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01/04/2023 - 01/04/2024

Ciências da Saúde

Saúde / Saúde

Endemias e epidemias

A atual pandemia de COVID-19 representa a principal tragédia de saúde pública de nossos tempos. Até o momento (Fevereiro de 2023) mais de 6,6 milhões de pessoas morreram oficialmente de COVID-19 em todo o mundo em um período de apenas três anos1. Além disso, devido a estatísticas imprecisas, esse número provavelmente é ainda maior2. Muitos países experimentaram uma redução na expectativa de vida pela primeira vez em décadas. Mais de um milhão de crianças ficaram órfãs. As consequências de longo prazo da pandemia em educação, saúde mental e equidade são trágicas. A América Latina e o Brasil em particular foram duramente atingidos pelo COVID-19. A região tem a maior mortalidade cumulativa por COVID-19 e o Brasil é o segundo país com o maior número absoluto de mortes em todo o mundo, com quase 700 mil óbitos1. O fracasso monumental do Brasil em responder ao COVID-19 foi amplamente reconhecido internacionalmente. Apesar disso, diversos pesquisadores e profissionais da saúde brasileiros lideraram estudos pioneiros em diversas áreas, como um dos maiores estudos da prevalência de COVID-19 no mundo (EPICOVID)3,4 e testes clínicos de vacinas (CoronaVac)5. Ainda, considerando o péssimo manejo da pandemia no país, diversos profissionais e lideranças da saúde se organizaram e formaram o coletivo “Unidos pela a Saúde, Contra o Colapso!”, com intuito de mobilizar e conscientizar a população, especialmente em relação às medidas de distanciamento social e a importância da vacinação. O objetivo deste congresso de três dias é aplicar uma lente científica para refletir sobre o impacto da COVID-19 no Brasil. O conceito é que devemos aprender com nossos erros para estarmos melhor preparados para a próxima emergência de saúde pública, compartilhando conhecimento e qualificando cada vez mais nossos pesquisadores e profissionais da saúde.