Nome do Projeto
Investimento Estrangeiro Direto e Sustentabilidade Ambiental em Países da América Latina: O Papel das instituições e governança
Ênfase
Pesquisa
Data inicial - Data final
20/05/2021 - 31/12/2024
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Ciências Sociais Aplicadas
Resumo
Durante as últimas décadas, os países da América Latina estabeleceram diversas políticas industriais buscando promover a abertura de seus mercados nacionais protegidos ao comércio internacional e ao investimento direto estrangeiro (IDE). Desde então, as políticas de atração do IDE se tornaram uma prioridade da agenda de política nesses países, especialmente devido à compreensão de que ele configura como fonte potencial de criação de novos empregos e injeção de capital na economia. Porém, pouco se discute como esses investimentos afetam a sustentabilidade ambiental dos países Latino Americanos. Há amplas evidências de estudos que argumentam que países menos desenvolvidos, onde houve um aprofundamento da dívida externa, fez com que instituições de governança global instituíssem medidas mais rígidas a esses países, fazendo-os proporcionar ambientes favoráveis à isenções fiscais e flexibilização de leis ambientais e trabalhistas. Possibilitando assim, a instalação de empresas terceirizadas de países desenvolvidos altamente poluentes e ecologicamente ineficientes. O objetivo deste estudo consiste em analisar os impactos dos fluxos de Investimento Estrangeiro Direto (IDE) na degradação ambiental de países Latino Americanos, bem como a governança das instituições regula o impacto desses investimentos contribuindo para a sustentabilidade ambiental.

Objetivo Geral

Analisar os impactos dos fluxos de Investimento Estrangeiro Direto (IDE) na degradação ambiental de países Latino Americanos, bem como a governança das instituições regula o impacto desses investimentos contribuindo para a sustentabilidade ambiental.

Justificativa

Durante as últimas décadas, os países da América Latina estabeleceram diversas políticas industriais buscando promover a abertura de seus mercados nacionais protegidos ao comércio internacional e ao investimento direto estrangeiro (IDE). Desde então, as políticas de atração do IDE se tornaram uma prioridade da agenda de política nesses países, especialmente devido à compreensão de que ele configura como fonte potencial de criação de novos empregos e injeção de capital na economia
De acordo com Cohen (2007), há, basicamente, três tipos de avaliações diferentes com relação aos impactos do IDE e das operações de empresas multinacionais (EMNs) em economias receptoras: (i) defensores dos negócios internacionais argumentam que a eficiência e know-how da empresa privada permite que filiais estrangeiras desempenhem um papel valioso capaz de acelerar o crescimento econômico e elevar os padrões de vida e níveis de qualificação dos trabalhadores em países de menor renda e crescimento econômico; (ii) os críticos, por sua vez, afirmam que os esforços feitos por empresas estrangeiras, para maximizar seus lucros, são prejudiciais às economias receptoras menos desenvolvidas; e (iii) uma terceira avaliação é de que, em alguns casos, são as condições econômicas e políticas da economia de acolhimento que determinam os efeitos do IDE e de EMNs e, não, o contrário.
Porém, pouco se discute como esses investimentos afetam a sustentabilidade ambiental dos países Latino Americanos, visto a relevância de trazer tal tema a tona devido a popularização da importância do desenvolvimento sustentável a partir dos anos 80, com o Relatório Brundtland. Há amplas evidências de estudos que argumentam que países menos desenvolvidos, onde houve um aprofundamento da dívida externa, fez com que instituições de governança global instituíssem medidas mais rígidas a esses países, fazendo-os proporcionar ambientes favoráveis à isenções fiscais e flexibilização de leis ambientais e trabalhistas. Possibilitando assim, a instalação de empresas terceirizadas de países desenvolvidos altamente poluentes e ecologicamente ineficientes (Bokpin, 2017).
Com isso, criou-se a hipótese de “paraísos poluidores”, onde empresas movem suas operações para países não tão desenvolvidos, aproveitando as regulamentações ambientais menos rigorosas. Assim, o IDE acaba fluindo naturalmente para países com governança mais fraca, sendo esse de países da América Latina, onde os recursos estão sendo explorados economicamente por meio da sua extração desenfreada (Bokpin, 2017).

Metodologia

Buscando responder aos objetivos da pesquisa, buscar-se-á desenvolver um procedimento econométrico para analisar a relação entre as variáveis selecionadas, por meio do método GMM, ou Generalized Method of Moments. As análises são feitas incorporando as variáveis representando: (i) o esgotamento dos recursos naturais; (ii) os influxos de investimento direto estrangeiro; (iii) qualidade institucional e de governaça; (iv) variáveis de controle representando aspectos socioeconômicos dos países da América Latina.
Um ponto importante a ser ressaltado é o papel das instituições estatais e da governança, que quando trabalhadas em conjunto e de maneira articulada, através de políticas, atuam para minimizar os fatores negativos e os impactos potenciais trazidos pelos investimentos estrangeiros, como resposta a proteção e sustentabilidade ambiental.
As escolhas metodológicas levarão em conta as várias preocupações de consistência econométrica que precisam ser consideradas. Essas considerações fundamentaram a escolha do método GMM, pois é considerada uma ferramenta robusta nos casos em que há possibilidade de violação do pressuposto de exogeneidade das variáveis explicativas.

Indicadores, Metas e Resultados

Apesar da crença de que o IDE possa contribuir para eficiência e know-how de empresas locais, contribuindo para o crescimento econômico, bem como para elevar os padrões de vida e níveis de qualificação dos trabalhadores, acredita-se que esses esforços feitos por empresas estrangeiras, para maximizar seus lucros, possam ser prejudiciais à sustentabilidade ambiental das economias Latino Americanas, uma que vez que a instalação de subsidiárias de empresas multinacionais de países desenvolvidos são, em grande parte, altamente poluentes e ecologicamente ineficientes.

Equipe do Projeto

NomeCH SemanalData inicialData final
CLAURE MORRONE BARBAT PARFITT2
JOAO CARLOS DE OLIVEIRA KOGLIN2
NADIA CAMPOS PEREIRA BRUHN4
PRISCILA BORGES MACEDO
THAMÍSIA DIRONG HENKE

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