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18/03/2021 - 31/12/2025

Ciências da Saúde

A perda dentária está associada a resultados gerais adversos de saúde em idosos. No entanto, o mecanismo que leva a esses resultados não é totalmente compreendido. As possíveis explicações para isso são duplas. A má saúde bucal pode causar um estado de inflamação sistêmica, que pode então levar a doenças cardiovasculares, uma via particularmente plausível em indivíduos mais jovens. Alternativamente, a perda dentária é conhecida por prejudicar a nutrição e pode induzir uma série de efeitos adversos por meio dessa via. Embora o número bruto de dentes possa ser usado como uma medida de saúde bucal, o número de pares oclusais oferece informações mais valiosas sobre o nível de funcionamento oral retido pelo indivíduo, ou seja, o estado bucal pode ser pior mesmo com mais dentes remanescentes, caso estes tenham pouca ou nenhuma atividade oclusal. Estudos de saúde bucal e mortalidade levaram em consideração a perda de dentes e suas substituições, mas não enfocaram os pares funcionais de oclusão. Além disso, as doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) apresentam uma prevalência global crescente em alinhamento com o envelhecimento da população, dietas processadas e estilos de vida sedentários, o que resulta em cerca de 41 milhões de mortes a cada ano. A carga global substancial de DNTs surge devido a doenças cardiovasculares, assim como a periodontite também é uma DCNT com uma alta prevalência geral de 45% -50%. Evidências robustas revelam uma associação positiva entre periodontite, doença coronariana e doença cerebrovascular. O sub estudo periodontal detalhado do Health ABC, o longo acompanhamento e a riqueza de eventos tornam-no um conjunto de dados de alta qualidade para testar a hipótese de que o número de pares de oclusão funcional e o estado de saúde periodontal são fatores de proteção contra todas as causas, doenças cardiovasculares e mortalidade cerebrovascular.