Nome do Projeto
Comércio global e estratégias de multinacionais do agronegócio: um estudo dos efeitos sobre a biodiversidade, mudanças climáticas e saúde pública no Brasil
Ênfase
Pesquisa
Data inicial - Data final
03/12/2021 - 31/12/2024
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Ciências Sociais Aplicadas
Resumo
Este estudo apresenta busca analisar os impactos do IDE e das estratégias de multinacionais do agronegócio sobre a biodiversidade, mudanças climáticas e saúde pública no Brasil. Assim, este estudo busca compreender a relação entre desenvolvimento econômico, a degradação sócio-ambiental e saúde coletiva, tendo como premissa fundamental a identificação de que o comércio internacional de natureza desigual e injusta vem agravando diversos conflitos sócio-ambientais e intensificando os problemas de saúde pública no Brasil. A importância da realização da presente pesquisa é reforçada diante do processo de globalização em curso, no qual o Brasil têm reforçado um modelo econômico fortemente voltado ao seu papel enquanto exportador de mercadorias baseadas nos recursos naturais - esse é o caso dos produtos do agronegócio, setores de especial relevância na exportação brasileira. Buscando responder aos objetivos da pesquisa desenvolveu-se uma estratégia metodológica baseada em (i) análises espaciais exploratórias e (ii) regressão múltipla em painel será empregada ao longo do período de vigência do projeto.
Objetivo Geral
Este estudo apresenta busca analisar os impactos do IDE e das estratégias de multinacionais do agronegócio sobre a biodiversidade, mudanças climáticas e saúde pública no Brasil.
Justificativa
Durante as últimas décadas, os países em desenvolvimento estabeleceram diversas políticas buscando promover a abertura dos seus mercados nacionais protegidos ao comércio internacional e ao Investimento Direto Estrangeiro (IDE). Desde então, as políticas de atração do IDE se tornaram uma prioridade da agenda de política de países em desenvolvimento, especialmente, pela compreensão de que ele configura como fonte potencial de criação de novos empregos e injeção de capital, na economia doméstica, que, usualmente, é acompanhada de novas tecnologias e inovações.
Os defensores do livre comércio afirmam que promover a abertura dos mercados nacionais protegidos ao comércio internacional e ao IDE é ambientalmente amigável, uma maneira de usar os recursos com mais eficiência, enquanto os ambientalistas argumentam que, a menos que seja acompanhado por rigorosas regulamentações, o crescimento induzido pelo comércio global esgotará e degradará ainda mais os ecossistemas.
O agronegócio brasileiro vem se destacando no cenário internacional nas últimas décadas por seu expressivo aumento em produtividade e sua crescente importância para a manutenção do equilíbrio da balança comercial do país. Contudo, a atual expansão do agronegócio e as estratégias de empresas multinacionais deste segmento, vista por muitos governantes, economistas e cientistas como inevitável e geradora de progresso e riquezas, pode atuar como fonte de pressão que prejudica a saúde dos ecossistemas e de vários grupos populacionais afetados, inclusive de gerações futuras.
Um dos grandes e atuais desafios para o desenvolvimento brasileiro é manter o crescimento da produção agropecuária e, ao mesmo tempo, reduzir os impactos dessa atividade sobre os ecossistemas em questão. Esse desafio surge em meio aos debates internacionais e às pressões cada vez maiores da sociedade por um novo modelo de desenvolvimento, que seja capaz de conciliar o crescimento econômico e a conservação do meio ambiente. Só muito recentemente as políticas governamentais para o setor agropecuário começaram a atentar para as questões relativas à sustentabilidade ambiental e a estabelecer programas e metas com esse objetivo.
Os defensores do livre comércio afirmam que promover a abertura dos mercados nacionais protegidos ao comércio internacional e ao IDE é ambientalmente amigável, uma maneira de usar os recursos com mais eficiência, enquanto os ambientalistas argumentam que, a menos que seja acompanhado por rigorosas regulamentações, o crescimento induzido pelo comércio global esgotará e degradará ainda mais os ecossistemas.
O agronegócio brasileiro vem se destacando no cenário internacional nas últimas décadas por seu expressivo aumento em produtividade e sua crescente importância para a manutenção do equilíbrio da balança comercial do país. Contudo, a atual expansão do agronegócio e as estratégias de empresas multinacionais deste segmento, vista por muitos governantes, economistas e cientistas como inevitável e geradora de progresso e riquezas, pode atuar como fonte de pressão que prejudica a saúde dos ecossistemas e de vários grupos populacionais afetados, inclusive de gerações futuras.
