Nome do Projeto
Estudo morfométrico da placenta e cordão umbilical no pós-parto em éguas da raça crioula.
Ênfase
Pesquisa
Data inicial - Data final
09/01/2023 - 10/01/2029
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Ciências Agrárias
Resumo
A placenta caracteriza-se como um órgão transitório, formado por tecidos de origem materna e fetal, com a função de transportar substâncias nutritivas do organismo materno para o feto, bem como promover trocas metabólicas e desempenhar funções endócrinas, sendo responsável pela síntese, secreção e absorção de uma série de substâncias, incluindo hormônios, fatores de crescimento, enzimas, proteínas e carboidratos, todos essenciais ao desenvolvimento do feto. A placenta é o órgão fundamental na relação materno-fetal e deve ser considerada como um reflexo das condições nutricionais, metabólicas, endócrinas e vasculares maternas. sendo imprescindível uma placenta saudável para desenvolvimento e sobrevivência fetal. A criação de equinos da raça Crioula está amplamente difundida nas Américas. Informações do ano de 2016 demonstram que o Brasil possui um total de 379.957 animais, sendo que 94,2% dessa população se encontram no sul do Brasil, nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, sendo que o maior número de exemplares está no Rio Grande do Sul (ABCCC, 2016). Tendo em vista a grande importância da raça e a falta de literatura com informações específicas sobre a placentação este trabalho tem o objetivo de caracterizar a placenta e cordão umbilical de éguas da Raça Crioula no pós-parto, considerando avaliação macroscópica e histológica, relacionando com a biometria materna e a neonatal.
Objetivo Geral
Objetivo Geral:
Caracterizar a placenta e cordão umbilical de éguas da Raça Crioula no pós-parto, em âmbito macroscópico e histológico, além de relacionar com a biometria materna e a neonatal.
Objetivos Específicos:
- Avaliar a morfometria das placentas no pós-parto com o peso dos potros provenientes de éguas crioulas;
- Avaliar a histomorfometria das placentas provenientes de éguas crioulas;
- Avaliar biometria materna no último mês gestacional e biometria dos potros nas primeiras 24 horas de vida;
- Avaliar a morfometria do cordão umbilical da placenta de éguas crioulas a termo;
- Avaliar a morfometria e a histomorfometria placentária com a viabilidade do neonato no pós-parto.
Caracterizar a placenta e cordão umbilical de éguas da Raça Crioula no pós-parto, em âmbito macroscópico e histológico, além de relacionar com a biometria materna e a neonatal.
Objetivos Específicos:
- Avaliar a morfometria das placentas no pós-parto com o peso dos potros provenientes de éguas crioulas;
- Avaliar a histomorfometria das placentas provenientes de éguas crioulas;
- Avaliar biometria materna no último mês gestacional e biometria dos potros nas primeiras 24 horas de vida;
- Avaliar a morfometria do cordão umbilical da placenta de éguas crioulas a termo;
- Avaliar a morfometria e a histomorfometria placentária com a viabilidade do neonato no pós-parto.
Justificativa
A placenta é um órgão fundamental na relação materno-fetal e deve ser considerada como um reflexo das condições nutricionais, metabólicas, endócrinas e vasculares maternas. sendo imprencianível uma placenta saudável para desenvolvimento e sobrevivência. A placenta de éguas crioulas ainda não há literatura específica para a raça, tornando-se por esta a justificativa deste estudo a caracterização da placenta e cordão umbilical a termo de éguas crioulas, tanto em sua morfometria como histomorfometria e a correlação da mesma com as características biométricas da matriz e seu respectivo potro ao nascimento.
Metodologia
Éguas utilizadas no estudo:
Serão utilizadas 62 éguas gestantes, da raça Crioula, alocadas no Centro de experimentação e equino cultura da palma e ainda provenientes de um criatório particular do município de Rio Grande-RS. Todas as éguas foram submetidas ao acompanhamento do ciclo e inseminação artificial em data conhecida. No último mês gestacional, devem ser realizadas as biometrias maternas, e estas éguas iniciam a avaliação diária, a procura de indícios de proximidade do parto para o acompanhamento do parto e coleta imediata da placenta em seu momento de expulsão.
