Nome do Projeto
Aprendendo com o usuário. Estratégias de transformação do espaço habitacional.
Ênfase
Extensão
Data inicial - Data final
01/06/2017 - 16/12/2019
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Ciências Sociais Aplicadas
Eixo Temático (Principal - Afim)
Meio ambiente / Tecnologia e Produção
Linha de Extensão
Desenvolvimento urbano
Resumo
O espaço habitacional é um dos pilares necessários para a promoção do bem-estar e da qualidade de vida. Em alguns casos, a Habitação de Interesse Social, a Casa Mínima e a Casa Padrão, são materializadas objetivando condições mínimas de habitabilidade, sem considerar as diferentes necessidades e mudanças de cada família ao longo do ciclo de vida. Posto isto, observa-se um fenômeno recorrente de modificação e personalização das unidades habitacionais originais a partir de iniciativas espontâneas de autoconstrução, sem auxílio de um profissional especializado. Torna-se necessário, então, encontrar soluções habitacionais flexíveis que respeitem as diferentes necessidades e mudanças de cada família ao longo da sua vida, para garantir uma maior satisfação com o espaço doméstico e um espaço físico adequado para o desempenho para as atividades cotidianas. O presente Projeto de Extensão propõe uma aproximação com o universo doméstico em comunidades populares do município de Pelotas, aproximando futuros arquitetos-urbanistas e profissionais de áreas afins da realidade socioespacial dos moradores em áreas de interesse social. A partir da seleção prévia de uma comunidade de Pelotas/RS, o projeto pretende, sob uma perspectiva participativa, avaliar a qualidade da inserção urbana da localidade, conhecer a realidade socioeconômica e o perfil familiar dos moradores, compreender o processo de evolução das transformações executadas espontaneamente pelos moradores em projetos padronizados, em distintas etapas do ciclo de vida, identificando instrumentos de personalização e flexibilidade espacial que possam ser adaptados aos novos projetos em realidade semelhante. A metodologia do trabalho compreende uma imersão no espaço doméstico das famílias, com etapas distintas: caracterização do perfil familiar; coleta de depoimentos e narrativas conectadas às transformações efetuadas na habitação; levantamento planialtimétrico e registro fotográfico das unidades habitacionais; identificação de meios técnicos e dispositivos de transformação empregados; desenvolvimento de repertório gráfico de registro das transformações e, por fim, a criação de uma cartilha com diretrizes projetuais que considere a flexibilidade continua da habitação e a personalização, instrumentos que poderão servir para futuras intervenções, subsidiadas por profissionais qualificados. O trabalho considera a perspectiva do morador como essencial para a formulação de concepções futuras, à luz de demandas contemporâneas e preferências da sociedade em constante transformação.
Objetivo Geral
Desenvolver, a partir da perspectiva do morador, um Caderno com Recomendações projetuais e construtivas, que considerem a flexibilidade continua da habitação e a personalização em projetos de habitação social, com intuito de melhorar a funcionalidade e a espacialidade do espaço doméstico, transformando a vida do morador e melhorando a qualidade do espaço físico da habitação em comunidades de interesse social. Prestação de Assistência técnica profissional para orientar a execução de reformas em comunidades de vulnerabilidade social.
Justificativa
A produção habitacional, motivada por critérios prioritariamente econômicos e funcionais, materializa espaços habitacionais de caráter padronizado, denominados “Projeto padrão de casa popular de baixo custo”, com áreas mínimas, acabamentos básicos e uma série de problemas espaciais e ergonômicos que geram insatisfações entre os usuários. Essa condição de inadequação da casa às reais necessidades e anseios dos moradores, pelo espaço mínimo que restringe as atividades cotidianas, acarreta um fenômeno de transformação e reconstrução do espaço físico a partir de iniciativas espontâneas dos moradores com recursos próprios, sem orientações de técnicos especializados quanto às tomadas de decisões na hora de reformar. Ao assumir a decisão de transformar e personalizar a habitação original, o usuário se reposiciona como um agente participativo no processo de transformação da moradia, objetivando repostas à inadequação ou restrições espaciais do espaço da habitação. Compreender as estratégias de intervenção no espaço da habitação, a partir das reformas executadas pelos próprios moradores é uma forma de interpretar os melhoramentos efetuados à luz de preferências espaciais próprias. Dessa forma, a troca de experiencias, entre morador e profissionais arquitetos-urbanistas e discentes em formação, é uma oportunidade para conduzir à revisão dos parâmetros projetuais vigentes, considerando a qualidade de vida das famílias, especialmente em localidades de interesse social. A partir da interpretação da realidade social das famílias e da identificação das estratégias construtivas executadas, os extensionistas serão capazes de orientar moradores em realidade social semelhante e até mesmo rever parâmetros projetuais que considerem a necessidade de flexibilidade do projeto, considerando a sua evolução ao longo do ciclo de vida.
