Nome do Projeto
Didelphis albiventris: avaliação eletrocardiográfica e ecocardiográfica
Ênfase
Pesquisa
Data inicial - Data final
01/07/2022 - 31/12/2025
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Ciências Agrárias
Resumo
O gambá-de-orelha-branca (Didelphis albiventris) é um marsupial amplamente distribuído na América do Sul (TYNDALE-BISCOE, 2005). Não está ameaçado de extinção, e é frequentemente encaminhado a Centros de Triagem de Animais Silvestres (CETAS), além disso, podem ser avaliados por inúmeros tipos de exames complementares (MASSARI et al., 2019; CAVALCANTI et al., 2021).
Pouco se sabe sobre o sistema cardiovascular do Didelphis albiventris, contudo, este sistema vem sendo estudado em algumas espécies de didelfídeos, como na Didelphis virginiana, nos quais as cardiopatias (cardiomiopatia hipertrófica, dilatata e insuficiência cardíaca congestiva) vêm sendo relatadas como importante afecção desses animais com mais de 2 anos de idade (AUGUSTO e HILDEBRANDT, 2020).
O eletrocardiograma (ECG) é um método de diagnóstico essencial para determinar a frequência, o ritmo cardíaco, sendo o único método capaz de diagnosticar arritmias cardíacas e distúrbios de condução elétrica (SANTILLI et al., 2018). Portanto é uma importante ferramenta no direcionamento terapêutico, além de ser imprescindível antes da realização de procedimentos anestésicos em seres humanos e animais de companhia (TILLEY & BURTNIK, 2004). Szabuniewicz & Szabuniewicz (1977) estabeleceram alguns parâmetros eletrocardiográficos para a espécie D. virginiana adultos, como valores das ondas P, QRS e T, entretanto, não há nenhum trabalho com as espécies brasileiras.
A ecocardiografia é o melhor meio para avaliar as dimensões das câmaras cardíacas e a função miocárdica, pois é capaz de avaliar o tamanho das câmaras, espessura e movimentação de parede, configuração e movimento valvar e a porção proximal dos grandes vasos, sendo esta uma importante ferramenta não invasiva para se visualizar o coração e as estruturas adjacentes (WARE, 2006).
As modalidades ecocardiográficas incluem ecocardiografia modo B (bidimensional), ecocardiografia modo M (movimento) e modo Doppler. O método bidimensional é utilizado para avaliar qualitativamente o coração e o espaço pericárdico, já o modo M fornece informações quantitativas durante a sístole e a diástole e permite o cálculo de índices da função miocárdica. O método Doppler identifica a direção, velocidade e, as vezes a turbulência do fluxo sanguíneo (CARVALHO, 2004).
Desta forma, o objetivo deste projeto é estabelecer valores para os parâmetros ecocardiográficos de gambás (Didelphis albiventris) adultos hígidos.
Objetivo Geral
Avaliar através da eletrocardiografia e ecocardiografia os gambás (D. albiventris) de vida livre clinicamente saudáveis.
Justificativa
A atuação do médico veterinário em áreas relacionadas à conservação do meio ambiente envolve a manutenção dos ecossistemas, visando a conservação da biodiversidade pela promoção da saúde da fauna. Este projeto visa atuar na promoção da saúde da fauna, a partir da avaliação de parâmetros essenciais que pouco se conhece, que é o sistema cardiovascular.
O sistema cardiovascular de didelfídeos vem sendo estudado em algumas espécies, como na Didelphis virginiana, nos quais as cardiopatias (cardiomiopatia hipertrófica, dilatata e insuficiência cardíaca congestiva) vêm sendo relatadas como importante afecção desses animais com mais de 2 anos de idade (AUGUSTO e HILDEBRANDT, 2020). Contudo, não se tem nada na literatura sobre as espécies brasileiras (D. albiventris, D. aurita, D. marsupialis).
