Nome do Projeto
Uso de inaladores dosimetrados em adultos com doença respiratória crônica: evolução temporal em residentes da zona urbana de Pelotas de 2012 a 2020
Ênfase
Pesquisa
Data inicial - Data final
11/12/2020 - 28/02/2021
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Ciências da Saúde
Resumo
Colaborando para esta necessidade de novos estudos nacionais, os resultados deste estudo servirão para a realização de um comparativo entre o perfil de utilização atual dos inaladores com o perfil evidenciado no estudo realizado em 2011/12, que demonstrou que a utilização de inaladores está 43 abaixo do ideal na população pelotense com diagnóstico autorreferido de asma e/ou DPOC. No estudo prévio (36), o principal motivo para a falta de uso do inalador foi o entrevistado julgar que não necessitava do mesmo, fato que sugere a falta de adesão ao tratamento por parte desses indivíduos. Quando avaliada a técnica, os resultados mostraram que pacientes com menor nível socioeconômico e educacional, bem como aqueles com idade avançada, estavam mais propensos a cometer erros durante a execução da técnica. Neste estudo, apenas 13% da população executou a técnica de maneira totalmente correta (38). Desta maneira, conhecer o perfil atual dos usuários de inaladores dosimetrados e avaliar a técnica de uso dos mesmos permitirá a identificação de novas ou persistentes necessidades destes indivíduos, bem como se houveram alterações na qualidade da informação obtida no momento da prescrição destes medicamentos inalatórios, principalmente com as modificações ocorridas na disponibilidade de medicamentos nos últimos anos. Além disto, será possível identificar o perfil de população mais carente de intervenções no que tange à educação do paciente e melhores estratégias, visando a diminuição de crises/exacerbações relacionadas a estas doenças, refletindo na diminuição de internações e na redução dos gastos evitáveis em saúde.

Objetivo Geral

Objetivo Geral Estimar a prevalência atual e evolução temporal de doenças respiratórias crônicas não
transmissíveis (Asma e DPOC) e utilização de inaladores dosimetrados (aerossóis pressurizados e
inaladores de pó), em adultos da zona urbana de Pelotas, RS. Em uma subamostra: Avaliar a técnica de
uso de inaladores em adultos com essas doenças respiratórias em um período de oito anos após a
disponibilização do medicamento inalatório de forma totalmente gratuita através da rede pública de saúde
na zona urbana de Pelotas, RS.

Justificativa

A asma e a DPOC são passíveis de tratamento para seu controle, o que
reflete na redução da busca por serviços de emergência e menores custos
relacionados a estas doenças. Porém, ambas ainda estão entre as doenças
responsáveis por uma grande quantidade de internações e gastos em saúde
(13, 14).
A garantia da disponibilidade e acesso aos serviços de saúde e a
tratamentos adequados são essenciais para o manejo das doenças
respiratórias crônicas. A introdução dos medicamentos via inalação
dosimetrada no tratamento primário destas doenças trouxe um importante
incremento no controle, principalmente da asma (129, 133).
No Brasil, a expansão de programas que ofertam medicamentos de maneira
gratuita para diversas DCNs contribuiu para a diminuição de internações
hospitalares causadas por condições como a diabetes e a hipertensão (23, 25).
No entanto, houve um incremento no número de internações por asma (134),
refletindo um controle da doença aquém do ideal. Quanto à DPOC, outro
estudo recente mostrou que, entre a população com este diagnóstico, aqueles
que seguem o tratamento adequado não somam um quarto do total (19).
São motivos atribuídos para a existência da lacuna entre o acesso e a
adesão ao tratamento: limitações em relação ao conteúdo das diretrizes de
tratamento e a falta de investimento em educação do paciente sobre o
medicamento inalatório e a maneira correta de utilizá-lo (16, 20). Pesquisas
internacionais (29, 44, 47, 49, 50) têm estudado este tema, porém, poucos
estudos nacionais avaliam a adesão ao tratamento e a correta utilização dos
inaladores, principalmente após a ampliação da disponibilidade de
medicamentos gratuitos, ocorrida no ano de 2011.
Colaborando para esta necessidade de novos estudos nacionais, os
resultados deste estudo servirão para a realização de um comparativo entre o
perfil de utilização atual dos inaladores com o perfil evidenciado no estudo
realizado em 2011/12, que demonstrou que a utilização de inaladores está
43
abaixo do ideal na população pelotense com diagnóstico autorreferido de asma
e/ou DPOC. No estudo prévio (36), o principal motivo para a falta de uso do
inalador foi o entrevistado julgar que não necessitava do mesmo, fato que
sugere a falta de adesão ao tratamento por parte desses indivíduos. Quando
avaliada a técnica, os resultados mostraram que pacientes com menor nível
socioeconômico e educacional, bem como aqueles com idade avançada,
estavam mais propensos a cometer erros durante a execução da técnica.
Neste estudo, apenas 13% da população executou a técnica de maneira
totalmente correta (38).
Desta maneira, conhecer o perfil atual dos usuários de inaladores
dosimetrados e avaliar a técnica de uso dos mesmos permitirá a identificação
de novas ou persistentes necessidades destes indivíduos, bem como se
houveram alterações na qualidade da informação obtida no momento da
prescrição destes medicamentos inalatórios, principalmente com as
modificações ocorridas na disponibilidade de medicamentos nos últimos anos.
Além disto, será possível identificar o perfil de população mais carente de
intervenções no que tange à educação do paciente e melhores estratégias,
visando a diminuição de crises/exacerbações relacionadas a estas doenças,
refletindo na diminuição de internações e na redução dos gastos evitáveis em
saúde.

Metodologia

Delineamento Transversal, no qual será analisada a técnica de uso do dispositivo
inalatório.

População-alvo

Indivíduos com 18 anos ou mais, residentes na área urbana de Pelotas,
RS, identificados no estudo principal como usuários de inaladores
dosimetrados.

Indicadores, Metas e Resultados

Hipóteses
1) A prevalência de diagnóstico médico autorreferido de asma na
população adulta será de aproximadamente 7% em indivíduos com 18
anos ou mais. Já para bronquite crônica e enfisema, as prevalências
serão 4% e 1%, respectivamente.
2) A prevalência do uso dessa terapia será maior em indivíduos do sexo
feminino, com idade avançada, de melhor nível socioeconômico,
tabagistas.
3) O principal motivo para não utilização dos inaladores dosimetrados será
a indisponibilidade do medicamento indicado pelo médico na rede
pública, seguido pela ausência de sintomas. Aproximadamente 40% dos
indivíduos que possuem doença respiratória não utilizarão fármacos
inalatórios.
4) Haverá aumento de 10% na prevalência do uso de inaladores
dosimetrados.

Equipe do Projeto

NomeCH SemanalData inicialData final
FERNANDO CESAR WEHRMEISTER2
GABRIELA AVILA MARQUES
PAULA DUARTE DE OLIVEIRA

Página gerada em 21/12/2024 15:37:40 (consulta levou 0.083444s)