Nome do Projeto
Tratamento sanitário de sementes de coentro e sua influência no armazenamento
Ênfase
Pesquisa
Data inicial - Data final
25/10/2021 - 25/10/2024
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Ciências Agrárias
Resumo
O coentro é uma importante hortaliça condimentar que apresenta problemas relacionados ao vigor e a presença de microorganismos associados as sementes, sendo os principais gêneros: Alternaria, Fusarium, Aspergillus, Penicullium, Rhizopus e Cladosporium. Contudo, as grandes perdas na cultura têm como principal fungo a Alternaria dauci que é responsável pela doença conhecida como queima-das-folhas, esta transmitida pelas sementes. Desta forma, o presente estudo será dividido em três etapas, tratamento químico das sementes de coentro cultivar verdão, com os seguintes princípios ativos Thiram+Captan na dose de 200 mL 100 kg-1 de sementes, Vitavax (Carboxina+ Thiram) na dose de 250 mL 100 kg-1 de sementes, Maxim (Metalaxil-M + Fludioxonil). Tratamento alternativo com ozônio utilizando 6 tempos de ozonização (0, 30, 60, 90, 120 e 150 minutos ). Ao final deste processo os tratamentos que obtiverem melhor controle dos principais gêneros de alternaria nas sementes de coentro, serão utilizados como referência antes do armazenamento. Este será divido em quatro períodos: zero, 30, 60, 365 e 730 dias, utilizando três tipos de embalagens (Lata (liga metálica), aluminizada (polietileno combinado com alumínio) e hermética (PE de alta resistência da marca Grain Pro)). Espera-se que as sementes tratadas tenham maior potencial de armazenamento.
Objetivo Geral
Avaliar o efeito do tratamento químico e do controle alternativo com ozônio na qualidade fisiológica de sementes de coentro.
Justificativa
O coentro (Coriandrum sativum L.) é uma hortaliça amplamente consumida no Brasil, principalmente na região nordeste do país. Suas sementes possuem grande importância comercial e social por se tratar de uma planta condimentar e pela sua abrangência quanto ao seu cultivo em um número grande de municípios (Virgílio, 2001).
Os principais estados produtores são: Ceará, Pernambuco, Alagoas e Bahia (Brainer, 2019). Com uma produção de 84.729 toneladas no Estado do Ceará (Castro, 2013).
Contudo, se trata de uma cultura que apresenta problemas relacionados ao baixo vigor e a presença de microorganismos associados às sementes, o que interfere diretamente na qualidade sanitária, germinação e no estabelecimento de plântulas de coentro no campo (Pereira, Muniz & Nascimento, 2005).
Trigo et al. (1997) verificaram em seus estudos com sementes de coentro a presença de doze gêneros de fungos, sendo os de maior ocorrência: Alternaria, Fusarium, Aspergillus, Penicillium, Rhizopus e Cladosporium. Todavia com maior frequência a Alternaria dauci, que segundo Nascimento et al., (2014) é responsável pela doença conhecida como queima-da-folhas ou queima de alternária. Esta é responsável por grandes perdas na cultura e é transmitida pelas sementes.
Uma importânte alternativa no controle de patógenos é a utilização de sementes tratadas quimicamente, pois permite que as sementes expressem todo o seu potencial genético, e tem como objetivo a proteção contra o ataque destes, associados às sementes ou presentes no solo (Mentem & Moraes, 2010).
Para a cultura do coentro não consta fungicidas registrados para o controle de doenças no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, seja para o tratamento de sementes ou na forma de aplicação foliar, o que dificulta o manejo da cultura (Reis & Lopes, 2016).
A utilização do gás ozônio é uma alternativa no controle dos patógenos, pois este é usado como sanitizante e tem sido efetivo na destruição de estruturas fúngicas, virais e bacterianas, além de não deixar resíduos nos produtos e nem no ambiente onde é utilizado (Rodrigues, 2018).
Outro fator importante para que se obtenha sementes de alta qualidade é atribuído as condições de armazenamento que as mesmas são submetidas, oscilações de temperatura e umidade favorecem o ataque de pragas e fungos de armazenamento, o que poderá contribuir para a redução da qualidade das sementes (Baudet & Villela, 2019).
