Nome do Projeto
Fitossociologia de diferentes estratos florestais em ambiente invadido por Pittosporum undulatum Vent. e avaliação da madeira para uso energético
Ênfase
Pesquisa
Data inicial - Data final
10/01/2021 - 10/01/2024
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Ciências Agrárias
Resumo
As florestas são responsáveis por mais da metade do território brasileiro, sendo fontes importantes de diversos recursos madeireiros e não madeireiros, contribuindo fortemente com o desenvolvimento e economia do país (CARVALHO; SOARES; VALVERDE, 2005).Neste contexto, torna-se fundamental que se promova ações de restauração ambiental, para que estes ambientes degradados possam voltar a cumprir suas funções ecológicas ecossistêmicas e econômicas. Para iniciar um processo efetivo de restauração ambiental, é necessário primeiramente que se conheça as espécies, dinâmica e estrutura do ambiente, sendo o estudo da fitossociologia importante ferramenta com este objetivo (BRANCALION; GANDOLFI; RODRIGUES, 2015). Diante disto, verifica-se a necessidade de estudos fitossociológicos de áreas invadidas por P. undulatum aliado ao conhecimento das propriedades da madeira, como subsidio ao uso da espécie para fins energéticos, possibilitando o controle da EEI com retorno econômico.
Objetivo Geral
Avaliar a diversidade florística e estrutural de fragmentos florestais com e sem presença de Pittosporum undulatum, bem como fornecer subsídios para uso da madeira como alternativa energética.
Justificativa
O conhecimento da estrutura e fitossociologia de ambientes aonde se encontram espécies exóticas invasoras, são importantes ferramentas para obter respostas de como manejar adequadamente objetivando a diminuição da degradação ambiental, além de potencial para gerar alternativa financeira ou para benefício próprio, como uso da madeira com finalidade energética.
Aliando os conhecimentos fitossociológicos e potencial madeireiro de P. undulatum, estes podem servir como estímulo para implementar estratégias de manejo e controle da espécie.
Aliando os conhecimentos fitossociológicos e potencial madeireiro de P. undulatum, estes podem servir como estímulo para implementar estratégias de manejo e controle da espécie.
Metodologia
O estudo será realizado em dois fragmentos (com e sem a presença da bioinvasora Pittosporum undulatum) de Floresta Estacional Semidecidual, na região fisiográfica Serra do Sudeste (IBGE, 2012) em área de aproximadamente 17 ha, localizado na Estação Experimental Cascata, Embrapa Clima Temperado, Pelotas, RS (Figura 1). O clima da região é classificado de acordo com Köeppen como Cfa (subtropical úmido) (ALVARES et al., 2013).
A área 1, com a presença da bioinvasora, caracteriza-se por espécies de estágios iniciais na sucessão florestal, como Myrsine parvula, Schinus terebinthifolia, Allophylus edulis e Alchornea triplinervia, além de intensa regeneração e presença massiva de P. undulatum. De acordo com o Google Earth, não há histórico de supressão desde 2006 (Figura 2).
A área 2, sem a presença da bioinvasora, caracteriza-se por espécies mais avançadas no estágio sucessional florestal, como Ocotea pulchela, Myrcianthes gigantea, Ilex dumosa e Cedrela fissilis. De acordo com o Google Earth, não há histórico de supressão desde 2006 (Figura 3).
3.2 Delineamento amostral e fitossociologia
O delineamento amostral consistirá em 16 unidades amostrais de 20 x 20 m (0,64 Ha), sendo 8 unidades em cada área (1 e 2) na qual será avaliada a vegetação arbórea representada pelo centímetro a altura do peito a 1,3 m do solo (CAP) ≥ 15 cm, conforme sugerido por Moro e Martins (2011) para levantamentos fitossociológicos para a Mata Atlântica.
A vegetação jovem (CAP < 15 cm e H ≥ 1m) será composta por 64 subparcelas (4 subparcelas x 16 parcelas) de 5 x 5 m cada, totalizando 0,16 Ha. Para vegetação regenerante (H ≥ 10 cm e < 1m) serão constituídas 64 miniparcelas (4 miniparcelas x 16 parcelas) de 2,5 x 2,5 m cada, totalizando 0,04 Ha, conforme sugerido por Dorneles e Negrelle (2000). Para todos estratos de vegetação, será realizado metade das parcelas em área com e sem a presença de P. undulatum.
3.3 Seleção e caracterização da madeira de Pittosporum undulatum
As árvores de P. undulatum serão selecionadas no fragmento florestal em função de seu estado fitossanitário e perfil adulto. Após a seleção as árvores serão cortadas e retiradas a primeira tora (0,10 a 2m) para a confecção dos corpos de prova para os ensaios físicos e mecânicos, conforme a norma ASTM D 2395 (ASTM, 2017) e D143 (ASTM, 2014), sendo confeccionados 10 corpos de prova para cada ensaio. Em seguida, os corpos de prova serão acondicionados em uma câmara climatizada com ambiente controlado (20ºC e 65% de umidade relativa), até atingirem o teor de umidade de 12%.
