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Há necessidade de dar continuidade aos atendimentos psicológicos realizados no SEP, em períodos não letivos, depois de concluídos os estágios de discentes ainda não formados/formadas. Ficam contempladas, também, as circunstâncias em que discentes têm disponibilidade e condições de realizar maior carga horária do que o previsto para estágios, as horas adicionais realizadas como de extensão.
A demanda por serviços psicológicos na cidade é imensa, e possibilidade de dar continuidade aos atendimentos em períodos não letivos representa não só um acréscimo na formação discente, mas vai ao encontro das necessidades da comunidade local. Ainda, visto que os/as discentes necessitam de carga horária de extensão, há um estímulo para o desenvolvimento dessas atividades.
Sem um projeto de extensão que formalize a relação dos/das discentes da UFPEL e garanta as atividades de supervisão/orientação, as atividades seriam dotadas de informalidade e potencialmente incorreriam em exercício ilegal da profissão.
Para o corpo técnico, viabiliza o atendimento à demanda social, garantindo ganho para o Curso e discentes a partir dessa atuação e permitindo o exercício de habilidades clínicas que são importantes na atuação como supervisores locais e psicólogos de referência do Serviço-Escola de Psicologia.
Em síntese, esse projeto se articula, suplementa e expande as capacidades do Curso, dos discentes e do Serviço-Escola de Psicologia, beneficiando todos os envolvidos, com impacto positivo em ambas as finalidades: formação e impacto social.

Serão cadastrados/cadastradas discente vinculados/vinculadas ou que tenham concluído os estágios de Psicologia e Processos Clínicos I e II (Estágios Específicos III e IV), bem como seus/suas orientadores/orientadoras acadêmicas, assim como os psicólogos da equipe técnica do SEP. A participação é voluntária, sem carga horária mínima ou máxima, mas deve ser de comum acordo entre discente e orientador/orientadora (que devem ser os mesmos do estágio suprarreferido, salvo situações excepcionais).
As duplas discente-docente darão continuidade aos atendimentos psicológicos realizados no SEP seja através da suplementação de carga horária durante o estágio, continuidade entre os semestres, ou após a conclusão dos estágios e antes de se formarem. Os orientadores deverão manter registro profissional ativo e são responsáveis técnica e eticamente pelos procedimentos realizados.
A equipe técnica de psicólogos atuantes no SEP poderá atuar como supervisão local, responsáveis pelos discentes, pacientes e registros coletivamente (enquanto os orientadores são responsáveis individualmente) e, em circunstâncias específicas ou de emergência poderão atender diretamente. Nesse último caso, de modo a não desfigurar o foco de atuação dos psicólogos do Curso, deverá derivar práticas pedagógicas dos atendimentos, a serem compartilhados com o corpo discente do projeto ou dos estágios suprarreferidos, resguardados todos os cuidados éticos.
Os demais procedimentos de captação de pacientes, armazenamento e registro de prontuários, encaminhamento, alta, etc. seguirão os parâmetros estabelecidos pelo serviço-escola.
As abordagens teórico-metodológicas seguirão as mesmas linhas dos estágios anteriormente elencados para cada dupla discente-docente.

O principal indicador a ser utilizado é o número de atendimentos realizados além do previsto para estágios, seja durante, entre ou após o curso normal das disciplinas de Psicologia e Processos Clínicos I e II. Quaisquer ganhos são relevantes e os números serão expressos em relatório em termos de percentual adicional de atendimento em relação aos atendimentos realizados nos estágios (e.g. "+37%"). Tendo em vista outros projetos concomitantes de iniciativa do corpo docente, com foco amplo ou específico, espera-se um impacto modesto, mas relevante no número de atendimentos para a comunidade pelotense. O principal ganho acadêmico a ser alcançado é a oportunidade para discentes e docentes de rapidamente poderem se vincular a um projeto único e dar continuidade aos atendimentos.