Biometria materna no último mês gestacional:
As avaliações biométricas serão realizadas por equipe treinada objetivando menor influência negativa nas medidas. As medidas avaliadas serão: peso; altura; circunferência torácica; circunferência do 12° espaço intercostal e circunferência da 18° costela.
Avaliação da placenta e coletas:
Logo após a expulsão das membranas fetais, a placenta será pesada e disposta em formato “F” para avaliação macroscópica, sendo ambas as faces, alantoideana e coriônica, avaliadas em busca de alterações de coloração, espessamento, presença de secreções e áreas de avilosidades (SCHLAFER, 2004). Visualizando a superfície alantoideana serão realizadas 12 medidas medições lineares da placenta serem feitasconforme descrito originalmente por WHITWELL & JEFFCOTT, e 1 medida do cordão umbilical conforme descrito por WILSHER et al (2013). Após, serão colhidos fragmentos placentários de “3x3”cm do corpo uterino, corno gravídico, corno não gravídico, estrela cervical, bifurcação, âmnion e cordão umbilical. Os fragmentos serão armazenados em solução de formalina tamponada 10% para fixação, com posterior realização de exame histopatológico. Outros fragmentos, dos mesmos locais de coleta, serão armazenados em solução de formalina tamponada 10% durante 24horas para fixação, sendo posteriormente, armazenados em álcool 70º. Também serão coletados fragmentos de 0,5x0,5cm de corpo uterino, corno gravídico e corno não gravídico e armazenados em criotubos contendo RNA Later, estes serão armazenados na geladeira por 12 horas e posteriormente mantidos em freezer -80ºC. Além disso, também será realizada coleta de fragmentos 4x4 do corpo uterino, corno gravídico e corno não gravídico para estimar a densidade de superfície total de cada região conforme descrito por MEIRELLES et al., 2017.
Avaliação da histopatologia e histomorfometria placentária:
Será realizado processamento dos fragmentos em formalina tamponada 10% em blocos de parafinas, a partir dos quais serão realizados cortes de 3-5μm montados sobre lâminas, desparafinizados, hidratados e corados pelo método do hematoxilina-eosina. As lâminas serão avaliadas por microscopia de luz. A partir das lâminas histológicas serão realizadas imagens digitalizadas, em microscópio de campo claro Olympus BX51 com câmera de alta resolução DP-73, com aumento de 100x. as imagens serão submetidas a avaliação pelo programa de domínio público ImageJ, a partir de método semi-automatizado. Serão realizadas medidas de áreas microcotiledonárias e vasculares do alantocórion, as quais terão no mínimo, dez mensurações de diferentes cortes de cada fragmento placentário, sendo três fragmentos placentários distintos de cada animal para obtenção da média (minimizando o CV da técnica de mensuração). As medidas vasculares compreenderão capilares terminais de região de microcotilédones e vasos da porção alantoideana placentária.
Biometrias neonatais nas primeiras 24 horas de vida:
As avaliações biométricas serão realizadas por equipe treinada objetivando menor influência negativa nas medidas. As medidas avaliadas serão: peso; altura; comprimento do focinho ao occiptal, o occiptal à cernelha e da cernelha a garupa; perímetro torácico; distância do olecrano o carpo acessório e do 4º carpiano ao condilo proximal da primeira falange; e circunferência da canela.
Serão utilizadas 62 éguas gestantes, da raça Crioula, alocadas no Centro de experimentação e equino cultura da palma e ainda provenientes de um criatório particular do município de Rio Grande-RS. Todas as éguas foram submetidas ao acompanhamento do ciclo e inseminação artificial em data conhecida. No último mês gestacional, devem ser realizadas as biometrias maternas, e estas éguas iniciam a avaliação diária, a procura de indícios de proximidade do parto para o acompanhamento do parto e coleta imediata da placenta em seu momento de expulsão.
