Nome do Projeto
Implantação da rede de serviços para acesso a testes de biologia molecular para detecção de Papiloma Vírus em mulheres vivendo com o HIV no âmbito do SUS
Ênfase
Pesquisa
Data inicial - Data final
19/05/2021 - 30/09/2022
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Ciências da Saúde
Resumo
No Brasil a citologia consiste na única ferramenta de rastreamento do câncer do colo do útero desde sua introdução no programa brasileiro na década de 1970.24 Diante do exposto, considera-se estratégica a disponibilização do acesso de testes de biologia molecular de HPV no âmbito do SUS com auto coleta para o rastreio de câncer de colo de útero em mulheres vivendo com HIV que possuem maior chance de progressão de lesões pré-invasivas a câncer invasivo.
Objetivo Geral
Implantar uma rede de serviços que possam disponibilizar acesso a testes de biologia molecular para detecção qualitativa de HPV em mulheres vivendo com o HIV atendidas em unidades que realizam atendimento à saúde sexual e reprodutiva no âmbito do SUS.
Justificativa
A relação causal entre a infecção por HPV de alto risco e lesões pré-cancerosas ou câncer cervical levou ao desenvolvimento de estratégias para aumentar o desempenho do rastreamento e prevenção desse tipo de câncer, cujo enfrentamento possui elevada relevância em saúde pública.11
Estudos randomizados subsidiaram a instituição de protocolos internacionais que empregam testes moleculares para detecção de HPV em substituição a citologia cervical para rastreio de câncer de colo do útero por apresentarem melhor sensibilidade e, portanto, diminuírem os riscos de resultados falso-negativos.10,11,21
No Brasil, encontram-se registrados na ANVISA diversos testes que diferem entre si nos tipos de HPV detectados simultaneamente e na discriminação do resultado conforme tipo(s) de HPV presente(s) na amostra.22
Devido a associação dos HPV do grupo de alto risco (16, 18, 31, 33, 35, 39, 45, 51, 52, 56, 58, 59, 68, 73 e 82) com câncer de colo de útero, a detecção e diferenciação destes tipos são clinicamente relevantes e, portanto, os testes que detectam e discriminam o resultado destes tipos de HPV são preferenciais.3,9,10
No Brasil a citologia consiste na única ferramenta de rastreamento do câncer do colo do útero desde sua introdução no programa brasileiro na década de 1970.23 Diante do exposto, considera-se estratégica a disponibilização do acesso de testes de biologia molecular de HPV no âmbito do SUS para o rastreio de câncer de colo de útero em mulheres vivendo com HIV que possuem maior chance de progressão de lesões pré-invasivas a câncer invasivo.
Estudos randomizados subsidiaram a instituição de protocolos internacionais que empregam testes moleculares para detecção de HPV em substituição a citologia cervical para rastreio de câncer de colo do útero por apresentarem melhor sensibilidade e, portanto, diminuírem os riscos de resultados falso-negativos.10,11,21
No Brasil, encontram-se registrados na ANVISA diversos testes que diferem entre si nos tipos de HPV detectados simultaneamente e na discriminação do resultado conforme tipo(s) de HPV presente(s) na amostra.22
Devido a associação dos HPV do grupo de alto risco (16, 18, 31, 33, 35, 39, 45, 51, 52, 56, 58, 59, 68, 73 e 82) com câncer de colo de útero, a detecção e diferenciação destes tipos são clinicamente relevantes e, portanto, os testes que detectam e discriminam o resultado destes tipos de HPV são preferenciais.3,9,10
No Brasil a citologia consiste na única ferramenta de rastreamento do câncer do colo do útero desde sua introdução no programa brasileiro na década de 1970.23 Diante do exposto, considera-se estratégica a disponibilização do acesso de testes de biologia molecular de HPV no âmbito do SUS para o rastreio de câncer de colo de útero em mulheres vivendo com HIV que possuem maior chance de progressão de lesões pré-invasivas a câncer invasivo.
