Nome do Projeto
Criopreservação de tecido testicular de cães domésticos (Canis familiaris)
Ênfase
Pesquisa
Data inicial - Data final
21/12/2022 - 21/12/2026
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Ciências Agrárias
Resumo
Até o presente momento, a problemática consiste na preservação desse tecido por tempo prolongado e o uso das técnicas de criopreservação tem se mostrado como parte imprescindível neste processo. A troca de material genético, preservação de animais em extinção, subsídios para fonte de células germinativas, coadjuvante no tratamento da infertilidade, melhoramento genético pode ser enumerado como benefícios da criopreservação. Todavia, a heterogeneidade é característica do tecido testicular, o que deve ser considerado na escolha do protocolo adequado uma vez que, as espermatogônias, células de Leydig e Sertoli possuem um citoplasma rico, por conseguinte, são mais vulneráveis ao processo de congelação e descongelação (Hermo et al., 2010), devido a essa grande variedade de tipos celulares, a preservação do tecido testicular apresenta desafios no ponto de vista criobiológico (Lima et al., 2017).
Tais células apresentam grande quantidade de água em seu interior, aumentando o risco da formação de cristais intracitoplasmáticos que resultam na destruição das organelas. Ademais, desidratação celular excessiva em consequência do choque osmótico decorrente da formação de cristais de gelo extracelulares e ruptura do citoesqueleto após serem expostas a temperaturas baixas podem ocorrer (Woelders et al., 2004). Um protocolo de congelação deve considerar o diluidor de criopreservação que será utilizado para equilibrar os fragmentos antes da congelação; tempo e temperatura de incubação dessas amostras além do tipo de protocolo de congelação escolhido, todos com o intuito comum de controlar as crioinjurias sofridas pelas células espermáticas durante o processo (Oliveira et al., 2006).
Atualmente, os métodos mais utilizados para criopreservar tecido gonodal são o congelamento lento e a vitrificação (Abrishami et al., 2010). Baixas concentrações de crioprotetores são utilizadas no congelamento lento, afim de evitar possíveis danos celulares, os fragmentos de tecido são submetidos à redução gradual da temperatura. Já na vitrificação, utiliza-se soluções com altas concentrações de crioprotetores e a temperatura é rapidamente reduzida. As altas concentrações de soluções crioprotetoras embora possam ser citotóxicas (Lin et al., 2008), conforme a temperatura diminui adquirem uma consistência com alta viscosidade que evita a formação de cristais de gelo acarretando em menos efeitos nocivos em relação a viabilidade celular (Avila-Portillo et al., 2006).
Durante o processo de criopreservação, alterações de membrana celular são responsáveis por parte da perda na qualidade das células espermáticas após descongelação (Sicherle et al., 2020; Kim et al., 2021). Tais alterações são consequência de fatores distintos, os quais podemos destacar o choque térmico resultando na formação de cristais de gelo no interior da célula espermática e por conseguinte alteração na pressão osmótica intra e extracelular resultando no rompimento da membrana. Com o intuito de amenizar tais efeitos deletérios à célula, faz-se necessária a diminuição da quantidade de água no interior da célula.
Objetivo Geral
Avaliar a viabilidade fecundante e integridade de células espermáticas oriundas de fragmentos de tecido testicular de cães domésticos (Canis familiaris), após o processo de criopreservação e identificar a curva de congelamento que melhor se adeque causando menos efeitos deletérios às celulas espermáticas