Biometria materna no último mês gestacional:
As avaliações biométricas serão realizadas por equipe treinada objetivando menor influência negativa nas medidas. As medidas avaliadas serão: peso; altura; circunferência torácica; circunferência do 12° espaço intercostal e circunferência da 18° costela.
Avaliação da placenta e coletas:
Logo após a expulsão das membranas fetais, a placenta será pesada e disposta em formato “F” para avaliação macroscópica, sendo ambas as faces, alantoideana e coriônica, avaliadas em busca de alterações de coloração, espessamento, presença de secreções e áreas de avilosidades (SCHLAFER, 2004). Visualizando a superfície alantoideana serão realizadas 12 medidas medições lineares da placenta serem feitasconforme descrito originalmente por WHITWELL & JEFFCOTT, e 1 medida do cordão umbilical conforme descrito por WILSHER et al (2013). Após, serão colhidos fragmentos placentários de “3x3”cm do corpo uterino, corno gravídico, corno não gravídico, estrela cervical, bifurcação, âmnion e cordão umbilical. Os fragmentos serão armazenados em solução de formalina tamponada 10% para fixação, com posterior realização de exame histopatológico. Outros fragmentos, dos mesmos locais de coleta, serão armazenados em solução de formalina tamponada 10% durante 24horas para fixação, sendo posteriormente, armazenados em álcool 70º. Também serão coletados fragmentos de 0,5x0,5cm de corpo uterino, corno gravídico e corno não gravídico e armazenados em criotubos contendo RNA Later, estes serão armazenados na geladeira por 12 horas e posteriormente mantidos em freezer -80ºC. Além disso, também será realizada coleta de fragmentos 4x4 do corpo uterino, corno gravídico e corno não gravídico para estimar a densidade de superfície total de cada região conforme descrito por MEIRELLES et al., 2017.
Avaliação da histopatologia e histomorfometria placentária:
Será realizado processamento dos fragmentos em formalina tamponada 10% em blocos de parafinas, a partir dos quais serão realizados cortes de 3-5μm montados sobre lâminas, desparafinizados, hidratados e corados pelo método do hematoxilina-eosina. As lâminas serão avaliadas por microscopia de luz. A partir das lâminas histológicas serão realizadas imagens digitalizadas, em microscópio de campo claro Olympus BX51 com câmera de alta resolução DP-73, com aumento de 100x. as imagens serão submetidas a avaliação pelo programa de domínio público ImageJ, a partir de método semi-automatizado. Serão realizadas medidas de áreas microcotiledonárias e vasculares do alantocórion, as quais terão no mínimo, dez mensurações de diferentes cortes de cada fragmento placentário, sendo três fragmentos placentários distintos de cada animal para obtenção da média (minimizando o CV da técnica de mensuração). As medidas vasculares compreenderão capilares terminais de região de microcotilédones e vasos da porção alantoideana placentária.
Biometrias neonatais nas primeiras 24 horas de vida:
As avaliações biométricas serão realizadas por equipe treinada objetivando menor influência negativa nas medidas. As medidas avaliadas serão: peso; altura; comprimento do focinho ao occiptal, o occiptal à cernelha e da cernelha a garupa; perímetro torácico; distância do olecrano o carpo acessório e do 4º carpiano ao condilo proximal da primeira falange; e circunferência da canela.