Quanto à conservação do produto na armazenagem, as embalagens complementam o sucesso de um bom armazenamento e são classificadas conforme a troca com o meio, que segundo Harrington (1959) e Toledo & Marcos Filho (1977) classificaram os tipos de embalagem quanto ao grau de permeabilidade, em três categorias: permeáveis, semipermeáveis e impermeáveis. A permeabilidade é a razão pela qual a longevidade da semente armazenada pode variar, quando se empregam diferentes tipos de embalagem, em razão da troca de umidade. Conforme a necessidade do produto no mercado utiliza-se embalagens do tipo hermética como, latas metálicas, sacos plásticos, laminado entre outros.
Este trabalho, em parte, é continuidade da tese da doutora Raimunda Nonata Oliveira da Silva intitulado de “Ajuste metodológico do teste de tetrazólio e a interferência de fungos e do tratamento químico na viabilidade de sementes de coentro”. Esta é uma demanda da indústria Sementes Feltrin de hortaliças que nesta segunda tese será dado continuidade.
Diante do exposto e da grande relevância da cultura do coentro e seus entraves que dificultam a obtenção de sementes de alta qualidade, o presente estudo tem como objetivo avaliar tratamento químico e o controle alternativo com ozônio em sementes de coentro antes do armazenamento como meio de retardar a ação fungica de Alternaria alternata e alternaria dauci.
Os principais estados produtores são: Ceará, Pernambuco, Alagoas e Bahia (Brainer, 2019). Com uma produção de 84.729 toneladas no Estado do Ceará (Castro, 2013).
Contudo, se trata de uma cultura que apresenta problemas relacionados ao baixo vigor e a presença de microorganismos associados às sementes, o que interfere diretamente na qualidade sanitária, germinação e no estabelecimento de plântulas de coentro no campo (Pereira, Muniz & Nascimento, 2005).
Trigo et al. (1997) verificaram em seus estudos com sementes de coentro a presença de doze gêneros de fungos, sendo os de maior ocorrência: Alternaria, Fusarium, Aspergillus, Penicillium, Rhizopus e Cladosporium. Todavia com maior frequência a Alternaria dauci, que segundo Nascimento et al., (2014) é responsável pela doença conhecida como queima-da-folhas ou queima de alternária. Esta é responsável por grandes perdas na cultura e é transmitida pelas sementes.
Uma importânte alternativa no controle de patógenos é a utilização de sementes tratadas quimicamente, pois permite que as sementes expressem todo o seu potencial genético, e tem como objetivo a proteção contra o ataque destes, associados às sementes ou presentes no solo (Mentem & Moraes, 2010).
Para a cultura do coentro não consta fungicidas registrados para o controle de doenças no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, seja para o tratamento de sementes ou na forma de aplicação foliar, o que dificulta o manejo da cultura (Reis & Lopes, 2016).
A utilização do gás ozônio é uma alternativa no controle dos patógenos, pois este é usado como sanitizante e tem sido efetivo na destruição de estruturas fúngicas, virais e bacterianas, além de não deixar resíduos nos produtos e nem no ambiente onde é utilizado (Rodrigues, 2018).
Outro fator importante para que se obtenha sementes de alta qualidade é atribuído as condições de armazenamento que as mesmas são submetidas, oscilações de temperatura e umidade favorecem o ataque de pragas e fungos de armazenamento, o que poderá contribuir para a redução da qualidade das sementes (Baudet & Villela, 2019).
Quanto à conservação do produto na armazenagem, as embalagens complementam o sucesso de um bom armazenamento e são classificadas conforme a troca com o meio, que segundo Harrington (1959) e Toledo & Marcos Filho (1977) classificaram os tipos de embalagem quanto ao grau de permeabilidade, em três categorias: permeáveis, semipermeáveis e impermeáveis. A permeabilidade é a razão pela qual a longevidade da semente armazenada pode variar, quando se empregam diferentes tipos de embalagem, em razão da troca de umidade. Conforme a necessidade do produto no mercado utiliza-se embalagens do tipo hermética como, latas metálicas, sacos plásticos, laminado entre outros.
Este trabalho, em parte, é continuidade da tese da doutora Raimunda Nonata Oliveira da Silva intitulado de “Ajuste metodológico do teste de tetrazólio e a interferência de fungos e do tratamento químico na viabilidade de sementes de coentro”. Esta é uma demanda da indústria Sementes Feltrin de hortaliças que nesta segunda tese será dado continuidade.
