Nome do Projeto
Uso da rede municipal de ensino para divulgação da doença dioctofimatose (verme gigante do rim) na cidade de Pelotas RS
Ênfase
Extensão
Data inicial - Data final
03/07/2017 - 08/05/2020
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Ciências Agrárias
Eixo Temático (Principal - Afim)
Educação / Saúde
Linha de Extensão
Saúde Animal
Resumo
A região de Pelotas é uma região de bacia hidrográfica, onde existem muitos pescadores, e cães de rua. O verme do rim acomete os cães de vida errante ou semi domiciliados, por esse motivo acredita-se que exista um grande número de cães positivos para esse parasito, portanto a conscientização dos alunos, filhos de pescadores e pescadores é de suma importância para o combate dessa doença. Torna-se importante a divulgação dessa problemática que temos na região sul, região de bacia hidrográfica em que a cidade de Pelotas se encontra. Segundo o site da prefeitura de Pelotas- RS, foram realizadas pesquisas pelo Centro de Pesquisas Epidemiológicas da Faculdade de Medicina Social da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), onde foi relatado que aproximadamente 70% dos cães são semi-domiciliados, ou seja, com cães de rua ou errantes e 20% completamente domiciliados pelos seus donos. A pesquisa ainda afirma que a população de cães de Pelotas-RS é de 66.723, ou seja, um para cada cinco pessoas (www.pelotas.rs.gov.br). Acredita-se que a informação que é levada até as pessoas da região pode amenizar um pouco essa enfermidade que acomete os cães e gatos.

Objetivo Geral

O grupo PRODIC (Projeto de detecção de Dioctophyme Renale em cães e gatos) é ir às escolas é tornar público o projeto.
Verificar se as pessoas sabem a respeito da infecção e detectar os hábitos dos animais de estimação da população investigada.
Atingir os alunos filhos de pescadores, para apresentar o problema;
Divulgar o projeto para os pais, professores e alunos;
Como evitar a contaminação dos cães;
Estimular a posse responsável;
Importância do diagnóstico da infecção;
Ressaltar a importância do veterinário para o tratamento dessa doença.

