Nome do Projeto
Repensando os métodos de avaliação da graduação em Odontologia na UFPel
Ênfase
Pesquisa
Data inicial - Data final
13/07/2021 - 30/07/2022
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Ciências da Saúde
Resumo
A avaliação do processo de ensino-aprendizagem é fundamental para possibilitar o aprimoramento da aprendizagem do aluno e a melhora do ensino do professor. Assim, o objetivo deste trabalho é estudar os métodos de avaliação das habilidades nas atividades práticas no ensino de odontologia da Universidade Federal de Pelotas e elaborar um guia de avaliação na formação de Odontologia. Será realizado um estudo exploratório transversal do processo de ensino-aprendizado de atividades práticas da Odontologia do ano de 2019, avaliadas nos planos de ensino do ano de 2019 e por dados obtidos de formulários eletrônicos de discentes e de docentes. A população do estudo será composta por acadêmicos de odontologia da UFPel matriculados do 4º a 10º nos semestres em 2019 e professores atuantes em disciplinas clínicas ou laboratoriais que possuíram algum tipo de avaliação prática neste mesmo período. Os instrumentos de avaliação foram elaborados para serem aplicados pelo formulário eletrônico da plataforma Google for Education (Google Formulários). Com duas tentativas de retorno de respostas e os respondentes assinarão o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Para a realização da análise estatística serão realizados os testes de hipótese para frequências, trabalhando com o Teste Exato de Fisher e/ou Qui-Quadrado, considerando uma significância máxima de 5% (p <0,05). A partir dos resultados dos três instrumentos utilizados será elaborado um guia de sugestão de avaliação da atividade prática na formação de Odontologia. 

Objetivo Geral

Estudar os métodos de avaliação das habilidades nas atividades práticas no ensino de odontologia da UFPel no ano de 2019.


Justificativa

Nos últimos meses a Faculdade de Odontologia da UFPel está passando por importantes mudanças estruturais e curriculares, acarretados principalmente por conta da pandemia de COVID-19. Nesse contexto, também é relevante repensar as formas de avaliações dos discentes e saber o que pensam discentes e docentes dos atuais métodos avaliativos, visto que o curso de Odontologia possui uma grande parte da sua formação de atividades práticas, de difícil avaliação.
O Projeto Pedagógico do Curso descreva ser centrado no estudante como sujeito da aprendizagem, como construtor ativo do seu saber e tem o professor como facilitador e mediador do processo ensino-aprendizagem, em que a avaliação do ensino e da aprendizagem engloba: avaliação discente e docente e de unidades/disciplinas. A avaliação discente é engloba a avaliação das habilidades e dos conhecimentos básicos adquiridos. Na avaliação das habilidades e competências mensuráveis, de acordo com os planos de ensino propostas em cada disciplina (disponível no COBALTO). Ela envolve acompanhamento diário nas atividades práticas, resultando em notas práticas com especificidades de cada disciplina, além da frequência. Quando em atendimento clínico, o acompanhamento do treinamento prático é conduzido considerando o emprego das técnicas, filosofia de tratamento, além dos cuidados com a biossegurança, postura para com o tratamento integral, zelo pelo patrimônio público (PPC, 2019).
Embora exista este entendimento, parece existir deficiência nos critérios de avaliação do aprendizado no curso. A realização de planos de ensinos com critérios de avaliação subjetivos e, ainda escassez de trabalhos que dissertem sobre os processos avaliativos na odontologia. Historicamente, a palavra avaliação tem estado vinculada a uma dimensão classificatória de atribuir juízo de valor, de julgamento, de regulação, utilizada como um instrumento de poder e controle que aprova ou reprova, transformando em valor absoluto o que pode ser relativo (MASETTO; PRADO, 2004). Este problema está presente em muitas outras Faculdades de Odontologia, demonstrando que o assunto se constitui num grande desafio à comunidade acadêmica na área da Odontologia (SECCO; PEREIRA, 2004). Importante destacar que na “avaliação da aprendizagem”, se faz necessário, em princípio, estabelecer uma relação de cumplicidade entre estas duas palavras, posto que a avaliação, enquanto processo de ensino-aprendizagem, refere-se ao percurso percorrido por professor e aluno, tornando-se, a priori, o referencial (MASETTO; PRADO, 2004). Desta forma, é importante um estudo que trate dos parâmetros avaliativos da formação do cirurgião-dentista e que possa servir de subsídio para melhorar o processo de ensino-aprendizado.
Com a hipótese que a avaliação das habilidades práticas da odontologia da UFPel apresenta deficiências tanto na escrita quanto na percepção dos envolvidos no processo. O presente trabalho tem como meta não somente identificar os atuais métodos de avaliação discente do curso, mas como também propor métodos mais confiáveis para futuras avaliações discentes. Bem como auxiliar os docentes na utilização de uma metodologia avaliativa mais eficiente nos processos de avaliação.

