Nome do Projeto
Estudo clínico, epidemiológico e anatomopatológico de alterações neurológicas em cães.
Ênfase
Pesquisa
Data inicial - Data final
12/09/2022 - 16/10/2023
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Multidisciplinar
Resumo
Neste projeto serão realizados um estudo retrospectivo e prospectivo de cães com sinais e sintomas neurológicos atendidos no Hospital de clínicas Veterinário da Universidade Federal de Pelotas (UFPEL) e de clínicas particulares da região, no período de 2021 a 2023, com o objetivo de identificar e caracterizar a idade, a raça, o sexo e as doenças neurológicas e classificá-las de acordo com a região anatômica envolvida, bem como catalogar as alterações anatomopatológicas encontradas em degenerativas (D), doenças inflamatórias/infecciosas (I), neoplásicas ou nutricionais (N), anomalias de desenvolvimento (congênitas) (A), metabólicas (M), idiopáticas (I), traumáticas ou tóxicas (T) e vascular (V). Serão incluídos no estudo cães que apresentarem história clínica, exame clínico e neurológico de doença neurológica e diagnóstico confirmado por meio de exames complementares, cirurgia ou necropsia, ou diagnóstico presuntivo, quando a suspeita clínica não pôde ser confirmada.
TERMOS DE INDEXAÇÃO: Neurologia, doenças neurológicas, localização neuroanatômica, caninos.
Objetivo Geral
O objetivo deste trabalho é identificar e caracterizar a idade, a raça, o sexo e as doenças neurológicas que acometem cães atendidos no HCV e em clínicas particulares da cidade de Pelotas e assim auxiliar em futuros estudos sobre a frequência e a distribuição das principais doenças neurológicas em cães.
Justificativa
Os trabalhos sobre enfermidades neurológicas geralmente consistem em relatos de casos ou estudos retrospectivos de uma determinada doença (Foster et al. 1988, Heidner et al. 1991, Kipperman et al. 1992, Bagley et al. 1999, Garosi et al. 2005, Snyder et al. 2006) e poucos são aqueles demonstrando as principais doenças neurológicas em cães (Fluehmann et al. 2006, Pellegrino et al. 2011). No entanto, poucos estudos descreveram a prevalência de enfermidades neurológicas em cães e gatos (Bradshaw et
al. 2004, Fluehmann et al. 2006, Pellegrino et al. 2011) e geralmente estão confinadas a uma região neuroanatômica, como por exemplo, a medula espinhal (Marioni-Henry et al. 2004) ou de uma doença específica, como por exemplo, a doença de disco intervertebral (Brisson 2010) ou neoplasmas espinhais (Marioni-Henry et al. 2008). Além disso, dados sobre variações geográficas que afetam a prevalência de doenças neurológicas são limitados. Alguns estudos sobre neoplasmas encefálicos relataram
que os tumores mais comuns em cães no leste dos Estados Unidos foram meningiomas (Foster et al. 1988, Heidner et al. 1991), já em outros estudos, envolvendo hospitais de várias regiões desse mesmo país, o astrocitoma foi o mais prevalente (Hayes et al. 1975). Essas diferenças podem ser reflexo de mudanças na prevalência de tumores, diferenças na população de estudo de acordo com as raças ou outras razões desconhecidas (Bagley et al. 1993). Outras doenças ocorrem com maior frequência em determinadas regiões geográficas, como a cinomose, que é mais comum na América Latina do que nos Estados Unidos ou Europa. Sua prevalência varia mesmo entre cidades ou regiões diferentes dentro de um país (Pellegrino et al. 2011). Devido à escassez de dados epidemiológicos sobre as doenças que afetam o sistema nervoso em cães no Brasil, o presente trabalho justifica-se na tentativa de é identificar e caracterizar a idade, a raça, o sexo e as doenças neurológicas que acometem cães atendidos no HCV e em clínicas particulares da cidade de Pelotas e assim auxiliar em futuros estudos sobre a frequência e a distribuição das principais doenças neurológicas em cães.
al. 2004, Fluehmann et al. 2006, Pellegrino et al. 2011) e geralmente estão confinadas a uma região neuroanatômica, como por exemplo, a medula espinhal (Marioni-Henry et al. 2004) ou de uma doença específica, como por exemplo, a doença de disco intervertebral (Brisson 2010) ou neoplasmas espinhais (Marioni-Henry et al. 2008). Além disso, dados sobre variações geográficas que afetam a prevalência de doenças neurológicas são limitados. Alguns estudos sobre neoplasmas encefálicos relataram
que os tumores mais comuns em cães no leste dos Estados Unidos foram meningiomas (Foster et al. 1988, Heidner et al. 1991), já em outros estudos, envolvendo hospitais de várias regiões desse mesmo país, o astrocitoma foi o mais prevalente (Hayes et al. 1975). Essas diferenças podem ser reflexo de mudanças na prevalência de tumores, diferenças na população de estudo de acordo com as raças ou outras razões desconhecidas (Bagley et al. 1993). Outras doenças ocorrem com maior frequência em determinadas regiões geográficas, como a cinomose, que é mais comum na América Latina do que nos Estados Unidos ou Europa. Sua prevalência varia mesmo entre cidades ou regiões diferentes dentro de um país (Pellegrino et al. 2011). Devido à escassez de dados epidemiológicos sobre as doenças que afetam o sistema nervoso em cães no Brasil, o presente trabalho justifica-se na tentativa de é identificar e caracterizar a idade, a raça, o sexo e as doenças neurológicas que acometem cães atendidos no HCV e em clínicas particulares da cidade de Pelotas e assim auxiliar em futuros estudos sobre a frequência e a distribuição das principais doenças neurológicas em cães.
