Nome do Projeto
Fases do ciclo menstrual e aspectos de fadiga e performance em atletas de futsal
Ênfase
Pesquisa
Data inicial - Data final
01/10/2021 - 01/10/2023
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Ciências da Saúde
Resumo
Por muito tempo o sexo feminino foi deixado de lado, preso em mitos e inverdades dentro da própria sociedade, mais ainda no âmbito esportivo. No futsal esse aspecto fica ainda mais gritante, uma vez que a modalidade, no contexto histórico, foi considerada como um espaço para homens. Essa realidade vem se modificando aos poucos com o passar dos anos e cada vez mais apresenta melhorias para suas praticantes e para os profissionais que envolvem o futsal feminino, mesmo que ainda com dificuldades estruturais e financeiras. Sendo assim, buscando aliar a valorização da mulher na sociedade, o debate sobre temas polêmicos, como o ciclo menstrual e também buscar ferramentas de baixo custo e bom benefício para a melhora do desempenho esportivo, essa pesquisa de dispõem a estudar os fatores referentes à fadiga e fases do ciclo menstrual em atletas de futsal feminino. O estudo será realizado em uma equipe de futsal feminino na cidade de Pelotas/RS e contará com 18 atletas, com idade entre 18 e 38 anos. Para coletar os dados serão utilizados um questionário próprio de caracterização da amostra, o questionário de rastreamento de sintomas pré-menstruais, a escala de sentimentos subjetivos de fadiga, a análise de variabilidade de frequência cardíaca, a dinamometria, o teste RAST, Yoyo e saltos na plataforma de força.

Objetivo Geral

Verificar a relação entre fases do ciclo menstrual e aspectos de fadiga e performance em atletas de futsal feminino.

Justificativa

Existem muitas diferenças fisiológicas entre o sexo feminino e masculino, e entre elas está o ciclo menstrual, fato que merece muita atenção e indica que existem adaptações a serem feitas no aspecto de treinamento das atletas. Em vista dessas diferenças, para melhorar a performance devemos aumentar a acurácia de avaliação, individualizando cada vez mais os treinamentos, e estudar fatores relacionados ao ciclo menstrual que podem auxiliar não só as próprias atletas, mas também todos os envolvidos na equipe de trabalho. Também devemos considerar que a maioria das atletas está em constante desgaste e sobrecargas psicofísicas, diante disso, é de suma importância identificar os diferentes fatores emocionais, ambientais e físicos para não expor a estados de overtraining.
Além disso, através dessa pesquisa, poderemos avaliar uma equipe de futsal feminino, modalidade que frequentemente passa por dificuldades estruturais e logísticas, ou seja, em que as atletas precisam conciliar a carga horária dispendida entre treino de quadra, academia, descanso e rotina. Com essa soma de fatores, percebe-se a necessidade de achar alternativas de avaliação e treinamento que possam auxiliar as atletas a render melhor e também evitar um dos empecilhos mais comuns à qualquer modalidade esportiva, as lesões.
Por fim, através desse estudo, comissões técnicas podem vir a ter informações valiosas e ferramentas de baixo custo e fácil manuseio como aliadas no processo de treinamento esportivo.

Metodologia

Tipo de estudo e caracterização das variáveis
O estudo será do tipo observacional, com coleta de dados em três momentos do ciclo menstrual das mulheres da amostra.
População e amostra
Este estudo está destinado a estudar as fases do ciclo menstrual e suas relações com a fadiga e performance, abordando atletas de futsal feminino com idade entre 18 e 38 anos. A amostra será de 18 atletas da categoria adulta de uma equipe de futsal feminino na cidade de Pelotas/RS.
Esse público foi escolhido por conveniência, contando com todo elenco de futsal feminino do Paulista/UFPel.
Critérios de inclusão
Atletas de futsal feminino da equipe do Paulista/UFPEL. Como o estudo avalia as atletas em referência a elas mesmas, as que fizerem uso de pílula anticoncepcional também serão avaliadas, com a diferença de levar esse fator em consideração na análise dos dados.
Critérios de exclusão
Atletas que estiverem lesionadas nos momentos de coleta de dados e/ou que apresentem ausência de menstruação normal nos últimos três meses ou gestantes.

Procedimento de coleta
Em um primeiro momento será combinado com a comissão técnica toda a logística do estudo e também será explicado e enviado o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), para as atletas.
Em um segundo momento, as atletas receberão um e-mail contendo os questionários de caracterização da amostra e rastreamento da síndrome pré-menstrual, com as devidas explicações sobre cada um deles. Logo após o recebimento das respostas dos questionários, será realizada uma categorização dos dados levantados para observar quando serão aplicados os outros testes e questionários, uma vez que eles serão dependentes do ciclo menstrual de cada participante. A partir desse momento, as atletas serão informadas em quais datas cada uma delas será submetida aos testes, sendo que serão coletadas três fases do ciclo menstrual (Fase proliferativa – 5 até 8 dias; Fase secretória – 15 até 18 dias; Fase pré – menstrual – 26 – 28 dias).
Nos dias de coleta de dados as atletas serão orientadas a chegar trinta minutos antes do início da sessão de treinamento, para que sejam respondidos os dados da tabela de bem estar (ANEXO 4) e o monitoramento da variabilidade da frequência cardíaca (VFC) em repouso. A coleta da VFC ocorrerá em uma sala previamente preparada, com um ambiente que possibilite o repouso e a aferição da VFC durará cinco minutos, através do aplicativo ELITE HRV.
Logo após a aferição da VFC, ocorrerá o aquecimento, em que as atletas serão submetidas a um protocolo contendo corrida estacionária de 30 segundos, alguns deslocamentos laterais e frontais, pranchas frontais e laterais e também exercícios de mobilidade de tornozelo, joelho, quadril, coluna e ombros.
Após o aquecimento as participantes do estudo realizaram a dinamômetria isométrica (extensores de joelho – sentada em uma cadeira, joelho 90°, realizar força máxima de extensão; flexores de joelho – deitada em decúbito ventral, joelho 90°, realizar flexão máxima) e na sequência os saltos na plataforma de força, o teste RAST e yoyo test. Ao final da sessão de treinamento será coletado o dado de percepção subjetiva de esforço (PSE).

As atletas já estão em rotina de treinamento, então elas estarão no local, independentemente do estudo. Entretanto, deve-se observar que devido a pandemia do COVID-19, estão sendo adotados alguns protocolos sanitários, os quais serão respeitados para as coletas de dados presenciais, são eles:
A) As atletas deverão utilizar máscara durante todos os testes;
B) A sala de coleta será higienizada entre cada teste;
C) Será ofertado álcool gel na entrada da sala e lençol descartável nas coletas da Variabilidade de Frequência Cardíaca.
D) Os sensores cardíacos serão higienizados com álcool 70%.

Indicadores, Metas e Resultados

A. A prevalência de síndrome pré-menstrual será de aproximadamente 60%.
B. No período pré-menstrual as atletas apresentarão maior índice de fadiga.
C. No período pré-menstrual as atletas terão uma maior predominância simpática em repouso, comparada às outras fases do ciclo.
D. Não há diferença no índice de fadiga entre atletas que utilizam ou não pílulas anticoncepcional.
E. Não há diferença de força entre as fases do ciclo.
F. O período pré-menstrual apresentará pior escore na questionário de bem estar.
G. A PSE será maior no período pré-menstrual, comparada às outras fases do ciclo.

Equipe do Projeto

NomeCH SemanalData inicialData final
GUSTAVO DIAS FERREIRA2
Mariane de Sá Britto Morales
THAIS ELISABETH BALZAN

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