Diante do exposto e da grande relevância da cultura do coentro e seus entraves que dificultam a obtenção de sementes de alta qualidade, o presente estudo tem como objetivo avaliar tratamento químico e o controle alternativo com ozônio em sementes de coentro antes do armazenamento como meio de retardar a ação fungica de Alternaria alternata e alternaria dauci.
Metodologia
O trabalho será conduzido no Laboratório de Agrotecnologia e no Laboratório de Sanidade de Sementes, da Universidade Federal de Pelotas, no período de setembro 2021 a maio 2024. Serão utilizados 15 lotes de sementes de coentro da cultivar Verdão, fornecidas pela empresa Feltrin. Para a condução do experimento serão realizados três ensaios e a partir dos resultados obtidos nestes, as sementes serão armazenadas.
Ensaio 1- Detecção de fungos e transmissão de A. alternata e A. dauci em sementes de coentro
1.1 Teste de sanidade
Para detecção dos fungos em sementes de coentro será realizada avaliação da qualidade sanitária de 15 lotes de sementes de coentro por meio do método “Blotter Test” utilizando 200 sementes, divididas em duas subamostras de 25 sementes para cada repetição de 50 sementes.
As sementes serão semeadas em caixas plásticas do tipo “gerbox”, previamente desinfestadas com álcool 70% e hipoclorito de sódio a 1%, contendo duas folhas de papel mata-borrão esterilizado, sendo umedecidas com água destilada e esterilizada. Após esse processo, as sementes serão incubadas à 25ºC, com fotoperíodo alternado (12 horas luz e 12 horas no escuro), durante sete dias (BRASIL, 2009b). Posteriormente as sementes serão analisadas com o auxílio de microscópio estereoscópio e óptico para a observação das estruturas morfológicas dos fungos com auxílio de bibliografia especializada (BARNETT; HUNTER, 1972), determinando-se o percentual de sementes infestadas por patógenos.
1.2 - Teste de Transmissão
Após a realização da análise sanitária serão selecionados dois lotes para realização do teste de transmissão, sendo um lote para avaliação da transmissão do fungo A. alternata e outro para transmissão da A. dauci. Para o teste de transmissão de fungos via semente, será realizado o teste de sanidade pelo método “Blotter Test”, conforme descrito em Brasil (2009b). Posteriormente, as sementes serão analisadas com o auxílio de microscópio estereoscópio e óptico para a observação das estruturas morfológicas dos fungos com auxílio de bibliografia especializada (BARNETT; HUNTER, 1972).
Para o lote 1, serão selecionadas sementes sadias e sementes infestadas com fungo A. alternata e para o lote 2, serão selecionadas sementes sadias e infestadas com o fungo A. dauci. Após o término do teste de sanidade, as sementes selecionadas serão encubadas em câmara úmida por diferentes temperaturas por um período de 21 dias. Decorrido esse período, será realizada observação da sintomatologia de doenças nas plântulas de acordo com a agressividade dos sintomas.
Ensaio 2 – Tratamento químico de sementes de coentro
Serão utilizados quatro lotes de sementes de coentro cultivar verdão.
As sementes serão tratadas com os seguintes princípios ativos:
Thiram+Captan na dose de 200 mL 100 kg-1 de sementes. O volume de calda utilizado será de 1,5 L 100 kg-1 de sementes, o qual será composto pelo ingrediente ativo e água destilada.
Vitavax (Carboxina+ Thiram) na dose de 250 mL 100 kg-1 de sementes. O volume de calda utilizado será de 1,75 L 100 kg-1 de sementes, o qual será composto pelo ingrediente ativo e água destilada.
Maxim (Metalaxil-M + Fludioxonil) As sementes serão tratadas na dose de 200 mL 100 kg-1 de sementes. O volume de calda utilizado será de 1,5 L 100 kg-1 de sementes, o qual será composto pelo ingrediente ativo e água destilada.
A calda de cada tratamento será aplicada diretamente no fundo de um saco plástico e espalhada até uma altura de aproximadamente 10 cm e, em seguida as sementes serão colocadas no interior do saco plástico, agitando-as por três minutos. Após o tratamento, os sacos plásticos serão abertos, para permitir a secagem das sementes em temperatura ambiente, conforme metodologia adaptada de Nunes (2005). Serão realizados inicialmente e ao final do tratamento químico das sementes os seguintes testes:
Teor de água das sementes - será determinado pelo método padrão de estufa a 105 ± 3 °C por 24 horas (BRASIL, 2009). Simultaneamente, será determinado o peso da matéria seca das sementes, sendo os resultados expressos em mg semente-1 .
