Nome do Projeto
Ordenha Robotizada no Brasil: análise de investimento, custo de produção e proposta para gestão de indicadores de desempenho
Ênfase
Pesquisa
Data inicial - Data final
01/09/2021 - 31/08/2025
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Ciências Agrárias
Resumo
A pesquisa tem como objetivo desenvolver um modelo matemático de cálculo de custos para implantação em um sistema de ordenha robotizado, com objetivo de avaliar a viabilidade econômica do mesmo bem como propor condições sob as quais o sistema seria economicamente viável. O Brasil é um dos maiores produtores de leite do mundo. A produção tem se elevado com o passar dos tempos, porém o número de vacas ordenhadas e de granjas leiteiras tem diminuído. Os produtores acabam por serem levados a investir em tecnologia avançada, para diminuir o custo de produção e liberarem maior tempo da mão de obra em outras atividades da propriedade. O sistema de ordenha robotizada é visto como uma solução para este momento da bovinocultura leiteira no país. Já se estima que haja mais de 400 propriedades com o sistema instalado no Brasil. Sendo um sistema novo no país, ainda há dificuldade de qualificar a eficiência econômica deste método de ordenha. Sendo assim é importante o conhecimento do custo da implantação deste sistema para se obter uma produção economicamente viável. Os resultados esperados são: disponibilização de uma ferramenta de cálculo de custos e da rentabilidade do sistema de ordenha robotizada no Brasil; definição de condições econômicas e zootécnicas sob as quais o sistema de ordenha robotizada torna-se viável. Com os dados publicados espera-se poder auxiliar a tomada de decisão por parte dos pecuaristas brasileiros em relação a esta uma nova tecnologia.
Objetivo Geral
- Obter Modelo matemático para cálculo de custo e rentabilidade do Sistema de ordenha robotizada no brasil, com a intenção de posteriormente fixados os índices analisados poder transpor a limitante tempo.
- Desenvolver um modelo para simulação econômica da obtenção de um sistema de ordenha robotizada.
- Analisar a viabilidade econômica da utilização da ordenha robotizada nas regiões administrativas do Brasil.
- Definir os valores econômicos dos bovinos de leite submetidos ao SOR, associados a produção de leite, porcentagem de gordura, porcentagem de proteína no leite e contagem de células somáticas (CCS).
- Desenvolver um modelo para simulação econômica da obtenção de um sistema de ordenha robotizada.
- Analisar a viabilidade econômica da utilização da ordenha robotizada nas regiões administrativas do Brasil.
- Definir os valores econômicos dos bovinos de leite submetidos ao SOR, associados a produção de leite, porcentagem de gordura, porcentagem de proteína no leite e contagem de células somáticas (CCS).
Justificativa
O Brasil no ano de 2018 atingiu a marca de terceiro maior produtor de leite in natura do mundo (FAOSTATS, 2020) com média de 34,9 bilhões de toneladas produzidas estando atrás somente de EUA e Índia. Pode-se observar uma crescente produção de leite no cenário nacional na última década, partindo de 19,7 bilhões de litros no ano de 2000 para o montante de 34,8 bilhões de litros no ano de 2019, destacando a grande influência das regiões Sudeste e Sul, sendo juntas responsáveis por mais da metade da produção leiteira do Brasil.
No ano de 2019 o Brasil alcançou o marco de R$ 642 bilhões em valor bruto da produção agropecuária (VBP), sendo este o maior valor já encontrado desde o ano de 2005, no qual a produção leiteira correspondeu a 5,4%, segundo MAPA (2020). Naquele mesmo ano a pecuária leiteira foi responsável pela produção de 35 bilhões de litros de leite, gerando um valor total de R$ 56,39 milhões, conforme registrado pela CNA (2020).
É evidente que a pecuária leiteira tem grande importância no PIB brasileiro, porém o número de vacas ordenhadas tem diminuído ao longo dos últimos cinco anos, diminuição está também acompanhada pela queda no número de propriedades leiteiras no Brasil. De acordo com o Censo Agropecuário 2017, durante os últimos 11 anos, cerca de 175 mil propriedades leiteiras, desistiram da atividade. Conclui-se então que é de extrema importância para os produtores e para o país, uma maior tecnificação da atividade leiteira.
