Nome do Projeto
Turismo, Lazer e Museus: diálogos possíveis
Ênfase
Extensão
Data inicial - Data final
01/08/2021 - 31/07/2025
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Ciências Sociais Aplicadas
Eixo Temático (Principal - Afim)
Cultura / Educação
Linha de Extensão
Turismo
Resumo
O turismo e os museus são fenômenos modernos inseridos em processos de transformação das cidades. Deste modo, muitas vezes, respondem a sistemas de valores e interesses que intensificam processos de segregação socioespacial, conformando novas centralidades urbanas e espaços de investimentos que operam pela lógica da cidade como mercadoria (o valor de uso sobrepujado pelo valor de troca). No entanto, acreditamos que os museus, o turismo e o lazer como espaços de encontro podem representar possibilidades de inclusão social e formação da cidadania por meio do estímulo à ocupação dos espaços da cidade. Assim, nossas ações terão por objetivo pensar e propor ações que trabalhem essas interações entre museus, o turismo e o lazer como possibilidade de inclusão, no qual o indivíduo se apropria de sua própria cidade – reivindicando, assim, seu valor de uso (LEFEBVRE, 2001).
Importante salientar que o presente projeto se caracteriza por uma forte inserção na perspectiva da Museologia Social, consubstanciada em ações culturais e educativas relacionadas à memória, ao patrimônio e ao lazer com profunda preocupação com o desenvolvimento local e com a mudança social de comunidades e territórios, prioritariamente das comunidades, grupos e sujeitos historicamente excluídos, a partir de um processo autônomo e de protagonismo comunitário.
Nossa proposta é desenvolver ações que priorizam a superação das condições de desigualdade e exclusão.
Objetivo Geral
O presente projeto se propõe a pensar, identificar, articular e promover ações que tenham como referência as expressões culturais tradicionais, locais e territoriais, com o intuito de conhecer, visibilizar, valorizar e preservar as memórias, histórias, os patrimônios, os saberes e fazeres, prioritariamente das comunidades, grupos e sujeitos historicamente excluídos; potencializando entidades ou grupos já existentes e que possam contribuir para a transformação social de comunidades e territórios a partir de um processo autônomo e de protagonismo comunitário.
Justificativa
Até pouco tempo os museus eram vistos como instituições aristocráticas, reservados para amantes da arte e intelectuais, ou seja, lugares distantes do povo. Isso começa a mudar, mesmo que lentamente. Os museus recebem um novo conceito historiográfico, assim como novas linguagens em sua concepção enquanto espaço que se fortalece como ambientes mais próximos da população, tornando-os não apenas públicos, mas promovendo a interação na perspectiva de abrir novos caminhos entre os povos.
Os museus vêm se ressignificando e adotando novas propostas de comunicar e expor o patrimônio, incorporando novas formas de interação. Tornaram-se, conforme Lopes e Gomes (2013, s/p), “um espaço de educação e lazer por si mesmo”, de aprendizagem informal - locais de conhecimento, memória e História. Estando a serviço da sociedade e aberto ao público, os museus têm como funções adquirir, preservar, pesquisar, comunicar e expor os testemunhos materiais e imateriais do homem e de sua cultura, para fins de educação, estudo e lazer.
Há aqui uma interseção importante entre os museus, o turismo e o lazer: eles podem ser espaço de (re)interpretação e de novas leituras do mundo, de ensino e aprendizagem, de formação pessoal, de criação, de cidadania, de participação social. Não podemos deixar de considerar, entretanto, alguns contrapontos: os museus, o turismo e o lazer podem representar também formas de segregação, “seja pela sua distribuição espacial, seja pelo preparo e educação necessários aos indivíduos para garantir tal acesso, seja por questões econômicas” (SOUSA; MELO, 2009, p. 9).