Metodologia
Seleção de instrumentos e técnicas de Avaliação Pós-Ocupação a serem aplicadas;
Roteiro para aplicação do Questionário com os moradores;
Aplicação do questionário, que investiga perfil familiar, funcionalidade, inserção urbana e iniciativas de reforma, foi complementado pelo método da preferência visual, tradicionalmente utilizado para identificar as preferências dos moradores diante das imagens apresentadas em uma seleção prévia;
Identificação do perfil familiar dos moradores e sua evolução ao longo do ciclo de vida;
Roteiro para a aplicação da Entrevista com os moradores;
Aplicação da Entrevista - Coleta de depoimentos de moradores, através de entrevistas e histórias familiares, buscando narrativas conectadas às transformações efetuadas na habitação;
Levantamentos físicos e medições in loco das unidades residenciais da amostra, que permitirão a comparação entre o projeto original da casa, com as modificações realizadas pelos próprios moradores ao longo dos anos, além de uma avaliação funcional dos espaços, como a integração do uso residencial com outros usos; a flexibilidade e o arranjo espacial das habitações; as área úteis da habitação; pé-direito; circulação/ integração entre cômodos; privacidade; adequação ao uso dos /equipamentos/mobiliários; intensidade de sobreposição de tarefas; adequação e acessibilidade; as novas condições de conforto ambiental em função das reformas; aumento da área construída, entre outros.
Digitalização da informação gráfica relacionada às reformas e transformações empregadas – Criação de planta-baixas, cortes esquemáticos, planta de cobertura e outros produtos gráficos que demonstrem as reformas empregadas;
Registros fotográficos das unidades habitacionais da amostra - que complementarão a observação e confirmarão os dados físicos levantados, principalmente no que se refere a avaliação dos sistemas construtivos, tanto do espaço público como dos es¬paços privados. Este instrumento permite avaliar a existência de uma infraestrutura adequada; paisagismo; os tipos de sistemas construtivos utilizados; alvenaria; cobertura e forros; pisos; revestimentos; caixilhos; vidros; pintura; impermeabilização; louças; metais; instalações hidrossanitárias; instalações elétricas e telefonia; águas pluviais; instalações de gás; patologias em geral; questões estéticas; layout, entre outros.;
Investigar a evolução da habitação e os dispositivos de transformação empregados;
Desenvolver diagramas esquemáticos de análise funcional das unidades da amostra, caracterizando a espacialidade dos cômodos, segundo a metodologia do Espaço de Atividades;
Desenvolver diagramas esquemáticos, desenhos e maquetes que demonstrem as transformações do projeto original;
Disponibilizar as plantas de reforma aos moradores, para subsidiar processos de regularização de obras junto aos órgãos competentes;
Criar um catálogo de alternativas e diretrizes projetuais aplicadas a projetos de habitação em realidade semelhante – Identificar dispositivos, sugerir padrões dimensionais, rearranjos e outras recomendações;
Apresentação do Caderno de Recomendações aos moradores;
Criação de uma cartilha com diretrizes para o usuário se habilitar em programas de habitação de interesse social que auxiliem ou subsidiem estas reformas com auxílio de profissionais habilitados e qualificados.
Roteiro para aplicação do Questionário com os moradores;
Aplicação do questionário, que investiga perfil familiar, funcionalidade, inserção urbana e iniciativas de reforma, foi complementado pelo método da preferência visual, tradicionalmente utilizado para identificar as preferências dos moradores diante das imagens apresentadas em uma seleção prévia;
Identificação do perfil familiar dos moradores e sua evolução ao longo do ciclo de vida;
Roteiro para a aplicação da Entrevista com os moradores;
Aplicação da Entrevista - Coleta de depoimentos de moradores, através de entrevistas e histórias familiares, buscando narrativas conectadas às transformações efetuadas na habitação;
Levantamentos físicos e medições in loco das unidades residenciais da amostra, que permitirão a comparação entre o projeto original da casa, com as modificações realizadas pelos próprios moradores ao longo dos anos, além de uma avaliação funcional dos espaços, como a integração do uso residencial com outros usos; a flexibilidade e o arranjo espacial das habitações; as área úteis da habitação; pé-direito; circulação/ integração entre cômodos; privacidade; adequação ao uso dos /equipamentos/mobiliários; intensidade de sobreposição de tarefas; adequação e acessibilidade; as novas condições de conforto ambiental em função das reformas; aumento da área construída, entre outros.
