Nome do Projeto
Análise microbiológica das ceratites ulcerativas em cães atendidos no Hospital de Clínicas Veterinárias HCV - UFPel
Ênfase
Pesquisa
Data inicial - Data final
01/05/2023 - 31/08/2025
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Ciências Agrárias
Resumo
A ceratite ulcerativa comumente conhecida como úlcera de córnea, é a afecção oftalmológica mais comum em pequenos animais (GALERA et al. 2009). Na maioria dos casos está associada a traumatismos contusos que danificam o epitélio e o estroma pontualmente ou de maneira mais extensa, podendo ocorrer perfurações oculares com extravasamento de humor aquoso e colabamento da câmara anterior (NASISSE, 1985; KERN, 1990). De acordo com Galera et. al. (2009) e Laus (2009), dentre as principais causas da ceratite ulcerativa podemos citar o trauma (abrasão, corpos estranhos), exposição química, infecção (bacteriana, fúngica, viral), anormalidades ciliares (distiquíase, triquíase, cílios ectópicos), palpebrais (entrópio), e do filme lacrimal (alterações qualitativas e quantitativas) como a ceratoconjutivite seca, que ocorre com maior prevalência em cães braquicefálicos e naqueles acometidos por doenças metabólicas, uso prévio de corticosteróides e também em anormalidades dos cílios e das pálpebras (TOLAR et al. 2006, HINDLEY et al. 2016). Essa afecção cursa principalmente com dor, fotofobia, blefaroespasmo, epífora, secreção ocular, hiperemia conjuntival, edema e neovascularização em córnea e uveíte secundária (SLATTER, 2015; WHITLEY, 2000). A ceratite ulcerativa, na maioria das vezes, está associada a agentes bacterianos e raramente a fungos, que culminam na perda do epitélio da córnea e favorece a invasão corneal por microrganismos patogênicos (GERDING 1988; SLATTER, 2005). Casos mais graves sem terapêutica adequada, podem evoluir para perfuração corneal, com prolapso de íris e perda do bulbo ocular (GALERA et al. 2009, RIBEIRO 2015). Devido a isso, é uma condição oftalmológica que necessita que o tratamento seja instituído de forma rápida e de maneira eficaz (GELATT, 2000). Para isso, o reconhecimento do agente etiológico por meio da realização tanto de cultura bacteriana como do antibiogramasão é de suma importância para determinar os patógenos envolvidos e os antimicrobianos mais eficazes para cada caso, a fim de instituir o tratamento correto e evitar a progressão da lesão e o desenvolvimento de complicações (GERDING et al., 1988).

Objetivo Geral

Caracterizar os agentes bacterianos prevalentes na área de estudo e determinar o perfil de sensibilidade aos antimicrobianos das ceratites ulcerativas em cães domiciliados atendidos no Hospital Veterinário da Universidade Federal de Pelotas.

Justificativa

Considerando a importância do tratamento adequado da ceratite ulcerativa, o presente estudo tem por objetivo identificar os agentes bacterianos mais prevalentes na rotina de oftalmologia veterinária no Hospital Veterinário da Universidade Federal de Pelotas, bem como determinar a sensibilidade aos antimicrobianos mais utilizados.

Metodologia

Após a exame oftalmológico de rotina realizado no HCV/UFPel, os animais diagnosticados com ceratite ulcerativa receberão uma gota de colírio anestésico no olho afetado (armazenado em temperatura ambiente), contendo cloridrato de tetracaína e cloridrato de fenilefrina, sem limpeza prévia, apenas se houver grande quantidade de secreção será realizada limpeza com solução fisiológica estéril e gaze. Em seguida, será realizada a coleta de amostra para exame microbiológico utilizando uma haste flexível com ponta de algodão estéril (swab), umedecido com solução fisiológica estéril, passada sobre a lesão para colheita do material a ser analisado, sem tocar quaisquer estruturas ao redor. Será realizada coleta única de material biológico.

Indicadores, Metas e Resultados

- Em casos confirmados, realizar coleta de material biológico da lesão corneal por meio de swab estéril;
- Encaminhar o material para cultivo bacteriano;
- Realizar antibiograma;
- Determinar a prevalências dos agentes mais prevalentes;
- Identificar os antibióticos com menor resistência bacteriana para uso em casos confirmados de ceratites ulcerativa

Equipe do Projeto

NomeCH SemanalData inicialData final
CAROLINE XAVIER GRALA
EUGÊNIA TAVARES BARWALDT
FABRICIO DE VARGAS ARIGONY BRAGA4
MARIANA CRISTINA HOEPPNER RONDELLI1
SERGIO JORGE1
SILVIA REGINA LEAL LADEIRA4

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