Teste de germinação – serão utilizadas 400 sementes por repetição, totalizando quatro repetições de 100 sementes. As sementes serão semeadas em duas folhas de papel mata-borrão, umedecido com água destilada em quantidade equivalente a 2,5 vezes a massa do papel e acondicionadas em caixas tipo gerbox. Estas serão colocadas em germinador à temperatura de 20°C. As avaliações serão realizadas aos 21 dias após a semeadura, sendo os resultados expressos em porcentagem de plântulas normais, segundo critérios estabelecidos pelas Regras para Análise de Sementes - RAS (BRASIL, 2009a).
Primeira contagem de germinação – Será conduzida juntamente com o teste de germinação. A contagem será realizada aos sete dias após a semeadura de acordo com as RAS (BRASIL, 2009a). Os resultados serão expressos em porcentagens de plântulas normais.
Índice de velocidade de germinação (IVG) – será conduzido juntamente com o teste de germinação. Serão computadas as plântulas normais diariamente. Tal procedimento será feito até atingir a estabilização. Ao final do teste será calculado o IVG, conforme fórmula proposta por Maguire (1962).
Emergência de plântulas em areia – Será conduzida com 200 sementes, divididas em quatro repetições de 50 sementes, semeadas em bandejas contendo areia na profundidade de 1,5 cm. A contagem das plântulas emergidas será realizada aos 21 dias após a semeadura.
Comprimento de plântulas – Será realizado juntamente com o teste de emergência em areia. Será determinado comprimento de parte aérea e raiz com o auxílio de uma régua milimetrada.
Massa seca total – Será realizado com as plântulas remanescentes do teste de comprimento de plântula, sendo levadas posteriormente para desidratar em estufa a 70 ºC, até atingir massa constante, seguida de pesagem em balança analítica, com precisão de 0,0001 g.
Emergência de plântulas em campo – Será conduzida com 200 sementes, divididas em quatro repetições de 50 sementes, semeadas em canteiros com profundidade de 1,5 cm. A contagem das plântulas emergidas será realizada aos 21 dias após a semeadura.
“Blotter Test” como já descrito em ensaio anterior.
O experimento será realizado em blocos inteiramente casualizado em esquema fatorial 4x4 (lotes x produtos). Os dados serão submetidos à análise de variância (p<0,05), e quando significativos serão comparados pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.
Ensaio 3- Tratamento de sementes com ozônio
Serão utilizados quatro lotes de sementes de coentro da cultivar Verdão da empresa Feltrin. Terá uma amostra de sementes testemunha e as demais tratadas com gás ozônio. Utilizando um ozonizador da marca Panozon, modelo 053308 P+70 por um tempo de ozonização de 0, 30, 60, 90, 120 e 150 minutos.
As doses de ozônio aplicadas serão mensuradas por meio do método iodométrico descrito por Hoss (2020) apud Apha (2005) e Rakness et al., (2006) utilizando dois frascos lavadores de gás, com 400 mL de iodeto de potássio a 2% em cada frasco.
Após os tratamentos. 10 mL de H2SO4 2N serão adicionados às soluções, as quais foram transferidas para um Erlenmeyer de 1L. A solução titulada com tiossulfato de sódio até adquirir coloração amarelo pálido.
Após, adicionará em torno de 5 mL de indicador amido, obtendo coloração azulada, prosseguindo com a titulação até a cor azul desaparecer. A dose de ozônio então é dada pela Equação:
𝐷𝑜𝑠𝑒 𝑑𝑒 𝑜𝑧ô𝑛𝑖𝑜 (𝑚𝑔/𝑚𝑖𝑛) = (𝐴+𝐵).𝑁.24
𝑇
Onde,
A = volume de titulante do frasco A, em mL
B = volume de titulante do frasco B, em mL
N = normalidade do Na2S2O3, e
T = tempo de ozonização, min
Os tratamentos serão submetidos aos seguintes testes: Teor de água, germinação, primeira contagem, índice de velocidade de emergência, emergência de plântulas, comprimento de plântulas, massa seca total, emergência em canteiro, “blotter test” como já descritos nos ensaios anteriores.
