino e da extensão junto à orquestra. Inicialmente será necessário uma pesquisa com vistas a organizar e digitalizar e catalogar o acervo da Orquestra Infanto Juvenil da UFRGS, explorando toda riqueza da experiência pelos registros materiais, do acervo técnicos, artísticos e administrativos.

Da mesma forma a pesquisa de instrumentos musicais, de sua morfologia, da teoria musical. Isto posto, o projeto de pesquisa vai aliar as ações estratégicas da Orquestra Estudantil do Areal, através do mapeamento das suas necessidades quanto ao processo de inclusão e acessibilidade. Nestas ações estão previstas a exploração de instrumentos, autores, e interlocutores que facilitem o processo de participação dentro de um conceito ampliado de acessibilidade e inclusão.

A pesquisa é o local de produção de conhecimento acadêmico formal, da registro, da escrita e dos processos de crescimento da área de terapia ocupacional no campo cultural, na acessibilidade, na inclusão e na tecnologia social de oportunidades e fortalecimento de vínculos locais.

Para integrar os processos de ensino, extensão e pesquisa, resgato uma passagem importante mensinada pela regente da orquestra, Marcia Lys Ferreira: Tocar em um grupo oportuniza uma aprendizagem de maneira processual e coletiva permeando o conhecimento estilístico, cognitivo, social e humano, construindo uma trajetória de aprendizagem específica como grupo valorizando a diversidade, solidariedade e apoio às diferenças. É possível tornar perceptível aos alunos a orquestra como um grupo misto, heterogêneo em comportamentos, sonoridades, pensamentos e sentimentos, e a cada encontro, ensaio, aula, apresentação musical, audição, enfim, compreendê-lo como um momento que envolve aprendizagem.

Indicadores, Metas e Resultados

Indicador de Impacto
Quantidade de pessoas com ou sem deficiência ou limitação que tenham interesse em participar da orquestra.
Quantidade de horas que a equipe dedica ao aprendizado e qualificação da performance musical com acessibilidade e inclusão


Indicador de Meta
Quantidade alunos que permanecem na orquestra a partir do início do projeto
Quantidade de Instrumentos adaptados para pessoas com deficiência
Quantidade de alunos em vulnerabilidade social que aderem à orquestra

Indicadores de Processo
Quantidade de parceiros individuais envolvidos no projeto
Quantidade de parceiros institucionais envolvidos no projeto
Quantidade de eventos em que a orquestra
Quantidade de pessoas da comunidade atingida pela orquestra

Equipe do Projeto

NomeCH SemanalData inicialData final
ANGELITA TESSMER DA ROSA
BRUNA SILVA MONTEIRO
CÍNTIA MARINHO PEREIRA
ELISANDRA BIRGIMANN GOMES
FABIANE DOS SANTOS SILVEIRA
FELIPE PERES DOMINGUES
FERNANDA SILVEIRA DAS NEVES
GISIANE DE SOUZA CARVALHO
JULIO CAETANO COSTA12
KETHELEN DA FONSECA BILHALVA DE LIMA
LUANE MARTINS DE PEREIRA
LYS MARCIA HELENA DA SILVA FERREIRA
STEICE DE ANDRADE DE ARAUJO
ZULMA INES MASI GODOY

Recursos Arrecadados

FonteValorAdministrador
Doação da Orquestra Juvenil da UFRGSR$ 30.000,00Coordenador

Plano de Aplicação de Despesas

DescriçãoValor
Equipamentos e material permanente (móveis, máquinas, livros, aparelhos etc.)R$ 30.000,00

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