Metodologia
Estudo transversal com a aplicação de questionário incluindo informações sócio demográficas, comportamentais (atividade sexual, uso de drogas, uso de álcool, uso de fumo) e sobre a receptividade do método de auto coleta de amostras vaginais.População em estudo: mulheres vivendo com HIV de 18 a 64 anos de idade, que já tenham mantido relações sexuais.Critérios de inclusão: mulheres vivendo com
HIV de 18 a 64 anos de idade, que já tenham mantido relações sexuais.Critérios de exclusão: gestantes, mulheres histerectomizadas, mulheres com câncer ginecológico. Tamanho da amostra: O tamanho da amostra foi calculado, conforme tabela abaixo, para estimar a proporção de mulheres que
coletaram o exame de biologia molecular para HPV e que não tinham exame citopatológico em dia. A maior amostra necessária seria de 278 mulheres por local de estudo. Fluxo de captação de amostrasSerão convidadas sequencialmente mulheres vivendo com o HIV atendidas nas unidades ambulatoriais que realizam atendimento integral e monitoramento da infecção pelo HIV participantes do estudo. Profissionais
infectologistas ou demais profissionais da saúde que fizerem parte da equipe multidisciplinar da unidade (a definir em cada local), explicarão sobre o estudo e passarão todas as informações necessárias. Para as MVHIV que concordarem em participar do estudo será apresentado e explicado o TCLE. Após assinatura do TCLE, será ofertada a auto coleta e, no momento da entrega da amostra auto coletada ao profissional, será aplicado um questionário. Auto coleta de amostra e realização dos Exames laboratoriais As participantes da pesquisa receberão o material de auto coleta e um folheto explicativo (Anexo I), que será lido em conjunto com um profissional da saúde habilitado ou ao pesquisador e após a participante poderá
retirar todas as dúvidas que lhe encontrar. A participante fará sua coleta em um banheiro ou sala individual sem a supervisão e entregará sua amostra ao profissional ou ao laboratório, conforme lhe foi orientado pelo profissional. As amostras auto coletadas serão identificadas pelo profissional no momento do recebimento do material, conforme padronização da pesquisa, e armazenada conforme instruções de uso até o envio para o laboratório executor do teste (Laboratório de Biologia Molecular, Microbiologia e Sorologia/LBMMS da Universidade Federal de Santa Catarina). As amostras auto coletadas serão submetidas aos exames de biologia molecular para detecção qualitativa do material genético de HPV,
discriminando-se os resultados em 19 genótipos de alto risco (16, 18, 26, 31, 33, 35, 39, 45, 51, 52, 53, 56, 58, 59, 66, 68, 69, 73 e 82) e nove de baixo risco (6, 11, 40, 42, 43, 44, 54, 61 e 70). Os testes serão executados conforme orientação do fabricante. QuestionárioUm questionário será aplicado com perguntas sobre variáveis sociodemográficas e de comportamento. Além disso será investigado o estado de saúde da paciente e sua opinião sobre a auto coleta do exame.Análise estatísticaSerá estudado o aumento da cobertura do rastreamento de câncer de colo de útero entre mulheres vivendo com HIV com a utilização de testagem para HPV por biologia molecular em comparação com a citopatologia. Serão estudados
também potenciais determinantes desta cobertura como nível socioeconômico, idade, raça/cor, idade de início da atividade sexual, número de parceiros na vida, relações homossexuais, etc.Aspectos éticosO estudo será submetido a aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Medicina da UFPel e será solicitada a assinatura de um termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE). No caso de diagnóstico de infecção por HPV será agendada consulta com médico para orientação e tratamento, conforme diretrizes da Associação Brasileira de Patologia do Trato Genital Inferior e Colposcopia24 (Figura 1). O tratamento será oferecido de forma gratuita para as participantes do estudo.
HIV de 18 a 64 anos de idade, que já tenham mantido relações sexuais.Critérios de exclusão: gestantes, mulheres histerectomizadas, mulheres com câncer ginecológico. Tamanho da amostra: O tamanho da amostra foi calculado, conforme tabela abaixo, para estimar a proporção de mulheres que
coletaram o exame de biologia molecular para HPV e que não tinham exame citopatológico em dia. A maior amostra necessária seria de 278 mulheres por local de estudo. Fluxo de captação de amostrasSerão convidadas sequencialmente mulheres vivendo com o HIV atendidas nas unidades ambulatoriais que realizam atendimento integral e monitoramento da infecção pelo HIV participantes do estudo. Profissionais
infectologistas ou demais profissionais da saúde que fizerem parte da equipe multidisciplinar da unidade (a definir em cada local), explicarão sobre o estudo e passarão todas as informações necessárias. Para as MVHIV que concordarem em participar do estudo será apresentado e explicado o TCLE. Após assinatura do TCLE, será ofertada a auto coleta e, no momento da entrega da amostra auto coletada ao profissional, será aplicado um questionário. Auto coleta de amostra e realização dos Exames laboratoriais As participantes da pesquisa receberão o material de auto coleta e um folheto explicativo (Anexo I), que será lido em conjunto com um profissional da saúde habilitado ou ao pesquisador e após a participante poderá
retirar todas as dúvidas que lhe encontrar. A participante fará sua coleta em um banheiro ou sala individual sem a supervisão e entregará sua amostra ao profissional ou ao laboratório, conforme lhe foi orientado pelo profissional. As amostras auto coletadas serão identificadas pelo profissional no momento do recebimento do material, conforme padronização da pesquisa, e armazenada conforme instruções de uso até o envio para o laboratório executor do teste (Laboratório de Biologia Molecular, Microbiologia e Sorologia/LBMMS da Universidade Federal de Santa Catarina). As amostras auto coletadas serão submetidas aos exames de biologia molecular para detecção qualitativa do material genético de HPV,
discriminando-se os resultados em 19 genótipos de alto risco (16, 18, 26, 31, 33, 35, 39, 45, 51, 52, 53, 56, 58, 59, 66, 68, 69, 73 e 82) e nove de baixo risco (6, 11, 40, 42, 43, 44, 54, 61 e 70). Os testes serão executados conforme orientação do fabricante. QuestionárioUm questionário será aplicado com perguntas sobre variáveis sociodemográficas e de comportamento. Além disso será investigado o estado de saúde da paciente e sua opinião sobre a auto coleta do exame.Análise estatísticaSerá estudado o aumento da cobertura do rastreamento de câncer de colo de útero entre mulheres vivendo com HIV com a utilização de testagem para HPV por biologia molecular em comparação com a citopatologia. Serão estudados
também potenciais determinantes desta cobertura como nível socioeconômico, idade, raça/cor, idade de início da atividade sexual, número de parceiros na vida, relações homossexuais, etc.Aspectos éticosO estudo será submetido a aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Medicina da UFPel e será solicitada a assinatura de um termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE). No caso de diagnóstico de infecção por HPV será agendada consulta com médico para orientação e tratamento, conforme diretrizes da Associação Brasileira de Patologia do Trato Genital Inferior e Colposcopia24 (Figura 1). O tratamento será oferecido de forma gratuita para as participantes do estudo.