Justificativa

Dioctophyme renale (Goeze,1782) é um nematóide de ocorrência mundial que parasita os cães e outras espécies de animais domésticos e silvestres inclusive o homem. Ele parasita preferencialmente o rim direito de animais carnívoros, reduzindo o órgão a uma cápsula fibrosa. Este parasito é conhecido como “verme gigante do rim”(ALVES, et. al. 2007; AMARAL et. al. 2008). Ele tem a capacidade de parasitar além do rim (AMARAL, et al 2008) a massa muscular de caninos, como relatado por CAYE et al., (2015), também foi encontrado em gato no rim (MILECH, et al, 2015), em cavidade abdominal (PERERA, et al. 2012), no interior do saco gestacional no corno uterino útero (VEIGA et al. 2012), em tumor de mana na mama inguinal (FIGUEIREDO et al. 2013), nos pulmões, na livre na cavidade torácica, escroto e ureter (CAMARGO, et al. 2013).
A infecção em cães por Dioctophyme renale é relatada em diversas partes do mundo, e é considerada incomum, na maioria das vezes. No entanto, em algumas regiões são descritos números crescentes da infecção (SILVEIRA et al. 2015).
O ciclo evolutivo de D. renale é complexo e incompletamente entendido. Envolve um hospedeiro intermediário e hospedeiros paratênicos. A alta ocorrência da doença em cães de rua sugere que a infecção seja relacionada aos hábitos alimentares pouco seletivos desses animais (KOMMERS et al. 1999).
O cão é o hospedeiro definitivo e quando o parasitado, o verme se desenvolve geralmente no rim direito. Na urina podem ser encontrados ovos (ALVES, et. al, 2007). GAMBOA & RAPPETI (2013) avaliaram 77
cães, sendo todos considerados integrantes da população de
risco, desses apenas 7 foram positivos para a enfermidade no período de um ano na cidade de Pelotas e Capão do Leão/RS.
O D. renale acomete mais cães de rua devido aos hábitos alimentares que são pouco seletivos, mas pode ocorrer também em cães de fazenda. É uma doença pouco diagnosticada, só conseguindo constatar na necropsia, assim os médicos devem dar mais atenção a essa doença (AMARAL, et al, 2008).O diagnóstico pode ser conduzido pela detecção de ovos no sedimento urinário e por técnicas de imagem no intuito de localizar os parasitos adultos. Mesmo assim, o diagnóstico post mortem ainda é o método mais frequente de detecção mesmo em animais domésticos. Além da observação microscópica dos ovos LUZ (2012) comenta que o exame ultrassonográfico é importante ferramenta diagnóstica desta parasitose, através da observação de estruturas tubulares anecóicas circundadas por cápsula hiperecogênica.
A remoção cirúrgica dos parasitos é o tratamento de escolha, incluindo nefrectomia, e segundo NASCIMENTO et al. (2015)é um procedimento invasivo porém o único tratamento para a dioctofimatose e deve ser realizado, enquanto que o método de controle sugerido é evitar o consumo de peixes ou rãs crus ou insuficientemente cozidos em áreas endêmicas para D. renal (LIMA, et al. 2016).
É indispensável os cuidados com a higiene e a alimentação, principalmente de populações que vivem próximas a coleções d’água, fator indispensável para a evolução do parasito, aumentando as chances de infecção de animais e seres humanos. Deve-se ressaltar também a importância da vigilância sanitária que deve estar preparada para divulgar informações e prestar auxílio a população susceptível (ALVES, et al. 2007).
É de grande importância a atuação do médico veterinário como agente de saúde pública em locais onde ocorrem diagnósticos de dioctofimatose. Cuidados com higiene na produção de alimentos e controle de cães errantes é indispensável em regiões de coleções d’água e prática pesqueira no sentido de reduzir as possibilidades de conclusão do ciclo biológico de D. renale (LIMA, et al. 2016).
Sabe-se que esta enfermidade trata-se de uma zoonose não muito conhecida cuja população não possui educação para a prevenção da infecção (MARTÍNEZ, 2015). Atualmente, nenhuma opção farmacológica é efetiva.
Deve-se salientar a necessidade de prevenção da doença, pois como demonstrado, essa parasitose ocorre em pacientes e muitas vezes os sintomas não são observados. Para prevenção da doença é importante não alimentar cães com peixes mal cozidos, impedir que ingiram água não tratada, evitar ao máximo que seu cão tenha acesso não assistido às vias públicas para que não venham a ingerir pequenos anfíbios, ou seja, evitar toda e qualquer fonte de ingestão da larva infectante do D. renale, além de oferecer tratamento aos cães parasitados (SANCHES, et al. 2012).
Regiões com maior potencial hídrico tornam maiores às chances de ocorrência de dioctofimatose pelo fácil acesso dos animais aos hospedeiros paratênicos ou intermediários do nematódeo. Além disso, essa infecção é caracterizada como zoonose, sendo o homem um dos hospedeiros definitivos. Localiza-se geralmente no tecido subcutâneo e nos rins, levando a quadros de cólicas renais e hematúria (FIGUEIREDO et al. 2013).
Torna-se importante a divulgação dessa problemática que temos na região sul, região de bacia hidrográfica em que a cidade de Pelotas se encontra. Segundo o site da prefeitura de Pelotas- RS, foram realizadas pesquisas pelo Centro de Pesquisas Epidemiológicas da Faculdade de Medicina Social da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), onde foi relatado que aproximadamente 70% dos cães são semi-domiciliados, ou seja, com cães de rua ou errantes e 20% completamente domiciliados pelos seus donos. A pesquisa ainda afirma que a população de cães de Pelotas-RS é de 66.723, ou seja, um para cada cinco pessoas (www.pelotas.rs.gov.br).
Acredita-se que a informação que é levada até as pessoas da região pode amenizar um pouco essa enfermidade que acomete os cães e gatos.

Metodologia

Em primeiro momento será apresentado o projeto para os diretores das escolas, a partir disso será realizada uma reunião com os professores, com o objetivo de esclarecer e divulgar o projeto. Em um segundo momento será feito encontro com os alunos, em que os alunos de medicina veterinária, integrantes do PRODIC, como os alunos da residência médica e os alunos da graduação, farão apresentações, conforme a série escolar. Em um terceiro momento será feita reunião com os pais dos alunos, e através de apresentações em Datashow onde será mostrado como ocorre à infecção. Todas as apresentações devem ter um tempo de exposição de 20 a 30 minutos e após será aberto para questionamentos.

