Nome do Projeto
Associação entre posição socioeconômica ao nascer e escore genético de altura
Ênfase
Pesquisa
Data inicial - Data final
25/05/2021 - 24/02/2023
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Ciências da Saúde
Resumo
O Brasil é um país em que existem muitas desigualdades, e a posição socioeconômica cria ainda mais diferenças de oportunidades entre as pessoas, tanto no que diz respeito ao desenvolvimento físico, emocional e intelectual, quanto nas oportunidades que terão ao longo da vida. É bem conhecido que indivíduos que nasceram pobres são, em média, mais baixos quando adultos do que aqueles que nasceram ricos. Estas diferenças frequentemente são interpretadas como indicativas de que os mais pobres não atingem seu potencial genético de crescimento. Porém, é possível que este potencial seja diferente entre grupos socioeconômicos, o que afetaria esta intepretação de forma bastante relevante. Um exemplo disso seria na adequação da aplicação de uma mesma curva de crescimento a crianças de diferentes contextos socieoconômicos. Esta aplicação pressupõe que o potencial genético de crescimento é igual entre os grupos, mas esta igualdade nunca foi efetivamente avaliada empiricamente de forma direta, utilizando dados genéticos.
Neste projeto, serão utilizados dados da coorte de nascidos vivos em Pelotas/RS em 1982 para avaliar se o potencial genético de crescimento difere entre crianças nascidas em diferentes condições socioeconômicas.
Objetivo Geral
Avaliar se diferenças de potencial genético de crescimento contribuem para diferenças de altura entre subgrupos socioeconômicos da coorte de nascimentos de 1982 de Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil.
Justificativa
Foi observado em diferentes países do mundo e também ao longo dos anos a existência de diferenças de alturas entre pessoas de posições socioeconômicas distintas, em que pessoas que nasceram mais ricas são, em média, mais altas na fase adulta do que pessoas que nasceram mais pobres, além disso, foi visto que as características de vida na infância têm maior peso no desenvolvimento da altura, sendo assim citam que o ambiente na infância tem maior correlação com altura na vida adulta.
É sabido que a altura tem aumentado com o passar dos anos devido a melhora das condições de vida e, por consequência, melhora da saúde, saneamento e alimentação. Porém, a pesquisa será desenvolvida em um país em que as desigualdades são muitas, e sabendo do peso que situações do início da vida tem no crescimento de crianças, essa vertente seria passível de intervenção, pois pior nutrição na infância poderia fazer com que estas crianças que nasceram mais pobres não atinjam seu potencial genético de crescimento.
As curvas de crescimento padronizadas pela OMS são utilizadas no mundo todo e têm o intuito de demonstrar qual deveria ser o crescimento ideal de crianças e adolescentes. Ou seja, o crescimento esperado de crianças que tiveram os cuidados de saúde seguidos, especialmente no que diz respeito à alimentação, dando enfoque na amamentação.
Sendo assim, o estudo para o desenvolvimento das curvas de crescimento foi realizado em populações que viviam em condições socioeconômicas favoráveis no que fiz respeito ao crescimento, em que mães amamentassem seus filhos pelo tempo pré-estabelecido e em que mães não fumassem antes, nem depois do nascimento da criança, além de considerar nascimentos únicos e crianças e adolescentes sem problemas de saúde.
É sabido que existem diferenças de alturas entre sexo masculino e feminino, bem como entre indivíduos com maior renda e maior escolaridade, ou seja, sabe-se que indivíduos que nasceram pobres são, em média, mais baixos quando adultos do que aqueles que nasceram ricos. Sabendo disso, vale citar que a curva é aplicada a diferentes realidades de renda, de alimentação e de saúde, tudo isso baseando-se no pressuposto de que não existe diferença genética entre os indivíduos.
Portanto, ao extrapolar os resultados da curva padronizada da OMS para subgrupos não representados na amostra utilizada para gerar as curvas, existe o risco de subestimar ou superestimar a classificação dos indivíduos caso o pressuposto de igualdade de potencial genético seja violado. Assim, os resultados deste projeto auxiliarão na avaliação deste pressuposto e, consequentemente, na adequação da aplicação de uma mesma curva de crescimento a diferentes realidades socioeconômicas.
É sabido que a altura tem aumentado com o passar dos anos devido a melhora das condições de vida e, por consequência, melhora da saúde, saneamento e alimentação. Porém, a pesquisa será desenvolvida em um país em que as desigualdades são muitas, e sabendo do peso que situações do início da vida tem no crescimento de crianças, essa vertente seria passível de intervenção, pois pior nutrição na infância poderia fazer com que estas crianças que nasceram mais pobres não atinjam seu potencial genético de crescimento.
As curvas de crescimento padronizadas pela OMS são utilizadas no mundo todo e têm o intuito de demonstrar qual deveria ser o crescimento ideal de crianças e adolescentes. Ou seja, o crescimento esperado de crianças que tiveram os cuidados de saúde seguidos, especialmente no que diz respeito à alimentação, dando enfoque na amamentação.
Sendo assim, o estudo para o desenvolvimento das curvas de crescimento foi realizado em populações que viviam em condições socioeconômicas favoráveis no que fiz respeito ao crescimento, em que mães amamentassem seus filhos pelo tempo pré-estabelecido e em que mães não fumassem antes, nem depois do nascimento da criança, além de considerar nascimentos únicos e crianças e adolescentes sem problemas de saúde.