O produtor cada vez mais considera a tecnificação do sistema não somente como uma superfluidade, mas sim uma necessidade de se manter no mercado competitivo. A automação entra no processo de produção leiteira com o intuito de intensificar a atividade que necessita de uma considerável força de mão de obra e relativamente intensiva base de capital. Visando uma maior capacidade de trabalho e maior produtividade, os sistemas de ordenha robotizada (SOR) tem sido cada vez mais utilizados como uma alternativa de tecnificação do sistema.
Existiam mais de 40.000 SOR em funcionamento no mundo, sendo que 2.500 estão nos EUA (Tranel, 2017). No Brasil conforme informado por Alexandre Gallucci Toloi, no evento Interleite Sul 2019, existem cerca de 150 robôs em funcionamento no país.
De acordo com Alves (2004), o SOR pode permitir uma maior organização de horários dos funcionários da granja leiteira, melhorando a organização do trabalho, fazendo com que outros setores possam ser atendidos com mais atenção dando o real valor para cada atividade na produção leiteira, realizando então um maior rateio do trabalhado total envolvido na propriedade, fazendo com que haja melhor controle dos custos de alimentação e melhor desempenho econômico da propriedade (SANTOALHA, 2009).
Porém sabe-se que o SOR necessita de investimento de capital maior que os outros sistemas (Shortall et al., 2016), também há um novo desafio na sua gestão de dados em que o produtor deve se adequar (Tse et al., 2017). Segundo Salfer et al. (2017) a rentabilidade ou a economia de trabalho estão totalmente correlacionadas com a capacidade de gestão do produtor após a adesão do SOR.
Sabe-se que o retorno do investimento em SOR, é alcançado quando existe pouca, ou em patamares ideais, quando não a interferência humana (Bach e Cabrera, 2017), sendo assim alcançando um dos objetivos principais do sistema de ordenha robotizada que é a diminuição do trabalho humano, na granja leiteira.
De acordo com Bueno et al. (2004) produtores que antecipam as inovações tecnológicas podem auferir maiores ganhos, maior redução de custos por unidade de produto e maior retorno de capital.
Conforme reverenciado por Tse et al. (2017) até então poucos trabalhos tinham a preocupação de informar os benefícios econômicos e desafios que os produtores encontram ao adquirirem o SOR. Isto pode ter alguma relação com a dificuldade de definir comparação dos custos e indicadores econômicos nas produções agropecuárias em geral (Sartorello et al., 2018).
Este projeto se caracteriza em buscar índices econômicos que facilitam a tomada de decisão do pecuarista da atividade leiteira em adquirir o sistema de ordenha robotizada no brasil.
No ano de 2019 o Brasil alcançou o marco de R$ 642 bilhões em valor bruto da produção agropecuária (VBP), sendo este o maior valor já encontrado desde o ano de 2005, no qual a produção leiteira correspondeu a 5,4%, segundo MAPA (2020). Naquele mesmo ano a pecuária leiteira foi responsável pela produção de 35 bilhões de litros de leite, gerando um valor total de R$ 56,39 milhões, conforme registrado pela CNA (2020).
É evidente que a pecuária leiteira tem grande importância no PIB brasileiro, porém o número de vacas ordenhadas tem diminuído ao longo dos últimos cinco anos, diminuição está também acompanhada pela queda no número de propriedades leiteiras no Brasil. De acordo com o Censo Agropecuário 2017, durante os últimos 11 anos, cerca de 175 mil propriedades leiteiras, desistiram da atividade. Conclui-se então que é de extrema importância para os produtores e para o país, uma maior tecnificação da atividade leiteira.
O produtor cada vez mais considera a tecnificação do sistema não somente como uma superfluidade, mas sim uma necessidade de se manter no mercado competitivo. A automação entra no processo de produção leiteira com o intuito de intensificar a atividade que necessita de uma considerável força de mão de obra e relativamente intensiva base de capital. Visando uma maior capacidade de trabalho e maior produtividade, os sistemas de ordenha robotizada (SOR) tem sido cada vez mais utilizados como uma alternativa de tecnificação do sistema.
Existiam mais de 40.000 SOR em funcionamento no mundo, sendo que 2.500 estão nos EUA (Tranel, 2017). No Brasil conforme informado por Alexandre Gallucci Toloi, no evento Interleite Sul 2019, existem cerca de 150 robôs em funcionamento no país.