Digitalização da informação gráfica relacionada às reformas e transformações empregadas – Criação de planta-baixas, cortes esquemáticos, planta de cobertura e outros produtos gráficos que demonstrem as reformas empregadas;
Registros fotográficos das unidades habitacionais da amostra - que complementarão a observação e confirmarão os dados físicos levantados, principalmente no que se refere a avaliação dos sistemas construtivos, tanto do espaço público como dos es¬paços privados. Este instrumento permite avaliar a existência de uma infraestrutura adequada; paisagismo; os tipos de sistemas construtivos utilizados; alvenaria; cobertura e forros; pisos; revestimentos; caixilhos; vidros; pintura; impermeabilização; louças; metais; instalações hidrossanitárias; instalações elétricas e telefonia; águas pluviais; instalações de gás; patologias em geral; questões estéticas; layout, entre outros.;
Investigar a evolução da habitação e os dispositivos de transformação empregados;
Desenvolver diagramas esquemáticos de análise funcional das unidades da amostra, caracterizando a espacialidade dos cômodos, segundo a metodologia do Espaço de Atividades;
Desenvolver diagramas esquemáticos, desenhos e maquetes que demonstrem as transformações do projeto original;
Disponibilizar as plantas de reforma aos moradores, para subsidiar processos de regularização de obras junto aos órgãos competentes;
Criar um catálogo de alternativas e diretrizes projetuais aplicadas a projetos de habitação em realidade semelhante – Identificar dispositivos, sugerir padrões dimensionais, rearranjos e outras recomendações;
Apresentação do Caderno de Recomendações aos moradores;
Criação de uma cartilha com diretrizes para o usuário se habilitar em programas de habitação de interesse social que auxiliem ou subsidiem estas reformas com auxílio de profissionais habilitados e qualificados.
Indicadores, Metas e Resultados
Promover a troca de experiências entre moradores e futuros profissionais arquitetos-urbanistas;
Criar um cartilha com recomendações projetuais para orientar futuras reformas e novos projetos que considerem o processo de evolução da casa padrão, à luz de normas construtivas adequadas e parâmetros qualitativos;
Conscientizar os moradores sobre procedimentos e técnicas construtivas através de uma cartilha com recomendações construtivas e dimensionais para orientar futuras reformas de maneira coordenada, em etapas.
Criar um cartilha com recomendações projetuais para orientar futuras reformas e novos projetos que considerem o processo de evolução da casa padrão, à luz de normas construtivas adequadas e parâmetros qualitativos;
Conscientizar os moradores sobre procedimentos e técnicas construtivas através de uma cartilha com recomendações construtivas e dimensionais para orientar futuras reformas de maneira coordenada, em etapas.
Equipe do Projeto
Nome | CH Semanal | Data inicial | Data final |
---|---|---|---|
ALINE DE MOURA RIBEIRO XAVIER | |||
AMANDA FERREIRA GARCIA | |||
ANALICIA CARDOSO MENEZES | |||
EMILY SCHIAVINATTO NOGUEIRA | |||
FABIOLA NUNES DA SILVA | |||
FABRICIO SANZ ENCARNAÇÃO | |||
GIOVANNI MONTONE LANGONE | |||
GUSTAVO BENEDETTI SANTIAGO | |||
HELENA LIMA SALINAS RAMOS | |||
HELIO MATEUS NASCIMENTO DE ANDRADE | |||
HENRIQUE TRAPAGA GONÇALVES | |||
JHONATHAN HENRIQUE DE SOUSA | |||
JONAS MATOS MARTINS | |||
KAROLINE OLIVEIRA TUCHE | |||
LARA ZOIA CALDERIPE | |||
LIZIANE DE OLIVEIRA JORGE | 8 | ||
LUANA HELENA LOUREIRO ALVES DOS SANTOS | |||
LUIZA PINTO MOSCARELI | |||
MARIA AUGUSTA GUISSO GONZAGA | |||
MARIANA PINHEIRO DE SOUZA | |||
MARIANA PORTO ROTTA | |||
MATHEUS GOMES BARBOSA | |||
NIRCE SAFFER MEDVEDOVSKI | 4 | ||
RAFAEL OLIVEIRA CORRÊA LUZ | |||
RAFAELA SCHERER | |||
RITHIELE GONCALVES ARAUJO | |||
SARA PARLATO | |||
Silvio Frederico da Silva Chaigar |