Um dos grandes e atuais desafios para o desenvolvimento brasileiro é manter o crescimento da produção agropecuária e, ao mesmo tempo, reduzir os impactos dessa atividade sobre os ecossistemas em questão. Esse desafio surge em meio aos debates internacionais e às pressões cada vez maiores da sociedade por um novo modelo de desenvolvimento, que seja capaz de conciliar o crescimento econômico e a conservação do meio ambiente. Só muito recentemente as políticas governamentais para o setor agropecuário começaram a atentar para as questões relativas à sustentabilidade ambiental e a estabelecer programas e metas com esse objetivo.
Metodologia
Buscando responder aos objetivos da pesquisa desenvolveu-se uma estratégia metodológica baseada em (i) análises espaciais exploratórias e (ii) regressão múltipla em painel será empregada ao longo do período de vigência do projeto.
Analises espaciais exploratórias
A análise exploratória de dados espaciais (Exploratory Spatial Data Analysis – ESDA) compreende as técnicas que permitem identificar e descrever a distribuição espacial, os padrões de associação espacial, a existência de diferentes regimes espaciais ou outras formas de instabilidade espacial (não-estacionariedade), bem como observações atípicas (outliers).
Neste estudo, as análises espaciais exploratórias permitirão identificar a existência de padrões de distribuição e de conglomerados espaciais e temporais decorrentes das estratégias de investimento de empresas estrangeiras e indicadores que representem seus efeitos sobre (i) a biodiversidade; (ii) mudanças climáticas; e (iii) saúde pública no Brasil. Este tipo de análise baseia-se na autocorrelação espacial e pode ser aplicada quando os atributos numéricos (dados observados) são associados às áreas espaciais (dados georreferenciados), gerando como resultados índices globais e locais que fornecem uma medida da associação espacial.
Os métodos de autocorrelação espacial a serem utilizados neste estudo serão o Índice de Moran Global e Local.
Regressão em painel: O Método dos Momentos Generalizados (GMM)
Na segunda etapa desta pesquisa, as escolhas metodológicas, para o ajuste dos modelos GMM levarão em conta os fundamentos de consistência econométrica, que precisam ser considerados.
Fonte e descrição das variáveis
As variáveis que compõem as análises deste estudo serão coletadas das bases de dados do Banco Mundial (World Banck Data), Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e Banco Central do Brasil. A unidade de investigação, neste estudo, são os dados secundários publicados por esses órgãos, agregados ao nível das unidades federativas e ou/municípios.
Analises espaciais exploratórias
A análise exploratória de dados espaciais (Exploratory Spatial Data Analysis – ESDA) compreende as técnicas que permitem identificar e descrever a distribuição espacial, os padrões de associação espacial, a existência de diferentes regimes espaciais ou outras formas de instabilidade espacial (não-estacionariedade), bem como observações atípicas (outliers).
Neste estudo, as análises espaciais exploratórias permitirão identificar a existência de padrões de distribuição e de conglomerados espaciais e temporais decorrentes das estratégias de investimento de empresas estrangeiras e indicadores que representem seus efeitos sobre (i) a biodiversidade; (ii) mudanças climáticas; e (iii) saúde pública no Brasil. Este tipo de análise baseia-se na autocorrelação espacial e pode ser aplicada quando os atributos numéricos (dados observados) são associados às áreas espaciais (dados georreferenciados), gerando como resultados índices globais e locais que fornecem uma medida da associação espacial.
Os métodos de autocorrelação espacial a serem utilizados neste estudo serão o Índice de Moran Global e Local.
Regressão em painel: O Método dos Momentos Generalizados (GMM)
Na segunda etapa desta pesquisa, as escolhas metodológicas, para o ajuste dos modelos GMM levarão em conta os fundamentos de consistência econométrica, que precisam ser considerados.
Fonte e descrição das variáveis
As variáveis que compõem as análises deste estudo serão coletadas das bases de dados do Banco Mundial (World Banck Data), Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e Banco Central do Brasil. A unidade de investigação, neste estudo, são os dados secundários publicados por esses órgãos, agregados ao nível das unidades federativas e ou/municípios.
Indicadores, Metas e Resultados
Publicação de artigo científico em periódico especializado na área com Qualis A3 ou superior.
Equipe do Projeto
Nome | CH Semanal | Data inicial | Data final |
---|---|---|---|
NADIA CAMPOS PEREIRA BRUHN | 4 | ||
PRISCILA BORGES MACEDO | |||
SUZAN VIVIANE NUNES E SILVA |