Nome do Projeto
Estudo de lesões proliferativas da pele de equinos no sul do Rio Grande do Sul em um período de 20 anos
Ênfase
Pesquisa
Data inicial - Data final
31/03/2021 - 27/12/2022
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Ciências Agrárias
Resumo
Em equinos as patologias cutâneas estão entre as principais queixas clínicas e apesar de raramente levarem os animais à morte, estas afecções são responsáveis por consideráveis perdas econômicas, como, despesas com atendimento veterinário, tratamentos e interrupção de atividades. Diversos estudos no Rio Grande do Sul, no Brasil e em outros países dão conta da importância do sarcoide equino como lesão cutânea nesta espécie animal. Por esta razão os objetivos deste trabalho são estudar a epidemiologia e a distribuição das lesões de sarcoide equino recebidos no Laboratório Regional de Diagnóstico da Faculdade de Veterinária da Universidade Federal de Pelotas (LRD/UFPel) em um período 20 anos, determinando os principais tipos histológicos que ocorrem nos equinos da região de influência do laboratório, bem como confirmar o tipo de papilomavirus envolvido nas lesões. Serão estudadas, também, as demais lesões cutâneas proliferativas que ocorrem nesta espécie animal e qual sua importância na criação de equinos na mesma região. Será realizado um levantamento das lesões do sistema tegumentar de equinos encaminhados ao LRD/UFPel, no período de 2000 a 2020. Dos protocolos de necropsia e/ou lesões encaminhadas serão coletadas as informações referentes à procedência, idade, sexo, localização dos tumores e raça dos animais afetados. Os blocos de parafina serão recortados com 3-5 µm de espessura e as lâminas coradas por hematoxilina e eosina (HE) para descrição dos diferentes tipos de sarcoide. Será realizada avaliação imuno-histoquímica de cada caso para identificar a presença do papilomavirus bovino (BPV) na s lesões.
Objetivo Geral
Determinar a epidemiologia, a distribuição das lesões de sarcoide equino e ocorrência de outras lesões cutâneas proliferativas que ocorrem em equinos LRD/UFPel, entre os anos de 2000 e 2020.
Justificativa
O Brasil está entre os quatro países com o maior rebanho equino do mundo, com mais de cinco milhões de animais (BRASIL 2016), sendo o Rio Grande do Sul o segundo estado com maior número de animais. A equinocultura tem grande importância econômica e social devido aos aspectos culturais e de lazer e também devido à geração de empregos que a criação desta espécie pressupõe (RICHTER 2017). O agronegócio do equino no Brasil movimenta por ano cerca de 7,5 bilhões de reais e gera cerca de 3,2 milhões de empregos diretos e indiretos, além disso, o equino desempenha papeis importantes na sociedade, que vão desde atividades terapêuticas como equoterapia para pessoas especiais, até atividades esportivas e de lazer (ALMEIDA & SILVA, 2010).
As patologias cutâneas estão entre as principais queixas clínicas nesta espécie e apesar de raramente levarem os animais à morte, estas afecções são responsáveis por consideráveis perdas econômicas, como, despesas com atendimento veterinário, tratamentos, interrupção de atividades, não participação em exposições, entre outros. Além disso, as lesões cutâneas são uma importante porta de entrada para outras patologias (CALDAS et al. 2016, ARAGÃO et al. 2018).
Na região Sul do Rio Grande do Sul um estudo retrospectivo de lesões de pele em equinos demonstrou que sarcoide foi a enfermidade mais frequentemente diagnosticada (ASSIS BRASIL et al. 2015). Outras lesões proliferativas encontradas na pele dos equinos na região foram, tecido de granulação, pitiose, carcinoma celular escamoso (CCE), papilomatose e abronemose, em percentuais bem mais reduzidos (ASSIS-BRASIL et al. 2015). Sarcoide tem sido descrito em todo o mundo como uma das principais neoplasias que acometem esta espécie animal. Em um levantamento realizado nos protocolos de necropsia do Laboratório Regional de Diagnóstico da Faculdade de Veterinária da Universidade Federal de Pelotas (LRD/UFPel), entre 2013 e 2020 sarcoide foi, mais uma vez, a principal patologia que acometeu a pele desta espécie animal, seguido por outras lesões proliferativas (VENANCIO, 2020. Dados não publicados). Em estudos realizados em outras regiões do Rio Grande do Sul sarcoide foi, também, a lesão de pele mais prevalente (SOUZA et al. 2011; BIANCHI et al. 2016). Em Santa Catarina, Paraná e no Nordeste brasileiro sarcoide é, também, a principal enfermidade diagnosticada na pele dos equinos (PESSOA et al. 2014; SPRENGER et al. 2014; ARAGÃO et al. 2018).
