Nome do Projeto
PELOTAS + VERDE: QUALIFICAÇÃO DOS ESPAÇOS LIVRES
Ênfase
Extensão
Data inicial - Data final
10/11/2021 - 31/10/2025
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Multidisciplinar
Eixo Temático (Principal - Afim)
Meio ambiente / Educação
Linha de Extensão
Educação Ambiental
Resumo
O crescimento das áreas e da população urbanas causa um anseio pelo contato com o ambiente natural, o que acaba ocorrendo nas cidades, em espaços verdes como parques e praças. Essas áreas verdes são tão importantes para a população, quanto ao meio ambiente, pois auxiliam na redução da poluição, dos ruídos, aumentam a biodiversidade e fornecem abrigo e alimento para fauna, oferecem possibilidade de drenagem urbana, dentre outros. Porém, para que todos os seus benefícios sejam alcançados, um bom planejamento é essencial, a fim de evitar conflitos com a área construída. Assim, o objetivo geral deste projeto é realizar o planejamento da implantação e manutenção de áreas verdes urbanas no município de Pelotas e promover conexões com a população da cidade. O projeto contará com as seguintes ações:1) Pesquisa: Levantamento e plano de manejo em áreas verdes da UFPEL; Diagnóstico da percepção da comunidade universitária quanto aos espaços verdes da UFPEL; 2) Ensino: Aula prática disciplina 15000744 - Manejo dos Recursos Florestais e ou 15000746 - Uso Sustentável de Recursos Florestais; 3) Extensão: Ações em praças públicas ou escolas; e Criação de perfil no Instagram do Projeto Pelotas + Verde.

Objetivo Geral

Realizar o planejamento da implantação e manutenção de áreas verdes urbanas no município de Pelotas e promover conexões com a população da cidade.

Justificativa

O crescimento das áreas urbanizadas e, consequentemente, da população humana habitante destes espaços provoca um anseio pelo regresso ao contato com o verde, mesmo que de forma mais artificializada, como em parques e praças e ambientes arborizados ou demais espaços verdes das cidades. De acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) 2015 a maior parte da população brasileira, 84,72%, vive em áreas urbanas. Já 15,28% dos brasileiros vivem em áreas rurais.
Segundo Lima e Amorim (2006) as áreas verdes são importantes para a qualidade ambiental das cidades, pois promovem equilíbrio entre o espaço modificado pela urbanização e o meio ambiente e também podem ser consideradas como indicador da qualidade ambiental urbana. Esses espaços verdes podem ser preenchidos por diferentes elementos, como plantas de forração, gramados, lagos, espaços de lazer e a arborização.
Basso e Corrêa (2014) explicam que a arborização urbana é componente da paisagem e do conforto ambiental, cumprindo funções importantes em espaços urbanos como melhora no microclima, com redução de amplitudes térmicas, diminuição de poluição do ar, sonora e visual, abrigo para a fauna que vive nas cidades, além de criar uma identidade com as comunidades. Inúmeros benefícios para a população humana são sentidos, inclusive com o incremento nas atividades físicas em locais próximos a ambientes verdes que servem como estímulo contrário ao sedentarismo.
Diversos estudos e publicações técnicas nos trazem os benefícios dos espaços verdes urbanos nos diversos setores (econômico, social e ambiental). Com enfoque nas questões ambientais, alguns fatos interessantes merecem ser ressaltados. O espaço verde, de modo geral, permite a permeabilidade do solo, evitando inundações com o auxílio em uma drenagem mais eficiente em ambientes urbanos, já que é incontestável que a forte impermeabilização do solo é um dos grandes fatores para problemas de enchentes nas cidades. As áreas verdes nas cidades(infraestrutura verde), segundo Benini (2015) é considerada uma medida estrutural extensiva de controle de enchentes no ambiente urbano, justamente pela importância na drenagem. Diversos outros exemplos de impactos positivos são levantados, incluindo a proposta dos espaços verdes agirem como pontos de biomonitoramento ambiental, de modo a detectar mudanças na qualidade do ar ou do solo local, por exemplo. Conforme Cardoso et al. (2017), as plantas podem ser usadas como indicadoras de reação (respondem por meio de deformações na anatomia) ou como indicadoras de acumulação (acumulam os elementos tóxicos em seus tecidos, sendo detectáveis por análises químicas). Segundo os mesmos autores, o uso da arborização urbana como bioindicadora é o ideal, já que são componentes filtrantes dessas partículas e gases e estão expostas diuturnamente às fontes emissoras.
Nestes espaços verdes, compostos por componentes arbóreos ou vegetação de diferentes portes, o planejamento é essencial para que todas as funcionalidades destes sistemas sejam aproveitados e também para que conflitos com o espaço construído sejam evitados ou minimizados. um componente estrutural e funcional da paisagem urbana. De acordo com Biondi (2015), a floresta urbana é definida como toda cobertura vegetal situada dentro do perímetro urbano, a qual inclui diferentes formas de vida, tais como: árvores, arbustos, trepadeiras, herbáceas, plantas de forração, plantas aquáticas e outras. Apesar dos aspectos positivos e da importância dos diversos benefícios dos espaços verdes, a sua multifuncionalidade tem trazido novos desafios à gestão urbana, uma vez que sua implantação exige uma definição com relação às prioridades de função a fim de qualificá-los (MATTOS e CONSTANTINO, 2019).
A escolha adequada das espécies arbóreas a serem utilizadas é resultado de um jogo complexo, sendo necessários estudos que subsidiem as decisões de planejamento, projeto, plantio e manutenção da rede de vegetação de porte arbóreo em cidades, principalmente em biomas onde esses estudos sejam raros. O planejamento dessa rede de espécies arbóreas deve ser organizado de forma a incluir a malha urbana completa, permitir o desenvolvimento saudável e coerente das espécies ao longo do tempo e explorar os aspectos estéticos inerentes a cada espécie (BASSO e CORRÊA, 2014). Assim como o planejamento das espécies, também deve-se levar em consideração a localização dos espaços verdes de modo a não serem conflitantes com outros elementos de funcionalidades do ambiente urbano.
Dentro deste planejamento, cabe ressaltar que as áreas verdes, sejam elas compostas por elementos arbóreos ou não, devem levar em conta os possíveis conflitos com o ambiente construído a curto, médio e longo prazo. Alguns problemas muito constantes neste tipo de espaço, quando mal planejado, vão desde os conflitos com rede de drenagem, pavimentação, fiação elétrica, trânsito de pedestres, danos em construções e até mesmo fatalidades, com acidentes na ocasião da queda de árvores ou de ramos das mesmas.