Teste de tetrazólio - será realizado pré-umedecimento das sementes entre papel por 16 horas a 20 ºC (Silva et al. 2021a). Após o período de pré-condicionamento, será realizado o corte longitudinal, mantendo-se a metade das duas sementes presentes no fruto. Em seguida, as sementes serão expostas à solução de 0,5% do sal de tetrazólio durante cinco horas à 40 ºC conforme proposto por Silva et al (2021b).
Condutividade elétrica - será conduzido com 50 sementes por subunidades, para cada repetição. As sementes serão pesadas e em seguida imersas em 50 mL de água deionizada e mantidas, por um período de 24 horas, em incubadora tipo BOD à temperatura de 20 ºC. Após esse período, será realizada a leitura da condutividade elétrica das soluções, com o auxílio de um condutivímetro digital. Os resultados serão expressos em µSm-1g-1 de sementes, conforme metodologia adaptada de Vieira e Krzyzanowski (1999).
O delineamento experimental utilizado será o inteiramente casualizado com esquema fatorial (6 x 6 x 4) seis períodos de exposição, seis doses de ozônio e quatro lotes de sementes. Os resultados gerados pela caracterização das amostras serão analisados através da comparação de médias pela análise de Duncan (5%) e pelo teste de regressão, através do programa WINSAT.
Ensaio 4- Armazenamento de sementes de coentro
Serão utilizados quatro lotes de sementes de coentro, cultivar Verdão, provindas da empresa Feltrin. Os tratamentos armazenados serão os resultantes dos tratamentos químico e o de controle por ozônio que obtiverem a melhor resposta no controle de patógenos presentes nas sementes dos ensaios anteriores.
Durante a condução do experimento será utilizado o delineamento experimental inteiramente casualizado, em esquema fatorial 3 x 5, correspondendo a três tipos de embalagem (Lata (liga metálica), aluminizada (polietileno combinado com alumínio) e hermética (PE de alta resistência da marca Grain Pro) e cinco períodos de armazenamento: zero, 30, 60, 365 e 730 dias.
Ensaio 1- Detecção de fungos e transmissão de A. alternata e A. dauci em sementes de coentro
1.1 Teste de sanidade
Para detecção dos fungos em sementes de coentro será realizada avaliação da qualidade sanitária de 15 lotes de sementes de coentro por meio do método “Blotter Test” utilizando 200 sementes, divididas em duas subamostras de 25 sementes para cada repetição de 50 sementes.
As sementes serão semeadas em caixas plásticas do tipo “gerbox”, previamente desinfestadas com álcool 70% e hipoclorito de sódio a 1%, contendo duas folhas de papel mata-borrão esterilizado, sendo umedecidas com água destilada e esterilizada. Após esse processo, as sementes serão incubadas à 25ºC, com fotoperíodo alternado (12 horas luz e 12 horas no escuro), durante sete dias (BRASIL, 2009b). Posteriormente as sementes serão analisadas com o auxílio de microscópio estereoscópio e óptico para a observação das estruturas morfológicas dos fungos com auxílio de bibliografia especializada (BARNETT; HUNTER, 1972), determinando-se o percentual de sementes infestadas por patógenos.
1.2 - Teste de Transmissão
Após a realização da análise sanitária serão selecionados dois lotes para realização do teste de transmissão, sendo um lote para avaliação da transmissão do fungo A. alternata e outro para transmissão da A. dauci. Para o teste de transmissão de fungos via semente, será realizado o teste de sanidade pelo método “Blotter Test”, conforme descrito em Brasil (2009b). Posteriormente, as sementes serão analisadas com o auxílio de microscópio estereoscópio e óptico para a observação das estruturas morfológicas dos fungos com auxílio de bibliografia especializada (BARNETT; HUNTER, 1972).
Para o lote 1, serão selecionadas sementes sadias e sementes infestadas com fungo A. alternata e para o lote 2, serão selecionadas sementes sadias e infestadas com o fungo A. dauci. Após o término do teste de sanidade, as sementes selecionadas serão encubadas em câmara úmida por diferentes temperaturas por um período de 21 dias. Decorrido esse período, será realizada observação da sintomatologia de doenças nas plântulas de acordo com a agressividade dos sintomas.
Ensaio 2 – Tratamento químico de sementes de coentro
Serão utilizados quatro lotes de sementes de coentro cultivar verdão.
As sementes serão tratadas com os seguintes princípios ativos:
Thiram+Captan na dose de 200 mL 100 kg-1 de sementes. O volume de calda utilizado será de 1,5 L 100 kg-1 de sementes, o qual será composto pelo ingrediente ativo e água destilada.
