Nome do Projeto
Crítica de cinema – Teoria e prática – perspectiva da graduação em cinema e audiovisual da UFPel
Ênfase
Ensino
Data inicial - Data final
20/05/2022 - 20/05/2026
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Linguística, Letras e Artes
Resumo
Produção de capítulo de livro sobre crítica e curadoria em cinema, buscando refletir sobre as práticas adotadas na disciplina Crítica de Cinema, ministrada pela proponente no curso de Cinema e Audiovisual da UFPel desde 2013. A construção do texto comtempla alunos e egresso do curso.
Objetivo Geral
- Produzir de capítulo de livro, visando levantar os desafios do ensino da crítica a partir da experiência profissional concomitante à docência, contando com a participação de discentes que cursam a disciplina referente ao semestre 2021-2 e de um egresso. A reflexão deverá oferecer suporte para uma reestruturação da disciplina quanto a conteúdos e métodos.
Justificativa
O projeto surge a partir da demanda da produção de um capítulo de livro em formato e-book sobre crítica de cinema e curadoria. O convite para participação no livro foi feito pelo professor Laécio Ricardo de Aquino Rodrigues, do Depto de Com. Social da UFPE e do seu Programa de Pós-Graduação em Comunicação (PPGCOM), quem organiza o livro intitulado Crítica e Curadoria em Cinema (título provisório), já direcionando nosso conteúdo para as especificidades crítica. Para o texto, entendemos que será relevante explorar alguns aspectos experienciados em sala de aula. Ministrando a disciplina Crítica de Cinema (obrigatória para o curso de Cinema e Audiovisual e optativa para o curso de Cinema de Animação), percebemos vários desafios, um deles a própria dificuldade dos alunos em compreenderem o papel da crítica para o cinema.
Um dos objetivos da disciplina, mesmo que não anunciado em ementa, é entusiasmar alunos para seguirem na crítica. Porém, antes de tudo, é necessário contribuir para o desenvolvimento pensamento crítico relativo à carga de imagens e ideias que somos submetidos ao trabalharmos com cinema. Como perceber o grau do déficit de pensamento crítico dos alunos que entram na universidade? Como professores, temos que ser honestos no decorrer do curso e admitirmos que é preciso lidar com algumas frustrações, como uma espécie de inconsciente da crítica: a frustração de não se viver de crítica; a frustração da pouco ou nenhuma remuneração, que pode ser sublimada pelo retorno “de público”, ou seja, os leitores com os quais podemos dialogar sobre nossas ideias sobre o filme do qual escrevemos. E então somos frustrados pela constatação que provavelmente quem dirigiu o filme, nem seus amigos leram o tal crítica. É preciso, assim, criar mecanismos de compensação.
Não há como prever a frustração dos alunos que almejam se aventurar e viver como críticos de cinema, mas o desafio, na disciplina, é alertarmos para as vicissitudes no horizonte.
Através de exemplos da diversidade de exemplos de profissionais e amadores, os alunos são levados a fazer suas próprias as constatações.
Outro aspecto que os professores de graduação do ensino de cinema, no âmbito da crítica, se deparam é a crescente cobrança por parte dos alunos, de trabalhar questões de raça e gênero. Ao longo dos últimos anos, fomos incorporando novos exemplos, novos teóricos, novas formas de cinefilia. Como fazer isto sem deixar de oferecer conteúdos da história da crítica, que envolvem movimentos históricos como os “jovens turcos”, André Bazin e a própria Nouvelle Vague? Como dar o devido destaque a reflexões atuais, como as de Girish Shambu e a nova cinefilia?
Propor estas questões para os públicos-alvos do livro em construção (professores e alunos do ensino superior vinculados ao audiovisual) é tarefa que se impõe num meio em constante transformação.
Um dos objetivos da disciplina, mesmo que não anunciado em ementa, é entusiasmar alunos para seguirem na crítica. Porém, antes de tudo, é necessário contribuir para o desenvolvimento pensamento crítico relativo à carga de imagens e ideias que somos submetidos ao trabalharmos com cinema. Como perceber o grau do déficit de pensamento crítico dos alunos que entram na universidade? Como professores, temos que ser honestos no decorrer do curso e admitirmos que é preciso lidar com algumas frustrações, como uma espécie de inconsciente da crítica: a frustração de não se viver de crítica; a frustração da pouco ou nenhuma remuneração, que pode ser sublimada pelo retorno “de público”, ou seja, os leitores com os quais podemos dialogar sobre nossas ideias sobre o filme do qual escrevemos. E então somos frustrados pela constatação que provavelmente quem dirigiu o filme, nem seus amigos leram o tal crítica. É preciso, assim, criar mecanismos de compensação.
Não há como prever a frustração dos alunos que almejam se aventurar e viver como críticos de cinema, mas o desafio, na disciplina, é alertarmos para as vicissitudes no horizonte.