Metodologia

Ação 1 – Pesquisa: Diagnóstico da percepção da comunidade universitária quanto aos espaços verdes da UFPEL

Será elaborado questionário para os usuários dos espaços verdes da UFPEL a respeito de alguns aspectos: frequência de uso, conhecimento das espécies, percepção de conflitos com o ambiente construído, vantagens e desvantagens dos espaços verdes, itens de melhoria dos espaços. O questionário poderá ser enviado via e-mail por meio dos canais internos da UFPEL e também em ocasiões específicas, como em salas de aula, laboratórios, etc.
Os resultados dos questionários serão utilizados para nortear novas ações, especialmente de extensão, para adequar os espaços verdes aos seus usuários.

Ação 2 – Ensino: Aula prática disciplina 15000744 - MANEJO DOS RECURSOS FLORESTAIS e ou 15000746 - USO SUSTENTÁVEL DE RECURSOS FLORESTAIS

a) Visita técnica e tarefa extra-classe
Visita em uma das áreas verdes da UFPEL para reconhecimento de espécies e suas potencialidades no uso em espaços urbanos. Após a visita, realização de tarefa extra-classe pelos alunos para desenvolvimento de material contendo os pontos positivos e os desafios para superar os problemas/conflitos identificados no local. O assunto será debatido em aula posterior.

b) Elaboração de cartilha de arborização

Com a compilação das atividades extra-classe realizadas pelos alunos e as informações coletadas até o momento em relação às Ações já realizadas, será elaborada uma apostila sobre espaços verdes e conflitos com o ambiente urbano e indicação de espécies para que a equipe do projeto, em conjunto com os alunos, elabore uma cartilha explicativa.