Indicadores, Metas e Resultados
No âmbito científico, produzir informações técnico-científicas que permitam o entendimento e caracterização da placenta de éguas da Raça Crioulas;
Desenvolver um método de avaliação e medidas próprias á placenta da Raça Crioula;
Minimizar as perdas econômicas nos rebanhos Crioulas através do conhecimento a cerca de sua placenta adequada e sua interferência ao bem estar neonatal;
Aperfeiçoar a utilização destes meios de diagnóstico como forma precisa de identificação precoce dos fatores de risco envolvidos no comprometimento da viabilidade fetal na espécie equina;
Caracterizar o desenvolvimento dos potros Crioulos oriundos destas placentas saudáveis;
Fornecer aos criadores do Cavalo Crioulo as informações necessárias para que possam identificar placentas saudáveis e não saudáveis devidamente classificadas para a sua raça;
Proporcionar aos alunos de graduação inseridos no projeto a interação pesquisa-ensino, valorizando o treinamento de práticas e técnicas para clivagem e processamento das placentas;
No âmbito da formação de recursos humanos, inserir no projeto alunos do programa de residência multiprofissional e em área profissional da saúde da área de clínica de equinos, alunos de mestrado e doutorado do programa de veterinária da UFPel, assim como alunos de outros programas das instituições parceiras do projeto.
Aprofundar os estudos referentes à linha de pesquisa em obstetrícia equina baseada em dados específicos para a Raça Crioula.
Desenvolver um método de avaliação e medidas próprias á placenta da Raça Crioula;
Minimizar as perdas econômicas nos rebanhos Crioulas através do conhecimento a cerca de sua placenta adequada e sua interferência ao bem estar neonatal;
Aperfeiçoar a utilização destes meios de diagnóstico como forma precisa de identificação precoce dos fatores de risco envolvidos no comprometimento da viabilidade fetal na espécie equina;
Caracterizar o desenvolvimento dos potros Crioulos oriundos destas placentas saudáveis;
Fornecer aos criadores do Cavalo Crioulo as informações necessárias para que possam identificar placentas saudáveis e não saudáveis devidamente classificadas para a sua raça;
Proporcionar aos alunos de graduação inseridos no projeto a interação pesquisa-ensino, valorizando o treinamento de práticas e técnicas para clivagem e processamento das placentas;
No âmbito da formação de recursos humanos, inserir no projeto alunos do programa de residência multiprofissional e em área profissional da saúde da área de clínica de equinos, alunos de mestrado e doutorado do programa de veterinária da UFPel, assim como alunos de outros programas das instituições parceiras do projeto.
Aprofundar os estudos referentes à linha de pesquisa em obstetrícia equina baseada em dados específicos para a Raça Crioula.
Equipe do Projeto
Nome | CH Semanal | Data inicial | Data final |
---|---|---|---|
ANTONIO SERGIO VARELA JUNIOR | |||
BIANCA DE FÁTIMA DALLO | |||
BRUNA DA ROSA CURCIO | 6 | ||
CARINE DAHL CORCINI | 1 | ||
CARLOS EDUARDO WAYNE NOGUEIRA | 1 | ||
CLEYBER JOSÉ DA TRINDADE DE FÁTIMA | 2 | ||
EDUARDO WACHHOLZ KASTER | |||
GABRIELA CAMILLO | |||
GABRIELA CASTRO DA SILVA | |||
GABRIELA MACHADO FICK | |||
GIOVANA MANCILLA PIVATO | |||
JÚLIA DA CRUZ BAVARESCO | |||
LEANDRO AMERICO RAFAEL | 2 | ||
LUIZA GHENO | |||
MARCOS EDUARDO NETO | |||
MICAEL FELICIANO MACHADO LOPES | |||
MILENA MIOLO ANTUNES | |||
MORGANA ALVES BORGES | |||
NATHALIA MASKE FISS | |||
NICOLE BENTO FUNK | |||
RAFAELA AMESTOY DE OLIVEIRA | |||
RAFAELA PINTO DE SOUZA | |||
RAPHAEL AZEVEDO FIORETTI | |||
TALITA VITORIA OLIVEIRA FABOSSA | |||
TATIANE LEITE ALMEIDA | |||
THAIS FEIJO GOMES |