Nome do Projeto
Avaliação de segurança e eficácia de uma vacina contra a Ceratoconjuntivite Infecciosa Bovina
Ênfase
Pesquisa
Data inicial - Data final
15/09/2021 - 14/08/2022
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Ciências Agrárias
Resumo
Nos últimos anos a criação de gado e a exportação de carne bovina vem aumentando. Para atingir e manter os índices de produtividade, uma das estratégias é o controle de doenças nos rebanhos. Dentre elas está a Ceratoconjuntivite Infecciosa Bovina (CIB). A forma mais eficiente de controlar essa doença é através da utilização de vacinas. Dessa forma, o objetivo deste trabalho é avaliar a segurança e eficácia de uma vacina contra a CIB. Dez bovinos da raça Hereford ou Aberdeen Angus com idade aproximada de 1 ano serão utilizados. Cinco desses animais serão desafiados com a amostra pré-selecionada, conforme metodologia descrita por Reyes (1987). Após a agressão os animais serão revisados diariamente durante uma semana. Caso algum animal apresente sinais compatíveis com CIB, o mesmo será tratado com antibiótico via glândula lacrimal conforme descrito por Gil Turnes e de los Santos (2016). Para o teste de segurança serão utilizados 30 animais da raça Hereford ou Aberdeen Angus com idade aproximada de 1 ano, todos pertencentes ao mesmo lote. Os animais serão divididos aleatoriamente em 3 grupos de 10 animais cada: grupo controle negativo (GN), grupo controle positivo (GP) e grupo vacinado (GV). Para descartar possíveis portadores e evitar interferência de desafio natural, serão coletadas amostras de secreção ocular de todos os animais, de ambos os olhos, através de suabes estéreis, sendo imediatamente semeados em meio Agar sangue e incubados a 37ºC por 48 horas. Caso ocorra crescimento de colônias bacterianas, estas serão identificadas. Caso se confirme a presença de M. bovis, o animal será retirado do experimento e substituído por outro. Os animais do grupo GV receberão a vacina LaboVet aos dias 0 e 21 de experimento. Os grupos GN e GP não serão vacinados. A partir do dia 1 e do dia 22 de experimento os animais serão acompanhados diariamente durante duas semanas. Qualquer reação no local da administração da vacina será registrada, acompanhada e tratada (EMEA, 2008). Aos 42 dias de experimento, os grupos GP e GV serão desafiados no olho esquerdo com a uma suspensão de M. bovis heteróloga, selecionada previamente, conforme Reyes (1987). Após a agressão experimental, os animais serão observados durante 30 dias, conforme Reyes (1987). Serão avaliados os dois olhos dos animais. As lesões nos olhos agredidos serão classificadas conforme Comin (2018). Quando for detectado algum tipo de lesão no olho agredido, será coletada amostra de secreção ocular do olho afetado através de suabe estéril, sendo imediatamente semeado em meio Agar sangue e incubado a 37ºC por 48 horas. Após, será realizada caracterização bioquímica da amostra para confirmação de M. bovis. Caso algum animal apresente sinais compatíveis com CIB, o mesmo será tratado com antibiótico via glândula lacrimal conforme descrito por Gil Turnes e de los Santos (2016).

Objetivo Geral

Avaliar a segurança e eficácia de uma vacina contra a Ceratoconjuntivite Infecciosa Bovina.

Justificativa

Para atingir e manter os índices de produção atuais, uma das estratégias é o controle de doenças nos rebanhos, as quais tem impacto de 20% na criação de animais em todo o mundo (EMBRAPA, 2021). Dentre elas está a Ceratoconjuntivite Infecciosa Bovina (CIB), a qual é uma das doenças oculares mais frequentemente detectada em ruminantes (TORRES, 2013). Esta doença possui alta morbidade, podendo afetar até 80% do rebanho, sendo uma das doenças oculares mais relevantes do mundo (POSTMA et al., 2008). Dessa forma, a CIB possui um impacto econômico relevante, em consequência da perda da visão, gerando perda de peso, dificuldades de manejo e custo de tratamentos (SLATTER et al., 1982, TROUT e SCHURIG, 1985, SHRYOCK et al., 1998, MARRION e RILEY, 2000). A forma mais eficiente de controlar a CIB é através da utilização de vacinas (CONCEIÇÃO e GIL-TURNES, 2003), sendo a medida profilática mais comumente aplicada para proteger os animais da doença (MABONI, 2013). No entanto, frequentemente a proteção induzida pela vacina não é satisfatória (BURNS e O’CONNOR, 2008). Apesar da existência de vacinas contra CIB, a profilaxia é, em geral, prejudicada por situações de ineficácia de vacinas comercialmente disponíveis (O’CONNOR et al., 2011). Ter uma vacina segura e eficaz no sistema de produção animal é essencial. Dessa forma, este trabalho busca avaliar a segurança e eficácia de uma vacina contra a CIB.