Ação 3 – Extensão: Levantamento e plano de manejo em áreas verdes da UFPEL

Inicialmente, em cada área dos campi da UFPEL que houver demanda do Núcleo de Planejamento Ambiental, será feito o levantamento de campo das espécies arbóreas, inicialmente. Essa atividade ocorrerá conforme demanda, portanto é de fluxo contínuo. Os itens a serem coletados são:
● Identificação dos indivíduos arbóreos, nativos e/ou exóticos, que necessitem de manejo (poda, supressão) para o desenvolvimento das atividades administrativas e acadêmicas da área;
● Levantamento detalhado das espécies da flora imunes ao corte e das ameaçadas de extinção frente aos dispositivos legais vigentes, ocorrentes na área, com a respectiva localização georreferenciada em planta;
● Relatório fotográfico detalhado do inventário dos indivíduos que necessitam de intervenção;
● Quantificação dos exemplares a serem suprimidos;
● Reposição Florestal Obrigatória (RFO), com base na Instrução Normativa SEMA nº 01/2018 com modelo de recomposição vegetal para o Campus a partir da RFO, contendo cronograma de implementação.
Esse material será realizado em conjunto com os técnicos do Núcleo de Planejamento Ambiental da UFPEL para acompanhamento e para Emissão de Anotação de Responsabilidade Técnica quando for executada alguma supressão e/ou reposição.

Ação 4 – Extensão: Ações em praças públicas ou escolas

Propõe-se a realização de ao menos uma atividade anual em escolas de ensino fundamental da rede pública ou em Praças e Áreas Verdes de Pelotas, com divulgação pelas mídias sociais que estarão associadas ao projeto. As ações ocorrerão ao ar livre com informações a respeito de espécies indicadas e a importância da manutenção e criação das áreas verdes para a cidade. Será elaborado material impresso para divulgação do Projeto Pelotas + Verde.

Ação 5 – Extensão: Criação de perfil no Instagram do Projeto Pelotas + Verde

A criação de perfil no Instagram do Projeto Pelotas + Verde será realizado pelos discentes que serão responsáveis pelas postagens, considerando-se uma frequência média de criação de postagens a cada 10 dias. As postagens serão com informações sobre legislação, espécies indicadas, importância ambiental das áreas verdes, e todos os assuntos relacionados.

Indicadores, Metas e Resultados

Espera-se inicialmente ter o diagnóstico da percepção dos usuários sobre os espaços verdes da UFPEL, tanto pertencentes à comunidade universitária quando usuários eventuais. Esse diagnóstico poderá nortear o planejamento dos espaços. Como meta, será elaborado um trabalho para apresentação nos eventos da UFPEL, como o Congresso de Iniciação Científica ou outros eventos científicos relacionados à temática.
Na ação de ensino, além da formação de recursos humanos com conhecimento da temática, espera-se elaborar material que possa servir para as demais ações de extensão. A meta é a elaboração de uma cartilha.
Nas ações de extensão, com o diagnóstico sobre as áreas, será possível um melhor planejamento da manutenção e/ou implantação de áreas verdes, tanto no âmbito da universidade quando externamente. As ações em espaços públicos e criação de perfil em mídias sociais permitirão um maior contato como público usuário e uma conscientização e apropriação sobre estes ambientes.

Equipe do Projeto

NomeCH SemanalData inicialData final
ALINE RITTER CURTI1
ANA CLARA MARINS MENDES
ANDREA SOUZA CASTRO1
ANDRESSA DE MEDEIROS
BARBARA DE OLIVEIRA VOLOSKI
DENNER BALHEGO MOREIRA HAX
DIULIANA LEANDRO1
FABIANE LEROY DOS SANTOS
KAREN DONINI KUHN
KELIAN RAMIRE WASKOW GRELLERT
LARISSA MUELLER DE ANDRADE
LAURA DA ROZA ZIEBELL
LUCIARA BILHALVA CORREA1
MAIRIM PINTO BANDEIRA COUTINHO
MARCOS PAULO MACHADO
MARTHA FERRUGEM KAISER
Marília Lazarotto3
NATALI DORNELLES PACHECO
PALOMA CARDOSO PEDROSO
PEDRO HENRIQUE ARMESTO LEAL
RENAN DE CARVALHO SEHNEM
RUBIA FLORES ROMANI1
RUBIANE BUCHWEITZ FICK
SAMUEL IPIRANGA DE MELLO
VIVIANE RODRIGUES DORNELES

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