Metodologia

1 Delineamento, população e amostra
Será realizado um estudo exploratório transversal do processo de ensino- aprendizado de atividades práticas da Odontologia do ano de 2019, avaliadas nos planos de ensino do ano de 2019 e por dados obtidos de formulários eletrônicos de discentes e de docentes. A população do estudo será composta por acadêmicos de odontologia da UFPel matriculados do 4º ao 10º semestres no ano de 2019 e professores atuantes em disciplinas clínicas ou laboratoriais que possuem algum tipo de avaliação prática.

2 Critérios de inclusão e exclusão
Serão incluídos no estudo os planos de ensino de disciplinas que apresentam atividades práticas do ano de 2019 e que forem disponibilizados pelo Colegiado de Curso. Também os formulários devidamente preenchidos e que demonstrarem estar de acordo com o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, que estará disponível na primeira sessão dos questionários.
Os participantes que não concordam com o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido serão direcionados para o fim do formulário eletrônico, não respondendo nenhuma questão relacionada ao estudo, sendo automaticamente excluídos da amostra. Além disso, os planos de ensino dos estágios curriculares, das disciplinas exclusivamente teóricas e das teóricas-práticas das áreas básicas (1º a 3º semestre) também serão excluídos por não atender ao objetivo do estudo.

3 Coleta de dados
Os dados serão coletados a partir de três instrumentos: ficha de avaliação do plano de ensino, o formulário docente e formulário discente.

3.1 Avaliação do plano de ensino
A avaliação do desempenho em atividades práticas é considerada um método de avaliação por observação de aluno. A observação de aluno deve ser baseada em anotações diárias em planilhas. Nela deve conter o ítens a serem considerados e critérios de cada um, como por exemplo: habilidade técnica, biossegurança, postura, assiduidade, envolvimento/interesse, zelo pelo patrimônio público, etc. Como a observação é um método mais subjetivo, é mais difícil haver uma nota exata para os quesitos, faça anotações e opte por conceitos – A, B, C e D, por exemplo – para ter uma noção do que foi avaliado em cada caso.
Para este este item será utilizado uma ficha especifica (Apêndice A) para coletar o que consta sobre o sistema de avaliação nos planos de ensino disponibilizados nos semestres letivos de 2019.

3.2 Questionários
Para a realização deste estudo foi elaborado dois questionários como instrumentos de coleta de dados, elaboradas visando atender os objetivos desta pesquisa, sendo que o mesmo será aplicado usando a plataforma Google for Education (Google Formulários). As questões foram elaboradas a partir da literatura (PELUSO, TAVARES, D’ELLA, 2000; SORDI,1995; SORDI, SILVA, 2010).
Antes da aplicação, os formulários eletrônicos passarão pela fase de pré-teste, para, posteriormente, ser repassado via e-mail do COBALTO. A realização dessa fase é de extrema importância, visto que sua finalidade é evidenciar possíveis falhas na redação do questionário, tais como: complexidade das questões, imprecisão na redação, questões desnecessárias, constrangimentos ao informante, exaustão, etc (GIL, 2019).
A aplicação dos formulários aos docentes e discentes conforme links específicos serão encaminhados pelo Sistema de Comunicação Integrado da Universidade (COBALTO) e ficarão disponíveis para respostas durante 2 semanas, permitindo que os participantes respondam aos questionamentos apenas uma vez. Haverá uma segunda tentativa, por mais 48 horas, para respostas dos refratários.