As propriedades físicas da madeira de P. undulatum serão caracterizadas pela massa específica básica (densidade, e teor de umidade), que consiste na quantidade de matéria lenhosa por unidade de volume. A massa específica básica está relacionada a diversas propriedades tecnológicas da madeira, sendo considerada a propriedade física da madeira mais importante (JUNIOR et al., 2019).
Para calcular a massa específica básica da madeira de P. undulatum, será de acordo com a norma da American Society for Testing and Materials D 2395 (ASTM, 2017), As propriedades mecânicas da madeira serão caracterizadas por meio dos ensaios de flexão estática, compressão paralela a grã e dureza Janka, de acordo com a norma ASTM D143-94 (ASTM, 2014) em uma máquina universal de ensaios (EMIC), com capacidade de carga máxima de 300kN.
A área 1, com a presença da bioinvasora, caracteriza-se por espécies de estágios iniciais na sucessão florestal, como Myrsine parvula, Schinus terebinthifolia, Allophylus edulis e Alchornea triplinervia, além de intensa regeneração e presença massiva de P. undulatum. De acordo com o Google Earth, não há histórico de supressão desde 2006 (Figura 2).
A área 2, sem a presença da bioinvasora, caracteriza-se por espécies mais avançadas no estágio sucessional florestal, como Ocotea pulchela, Myrcianthes gigantea, Ilex dumosa e Cedrela fissilis. De acordo com o Google Earth, não há histórico de supressão desde 2006 (Figura 3).
3.2 Delineamento amostral e fitossociologia
O delineamento amostral consistirá em 16 unidades amostrais de 20 x 20 m (0,64 Ha), sendo 8 unidades em cada área (1 e 2) na qual será avaliada a vegetação arbórea representada pelo centímetro a altura do peito a 1,3 m do solo (CAP) ≥ 15 cm, conforme sugerido por Moro e Martins (2011) para levantamentos fitossociológicos para a Mata Atlântica.
A vegetação jovem (CAP < 15 cm e H ≥ 1m) será composta por 64 subparcelas (4 subparcelas x 16 parcelas) de 5 x 5 m cada, totalizando 0,16 Ha. Para vegetação regenerante (H ≥ 10 cm e < 1m) serão constituídas 64 miniparcelas (4 miniparcelas x 16 parcelas) de 2,5 x 2,5 m cada, totalizando 0,04 Ha, conforme sugerido por Dorneles e Negrelle (2000). Para todos estratos de vegetação, será realizado metade das parcelas em área com e sem a presença de P. undulatum.
3.3 Seleção e caracterização da madeira de Pittosporum undulatum
As árvores de P. undulatum serão selecionadas no fragmento florestal em função de seu estado fitossanitário e perfil adulto. Após a seleção as árvores serão cortadas e retiradas a primeira tora (0,10 a 2m) para a confecção dos corpos de prova para os ensaios físicos e mecânicos, conforme a norma ASTM D 2395 (ASTM, 2017) e D143 (ASTM, 2014), sendo confeccionados 10 corpos de prova para cada ensaio. Em seguida, os corpos de prova serão acondicionados em uma câmara climatizada com ambiente controlado (20ºC e 65% de umidade relativa), até atingirem o teor de umidade de 12%.
As propriedades físicas da madeira de P. undulatum serão caracterizadas pela massa específica básica (densidade, e teor de umidade), que consiste na quantidade de matéria lenhosa por unidade de volume. A massa específica básica está relacionada a diversas propriedades tecnológicas da madeira, sendo considerada a propriedade física da madeira mais importante (JUNIOR et al., 2019).
Para calcular a massa específica básica da madeira de P. undulatum, será de acordo com a norma da American Society for Testing and Materials D 2395 (ASTM, 2017), As propriedades mecânicas da madeira serão caracterizadas por meio dos ensaios de flexão estática, compressão paralela a grã e dureza Janka, de acordo com a norma ASTM D143-94 (ASTM, 2014) em uma máquina universal de ensaios (EMIC), com capacidade de carga máxima de 300kN.
Indicadores, Metas e Resultados
Espera-se compreender a influência da bioinvasora P. undulatum na diversidade florística e estrutural da Floresta Estacional Semidecidual, além de demostrar o potencial energético da espécie, podendo gerar renda e auxiliando assim no manejo da invasora.
Equipe do Projeto
Nome | CH Semanal | Data inicial | Data final |
---|---|---|---|
ERNESTINO DE SOUZA GOMES GUARINO | |||
HENRIQUE VAHL RIBEIRO | |||
KELVIN TECHERA BARBOSA | |||
Marília Lazarotto | 3 | ||
RAFAEL BELTRAME | 4 | ||
RICARDO RIPOLL DE MEDEIROS | 2 | ||
ROBSON ANDREAZZA | 2 | ||
THALES CASTILHOS DE FREITAS |