Detalhando melhor cada etapa.
Para divulgação do projeto serão feitas algumas etapas, que serão distribuídas em grupos.
Grupo 1: O coordenador do projeto fará uma palestra para os professores das escolas, através de exposição oral, com utilização de Datashow para exibição da apresentação. O tempo previsto é de 30 minutos, com mais 20 minutos para os questionamentos.
Os grupos compostos pelos estagiários do PRODIC serão separados em quatro.
Grupo 2: irão trabalhar com alunos até a até primeira série. Será apresentado o tema através de maquete, teatrinhos interativos e um mascote (cão) que fará a dinâmica com os alunos. O tempo estipulado é de 20 minutos. O objetivo desse grupo é a conscientização em relação à posse responsável, deixando os cães e gatos no pátio, sem acesso a rua, a importância do pote de água, e quando o cão for passear, deverá ser com uma guia, cuidando sempre para que o mesmo não tome água nem coma nada na rua e nem coma carne de peixe ou vísceras cruas.
Grupo 3: alunos com idade média de 7 a 11 anos, a partir da segunda série, será realizado teatro informativo, mostrando o ciclo do parasito e a importância de não deixar os cães soltos, ou deixar eles comerem peixes ou vísceras de peixes.
Grupo 4: o trabalho será feito com os adolescentes, a partir da sexta série.
O enfoque será em fazer uma apresentação com Datashow, com tempo de 30 minutos e mais 20 minutos para questionamentos. Serão mostrados os parasitos em frascos, e o enfoque além da posse responsável, alguns sinais clínicos que podem ser observados.
Grupo 5: o alvo será os pais dos estudantes. Através de apresentação com Datashow será mostrado o ciclo do parasito, e a importância de manejo de cães e gatos, não fornecendo peixes ou suas vísceras cruas como fonte de alimentação. E um bate papo a respeito de como tratar e cuidar dos cães e gatos, principalmente sobre alimentação. Também será trabalhada a posse responsável.
Para todos os grupos serão distribuídos folhetos informativos
As primeiras escolas que serão visitadas pelo PRODIC são as que estão localizadas na Colônia Z3, no Barro Duro e no Laranjal.
O PRODIC conta com a parceria da Secretaria Municipal da Educação e Desporto (SMED), junto a Universidade Federal de Pelotas.

Indicadores, Metas e Resultados

Atingir o maior número de alunos, do grupo de risco, através de palestras
Divulgar para os pais dos alunos e professores
Distribuir folhetos informativos a respeito do ciclo e prevenção da dioctofimatose.
Resultados esperados são a conscientização que não existe tratamento clínico e sim cirúrgico e devido a isso a importância da posse responsável, mantendo os cães presos no quintal da casa e o não fornecimento de peixes crus, bem como não ingerir água não tratada, tanto os cães como as pessoas.

Equipe do Projeto

NomeCH SemanalData inicialData final
ALAN CARLOS DE SANTANA
BEATRIZ PERSICI MARONEZE
CARLOS LOURES PIRES
CAROLINA SILVEIRA MASCARENHAS
CLÁUDIA BEATRIZ DE MELLO MENDES
EDUARDA ALÉXIA NUNES LOUZADA DIAS CAVALCANTI
FABRICIO DE VARGAS ARIGONY BRAGA1
FRANCISCO DE ASSIS ARAÚJO CAMELO JÚNIOR
GERTRUD MULLER ANTUNES1
GUILHERME ALBUQUERQUE DE OLIVEIRA CAVALCANTI
GUILHERME CUNHA MOLLER
IGOR DE ALMEIDA ESTORINO
JOSAINE CRISTINA DA SILVA RAPPETI11
LIDIANE HENRIQUES DE PAIVA GRIFFO
LILIANE CRISTINA JERONIMO DOS SANTOS
MARIANA CARDOSO SANCHES
MARINA ZANIN
MARLETE BRUM CLEFF1
MARTIELO IVAN GEHRCKE
PÂMELA CAYE
SAMANTHA ALVES AZAMBUJA
SOLIANE CARRA PERERA
TATIANE SCHMITT TAVARES NOVO
VITTÓRIA BASSI DAS NEVES
VITÓRIA GAUSMANN
VITÓRIA GAUSMANN

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