Nome do Projeto
AVALIAÇÃO CARDIORRESPIRATÓRIA ATRAVÉS DE HOLTER E HEMOGASOMETRIA PRÉ E PÓS CIRURGIAS PARA CORREÇÃO DE DEFORMIDADES ANATÔMICAS DE CÃES DE RAÇAS BRAQUICEFÁLICAS PORTADORES DA SÍNDROME BRAQUICEFÁLICA
Ênfase
Pesquisa
Data inicial - Data final
30/01/2022 - 30/03/2025
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Ciências Agrárias
Resumo
A síndrome braquicefálica é caracterizada por múltiplas alterações
anatômicas congênitas das vias aéreas superiores de cães e gatos
braquicefálicos (Packer, O’Neill, Fletcher & Farnworth, 2019). São raças de
maior predisposição o Pug, Buldogue Francês, Buldogue Inglês, Shihtzu,
Lhasa Apso, Pequinês, Boston Terrier e gatos de focinho curto como Persa
e Himalaia (CANOLA, 2017).
Entre os sinais clínicos comumente observados, podemos citar, tosse,
ronco, estridor, estertor, intolerância ao exercício, cianose, dispneia, síncope,
intermação, dificuldade de recuperação pós-exercício, perturbação de sono,
alterações cardíacas e gastrointestinais, variando de acordo com a
cronicidade e grau das alterações anatômicas respiratórias (DIAS, 2014;
LILJA-MAULA, et al., 2017).
Narinas estenóticas, palato mole prolongado e traqueia hipoplásica
são alterações primárias que caracterizam a síndrome, podendo ser
encontradas de forma isolada ou combinadas. O aumento da resistência e
turbulência do fluxo de ar, pela obstrução prolongada das vias aéreas
superiores, pode promover alterações secundárias como colapso de laringe,
edema e eversão de sáculos laríngeos (DIAS et al., 2016; SOARES et al.,
2020).
O diagnóstico da síndrome braquicefálica é baseado na apresentação
dos sinais clínicos e visualização das estruturas anômalas, como narinas
estenóticas e palato mole prolongado, durante o exame físico, assim como o
reconhecimento de raças predisponentes.
A correção das alterações anatômicas, como estenose de narinas e
prolongamento de palato mole, é realizada através de intervenções
cirúrgicas. A desobstrução das vias aéreas superiores, realizada
precocemente, podem inibir ou atenuar a apresentação de sinais clínicos,
evitando a progressão da doença (CORSI, 2018).
O objetivo desse projeto é avaliar a função cardiorrespiratória através do rx de tórax, ecodopplercardiograma, ecg e
de holter e a da percepção de tutores em relação aos sinais clínicos antes e
após as correções cirúrgicas de rinaplastia e estafilectomia em cães
braquicefálicos portadores de estenose de narina e prolongamento de palato
mole.
Objetivo Geral
Percepção dos tutores em forma de questionário, sobre a presença de
sinais clínicos decorrente da síndrome braquicefálica e qualidade de vida
dos animais pré e pós procedimento cirúrgico de rinoplastia e
estafilectomia
⮚ Avaliar através de holter função elétrica cardíaca e a variabilidade da
frequência cardíaca pré e pós procedimento cirúrgico de rinoplastia e
estafilectomia.
⮚ Avaliar através dos exames de imagem, raio-x torácico e região cervical;
e ultrassonografia abdominal, o aparelho respiratório, pré e pós
procedimento cirúrgico de rinoplastia e estafilectomia.
sinais clínicos decorrente da síndrome braquicefálica e qualidade de vida
dos animais pré e pós procedimento cirúrgico de rinoplastia e
estafilectomia
⮚ Avaliar através de holter função elétrica cardíaca e a variabilidade da
frequência cardíaca pré e pós procedimento cirúrgico de rinoplastia e
estafilectomia.
⮚ Avaliar através dos exames de imagem, raio-x torácico e região cervical;
e ultrassonografia abdominal, o aparelho respiratório, pré e pós
procedimento cirúrgico de rinoplastia e estafilectomia.
Justificativa
Ultimamente, as raças de cães braquicefálicos se popularizaram, por
características que despertam interesse na população. Como a seleção desses
animais se faz pela aparência e não pela funcionalidade, tornaram-se mais
suscetíveis a alterações respiratórias, digestórias entre outras (DIAS, 2014).