Entende-se que o turismo está associado ao desenvolvimento do território, e esse desenvolvimento, primeiramente, deve atender ao bem-estar da população residente, para depois estar adequado para o visitante usufruir do local turístico. Nesse sentido, o turismo, aliado à cidadania, pode desempenhar um papel importante na apropriação de um território por parte de seu morador. Os saberes e fazeres tem uma grande importância porque estão ligados à cultura, ou seja, às temáticas específicas da vida quotidiana.
Atualmente, no Brasil, iniciativas comunitárias expressam seus valores sociais e culturais por meio de processos museológicos.
Nossa proposta é pensar e propor ações contribuindo, dessa maneira, para a construção de mecanismos junto à sociedade com vistas a uma melhor compreensão das realidades. Essa prática é entendida como ato essencial ao processo educativo para potencializar o uso dos espaços públicos e comunitários como espaços formativos.
Buscamos discutir junto às comunidades tradicionais, comunidades locais e comunidades periféricas possibilidades e processos que implicam a relação entre patrimônio, museus, lazer e turismo nesses espaços.
O interesse em ser protagonista de sua própria história tornou-se um ato político de muitos grupos pelo Brasil, e os museus comunitários são reflexos desse interesse, como resultado de movimentos instaurados no século passado, pertinentes até o momento, como os movimentos indígenas, negros, LGBTQIA+, feministas, de pessoas com deficiência (físicas e mentais) e oriundos de comunidades periféricas. Para Abreu (2008), esses grupos sociais se apropriam do patrimônio como instrumento para suas conquistas.
É um desafio para pesquisadores, estudiosos do lazer, turismo e museus, aprofundar tais diálogos, rever conceitos e práticas, aproximar o patrimônio cultural de seu dono por direito: a humanidade.
Nosso projeto tem por base um movimento teórico que reformula práticas e saberes comunitários em torno de suas memórias. Museologia comunitária é um movimento teórico e político e se fundamenta na utilização da memória social “como meio de elaboração de narrativas contra-hegemônicas, repercutindo em museus comunitários, populares, sociais e ecomuseus” (GOUVEIA e PEREIRA 2016, p. 731).
Os museus vêm se ressignificando e adotando novas propostas de comunicar e expor o patrimônio, incorporando novas formas de interação. Tornaram-se, conforme Lopes e Gomes (2013, s/p), “um espaço de educação e lazer por si mesmo”, de aprendizagem informal - locais de conhecimento, memória e História. Estando a serviço da sociedade e aberto ao público, os museus têm como funções adquirir, preservar, pesquisar, comunicar e expor os testemunhos materiais e imateriais do homem e de sua cultura, para fins de educação, estudo e lazer.
Há aqui uma interseção importante entre os museus, o turismo e o lazer: eles podem ser espaço de (re)interpretação e de novas leituras do mundo, de ensino e aprendizagem, de formação pessoal, de criação, de cidadania, de participação social. Não podemos deixar de considerar, entretanto, alguns contrapontos: os museus, o turismo e o lazer podem representar também formas de segregação, “seja pela sua distribuição espacial, seja pelo preparo e educação necessários aos indivíduos para garantir tal acesso, seja por questões econômicas” (SOUSA; MELO, 2009, p. 9).
Entende-se que o turismo está associado ao desenvolvimento do território, e esse desenvolvimento, primeiramente, deve atender ao bem-estar da população residente, para depois estar adequado para o visitante usufruir do local turístico. Nesse sentido, o turismo, aliado à cidadania, pode desempenhar um papel importante na apropriação de um território por parte de seu morador. Os saberes e fazeres tem uma grande importância porque estão ligados à cultura, ou seja, às temáticas específicas da vida quotidiana.
Atualmente, no Brasil, iniciativas comunitárias expressam seus valores sociais e culturais por meio de processos museológicos.
Nossa proposta é pensar e propor ações contribuindo, dessa maneira, para a construção de mecanismos junto à sociedade com vistas a uma melhor compreensão das realidades. Essa prática é entendida como ato essencial ao processo educativo para potencializar o uso dos espaços públicos e comunitários como espaços formativos.