É sabido que existem diferenças de alturas entre sexo masculino e feminino, bem como entre indivíduos com maior renda e maior escolaridade, ou seja, sabe-se que indivíduos que nasceram pobres são, em média, mais baixos quando adultos do que aqueles que nasceram ricos. Sabendo disso, vale citar que a curva é aplicada a diferentes realidades de renda, de alimentação e de saúde, tudo isso baseando-se no pressuposto de que não existe diferença genética entre os indivíduos.
Portanto, ao extrapolar os resultados da curva padronizada da OMS para subgrupos não representados na amostra utilizada para gerar as curvas, existe o risco de subestimar ou superestimar a classificação dos indivíduos caso o pressuposto de igualdade de potencial genético seja violado. Assim, os resultados deste projeto auxiliarão na avaliação deste pressuposto e, consequentemente, na adequação da aplicação de uma mesma curva de crescimento a diferentes realidades socioeconômicas.
Metodologia
O Brasil é um país em que existem muitas desigualdades, e a posição socioeconômica cria ainda mais diferenças de oportunidades entre as pessoas, tanto no que diz respeito ao desenvolvimento físico, emocional e intelectual, quanto nas oportunidades que terão ao longo da vida. É bem conhecido que indivíduos que nasceram pobres são, em média, mais baixos quando adultos do que aqueles que nasceram ricos. Estas diferenças frequentemente são interpretadas como indicativas de que os mais pobres não atingem seu potencial genético de crescimento. Porém, é possível que este potencial seja diferente entre grupos socioeconômicos, o que afetaria esta intepretação de forma bastante relevante. Um exemplo disso seria na adequação da aplicação de uma mesma curva de crescimento a crianças de diferentes contextos socieoconômicos. Esta aplicação pressupõe que o potencial genético de crescimento é igual entre os grupos, mas esta igualdade nunca foi efetivamente avaliada empiricamente de forma direta, utilizando dados genéticos.
Serão utilizados dados da coorte de nascidos vivos em Pelotas/RS em 1982. As variáveis de interesse são: posição socioeconômica da família ao nascimento do membro da coorte; altura aos 2 e 30 anos de idade; e potencial genético de crescimento, medido através de um escore composto por ~700 variantes genéticas associadas com altura de forma robusta em estudos prévios.
Inicialmente, será avaliado se o escore efetivamente prediz altura (variável dependente) nos participantes da coorte (tanto aos 2 quanto aos 30 anos de idade) utilizando regressão linear. Também será avaliada a associação entre posição socioeconômica ao nascer e altura (variável dependente), utilizando regressão linear. É sabido que existe associação positiva, mas o resultado será gerado para fins de completude das análises. Por fim, será avaliada a associação entre o escore alélico (variável dependente) e posição socioeconômica ao nascer utilizando regressão linear.
Serão utilizados dados da coorte de nascidos vivos em Pelotas/RS em 1982. As variáveis de interesse são: posição socioeconômica da família ao nascimento do membro da coorte; altura aos 2 e 30 anos de idade; e potencial genético de crescimento, medido através de um escore composto por ~700 variantes genéticas associadas com altura de forma robusta em estudos prévios.
Inicialmente, será avaliado se o escore efetivamente prediz altura (variável dependente) nos participantes da coorte (tanto aos 2 quanto aos 30 anos de idade) utilizando regressão linear. Também será avaliada a associação entre posição socioeconômica ao nascer e altura (variável dependente), utilizando regressão linear. É sabido que existe associação positiva, mas o resultado será gerado para fins de completude das análises. Por fim, será avaliada a associação entre o escore alélico (variável dependente) e posição socioeconômica ao nascer utilizando regressão linear.
Indicadores, Metas e Resultados
Resultados esperados:
- O escore genético de altura estará positivamente associado com altura propriamente dita.
- A altura será maior naqueles indivíduos que possuem maior nível socioeconômico.
- O escore genético de altura não estará positivamente associado com posição socioeconômica ao nascer
Se estas hipóteses se confirmarem, haverá evidência empírica da adequação da aplicação de curvas de crescimento padronizadas para crianças de diferentes contextos socioeconômicos, além de corroborar a ideia de que diferenças de altura entre indivíduos nascidos mais ou menos ricos devem-se, de fato, a prejuízos de crescimento, configurando uma iniquidade em saúde que pode e deve ser sanada.
- O escore genético de altura estará positivamente associado com altura propriamente dita.
- A altura será maior naqueles indivíduos que possuem maior nível socioeconômico.
- O escore genético de altura não estará positivamente associado com posição socioeconômica ao nascer
Se estas hipóteses se confirmarem, haverá evidência empírica da adequação da aplicação de curvas de crescimento padronizadas para crianças de diferentes contextos socioeconômicos, além de corroborar a ideia de que diferenças de altura entre indivíduos nascidos mais ou menos ricos devem-se, de fato, a prejuízos de crescimento, configurando uma iniquidade em saúde que pode e deve ser sanada.
Equipe do Projeto
Nome | CH Semanal | Data inicial | Data final |
---|---|---|---|
FERNANDO PIRES HARTWIG | 4 | ||
Karisa Roxo Brina |