Sarcoide por ser uma enfermidade que apesar de não causar mortalidade é responsável por prejuízos econômicos consideráveis na criação de equinos (ARAGÃO et al. 2018), é necessário determinar que fatores estão envolvidos na etiologia da mesma, na região sul do Estado, bem como estabelecer que tipos histológicos são mais prevalentes e que medidas podem ser tomadas para minimizar estas perdas. Têm sido descritos seis tipos de sarcoide classificados clinicamente em oculto, verrucoso, nodular, fibroblástico, misto e maligno tendo cada um deles características clinicas e histológicas que sugerem diferenças no comportamento e que podem ser avaliadas para a implementação de tratamentos e/ou prevenção (GOMIERO et al. 2015).
Desta forma os objetivos deste trabalho são estudar a epidemiologia e a distribuição das lesões de sarcoide equino recebidos no LRD/UFPel em um período 20 anos, determinando os principais tipos histológicos que ocorrem nos equinos da região de influência do laboratório, bem como confirmar o tipo do papilomavirus envolvido nas lesões. Serão estudadas, também, as demais lesões cutâneas proliferativas que ocorrem nesta espécie animal e qual sua importância na criação de equinos na região Sul do Rio Grande do Sul.
As patologias cutâneas estão entre as principais queixas clínicas nesta espécie e apesar de raramente levarem os animais à morte, estas afecções são responsáveis por consideráveis perdas econômicas, como, despesas com atendimento veterinário, tratamentos, interrupção de atividades, não participação em exposições, entre outros. Além disso, as lesões cutâneas são uma importante porta de entrada para outras patologias (CALDAS et al. 2016, ARAGÃO et al. 2018).
Na região Sul do Rio Grande do Sul um estudo retrospectivo de lesões de pele em equinos demonstrou que sarcoide foi a enfermidade mais frequentemente diagnosticada (ASSIS BRASIL et al. 2015). Outras lesões proliferativas encontradas na pele dos equinos na região foram, tecido de granulação, pitiose, carcinoma celular escamoso (CCE), papilomatose e abronemose, em percentuais bem mais reduzidos (ASSIS-BRASIL et al. 2015). Sarcoide tem sido descrito em todo o mundo como uma das principais neoplasias que acometem esta espécie animal. Em um levantamento realizado nos protocolos de necropsia do Laboratório Regional de Diagnóstico da Faculdade de Veterinária da Universidade Federal de Pelotas (LRD/UFPel), entre 2013 e 2020 sarcoide foi, mais uma vez, a principal patologia que acometeu a pele desta espécie animal, seguido por outras lesões proliferativas (VENANCIO, 2020. Dados não publicados). Em estudos realizados em outras regiões do Rio Grande do Sul sarcoide foi, também, a lesão de pele mais prevalente (SOUZA et al. 2011; BIANCHI et al. 2016). Em Santa Catarina, Paraná e no Nordeste brasileiro sarcoide é, também, a principal enfermidade diagnosticada na pele dos equinos (PESSOA et al. 2014; SPRENGER et al. 2014; ARAGÃO et al. 2018).
Sarcoide por ser uma enfermidade que apesar de não causar mortalidade é responsável por prejuízos econômicos consideráveis na criação de equinos (ARAGÃO et al. 2018), é necessário determinar que fatores estão envolvidos na etiologia da mesma, na região sul do Estado, bem como estabelecer que tipos histológicos são mais prevalentes e que medidas podem ser tomadas para minimizar estas perdas. Têm sido descritos seis tipos de sarcoide classificados clinicamente em oculto, verrucoso, nodular, fibroblástico, misto e maligno tendo cada um deles características clinicas e histológicas que sugerem diferenças no comportamento e que podem ser avaliadas para a implementação de tratamentos e/ou prevenção (GOMIERO et al. 2015).