Buscamos discutir junto às comunidades tradicionais, comunidades locais e comunidades periféricas possibilidades e processos que implicam a relação entre patrimônio, museus, lazer e turismo nesses espaços.
O interesse em ser protagonista de sua própria história tornou-se um ato político de muitos grupos pelo Brasil, e os museus comunitários são reflexos desse interesse, como resultado de movimentos instaurados no século passado, pertinentes até o momento, como os movimentos indígenas, negros, LGBTQIA+, feministas, de pessoas com deficiência (físicas e mentais) e oriundos de comunidades periféricas. Para Abreu (2008), esses grupos sociais se apropriam do patrimônio como instrumento para suas conquistas.
É um desafio para pesquisadores, estudiosos do lazer, turismo e museus, aprofundar tais diálogos, rever conceitos e práticas, aproximar o patrimônio cultural de seu dono por direito: a humanidade.
Nosso projeto tem por base um movimento teórico que reformula práticas e saberes comunitários em torno de suas memórias. Museologia comunitária é um movimento teórico e político e se fundamenta na utilização da memória social “como meio de elaboração de narrativas contra-hegemônicas, repercutindo em museus comunitários, populares, sociais e ecomuseus” (GOUVEIA e PEREIRA 2016, p. 731).
Metodologia
Estabeleceu-se como método o contato com lideranças comunitárias, na intenção de mobilizar um número significativo de moradores em torno da proposta de forma ampla e participativa.
Manter discussões permanentes com a comunidade selecionada; participar de iniciativas comunitárias, para que juntos possamos desenvolver diversas atividades relacionadas às áreas de memória, história, patrimônio, educação, turismo e lazer, no intuito do reconhecimento do grupo como uma entidade cultura; desenvolver práticas de educação popular social com os moradores e seus pares; promover rodas de conversa e inventários participativos, etc.
Nosso público será prioritariamente de comunidades, onde, devido aos agravantes das desigualdades, os sujeitos que as compõem enfrentam as duras condições de vida por meio de redes de sociabilidade que compartilham gostos e valores socioculturais. Atuar junto a essas comunidades, grupos e sujeitos historicamente excluídos, potencializando entidades ou grupos já existentes que se utilizam da cultura, do lazer, dos saberes tradicionais e locais para a transformação social das comunidades e dos territórios.
O interesse em ser protagonista de sua própria história tornou-se um ato político de muitos grupos pelo Brasil, e nossa proposta também é reflexo desse interesse, como resultado de movimentos instaurados no século passado, pertinentes até o momento, como o indígena, o negro, o LGBTQIA+, o feminista, os deficientes físicos e mentais, os idosos, as comunidades periféricas, etc. Para Abreu (2008), esses grupos sociais se apropriam do patrimônio como instrumento para suas conquistas. Assim, nos propomos a trabalhar também com questões associadas às desigualdades de raça/ etnia, gênero, orientação sexual, classe, geração, algum tipo de deficiência (física e/ou mental), degradação ambiental, e ao mesmo tempo discutir conjuntamente alternativas baseadas no protagonismo das comunidades, no respeito e valorização da diversidade, em práticas mais sustentáveis.
Manter discussões permanentes com a comunidade selecionada; participar de iniciativas comunitárias, para que juntos possamos desenvolver diversas atividades relacionadas às áreas de memória, história, patrimônio, educação, turismo e lazer, no intuito do reconhecimento do grupo como uma entidade cultura; desenvolver práticas de educação popular social com os moradores e seus pares; promover rodas de conversa e inventários participativos, etc.
Nosso público será prioritariamente de comunidades, onde, devido aos agravantes das desigualdades, os sujeitos que as compõem enfrentam as duras condições de vida por meio de redes de sociabilidade que compartilham gostos e valores socioculturais. Atuar junto a essas comunidades, grupos e sujeitos historicamente excluídos, potencializando entidades ou grupos já existentes que se utilizam da cultura, do lazer, dos saberes tradicionais e locais para a transformação social das comunidades e dos territórios.