Através de exemplos da diversidade de exemplos de profissionais e amadores, os alunos são levados a fazer suas próprias as constatações.
Outro aspecto que os professores de graduação do ensino de cinema, no âmbito da crítica, se deparam é a crescente cobrança por parte dos alunos, de trabalhar questões de raça e gênero. Ao longo dos últimos anos, fomos incorporando novos exemplos, novos teóricos, novas formas de cinefilia. Como fazer isto sem deixar de oferecer conteúdos da história da crítica, que envolvem movimentos históricos como os “jovens turcos”, André Bazin e a própria Nouvelle Vague? Como dar o devido destaque a reflexões atuais, como as de Girish Shambu e a nova cinefilia?
Propor estas questões para os públicos-alvos do livro em construção (professores e alunos do ensino superior vinculados ao audiovisual) é tarefa que se impõe num meio em constante transformação.
Metodologia
A metodologia estará ancorada na fenomenologia, que permite e pressupõe o impacto da experiência do pesquisador em relação a seu objeto. Poderemos construir um arcabouço para o texto através das seguintes etapas:
- Seleção de alunos para participarem do projeto a partir do critério da análise dos trabalhos apresentados na disciplina (exercícios, seminários, críticas de cinema em diversos formatos);
- Convite para um egresso participar do projeto contribuindo com depoimento escrito, como também de reuniões para discutir o impacto da disciplina em sua vida acadêmica e profissional. Critério para o convite: ter participado ativamente da disciplina, ter gerado produtos no campo da crítica, ter iniciado atividade profissional neste campo;
- Reuniões para debater as práticas em sala de aula;
- Orientação para a produção de depoimentos textuais dos colaboradores do projeto,
- O texto final a ser produzido, em formato de artigo acadêmico, terá abordagem que contempla tanto a experiência da disciplina, quanto a atividade sistemática da crítica em veículos e à frente de entidade que reúne críticos de cinema.
- Seleção de alunos para participarem do projeto a partir do critério da análise dos trabalhos apresentados na disciplina (exercícios, seminários, críticas de cinema em diversos formatos);
- Convite para um egresso participar do projeto contribuindo com depoimento escrito, como também de reuniões para discutir o impacto da disciplina em sua vida acadêmica e profissional. Critério para o convite: ter participado ativamente da disciplina, ter gerado produtos no campo da crítica, ter iniciado atividade profissional neste campo;
- Reuniões para debater as práticas em sala de aula;
- Orientação para a produção de depoimentos textuais dos colaboradores do projeto,
- O texto final a ser produzido, em formato de artigo acadêmico, terá abordagem que contempla tanto a experiência da disciplina, quanto a atividade sistemática da crítica em veículos e à frente de entidade que reúne críticos de cinema.
Indicadores, Metas e Resultados
- Levantamentos preliminares apontaram para três nomes (dois alunos cursando a disciplina e um egresso) que serão incorporados ao projeto. A participação dos mesmos funcionará por si como indicador para agregar o olhar dos estudantes relativo ao como a disciplina é ministrada;
- Análise dos sucessivos Planos de Ensino e seus resultados desde 2013; reflexões em conjunto, através de reuniões on-line;
- Avaliação das ações ligadas ao projeto de extensão "Apichatpong blog de crítica de cinema da UFPel" em relação conexa com a disciplina Crítica de Cinema;
- Depoimentos por escrito dos participantes indicando o impacto da disciplina na sua formação,
- Produção de texto que atenda à demanda do organizador do livro, ao mesmo tempo que reflita sobre o ensino da crítica de cinema em sua relação com a atividade exercida pela proponente e que aponte novos rumos para a disciplina. Ou seja, refletir como se dá a articulação da teoria com a prática.
- Análise dos sucessivos Planos de Ensino e seus resultados desde 2013; reflexões em conjunto, através de reuniões on-line;
- Avaliação das ações ligadas ao projeto de extensão "Apichatpong blog de crítica de cinema da UFPel" em relação conexa com a disciplina Crítica de Cinema;
- Depoimentos por escrito dos participantes indicando o impacto da disciplina na sua formação,
- Produção de texto que atenda à demanda do organizador do livro, ao mesmo tempo que reflita sobre o ensino da crítica de cinema em sua relação com a atividade exercida pela proponente e que aponte novos rumos para a disciplina. Ou seja, refletir como se dá a articulação da teoria com a prática.
Equipe do Projeto
Nome | CH Semanal | Data inicial | Data final |
---|---|---|---|
ENZO HOFMANN ELIAS | |||
IVONETE MEDIANEIRA PINTO | 2 | ||
JULIA CAROLINE DE OLIVEIRA MADRUGA | |||
JULIANA DE SOUZA PORTO DE ANDRADE | |||
RENATO CABRAL DE OLIVEIRA |