De acordo com Alves (2004), o SOR pode permitir uma maior organização de horários dos funcionários da granja leiteira, melhorando a organização do trabalho, fazendo com que outros setores possam ser atendidos com mais atenção dando o real valor para cada atividade na produção leiteira, realizando então um maior rateio do trabalhado total envolvido na propriedade, fazendo com que haja melhor controle dos custos de alimentação e melhor desempenho econômico da propriedade (SANTOALHA, 2009).
Porém sabe-se que o SOR necessita de investimento de capital maior que os outros sistemas (Shortall et al., 2016), também há um novo desafio na sua gestão de dados em que o produtor deve se adequar (Tse et al., 2017). Segundo Salfer et al. (2017) a rentabilidade ou a economia de trabalho estão totalmente correlacionadas com a capacidade de gestão do produtor após a adesão do SOR.
Sabe-se que o retorno do investimento em SOR, é alcançado quando existe pouca, ou em patamares ideais, quando não a interferência humana (Bach e Cabrera, 2017), sendo assim alcançando um dos objetivos principais do sistema de ordenha robotizada que é a diminuição do trabalho humano, na granja leiteira.
De acordo com Bueno et al. (2004) produtores que antecipam as inovações tecnológicas podem auferir maiores ganhos, maior redução de custos por unidade de produto e maior retorno de capital.
Conforme reverenciado por Tse et al. (2017) até então poucos trabalhos tinham a preocupação de informar os benefícios econômicos e desafios que os produtores encontram ao adquirirem o SOR. Isto pode ter alguma relação com a dificuldade de definir comparação dos custos e indicadores econômicos nas produções agropecuárias em geral (Sartorello et al., 2018).
Este projeto se caracteriza em buscar índices econômicos que facilitam a tomada de decisão do pecuarista da atividade leiteira em adquirir o sistema de ordenha robotizada no brasil.
Metodologia
Propõe-se as seguintes etapas metodológicas:
Primeiro estágio:
1. Caracterizar a produção leiteira e seus índices econômicos ao longo dos últimos 20 anos do Brasil. A caracterização se baseia em: Produção total de leite, número do rebanho total, movimentação econômica, margem bruta resultante e demais índices zootécnicos relacionados com a atividade.
2. Levantamento de dados atuais sobre: a evolução da produção na (IBGE/CNA/FAO), do número de propriedades e de pessoas envolvidas na atividade leiteira (Censos do IBGE) e importância dos mesmos no PIB brasileiro (IBGE), da evolução dos preços relativos pagos pelos produtores de leite.
3. Revisão de literatura sobre a Teoria Econômica da Produção (em especial a Teoria dos Custos), da Teoria da Contabilidade de Custos (com enfoque nas chamadas “NBCs” – Normas Brasileiras de Contabilidade) e da Teoria Geral da Administração (no que se refere à relevância dos indicadores de desempenho para o aprimoramento das organizações);
Segundo estágio:
4. Identificação de propriedade representativa que possa servir de modelo para a base de dados. Para formar o modelo de cálculo de custos, o qual servira como base para as realizações das análises de simulação subsequentes.
5. Com o modelo já elaborado, realizar reuniões e/ou visitas as propriedades propostas para formulação da Demonstração do resultado do exercício (DRE), do Demonstrativo de fluxo de caixa projetado (DFC) das mesmas com o intuito de ter uma maior aproximação dos dados gerados pelas próprias propriedades. O método de coleta de dados poderá ser feito por elaboração de um questionário contendo perguntas objetivas sobra as decisões tomadas a partir do conceito econômico da propriedade.
Terceiro estágio:
6. Elaborar o índice de custo de produção leiteira em Sistema de ordenha robotizada, a partir do modelo gerado anteriormente, em planilha eletrônica todos os custos da atividade de confinamento de bovinos. Para tanto, foi necessário realizar previamente um estudo de caso de modo a conhecer, detalhadamente, o processo produtivo.