Vitavax (Carboxina+ Thiram) na dose de 250 mL 100 kg-1 de sementes. O volume de calda utilizado será de 1,75 L 100 kg-1 de sementes, o qual será composto pelo ingrediente ativo e água destilada.
Maxim (Metalaxil-M + Fludioxonil) As sementes serão tratadas na dose de 200 mL 100 kg-1 de sementes. O volume de calda utilizado será de 1,5 L 100 kg-1 de sementes, o qual será composto pelo ingrediente ativo e água destilada.
A calda de cada tratamento será aplicada diretamente no fundo de um saco plástico e espalhada até uma altura de aproximadamente 10 cm e, em seguida as sementes serão colocadas no interior do saco plástico, agitando-as por três minutos. Após o tratamento, os sacos plásticos serão abertos, para permitir a secagem das sementes em temperatura ambiente, conforme metodologia adaptada de Nunes (2005). Serão realizados inicialmente e ao final do tratamento químico das sementes os seguintes testes:
Teor de água das sementes - será determinado pelo método padrão de estufa a 105 ± 3 °C por 24 horas (BRASIL, 2009). Simultaneamente, será determinado o peso da matéria seca das sementes, sendo os resultados expressos em mg semente-1 .
Teste de germinação – serão utilizadas 400 sementes por repetição, totalizando quatro repetições de 100 sementes. As sementes serão semeadas em duas folhas de papel mata-borrão, umedecido com água destilada em quantidade equivalente a 2,5 vezes a massa do papel e acondicionadas em caixas tipo gerbox. Estas serão colocadas em germinador à temperatura de 20°C. As avaliações serão realizadas aos 21 dias após a semeadura, sendo os resultados expressos em porcentagem de plântulas normais, segundo critérios estabelecidos pelas Regras para Análise de Sementes - RAS (BRASIL, 2009a).
Primeira contagem de germinação – Será conduzida juntamente com o teste de germinação. A contagem será realizada aos sete dias após a semeadura de acordo com as RAS (BRASIL, 2009a). Os resultados serão expressos em porcentagens de plântulas normais.
Índice de velocidade de germinação (IVG) – será conduzido juntamente com o teste de germinação. Serão computadas as plântulas normais diariamente. Tal procedimento será feito até atingir a estabilização. Ao final do teste será calculado o IVG, conforme fórmula proposta por Maguire (1962).
Emergência de plântulas em areia – Será conduzida com 200 sementes, divididas em quatro repetições de 50 sementes, semeadas em bandejas contendo areia na profundidade de 1,5 cm. A contagem das plântulas emergidas será realizada aos 21 dias após a semeadura.
Comprimento de plântulas – Será realizado juntamente com o teste de emergência em areia. Será determinado comprimento de parte aérea e raiz com o auxílio de uma régua milimetrada.
Massa seca total – Será realizado com as plântulas remanescentes do teste de comprimento de plântula, sendo levadas posteriormente para desidratar em estufa a 70 ºC, até atingir massa constante, seguida de pesagem em balança analítica, com precisão de 0,0001 g.
Emergência de plântulas em campo – Será conduzida com 200 sementes, divididas em quatro repetições de 50 sementes, semeadas em canteiros com profundidade de 1,5 cm. A contagem das plântulas emergidas será realizada aos 21 dias após a semeadura.
“Blotter Test” como já descrito em ensaio anterior.
O experimento será realizado em blocos inteiramente casualizado em esquema fatorial 4x4 (lotes x produtos). Os dados serão submetidos à análise de variância (p<0,05), e quando significativos serão comparados pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.
Ensaio 3- Tratamento de sementes com ozônio
Serão utilizados quatro lotes de sementes de coentro da cultivar Verdão da empresa Feltrin. Terá uma amostra de sementes testemunha e as demais tratadas com gás ozônio. Utilizando um ozonizador da marca Panozon, modelo 053308 P+70 por um tempo de ozonização de 0, 30, 60, 90, 120 e 150 minutos.
As doses de ozônio aplicadas serão mensuradas por meio do método iodométrico descrito por Hoss (2020) apud Apha (2005) e Rakness et al., (2006) utilizando dois frascos lavadores de gás, com 400 mL de iodeto de potássio a 2% em cada frasco.
Após os tratamentos. 10 mL de H2SO4 2N serão adicionados às soluções, as quais foram transferidas para um Erlenmeyer de 1L. A solução titulada com tiossulfato de sódio até adquirir coloração amarelo pálido.