Desta forma, este trabalho tem o intuito de trazer informações sobre os parâmetros eletro e ecocardiográficos, que possam servir de parâmetro inicial, que auxiliem o médico veterinário no diagnóstico de afecções cardíacas nessa espécie.
O sistema cardiovascular de didelfídeos vem sendo estudado em algumas espécies, como na Didelphis virginiana, nos quais as cardiopatias (cardiomiopatia hipertrófica, dilatata e insuficiência cardíaca congestiva) vêm sendo relatadas como importante afecção desses animais com mais de 2 anos de idade (AUGUSTO e HILDEBRANDT, 2020). Contudo, não se tem nada na literatura sobre as espécies brasileiras (D. albiventris, D. aurita, D. marsupialis).
Desta forma, este trabalho tem o intuito de trazer informações sobre os parâmetros eletro e ecocardiográficos, que possam servir de parâmetro inicial, que auxiliem o médico veterinário no diagnóstico de afecções cardíacas nessa espécie.
Metodologia
Serão selecionados 40 gambás (Didelphis albiventris) considerados saudáveis no exame clínico geral e específico a partir dos animais encaminhados ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETAS), Núcleo de Reabilitação da Fauna Silvestre (NURFS) da Universidade Federal de Pelotas.
Para a avaliação eletrocardiográfica os animais serão posicionados em decúbito lateral direito, com os membros paralelos e perpendiculares ao eixo longo do corpo, sobre um tapete de borracha ou uma mesa de madeira a fim de se evitar interferências. O eletrocardiógrafo digital (Eletrocardiógrafo, InCardio, Inpulse Animal Healthy) e os cabos conectados da seguinte forma: o vermelho ao membro torácico direito, o amarelo ao torácico esquerdo, o preto ao pélvico direito e o verde ao pélvico esquerdo. Previamente a colocação dos eletrodos a pele foi umedecida com álcool. Os eletrodos posicionados acima da articulação úmero-rádio-ulnar e fêmoro-tíbio-patelar através de conectores metálicos do tipo “jacaré”.
O registro eletrocardiográfico realizado na velocidade de 50 mm/segundo, sensibilidade N (1cm= 1mV) nas derivações DI, DII, DIII, aVR, aVL e aVF. Avaliação do traçado eletrocardiográfico em derivação DII, determinando-se frequência (FC) e ritmo cardíacos, onda P, intervalo P-R, onda R, complexo QRS, onda T, intervalo Q-T, segmento ST e eixo elétrico (°) mediante tabela de eixos (DI/DIII).
Para o estudo ecocardiográfico será realizado utilizando aparelho de ultrassom Sonosite Micromaxx®. Serão utilizados os modos B (bidimensional), modo M (movimento) e Doppler. Para a realização do modo bidimensional seguiram-se as recomendações do Colégio Americano de Medicina Interna Veterinária e do Colégio de Cardiologia Veterinária. As imagens foram obtidas com os animais em decúbito lateral, utilizando-se as regiões paraesternais direita e esquerda, do terceiro ao quinto espaços intercostais (janelas acústicas).
Serão avaliados o tamanho das câmaras cardíacas, espessura e movimentação de parede, configuração e movimento valvar e a porção proximal dos grandes vasos (artéria aorta e veia pulmonar), com o método Doppler, será visualizada a direção e velocidade do fluxo sanguíneo no coração e nos vasos, e com isso observar alterações como, por exemplo, dilatação das câmaras cardíacas, alterações de movimentação, nas valvas e no fluxo sanguíneo (com especial atenção as ondas de enchimento ventricular esquerdo, refluxos, calcificações, entre outros.
Os dados obtidos através da mensuração da PLVE, DIVDd, SIVd, PVEPd, DIVEd, FE, %ΔD, Ae, Ao, e relação Ae/Ao deverão ser tabulados e comparados conforme o sexo.