Desta forma os objetivos deste trabalho são estudar a epidemiologia e a distribuição das lesões de sarcoide equino recebidos no LRD/UFPel em um período 20 anos, determinando os principais tipos histológicos que ocorrem nos equinos da região de influência do laboratório, bem como confirmar o tipo do papilomavirus envolvido nas lesões. Serão estudadas, também, as demais lesões cutâneas proliferativas que ocorrem nesta espécie animal e qual sua importância na criação de equinos na região Sul do Rio Grande do Sul.
Metodologia
Para execução deste projeto será realizado um levantamento das lesões do sistema tegumentar de equinos encaminhados ao LRD/UFPel, no período de 2000 a 2020. Serão resgatados dos protocolos de necropsia dos arquivos do laboratório os casos de biopsias ou necropsias de equinos cuja história clínica indicava lesão proliferativa/neoplásica de pele. Dos protocolos serão coletadas as informações referentes à procedência, idade, sexo, localização dos tumores e raça dos animais afetados. Em relação à faixa etária, os equinos serão classificados como potros (até 2 anos), adultos jovem (2 a 5 anos), adulto (5 a 10 anos), adulto a idosos (10 a 15 anos) e idosos mais de 15 anos. Quanto à raça, serão classificados em animais com raça definida ou sem raça definida (SRD). Sertão caracterizadas as diferenças histológicas entre os tipos de sarcoide, distribuição anatômica e grau de malignidade de acordo com essas características.
Os blocos de parafina serão recortados com 3-5 µm de espessura e as lâminas coradas por hematoxilina e eosina (HE) para descrição dos diferentes tipos de sarcoide. Será realizada avaliação imuno-histoquímica de cada caso para identificar a presença do Papilomavirus bovino (BPV). Os blocos selecionados dos casos serão cortados com 3 µm de espessura em lâminas positivadas. Serão utilizados anticorpos anti-BPV1 (rb-antiBPV1) e anti-BPV2 (rb-antiBPV2), Dako (B0580) reativo para a proteína do capsideo L1 na diluição de 1: 800, sem recuperação antigênica, conforme a técnica descrita por (GAYNOR et al., 2015). As lâminas serão contra coradas com Hematoxilina de Mayer.
Os blocos de parafina serão recortados com 3-5 µm de espessura e as lâminas coradas por hematoxilina e eosina (HE) para descrição dos diferentes tipos de sarcoide. Será realizada avaliação imuno-histoquímica de cada caso para identificar a presença do Papilomavirus bovino (BPV). Os blocos selecionados dos casos serão cortados com 3 µm de espessura em lâminas positivadas. Serão utilizados anticorpos anti-BPV1 (rb-antiBPV1) e anti-BPV2 (rb-antiBPV2), Dako (B0580) reativo para a proteína do capsideo L1 na diluição de 1: 800, sem recuperação antigênica, conforme a técnica descrita por (GAYNOR et al., 2015). As lâminas serão contra coradas com Hematoxilina de Mayer.
Indicadores, Metas e Resultados
Ao final deste projeto, espera-se ter uma visão do que ocorre em relação ao sarcoide equino e outras lesões proliferativas não infecciosas em equinos da região de influência do LRD/UFPel, possibilitando a tomada de medidas de controle e profilaxia que visem minimizar impactos econômicos na criação desta espécie animal na região. Serão produzidos 2 tgrabalhos científicos publicados em revistas científicas Qualis A e dois resumos para Congressos Científicos na área.
Equipe do Projeto
Nome | CH Semanal | Data inicial | Data final |
---|---|---|---|
ANA LUCIA PEREIRA SCHILD | 8 | ||
ELISA ROCHA DA SILVA | |||
FABIANO DA ROSA VENANCIO | |||
HAIDE VALESKA SCHEID | |||
LUCAS DOS SANTOS MARQUES | |||
LUIZA SOARES RIBEIRO | |||
ROSIMERI ZAMBONI | |||
TÁINA DOS SANTOS ALBERTI |
Recursos Arrecadados
Fonte | Valor | Administrador |
---|---|---|
recursos próprios | R$ 5.000,00 | Coordenador |
Plano de Aplicação de Despesas
Descrição | Valor |
---|---|
339030 - Material de Consumo | R$ 5.000,00 |