Nome do Projeto
Cinema brasileiro, educação e diversidade
Ênfase
Pesquisa
Data inicial - Data final
27/04/2021 - 23/12/2023
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Linguística, Letras e Artes
Resumo
Um projeto para pensar o cinema brasileiro na sua imbricação com o campo da educação: aspectos da formação estética, da difusão de obras em circuitos paralelos educativos e dos processos subjetivos a partir dos filmes. A proposta visa abarcar múltiplos olhares para os dois campos, sempre priorizando obras de impacto social e abordagens que respeitem e valorizam as diversidades.
Objetivo Geral
O projeto tem como objetivo englobar pesquisas e outras ações relacionadas ao cinema em sua ressonância com o campo da educação, no que se refere principalmente ao cinema brasileiro. Para além da tradicional imbricação do cinema com a educação, como por exemplo oficinas em escolas, aqui buscamos dar conta de outros processos subjetivos que dizem desse encontro, com foco na diversidade, nos processos de subjetivação e na invenção de novos mundos possíveis a partir do audiovisual feito no país.
Justificativa
Este projeto de pesquisa tem como objetivo tramar cinema e educação nesta contemporaneidade. Para tal, utilizamos sobretudo teorizações de Gilles Deleuze (2005; 2010) a respeito de cinema e criação, bem como ideias sobre arte e política de Jacques Rancière (2012). O estudo justifica-se tanto pela potência singular da safra contemporânea de filmes nacionais para abertura do espectador à diferença, quanto pela potência da imbricação dos dois campos – cinema e educação – para pensar processos subjetivos e invenção de novos mundos possíveis na contemporaneidade.
De 2011 a 2016, foram lançados em salas comerciais 698 longas-metragens nacionais, de acordo com a Agência Nacional do Cinema - ANCINE. Fora isso, há tantos outros que são produzidos e que não conseguem estrear em salas, ficando restritos a festivais, espaços alternativos ou à internet. São filmes de diferentes matizes, estilos e temáticas variadas, aos quais grande parcela da população não têm acesso.
Ao tramar cinema e educação a partir de uma perspectiva política de abertura à diferença, torna-se urgente sair do clichê que reduz o cinema na escola como um objeto para transmissão de contéudos, como recurso facilitador do ensino-aprendizagem. Inúmeras outras possibilidades para a relação do cinema com a educação surgem em diversas pesquisas no Brasil e no mundo, como na operada pelo francês Alain Bergala (2008). Para o cineasta e pesquisador, o cinema não deve ser introduzido como mais um conteúdo escolar e sim como arte, fugindo da escolarização e das normas de como proceder. Isso significa deixar fluir o encontro de espectadores com a alteridade, sem prescrever sensações ou significações que devam derivar do contato com a obra. Segundo Bergala, é preciso favorecer, através de políticas públicas, o acesso permanente a obras cinematográficas reconhecidas como de qualidade, garantindo diversidade estética, narrativa, geográfica e cultural.
De 2011 a 2016, foram lançados em salas comerciais 698 longas-metragens nacionais, de acordo com a Agência Nacional do Cinema - ANCINE. Fora isso, há tantos outros que são produzidos e que não conseguem estrear em salas, ficando restritos a festivais, espaços alternativos ou à internet. São filmes de diferentes matizes, estilos e temáticas variadas, aos quais grande parcela da população não têm acesso.
Ao tramar cinema e educação a partir de uma perspectiva política de abertura à diferença, torna-se urgente sair do clichê que reduz o cinema na escola como um objeto para transmissão de contéudos, como recurso facilitador do ensino-aprendizagem. Inúmeras outras possibilidades para a relação do cinema com a educação surgem em diversas pesquisas no Brasil e no mundo, como na operada pelo francês Alain Bergala (2008). Para o cineasta e pesquisador, o cinema não deve ser introduzido como mais um conteúdo escolar e sim como arte, fugindo da escolarização e das normas de como proceder. Isso significa deixar fluir o encontro de espectadores com a alteridade, sem prescrever sensações ou significações que devam derivar do contato com a obra. Segundo Bergala, é preciso favorecer, através de políticas públicas, o acesso permanente a obras cinematográficas reconhecidas como de qualidade, garantindo diversidade estética, narrativa, geográfica e cultural.
Metodologia
Leituras sobre cinema, educação e filosofia, com foco nos processos subjetivos e nas temáticas decoloniais e emancipatórias;
Feitura e publicação de artigos sobre cinema, educação e diversidade;
Escrita e envio de resumos e artigos sobre o tema para congressos nacionais e internacionais;
Pre-produção de eventos de pesquisa sobre a temática do projeto;
Orientação de artigos sobre a ampla temática.
Feitura e publicação de artigos sobre cinema, educação e diversidade;
Escrita e envio de resumos e artigos sobre o tema para congressos nacionais e internacionais;
Pre-produção de eventos de pesquisa sobre a temática do projeto;
Orientação de artigos sobre a ampla temática.
Indicadores, Metas e Resultados
A meta é valorizar a imbricação do cinema e da educação, pensando a arte e a cultura como processos formativos, e valorizando a educação como uma potência dentro da sociedade atual. Um dos resultados esperados é a confecção de textos sobre a temática, a publicação desses textos em periódicos e a participação em congressos. Além disso, espera-se incentivar cada vez mais os estudantes da UFPel a valorizarem a arte independente e os filmes brasileiros de impacto social, com maior respeito as diferenças. Outro resultado esperado é a criação futura de uma disciplina optativa, com o mesmo nome do projeto, para ser ministrada conjuntamente na faculdade de cinema e no curso de pedagogia da UFPel.
Equipe do Projeto
Nome | CH Semanal | Data inicial | Data final |
---|---|---|---|
CÍNTIA LANGIE ARAUJO | 1 | ||
REBECA FRANCO FONSECA DE FREITAS | |||
SARA SILVEIRA VOLCAN BRAGA |