Nome do Projeto
Debatendo Diversidade na Química em Instituições de Ensino Superior Gaúchas
Ênfase
Extensão
Data inicial - Data final
16/02/2022 - 16/02/2022
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Ciências Exatas e da Terra
Eixo Temático (Principal - Afim)
Cultura / Educação
Linha de Extensão
Temas específicos / Desenvolvimento humano
Resumo
Evento organizado pela Universidade Federal de Pelotas, em colaboração com a Universidade Federal de Santa Maria, a Universidade Federal do Rio Grande do Sul e a Universidade Federal do Rio Grande, com o objetivo de discutir ações para promover a diversidade na ciência. Além disso, o evento celebra as conquistas das mulheres na ciência e inspira as novas gerações para papeis de liderança.
Objetivo Geral
Promover a discussão e a reflexão, evidenciando as dificuldades, os avanços e as perspectivas científicas, sobre a atuação da mulher no desenvolvimento de ciência e tecnologia, proporcionando espaços de debate, diálogo e contato entre pesquisadoras e a comunidade acadêmica.
Justificativa
A problemática relacionada à presença da mulher no desenvolvimento da ciência e tecnologia envolve uma rede complexa de fatores, e este tema vem sendo discutido mundialmente. A Organização das Nações Unidas (ONU) estabeleceu como um dos Objetivos do Milênio a promoção da igualdade de gênero e o empoderamento de mulheres, incentivando a organização de campanhas para estimular e encorajar jovens e mulheres a buscarem seus desenvolvimentos socioeconômico, por meio da educação e do trabalho.
Conforme apontado por estatísticas de gênero, realizadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2018), no Brasil a maioria das mulheres não consegue visualizar a sua própria presença em certas áreas do conhecimento, uma vez que o número de outras mulheres que atuam nessas áreas é escasso e elas são, de forma geral, menos reconhecidas que os homens. Nesse sentido, destaca-se a importância do desenvolvimento de ações que oportunizem a interação de mulheres pesquisadoras e desenvolvedoras de tecnologia, a fim de possibilitar, não somente o contato, mas também o reconhecimento da atuação de mulheres na área, e que propiciem o empoderamento das estudantes e profissionais participantes quanto a sua capacidade e poder de escolha.
Nos últimos anos muitas ações vêm sendo feitas ao redor do mundo no sentido de reduzir a desigualdade de gênero, mas as discrepâncias ainda são enormes (Bian et al., 2017; Lima, 2017; Royal Society of Chemistry, 2018). De acordo com um levantamento feito pela UNESCO, no cenário global, as mulheres representam apenas 28% dos pesquisadores, e apenas 3% dos ganhadores do prêmio Nobel (UNESCO, 2017). Em um estudo publicado pela editora Elsevier “Gender in the Global Research Landscape” (Elsevier, 2018) foi apontado que o Brasil é o país mais desigual quando se trata de gênero na ciência, superando os Estados Unidos, Reino Unido e União Europeia. Todavia, ainda existem áreas como as ciências exatas, engenharias, computação, entre outras, em que os números ainda são bastante discrepantes. Além disso, quando se trata da ascensão na carreira, representatividade em cargos de destaque e participação em comitês científicos, o cenário é ainda mais desigual. Outro estudo, publicado pela revista Science (Bian et al., 2017), demonstrou que vieses de gênero estão presentes em idades bastante precoces (como 6 e 7 anos de idade) e que "As meninas crescem acreditando que essas áreas não são para elas”. Assim, fica evidente que a participação das mulheres não é unicamente um problema nacional, e tem sido caracterizada pela sub-representação feminina em algumas áreas do conhecimento, a exemplo das exatas e engenharias (exclusão horizontal) e nos postos mais prestigiosos da carreira (exclusão vertical) (Lima, 2017).
No que diz respeito ao âmbito educacional, a execução de eventos para discussões e reflexões sobre o tema estimula a troca de experiências entre as profissionais. Aliado a isto, o uso da estratégia de mesas redondas é capaz de estabelecer discussões e reflexões entre os participantes, relacionando temas vinculados ao cotidiano universitário. Estas reflexões além de enriquecerem a construção do conhecimento, são capazes de despertar nos participantes a consciência sobre a atuação da mulher na ciência, bem como traçar as perspectivas para um futuro com equidade de gênero em todas as áreas de atuação.
Neste sentido, marcando o Dia das Mulheres e Meninas na Ciência da ONU, a autoridade mundial da nomenclatura química e terminologia, a International Union of Pure an Applied Chemistry” IUPAC criou o evento “IUPAC Global Women’s Breakfast”.
O Café da Manhã Global é um evento que acontece em um único dia de fevereiro de cada ano com o objetivo de celebrar as conquistas das mulheres na ciência, inspirar as gerações mais jovens a seguir carreiras nesta área, além de estabelecer uma rede ativa de homens e mulheres para superar as barreiras à igualdade de gênero na ciência. O primeiro IUPAC Global Women’s Breakfast: Women Sharing a Chemical Moment in Time, foi organizado como parte do Ano Internacional de Química (IYC2011), em 2011, foram feitos mais de 100 “breakfasts” em 44 países, contando com a participação de aproximadamente 5 mil mulheres da área de química. Desde 2011, pesquisadores de diversos países discutem a diversidade na ciência por meio deste evento. Este ano, o evento também será organizado por pesquisadoras da Universidade Federal de Pelotas, em colaboração com a Universidade Federal de Santa Maria, a Universidade Federal do Rio Grande do Sul e a Universidade Federal do Rio Grande, com o tema “Debatendo Diversidade na Química em Instituições de Ensino Superior Gaúchas”.
