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A violência de gênero é um problema presente e crescente na sociedade (O'LEARY; FORAN; COHEN, 2013; MAÇASTENA, 2019; UBILLOS-LANDAA et al., 2020; KERO et al., 2020). O Rio Grande do Sul é o terceiro Estado com mais casos de feminicídio (homicídio em contexto de violência doméstica familiar ou menosprezo e discriminação à condição de mulher). E tal número apresentou aumento substancial em período de isolamento social devido a pandemia do COVID-19.

O aumento exponencial no número de casos (LIMA; MATTAR; ABRAHÃO, 2016; IPEA, 2020) indica um vazio institucional acerca do enfrentamento ao problema social violência de gênero, ou seja, as Instituições que coexistem na sociedade não são completamente eficientes quanto a resolução de problemas referentes a violência de gênero ou articulam-se de maneira disfuncional para desenvolvimento de soluções da referida problemática (AGOSTIN, 2017).

Desta forma, a cocriação de tecnologias sociais e inovações sociais, assim como o desenvolvimento de métodos para realizar essa cocriação se fazem importantes. Assim, a cocriação de um MOOC para docentes que trate do tema gênero, tendo como consequência a educação - como aparelho ideológico de Estado - apropriar-se de conhecimentos para atuar preventivamente no referido problema social, se mostra uma alternativa bastante válida.

O Método deste Projeto esta dividido em 6 etapas:

1. Aplicação de questionário junto aos docentes da Instituição (UFPel) com vistas a realizar um mapeamento sobre o conhecimento existente, a necessidade de conhecimento e a pré-disposição em engajar-se a realização do MOOC;
2. Análise das respostas voluntárias do questionário suprareferido;
3. Busca por conteúdos e cocriação do MOOC;
4. Disponibilização do MOOC;
5. Avaliação dos feedbacks do MOOC;
6. Implementação de mudanças.

Como resultados, vislumbra-se que pelo menos 20% dos docentes da instituição realizam o MOOC.