Indicadores, Metas e Resultados
Os resultados deste projeto de extensão possibilitarão a formação e fortalecimento de uma rede de assistência para o diagnóstico de infecções por HPV por biologia molecular e para o incremento do diagnóstico de câncer cervical na população de mulheres vivendo com HIV. Os dados obtidos serão importantes para que as políticas públicas para esta população possam se desenvolver adequadamente, pois elas favorecem a eleição de prioridades, o planejamento e execução das ações do Sistema Público de Saúde. Abaixo estão discriminados os resultados esperados por item:
a. Protocolos estabelecidos para determinar os casos em que os testes serão indicados durante o atendimento ginecológico e obstétrico.
b. Parceria estabelecida com serviços públicos que realizam atendimento desta população e que coletarão as amostras genitais.
c. Profissionais capacitados nos serviços públicos para solicitação e realização de coleta das amostras dos testes de biologia molecular para detecção de HPV e câncer cervical.
d. Fluxos estabelecidos para envio das amostras ao laboratório de referência que fará as testagens, bem como forma de emissão de resultados de maneira online pactuada, agilizando o acesso ao laudo pelo profissional solicitante;
e. Comparação entre os resultados dos exames de detecção de HPV por biologia molecular e por método tradicional de Papanicolau nesta população permitindo a opção pela metodologia mais eficiente na detecção do câncer cervical.
a. Protocolos estabelecidos para determinar os casos em que os testes serão indicados durante o atendimento ginecológico e obstétrico.
b. Parceria estabelecida com serviços públicos que realizam atendimento desta população e que coletarão as amostras genitais.
c. Profissionais capacitados nos serviços públicos para solicitação e realização de coleta das amostras dos testes de biologia molecular para detecção de HPV e câncer cervical.
d. Fluxos estabelecidos para envio das amostras ao laboratório de referência que fará as testagens, bem como forma de emissão de resultados de maneira online pactuada, agilizando o acesso ao laudo pelo profissional solicitante;
e. Comparação entre os resultados dos exames de detecção de HPV por biologia molecular e por método tradicional de Papanicolau nesta população permitindo a opção pela metodologia mais eficiente na detecção do câncer cervical.
Equipe do Projeto
Nome | CH Semanal | Data inicial | Data final |
---|---|---|---|
ALINE SCHERER | |||
ANA LIZET FAGÚNDEZ ROJA | |||
AUGUSTO IMANISHI BONAVITA | |||
Aline Cristiane Côrte de Alencar | |||
Ana Gabriela Álvares Travassos | |||
BRUNA LEMPEK TRINDADE DUTRA | |||
BÁRBARA MIGLIORINI NUNES | |||
Bárbara Lima Silva | |||
DANIELA DE OLIVEIRA NAVA | |||
DENISE ARAKAKI-SANCHEZ | |||
Eduardo Campos de Oliveira | |||
Fernanda Sales Soares de Oliveira | |||
Fernando Hartmann Barazzetti | |||
Giulia Bravim Gonçalves | |||
Ingrid Soares Marques Segal | |||
Isabela Teixeira Parma | |||
Isabella Ribeiro Zago | |||
JULIA CAROLINA DA CRUZ VIEIRA | |||
Juliana Alves da Fonseca | |||
KARINA DONATTI | |||
LARISSA ANNE DE SOUZA | |||
LUPÉRCIO SILVA E LAMOUNIER | |||
MARIA EDUARDA STEINMETZ KACZEN | |||
MARIANA MONTOUTO SETTEN | |||
MARIANGELA FREITAS DA SILVEIRA | 10 | ||
MATHEUS AUGUSTO SCHULZ | |||
Marcos André Schörner | |||
Marcos de Assis Moura | |||
Maria Luiza Bazzo | |||
MÔNICA SANTOS PRIMEIRA | |||
NATHALIA DE CASTRO GAYER | |||
NeIsa Maria Pacheco de Oliveira | |||
Pâmela Cristina Gaspar | |||
Raquel Dias Moreira | |||
Tânia Queiroz Reutter Motta | |||
VICTÓRIA ANDRÉ DE MAGALHÃES | |||
Valdir Monteiro Pinto | |||
Victor de Oliveira Bertolini | |||
Waltesia Perini Rocha |