3.2.1 Formulário docente:
O instrumento de avaliação docente, apêndice B, é um formulário eletrônico da plataforma Google for Education (Google Formulários) composto, por 22 questões(https://docs.google.com/forms/d/1jixcYQwzKXhVy0zh3TFKIb2AysD4UI6YSlZOuAvu-XU/edit). Das informações prestadas no formulário eletrônico serão considerados os dados da formação: tempo de formação, tempo de docência, entre outros. Das opiniões: quais métodos de avaliações são mais funcionais, o que poderia ser realizado para melhorá-los, etc.
Na fase de pré-teste, o mesmo será respondido por 10 docentes que não fazem parte da pesquisa em si. Após a fase de pré-testes, o formulário será disponibilizado, em definitivo, para o público-alvo. A coleta dos dados será realizada a partir do formulário, aplicado digitalmente, buscando atingir o maior número de respondentes possíveis. O preenchimento dos formulários será realizada pelos docentes que atuam nas disciplinas clínicas ou laboratoriais do curso de graduação em Odontologia da Universidade Federal de Pelotas (UFPel).

3.2.2 Formulário discente:
O instrumento de avaliação discente, apêndice C, é um formulário eletrônico da plataforma Google for Education (Google Formulários) composto, por 18 questões(https://docs.google.com/forms/d/1PQKhasfZLFtJJXGWMfT3ajfUeP4jNXgBdnlYYzb4_vA/edit). O questionário envolve informações como: semestre, questionamento de métodos de avaliação de habilidades práticas de diferentes unidades de ensino do curso de odontologia, etc. O mesmo será aplicado aos discentes matriculados do 4º ao 10º semestres no ano de 2019, após a fase de pré-teste que será conduzida com alunos que não irão participar da coleta de dados.

4 Análise dos dados
A análise dos planos de ensino serão qualitativas e quantitativas. Os dados coletados a partir dos formulários eletrônicos serão digitados em duplicidade no programa Microsoft Excel, com condução de validade e avaliados pelo pacote estatístico Stata 11.0. Serão realizados os testes para avaliar as frequências, trabalhando com o Teste Exato de Fisher e/ou Qui-Quadrado, considerando uma significância máxima de 5% (p <0,05).
A partir dos 3 instrumentos utilizados será elaborado um guia de sugestão de avaliação da atividade prática na formação de Odontologia. 

5 Aspectos éticos
O presente estudo foi aprovado com o parecer 4.707.464 pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), uma vez que a pesquisa inclui a participação de seres humanos. Este estudo se enquadra na modalidade de pesquisa de risco mínimo de acordo com a resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde. Para não haver risco de constrangimento aos voluntários ao responder, o formulário foi elaborado de forma que nenhuma pergunta de opinião será obrigatória, permitindo que, se o respondente se sentir constrangido, não responda a pergunta em si ou ainda poderá, a qualquer momento, interromper sua participação na pesquisa.
O principal benefício da participação dos voluntários é que os resultados deste estudo propiciarão detectar fragilidades e pontos fortes do processo de ensino-aprendizagem que, como princípio, estabelece uma relação de cumplicidade entre estas duas palavras e envolve o professor e o aluno. Estas informações também fornecerão subsídios para a elaboração de um guia de diretrizes para a avaliação da atividade prática na formação de Odontologia, na busca de uma melhora do processo ensino-aprendizado, com benefícios tanto aos docentes como aos discentes.
Como será participação voluntária, os respondentes do estudo assinarão o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, que fará parte do formulário (seção 1 dos apêndices B e C). Os indivíduos que não concordarem com o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido serão direcionados para o fim do formulário eletrônico, não respondendo nenhuma questão e, sendo automaticamente excluídos da amostra.

Indicadores, Metas e Resultados

1 Identificar os pontos fortes e as fraquezas no processo de avaliação, a partir do descrito no plano de ensino;
2 Analisar o processo de avaliação de acordo com o relato discente e docente;
3 Elaborar um guia de avaliação na formação de Odontologia. 

Equipe do Projeto

NomeCH SemanalData inicialData final
ANA REGINA ROMANO3
MATHEUS SILVA DE FARIAS

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