Dentre as alterações primárias da síndrome as mais comuns são o palato
mole prolongado e a estenose de narinas (COHEN, 2018). Aproximadamente de
42,5% a 85,2% dos animais com síndrome braquicefálica apresentam a
estenose de narinas e de 86,3% a 100% demonstram o palato mole prolongado
(FASANELLA et al., 2010;PONCET et al., 2006; RIECKS et al., 2007; TORREZ
& HUNT, 2006). Por conta disso, as correções cirúrgicas que serão realizadas
nesse projeto são a rinoplastia e a estafilectomia. A rinoplastia é uma correção
cirúrgica na qual se alarga as narinas do animal, através da ressecção da
cartilagem dorsolateral, vertical ou horizontalmente (Pratschke, 2014). A
estafilectomia é uma correção cirúrgica utilizada para tratamento do
prolongamento de palato mole, sendo baseada na ressecção da porção caudal
em excesso do palato mole (Bofan et al., 2015).
Sabe – se que 76,5% da resistência do fluxo do ar em cães, é causada pela
passagem do ar pelas fossas nasais (LODATO & HEDLUND, 2012). Assim, a
estenose de narinas causa elevação da resistência da passagem de ar pelo
focinho e, conseqüentemente, o aumento da pressão pulmonar, levando ao
remodelamento cardíaco direito que pode gerar insuficiência cardíaca
congestiva (CANOLA, 2017). Além disso, acredita-se que por conta do aumento
da pressão arterial, hipóxia e surtos de atividade simpática levem a lesão no
miocárdio (BATISTA, 2018). Assim, os braquicefálicos podem apresentar
complicações cardiovasculares e alterações no tônus vagal, devido as
alterações anatômicas da síndrome. Por conta disso, nos pacientes do presente
projeto será utilizado o holter para avaliar a função elétrica cardíaca, e os
biomarcadores cardíacos. O Holter é um exame de eletrocardiografia contínuo,
não invasivo, utilizado para identificar alterações na atividade elétrica durante o
dia (Grupi et al., 1999). O histórico dos pacientes braquicefálicos normalmente
apresenta estresse térmico e intolerância ao exercício, além de sufocamento
durante o sono (TILLEY, 2008). Em um trabalho realizado por BATISTA (2018)
foi avaliado a percepção dos tutores em relação a evolução clínica de pacientes
com síndrome braquicefálica após a correção cirúrgica da estenose de narinas
e/ou palato mole prolongado. Sendo observado que 78% dos tutores do estudo
relataram um aumento da atividade, o que acredita-se estar relacionado com a
melhora em condição cardiopulmonar e termorreguladora. Outros estudos
(Riecks et al., 2007; Packer etal., 2012; Liu et al., 2015; Pohl,
Roedler&Oechtering, 2016) também relataram uma melhora de atividade desses
animais, além de, em alguns, uma grande satisfação dos tutores dos animais em
relação a cirurgia (Packer et al., 2012;Pohl et al., 2016). Assim, é importante
avaliar no projeto se esses sinais clínicos graves reduzem ou mesmo
desaparecem nos pacientes após a correção cirúrgica. Além disso, em um
trabalho realizado por Liu et al. (2015), foi identificado que 60% dos tutores não
percebem os sinais clínicos da síndrome braquicefálica, sendo importante
também a conscientização dos proprietários dos animais.
Animais com síndrome braquicefálica podem apresentar alterações
gastrointestinais, como vômitos, regurgitação, gastrite, disfagia, desvio
esofágico, refluxo gastro-esofágico, duodenite e entre outras (Poncet et al.
2005). Isso pode ocorrer devido á proximidade do esôfago com as vias aéreas,
também sendo exposto a pressão negativa na expiração (Koch et al., 2003). Em
um estudo de Poncet et al. (2006) 97,3% dos cães braquicefálicos avaliados
apresentaram alguma alteração gastrointestinal.
características que despertam interesse na população. Como a seleção desses
animais se faz pela aparência e não pela funcionalidade, tornaram-se mais
suscetíveis a alterações respiratórias, digestórias entre outras (DIAS, 2014).