Metodologia
Serão incluídos no estudo cães que apresentarem história clínica, exame clínico e neurológico de doença neurológica e diagnóstico confirmado por meio de exames complementares, cirurgia ou necropsia, ou diagnóstico presuntivo, quando a suspeita clínica não pôde ser confirmada. Os cães serão distribuídos em grupos etários de filhotes( até um ano de idade), adultos (dois a seis anos de idade) e idosos (animais com mais de seis anos) Será realizado exame neurológico para localização das lesões, que serão distribuídas
em tálamo-córtex, tronco encefálico, cerebelo, medula espinhal, nervos periféricos, multifocal (sinais clínicos em mais de uma região neuroanatômica). A localização de lesão na medula espinhal será definida em C1-C5, C6-T2, T3-L3 e L4-S3. A avaliação neurológica dos cães incluirá: 1) Estado mental e comportamento), 2) Postura, 3) Locomoção, 4) Reações posturais, 5) Sensibilidade dolorosa, 6) Reflexos espinhais e 7) Pares de nervos cranianos. Como critério de inclusão, os cães ainda necessitarão apresentar, no mínimo, um sinal neurológico condizente com a região anatômica predeterminada no estudo, ou seja, tálamo-córtex, tronco encefálico, cerebelo, medula espinhal, nervo periférico e neuromuscular (Dewey 2006, Lorenz et al. 2011). As alterações anatomopatológicas serão classificadas em categorias degenerativas (D), doenças inflamatórias/infecciosas (I), neoplásicas ou nutricionais (N), anomalias de desenvolvimento (congênitas) (A), metabólicas (M), idiopáticas (I), traumáticas ou tóxicas (T) e vascular (V)
em tálamo-córtex, tronco encefálico, cerebelo, medula espinhal, nervos periféricos, multifocal (sinais clínicos em mais de uma região neuroanatômica). A localização de lesão na medula espinhal será definida em C1-C5, C6-T2, T3-L3 e L4-S3. A avaliação neurológica dos cães incluirá: 1) Estado mental e comportamento), 2) Postura, 3) Locomoção, 4) Reações posturais, 5) Sensibilidade dolorosa, 6) Reflexos espinhais e 7) Pares de nervos cranianos. Como critério de inclusão, os cães ainda necessitarão apresentar, no mínimo, um sinal neurológico condizente com a região anatômica predeterminada no estudo, ou seja, tálamo-córtex, tronco encefálico, cerebelo, medula espinhal, nervo periférico e neuromuscular (Dewey 2006, Lorenz et al. 2011). As alterações anatomopatológicas serão classificadas em categorias degenerativas (D), doenças inflamatórias/infecciosas (I), neoplásicas ou nutricionais (N), anomalias de desenvolvimento (congênitas) (A), metabólicas (M), idiopáticas (I), traumáticas ou tóxicas (T) e vascular (V)
Indicadores, Metas e Resultados
Espera-se divulgar através de publicações científicas, dados epidemiológicos sobre idade, a raça, o sexo e as doenças neurológicas que acometem cães atendidos no HCV e em clínicas particulares da cidade de Pelotas e assim auxiliar em futuros estudos sobre a frequência e a distribuição das principais doenças neurológicas em cães.
Equipe do Projeto
Nome | CH Semanal | Data inicial | Data final |
---|---|---|---|
CLÁUDIA BEATRIZ DE MELLO MENDES | |||
CRISTINA GEVEHR FERNANDES | 1 | ||
DÉBORA MATILDE DE ALMEIDA | |||
EDUARDA SANTOS BIERHALS | |||
FABIANE BORELLI GRECCO | 2 | ||
FABIO DA SILVA E SILVA | 1 | ||
GUSTAVO ANTÔNIO BOFF | |||
JÚLIA VARGAS MIRANDA | |||
LUÍSA GRECCO CORRÊA | |||
MARCIA DE OLIVEIRA NOBRE | 1 | ||
MARIANA CRISTINA HOEPPNER RONDELLI | 1 | ||
SERGIO JORGE | 1 | ||
VANDRESSA MASETTO | |||
VITÓRIA BAIERLE MAGGI |