7. Definir o modelo econômico que será utilizado para extrapolar os dados a nível de federação.
Quarto estagio:
8. Escrever e publicar os dados obtidos em revistas cientificas de relevância no cenário brasileiro e mundial.
Primeiro estágio:
1. Caracterizar a produção leiteira e seus índices econômicos ao longo dos últimos 20 anos do Brasil. A caracterização se baseia em: Produção total de leite, número do rebanho total, movimentação econômica, margem bruta resultante e demais índices zootécnicos relacionados com a atividade.
2. Levantamento de dados atuais sobre: a evolução da produção na (IBGE/CNA/FAO), do número de propriedades e de pessoas envolvidas na atividade leiteira (Censos do IBGE) e importância dos mesmos no PIB brasileiro (IBGE), da evolução dos preços relativos pagos pelos produtores de leite.
3. Revisão de literatura sobre a Teoria Econômica da Produção (em especial a Teoria dos Custos), da Teoria da Contabilidade de Custos (com enfoque nas chamadas “NBCs” – Normas Brasileiras de Contabilidade) e da Teoria Geral da Administração (no que se refere à relevância dos indicadores de desempenho para o aprimoramento das organizações);
Segundo estágio:
4. Identificação de propriedade representativa que possa servir de modelo para a base de dados. Para formar o modelo de cálculo de custos, o qual servira como base para as realizações das análises de simulação subsequentes.
5. Com o modelo já elaborado, realizar reuniões e/ou visitas as propriedades propostas para formulação da Demonstração do resultado do exercício (DRE), do Demonstrativo de fluxo de caixa projetado (DFC) das mesmas com o intuito de ter uma maior aproximação dos dados gerados pelas próprias propriedades. O método de coleta de dados poderá ser feito por elaboração de um questionário contendo perguntas objetivas sobra as decisões tomadas a partir do conceito econômico da propriedade.
Terceiro estágio:
6. Elaborar o índice de custo de produção leiteira em Sistema de ordenha robotizada, a partir do modelo gerado anteriormente, em planilha eletrônica todos os custos da atividade de confinamento de bovinos. Para tanto, foi necessário realizar previamente um estudo de caso de modo a conhecer, detalhadamente, o processo produtivo.
7. Definir o modelo econômico que será utilizado para extrapolar os dados a nível de federação.
Quarto estagio:
8. Escrever e publicar os dados obtidos em revistas cientificas de relevância no cenário brasileiro e mundial.
Indicadores, Metas e Resultados
- Espera-se atender à demanda, da bovinocultura leiteira nacional, sobre a necessidade de obter os custos e as receitas nas propriedades com sistema robotizada;
- Meta de publicar resumos em Congressos regionais e nacionais e em revista indexadas internacionais;
- O resultado esperado é que este trabalho estimule o desenvolvimento regional e nacional quanto ao sistema robotizado na bovinocultura leiteira.
- Meta de publicar resumos em Congressos regionais e nacionais e em revista indexadas internacionais;
- O resultado esperado é que este trabalho estimule o desenvolvimento regional e nacional quanto ao sistema robotizado na bovinocultura leiteira.
Equipe do Projeto
Nome | CH Semanal | Data inicial | Data final |
---|---|---|---|
AUGUSTO HAUBER GAMEIRO | |||
BRUNA ZART | |||
CARLA JOICE HARTER | 2 | ||
GUILHERME POLETTI | |||
RODRIGO CHAVES BARCELLOS GRAZZIOTIN | |||
ROGERIO FOLHA BERMUDES | 2 |
Recursos Arrecadados
Fonte | Valor | Administrador |
---|---|---|
Empresas | R$ 1.910.000,00 | Fundação Delfim Mendes da Silveira |
Plano de Aplicação de Despesas
Descrição | Valor |
---|---|
339033 - Passagens de Despesas de Locomoção | R$ 50.000,00 |
399032 - Material de Distribuição Gratuita | R$ 5.000,00 |
339030 - Material de Consumo | R$ 100.000,00 |
339020 - Auxílio Financeiro a Pesquisador | R$ 480.000,00 |
339018 - Auxílio Financeiro a Estudantes | R$ 65.000,00 |
339014 - Diária Pessoa Civil | R$ 150.000,00 |
449052 - Equipamentos e Material Permanente | R$ 600.000,00 |
339046 - Auxílio Alimentação | R$ 50.000,00 |
339039 - Outros Serviços de Terceiro - Pessoa Jurídica | R$ 410.000,00 |