Conforme apontado por estatísticas de gênero, realizadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2018), no Brasil a maioria das mulheres não consegue visualizar a sua própria presença em certas áreas do conhecimento, uma vez que o número de outras mulheres que atuam nessas áreas é escasso e elas são, de forma geral, menos reconhecidas que os homens. Nesse sentido, destaca-se a importância do desenvolvimento de ações que oportunizem a interação de mulheres pesquisadoras e desenvolvedoras de tecnologia, a fim de possibilitar, não somente o contato, mas também o reconhecimento da atuação de mulheres na área, e que propiciem o empoderamento das estudantes e profissionais participantes quanto a sua capacidade e poder de escolha.
Nos últimos anos muitas ações vêm sendo feitas ao redor do mundo no sentido de reduzir a desigualdade de gênero, mas as discrepâncias ainda são enormes (Bian et al., 2017; Lima, 2017; Royal Society of Chemistry, 2018). De acordo com um levantamento feito pela UNESCO, no cenário global, as mulheres representam apenas 28% dos pesquisadores, e apenas 3% dos ganhadores do prêmio Nobel (UNESCO, 2017). Em um estudo publicado pela editora Elsevier “Gender in the Global Research Landscape” (Elsevier, 2018) foi apontado que o Brasil é o país mais desigual quando se trata de gênero na ciência, superando os Estados Unidos, Reino Unido e União Europeia. Todavia, ainda existem áreas como as ciências exatas, engenharias, computação, entre outras, em que os números ainda são bastante discrepantes. Além disso, quando se trata da ascensão na carreira, representatividade em cargos de destaque e participação em comitês científicos, o cenário é ainda mais desigual. Outro estudo, publicado pela revista Science (Bian et al., 2017), demonstrou que vieses de gênero estão presentes em idades bastante precoces (como 6 e 7 anos de idade) e que "As meninas crescem acreditando que essas áreas não são para elas”. Assim, fica evidente que a participação das mulheres não é unicamente um problema nacional, e tem sido caracterizada pela sub-representação feminina em algumas áreas do conhecimento, a exemplo das exatas e engenharias (exclusão horizontal) e nos postos mais prestigiosos da carreira (exclusão vertical) (Lima, 2017).
No que diz respeito ao âmbito educacional, a execução de eventos para discussões e reflexões sobre o tema estimula a troca de experiências entre as profissionais. Aliado a isto, o uso da estratégia de mesas redondas é capaz de estabelecer discussões e reflexões entre os participantes, relacionando temas vinculados ao cotidiano universitário. Estas reflexões além de enriquecerem a construção do conhecimento, são capazes de despertar nos participantes a consciência sobre a atuação da mulher na ciência, bem como traçar as perspectivas para um futuro com equidade de gênero em todas as áreas de atuação.
Neste sentido, marcando o Dia das Mulheres e Meninas na Ciência da ONU, a autoridade mundial da nomenclatura química e terminologia, a International Union of Pure an Applied Chemistry” IUPAC criou o evento “IUPAC Global Women’s Breakfast”.
O Café da Manhã Global é um evento que acontece em um único dia de fevereiro de cada ano com o objetivo de celebrar as conquistas das mulheres na ciência, inspirar as gerações mais jovens a seguir carreiras nesta área, além de estabelecer uma rede ativa de homens e mulheres para superar as barreiras à igualdade de gênero na ciência. O primeiro IUPAC Global Women’s Breakfast: Women Sharing a Chemical Moment in Time, foi organizado como parte do Ano Internacional de Química (IYC2011), em 2011, foram feitos mais de 100 “breakfasts” em 44 países, contando com a participação de aproximadamente 5 mil mulheres da área de química. Desde 2011, pesquisadores de diversos países discutem a diversidade na ciência por meio deste evento. Este ano, o evento também será organizado por pesquisadoras da Universidade Federal de Pelotas, em colaboração com a Universidade Federal de Santa Maria, a Universidade Federal do Rio Grande do Sul e a Universidade Federal do Rio Grande, com o tema “Debatendo Diversidade na Química em Instituições de Ensino Superior Gaúchas”.
Metodologia
O evento ocorrerá na manhã do dia 16 de fevereiro de 2022. O cronograma proposto conta com quatro palestras ministradas por pesquisadoras de instituições do Brasil com liderança científica reconhecida dentro de suas áreas de atuação profissional, bem como com histórico de ações que valorizam a atuação de mulheres em diversos campos. Além disso, estão previstos momentos de discussão entre as palestrantes e os inscritos, visando esclarecimentos sobre o tema abordado e aumentando a perspectiva de atuação de mulheres em diferentes áreas.
Indicadores, Metas e Resultados
Espera-se que este evento proporcione a discussão sobre equidade de gênero, impactando em reflexões e futuras ações na Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e na região sul do Rio Grande do Sul, proporcionando o contato interinstitucional entre pesquisadores, professores e alunos de cursos de Pós-Graduação e Graduação estreitando laços sociais, acadêmicos, científicos e tecnológicos. Além disso, espera-se divulgar o impacto dos resultados obtidos por mulheres que desenvolvem atividades de pesquisa e de inovação tecnológica para a comunidade científica, demonstrando a potencialidade de interação entre os gêneros, bem como aumentar a visibilidade deste assunto à comunidade científica, inspirando jovens cientistas com suas carreiras em ascensão para que possam consolidar suas atividades de pesquisa por meio da interação com renomadas pesquisadoras do país.
Equipe do Projeto
Nome | CH Semanal | Data inicial | Data final |
---|---|---|---|
DAIANE DIAS | |||
ETHEL ANTUNES WILHELM | 16 | ||
FERNANDA PITT BALBINOT | |||
Larissa Cristine Andrade da Costa | |||
MARCIA FOSTER MESKO | 18 | ||
Nadya Pesce da Silveira | |||
Paola de Azevedo Mello |