Metodologia

Inicialmente, a cepa de Moraxella bovis utilizada na vacina será caracterizada por teste de autoaglutinação e hemaglutinação conforme descrito por Gil Turnes (1983). Após, cepas de M. bovis da coleção do Laboratório de Bacteriologia do setor de Doenças Infecciosas da Faculdade de Veterinária da UFPel serão utilizadas. As bactérias serão caracterizadas e uma será selecionada conforme histórico. Dez bovinos da raça Hereford ou Aberdeen Angus com idade aproximada de 1 ano serão utilizados. Cinco desses animais serão desafiados com a amostra pré-selecionada, conforme metodologia descrita por Reyes (1987). Após a agressão os animais serão revisados diariamente durante uma semana. Caso algum animal apresente sinais compatíveis com CIB, o mesmo será tratado com antibiótico via glândula lacrimal conforme descrito por Gil Turnes e de los Santos (2016). Para o teste de segurança serão utilizados 30 animais da raça Hereford ou Aberdeen Angus com idade aproximada de 1 ano, todos pertencentes ao mesmo lote. Os animais serão divididos aleatoriamente em 3 grupos de 10 animais cada: grupo controle negativo (GN), grupo controle positivo (GP) e grupo vacinado (GV). Para descartar possíveis portadores e evitar interferência de desafio natural, serão coletadas amostras de secreção ocular de todos os animais, de ambos os olhos, através de suabes estéreis, sendo imediatamente semeados em meio Agar sangue e incubados a 37ºC por 48 horas. Caso ocorra crescimento de colônias bacterianas, estas serão identificadas. Caso se confirme a presença de M. bovis, o animal será retirado do experimento e substituído por outro. Os animais do grupo GV receberão a vacina LaboVet aos dias 0 e 21 de experimento. Os grupos GN e GP não serão vacinados. A partir do dia 1 e do dia 22 de experimento os animais serão acompanhados diariamente durante duas semanas. Qualquer reação no local da administração da vacina será registrada, acompanhada e tratada (EMEA, 2008). Aos 42 dias de experimento, os grupos GP e GV serão desafiados no olho esquerdo com a uma suspensão de M. bovis heteróloga, selecionada previamente, conforme Reyes (1987). Após a agressão experimental, os animais serão observados durante 30 dias, conforme Reyes (1987). Serão avaliados os dois olhos dos animais. As lesões nos olhos agredidos serão classificadas conforme Comin (2018). Quando for detectado algum tipo de lesão no olho agredido, será coletada amostra de secreção ocular do olho afetado através de suabe estéril, sendo imediatamente semeado em meio Agar sangue e incubado a 37ºC por 48 horas. Após, será realizada caracterização bioquímica da amostra para confirmação de M. bovis. Caso algum animal apresente sinais compatíveis com CIB, o mesmo será tratado com antibiótico via glândula lacrimal conforme descrito por Gil Turnes e de los Santos (2016).

Indicadores, Metas e Resultados

No grupo GN espera-se a não observação de lesões compatíveis com CIB. Já no grupo GP espera-se que haja lesões compatíveis com CIB, no olho esquerdo, em, pelo menos, 80% dos indivíduos e que a M. bovis seja isolada dos olhos afetados. Já nos olhos direito desses animais espera-se que não haja lesões.
No grupo GV espera-se que não haja lesões de qualquer tipo nos olhos não agredidos (olho direito). Já nos olhos desafiados (olho esquerdo) espera-se que haja lesões compatíveis com CIB em, no máximo, 20% dos indivíduos e que a M. bovis seja isolada dos olhos afetados.

Equipe do Projeto

NomeCH SemanalData inicialData final
JOAO RODRIGO GIL DE LOS SANTOS20
Kelli de Oliveira Carneiro
RENATA COSTA SCHRAMM8
Ângela Cristina de Oliveira Lima

Fontes Financiadoras

Sigla / NomeValorAdministrador
LaboVet / Labovet Produtos Veterinários Ltda.R$ 67.170,00Fundação Delfim Mendes da Silveira

Plano de Aplicação de Despesas

DescriçãoValor
339020 - Auxílio Financeiro a PesquisadorR$ 6.000,00
339018 - Auxílio Financeiro a EstudantesR$ 44.879,16
339147 - Obrigações Tributárias e ContributivasR$ 6.300,84
339039 - Outros Serviços de Terceiro - Pessoa JurídicaR$ 9.990,00

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