Para a avaliação eletrocardiográfica os animais serão posicionados em decúbito lateral direito, com os membros paralelos e perpendiculares ao eixo longo do corpo, sobre um tapete de borracha ou uma mesa de madeira a fim de se evitar interferências. O eletrocardiógrafo digital (Eletrocardiógrafo, InCardio, Inpulse Animal Healthy) e os cabos conectados da seguinte forma: o vermelho ao membro torácico direito, o amarelo ao torácico esquerdo, o preto ao pélvico direito e o verde ao pélvico esquerdo. Previamente a colocação dos eletrodos a pele foi umedecida com álcool. Os eletrodos posicionados acima da articulação úmero-rádio-ulnar e fêmoro-tíbio-patelar através de conectores metálicos do tipo “jacaré”.
O registro eletrocardiográfico realizado na velocidade de 50 mm/segundo, sensibilidade N (1cm= 1mV) nas derivações DI, DII, DIII, aVR, aVL e aVF. Avaliação do traçado eletrocardiográfico em derivação DII, determinando-se frequência (FC) e ritmo cardíacos, onda P, intervalo P-R, onda R, complexo QRS, onda T, intervalo Q-T, segmento ST e eixo elétrico (°) mediante tabela de eixos (DI/DIII).
Para o estudo ecocardiográfico será realizado utilizando aparelho de ultrassom Sonosite Micromaxx®. Serão utilizados os modos B (bidimensional), modo M (movimento) e Doppler. Para a realização do modo bidimensional seguiram-se as recomendações do Colégio Americano de Medicina Interna Veterinária e do Colégio de Cardiologia Veterinária. As imagens foram obtidas com os animais em decúbito lateral, utilizando-se as regiões paraesternais direita e esquerda, do terceiro ao quinto espaços intercostais (janelas acústicas).
Serão avaliados o tamanho das câmaras cardíacas, espessura e movimentação de parede, configuração e movimento valvar e a porção proximal dos grandes vasos (artéria aorta e veia pulmonar), com o método Doppler, será visualizada a direção e velocidade do fluxo sanguíneo no coração e nos vasos, e com isso observar alterações como, por exemplo, dilatação das câmaras cardíacas, alterações de movimentação, nas valvas e no fluxo sanguíneo (com especial atenção as ondas de enchimento ventricular esquerdo, refluxos, calcificações, entre outros.
Os dados obtidos através da mensuração da PLVE, DIVDd, SIVd, PVEPd, DIVEd, FE, %ΔD, Ae, Ao, e relação Ae/Ao deverão ser tabulados e comparados conforme o sexo.
Indicadores, Metas e Resultados
Na avaliação através do eletrocardiograma:
> Obtenção da FC e ritmo cardíacos;
> Obtenção da amplitude e duração da onda P, complexo QRS, onda T, além dos intervalos P-R e intervalo Q-T, segmento ST e eixo elétrico;
Na avaliação através do ecocardiograma:
> Obtenção das medidas: PLVE, DIVDd, SIVd, PVEPd, DIVEd;
> Obteção da FE, %ΔD, e a relação Ae/Ao;
> Obtenção da FC e ritmo cardíacos;
> Obtenção da amplitude e duração da onda P, complexo QRS, onda T, além dos intervalos P-R e intervalo Q-T, segmento ST e eixo elétrico;
Na avaliação através do ecocardiograma:
> Obtenção das medidas: PLVE, DIVDd, SIVd, PVEPd, DIVEd;
> Obteção da FE, %ΔD, e a relação Ae/Ao;
Equipe do Projeto
Nome | CH Semanal | Data inicial | Data final |
---|---|---|---|
ALAN SANTOS BEANES | |||
EDUARDA ALÉXIA NUNES LOUZADA DIAS CAVALCANTI | |||
EDUARDA ARANHA DA COSTA | |||
GUILHERME ALBUQUERQUE DE OLIVEIRA CAVALCANTI | 2 | ||
MARINA CHAGAS DOS PASSOS | |||
PAULO MOTA BANDARRA | 1 | ||
RAQUELI TERESINHA FRANCA | 2 | ||
ÉRICA THUROW SCHULZ |