Após, adicionará em torno de 5 mL de indicador amido, obtendo coloração azulada, prosseguindo com a titulação até a cor azul desaparecer. A dose de ozônio então é dada pela Equação:
𝐷𝑜𝑠𝑒 𝑑𝑒 𝑜𝑧ô𝑛𝑖𝑜 (𝑚𝑔/𝑚𝑖𝑛) = (𝐴+𝐵).𝑁.24
𝑇
Onde,
A = volume de titulante do frasco A, em mL
B = volume de titulante do frasco B, em mL
N = normalidade do Na2S2O3, e
T = tempo de ozonização, min
Os tratamentos serão submetidos aos seguintes testes: Teor de água, germinação, primeira contagem, índice de velocidade de emergência, emergência de plântulas, comprimento de plântulas, massa seca total, emergência em canteiro, “blotter test” como já descritos nos ensaios anteriores.
Teste de tetrazólio - será realizado pré-umedecimento das sementes entre papel por 16 horas a 20 ºC (Silva et al. 2021a). Após o período de pré-condicionamento, será realizado o corte longitudinal, mantendo-se a metade das duas sementes presentes no fruto. Em seguida, as sementes serão expostas à solução de 0,5% do sal de tetrazólio durante cinco horas à 40 ºC conforme proposto por Silva et al (2021b).
Condutividade elétrica - será conduzido com 50 sementes por subunidades, para cada repetição. As sementes serão pesadas e em seguida imersas em 50 mL de água deionizada e mantidas, por um período de 24 horas, em incubadora tipo BOD à temperatura de 20 ºC. Após esse período, será realizada a leitura da condutividade elétrica das soluções, com o auxílio de um condutivímetro digital. Os resultados serão expressos em µSm-1g-1 de sementes, conforme metodologia adaptada de Vieira e Krzyzanowski (1999).
O delineamento experimental utilizado será o inteiramente casualizado com esquema fatorial (6 x 6 x 4) seis períodos de exposição, seis doses de ozônio e quatro lotes de sementes. Os resultados gerados pela caracterização das amostras serão analisados através da comparação de médias pela análise de Duncan (5%) e pelo teste de regressão, através do programa WINSAT.
Ensaio 4- Armazenamento de sementes de coentro
Serão utilizados quatro lotes de sementes de coentro, cultivar Verdão, provindas da empresa Feltrin. Os tratamentos armazenados serão os resultantes dos tratamentos químico e o de controle por ozônio que obtiverem a melhor resposta no controle de patógenos presentes nas sementes dos ensaios anteriores.
Durante a condução do experimento será utilizado o delineamento experimental inteiramente casualizado, em esquema fatorial 3 x 5, correspondendo a três tipos de embalagem (Lata (liga metálica), aluminizada (polietileno combinado com alumínio) e hermética (PE de alta resistência da marca Grain Pro) e cinco períodos de armazenamento: zero, 30, 60, 365 e 730 dias.
Indicadores, Metas e Resultados
Verificar a eficiência do tratamento químico e do controle alternativo com ozônio no controle de alternária.
A partir dos resultados observados nos tratamentos citados, escolher a melhor embalagem para armazenar o coentro.
Os dados deste estudo auxiliarão produtores de sementes de coentro no controle e armazenamento das sementes de modo que aumente a uniformidade das lavouras e sane os problemas referentes a qualidade sanitária das sementes.
A partir dos resultados observados nos tratamentos citados, escolher a melhor embalagem para armazenar o coentro.
Os dados deste estudo auxiliarão produtores de sementes de coentro no controle e armazenamento das sementes de modo que aumente a uniformidade das lavouras e sane os problemas referentes a qualidade sanitária das sementes.
Equipe do Projeto
Nome | CH Semanal | Data inicial | Data final |
---|---|---|---|
AMANDA MARTINS SILVA | |||
CANDIDA RENATA JACOBSEN DE FARIAS | 1 | ||
GIZELE INGRID GADOTTI | 1 | ||
JOSIANE CANTUARIA FIGUEIREDO | |||
JOÃO GABRIEL RUPPENTHAL | |||
KARINE VON AHN PINTO | |||
LUAN MARTIN AREJANO | |||
MAURIZIO SILVEIRA QUADRO | 1 | ||
RAFAEL MIRITZ BARTZ |