O interesse em ser protagonista de sua própria história tornou-se um ato político de muitos grupos pelo Brasil, e nossa proposta também é reflexo desse interesse, como resultado de movimentos instaurados no século passado, pertinentes até o momento, como o indígena, o negro, o LGBTQIA+, o feminista, os deficientes físicos e mentais, os idosos, as comunidades periféricas, etc. Para Abreu (2008), esses grupos sociais se apropriam do patrimônio como instrumento para suas conquistas. Assim, nos propomos a trabalhar também com questões associadas às desigualdades de raça/ etnia, gênero, orientação sexual, classe, geração, algum tipo de deficiência (física e/ou mental), degradação ambiental, e ao mesmo tempo discutir conjuntamente alternativas baseadas no protagonismo das comunidades, no respeito e valorização da diversidade, em práticas mais sustentáveis.
Indicadores, Metas e Resultados
Há um fortalecimento da relação universidade-sociedade, quando acontece um desenvolvimento de ações que possibilitem contribuições aos cidadãos.
Esperamos com essas ações propiciar mudanças sociais, culturais, políticas e ambientais na realidade das comunidades a partir da organização em torno de suas memórias e de seus patrimônios a fim de provocar e estimular a valorização da memória social dos sujeitos, bem como o fortalecimento de suas identidades, impulsionando a melhoria da qualidade de vida das comunidades.
Esperamos com essas ações propiciar mudanças sociais, culturais, políticas e ambientais na realidade das comunidades a partir da organização em torno de suas memórias e de seus patrimônios a fim de provocar e estimular a valorização da memória social dos sujeitos, bem como o fortalecimento de suas identidades, impulsionando a melhoria da qualidade de vida das comunidades.
Equipe do Projeto
Nome | CH Semanal | Data inicial | Data final |
---|---|---|---|
ADRIANA GUSTAVO CARDOSO | |||
AMANDA CAMILY CANDIDO DE GODOI | |||
BEATRIZ BARRETO SAALFELD | |||
CRISTIANO GEHRKE | 7 | ||
DALILA MULLER | 6 | ||
DALILA ROSA HALLAL | 5 | ||
DANIELE GUERREIRO DA ROSA | |||
DANIELE PILATI ZUGE | |||
DANIELY LIMA AMICO | |||
EDUARDA GABRIELA AGRELLO AVILA | |||
Eline Tosta Felipe | |||
FABIOLA ANDRESSA JESKE | |||
FELIPE ARTHUR BARREIRA DE CARVALHO | |||
GABRIEL DOS SANTOS FERNANDES TORRES | |||
GABRIELA DE OLIVEIRA | |||
HELENA DE JESUS ALMEIDA | |||
IANKA GUERREIRO DA ROSA | |||
ISADORA COELHO LIMA | |||
JOAO PEDRO PECCINI RODRIGUES | |||
JOAO VITOR LIMA PEREIRA | |||
JULIA TAJES CUNHA | |||
LUCIANE RODRIGUES PEREIRA DALLMANN | |||
LUNA BIANCO GONÇALVES | |||
LURIAN MORO ZACHER | |||
MACLEIDI DA LUZ | |||
MARIA LUIZA KLEINICKE MORAES HERNANDES | |||
MARIANA OLIVEIRA DOS SANTOS | |||
Marcelo Lopes Lima | |||
Maria Guadalupe Goulart dos Santos | |||
NATHAIS DA COSTA GADEA | |||
NATHALIA MENDES BRANDT | |||
PAOLA CAROLINA ECKERT | |||
REBECCA CHIVIACOWSKY CLARK | |||
RICHARD MARTINS SILVEIRA | |||
STEFANE BELMONTE DA SILVA | |||
STÉFANY KIMBERLY ARMESTO DIAS | |||
THALITA SCHWENSON DOS SANTOS | |||
VITORIA MAILAHN DE PAULA | |||
Valéria Borges |