Dentre as alterações primárias da síndrome as mais comuns são o palato
mole prolongado e a estenose de narinas (COHEN, 2018). Aproximadamente de
42,5% a 85,2% dos animais com síndrome braquicefálica apresentam a
estenose de narinas e de 86,3% a 100% demonstram o palato mole prolongado
(FASANELLA et al., 2010;PONCET et al., 2006; RIECKS et al., 2007; TORREZ
& HUNT, 2006). Por conta disso, as correções cirúrgicas que serão realizadas
nesse projeto são a rinoplastia e a estafilectomia. A rinoplastia é uma correção
cirúrgica na qual se alarga as narinas do animal, através da ressecção da
cartilagem dorsolateral, vertical ou horizontalmente (Pratschke, 2014). A
estafilectomia é uma correção cirúrgica utilizada para tratamento do
prolongamento de palato mole, sendo baseada na ressecção da porção caudal
em excesso do palato mole (Bofan et al., 2015).
Sabe – se que 76,5% da resistência do fluxo do ar em cães, é causada pela
passagem do ar pelas fossas nasais (LODATO & HEDLUND, 2012). Assim, a
estenose de narinas causa elevação da resistência da passagem de ar pelo
focinho e, conseqüentemente, o aumento da pressão pulmonar, levando ao
remodelamento cardíaco direito que pode gerar insuficiência cardíaca
congestiva (CANOLA, 2017). Além disso, acredita-se que por conta do aumento
da pressão arterial, hipóxia e surtos de atividade simpática levem a lesão no
miocárdio (BATISTA, 2018). Assim, os braquicefálicos podem apresentar
complicações cardiovasculares e alterações no tônus vagal, devido as
alterações anatômicas da síndrome. Por conta disso, nos pacientes do presente
projeto será utilizado o holter para avaliar a função elétrica cardíaca, e os
biomarcadores cardíacos. O Holter é um exame de eletrocardiografia contínuo,
não invasivo, utilizado para identificar alterações na atividade elétrica durante o
dia (Grupi et al., 1999). O histórico dos pacientes braquicefálicos normalmente
apresenta estresse térmico e intolerância ao exercício, além de sufocamento
durante o sono (TILLEY, 2008). Em um trabalho realizado por BATISTA (2018)
foi avaliado a percepção dos tutores em relação a evolução clínica de pacientes
com síndrome braquicefálica após a correção cirúrgica da estenose de narinas
e/ou palato mole prolongado. Sendo observado que 78% dos tutores do estudo
relataram um aumento da atividade, o que acredita-se estar relacionado com a
melhora em condição cardiopulmonar e termorreguladora. Outros estudos
(Riecks et al., 2007; Packer etal., 2012; Liu et al., 2015; Pohl,
Roedler&Oechtering, 2016) também relataram uma melhora de atividade desses
animais, além de, em alguns, uma grande satisfação dos tutores dos animais em
relação a cirurgia (Packer et al., 2012;Pohl et al., 2016). Assim, é importante
avaliar no projeto se esses sinais clínicos graves reduzem ou mesmo
desaparecem nos pacientes após a correção cirúrgica. Além disso, em um
trabalho realizado por Liu et al. (2015), foi identificado que 60% dos tutores não
percebem os sinais clínicos da síndrome braquicefálica, sendo importante
também a conscientização dos proprietários dos animais.
Animais com síndrome braquicefálica podem apresentar alterações
gastrointestinais, como vômitos, regurgitação, gastrite, disfagia, desvio
esofágico, refluxo gastro-esofágico, duodenite e entre outras (Poncet et al.
2005). Isso pode ocorrer devido á proximidade do esôfago com as vias aéreas,
também sendo exposto a pressão negativa na expiração (Koch et al., 2003). Em
um estudo de Poncet et al. (2006) 97,3% dos cães braquicefálicos avaliados
apresentaram alguma alteração gastrointestinal.
Metodologia
Serão selecionados no Hospital de Clínicas Veterinárias da Universidade
Federal de Pelotas (HCV-UFPel), pacientes com estenose de narinas e
prolongamento do palato mole e que os tutores gostariam de realizar a correção
cirúrgica das afecções para esse projeto. Esses pacientes serão diagnosticados
através de exame físico, anamnese e histórico e, assim, será informado aos
tutores que seus animais podem participar do projeto, o que melhorará a sua
qualidade de vida.
Através de um questionário feito aos tutores de animais com síndrome
braquicefálica, será avaliado os sinais clínicos mais comuns da estenose de
narinas e de palato mole prolongado. Assim, será avaliado o quanto esses sinais
regrediram nesses animais antes e após a correção cirúrgica de rinoplastia e de
estafilectomia, além de avaliar no mesmo questionário se os tutores identificaram
uma melhor qualidade de vida dos seus cães.
Também será feito um exame de Holter nos pacientes com síndrome
braquicefálica um mês antes da rinoplastia e estafilectomia e um mês após, para
verificar alterações de ritmo antes e após a correção cirúrgica nesses animais.
Através de Raio-X torácico, os pacientes que fizeram o procedimento de
rinoplastia e ou estafilectomia, serão avaliados em relação a eficácia da
estafilectomia.
Devido aos pacientes com síndrome braquicefálica poderem desenvolver
diversas alterações gastrointestinais, através da ultrassonografia, será avaliado
o trato gastrointestinal desses animais antes e após a cirurgia de rinoplastia e ou
estafilectomia, avaliando se houve ou não melhora dessas possíveis alterações.
Federal de Pelotas (HCV-UFPel), pacientes com estenose de narinas e
prolongamento do palato mole e que os tutores gostariam de realizar a correção
cirúrgica das afecções para esse projeto. Esses pacientes serão diagnosticados
através de exame físico, anamnese e histórico e, assim, será informado aos
tutores que seus animais podem participar do projeto, o que melhorará a sua
qualidade de vida.
Através de um questionário feito aos tutores de animais com síndrome
braquicefálica, será avaliado os sinais clínicos mais comuns da estenose de
narinas e de palato mole prolongado. Assim, será avaliado o quanto esses sinais
regrediram nesses animais antes e após a correção cirúrgica de rinoplastia e de
estafilectomia, além de avaliar no mesmo questionário se os tutores identificaram
uma melhor qualidade de vida dos seus cães.
Também será feito um exame de Holter nos pacientes com síndrome
braquicefálica um mês antes da rinoplastia e estafilectomia e um mês após, para
verificar alterações de ritmo antes e após a correção cirúrgica nesses animais.
Através de Raio-X torácico, os pacientes que fizeram o procedimento de
rinoplastia e ou estafilectomia, serão avaliados em relação a eficácia da
estafilectomia.
Devido aos pacientes com síndrome braquicefálica poderem desenvolver
diversas alterações gastrointestinais, através da ultrassonografia, será avaliado
o trato gastrointestinal desses animais antes e após a cirurgia de rinoplastia e ou
estafilectomia, avaliando se houve ou não melhora dessas possíveis alterações.
Indicadores, Metas e Resultados
Espera-se uma melhor compreensão da sindrome barquicefalica, otimização do diagnostico e tratamento precoce, bem como conscientização da problemática por parte dos acadêmicos de medicina veterinária, proffisionais veterinários e tutores.
Espera-se, também, a regulação do balanço autonomico, ou seja, equilibrio entre o sistema simpática e parassimático, bem como a diminuição das arritmias observadas nesses casos.
Espera-se, também, a regulação do balanço autonomico, ou seja, equilibrio entre o sistema simpática e parassimático, bem como a diminuição das arritmias observadas nesses casos.
Equipe do Projeto
Nome | CH Semanal | Data inicial | Data final |
---|---|---|---|
ALESSANDRA GOULART TEIXEIRA | |||
ANDREZA BERNARDI DA SILVA | |||
BERNARDO DOS SANTOS VAZ | |||
BÁRBARA LUIZA MIGUEIS NUNES | |||
CAROLINA SCHUCH DE CASTRO | |||
ELVIS BALTAZAR PUGA | |||
FRANCESCA LOPES ZIBETTI | |||
GABRIELA RABELO YONAMINE | |||
JESSICA KRUGER NUNES | |||
JULIA NOBRE PARADA CASTRO | |||
JULIA SANTOS PRETO DE OLIVEIRA | |||
JULYA VEIGA SILVA | |||
KATLYN FLAVIA RODRIGUES SOARES | |||
KETRYN LEMOS | |||
LAURA APARECIDA MARTINS DE MORAES | |||
LAURA DIAS PETRICIONE DE SOUZA | |||
LIVIA ATKINSON MARTIN | |||
LORY LUÍSA JACQUES DE CASTRO RIZZATTI | |||
LUÃ BORGES IEPSEN | |||
MARCELA BRANDÃO COSTA | |||
MARLETE BRUM CLEFF | 1 | ||
MAYARA CRISTTINE RAMOS | |||
MICHAELA MARQUES ROCHA | |||
Marta Priscila Vogt | |||
PATRICIA SILVA VIVES | 2 | ||
PAULA PRISCILA CORREIA COSTA | 8 | ||
THAÍS CRISTINA VANN | |||
THAÍS CRISTINA VANN | |||
THOMAS NORMANTON GUIM | 2 | ||
VIVIANA DE ALMEIDA CORRÊA |