Nome do Projeto
As mulheres e o BDSM erótico no Brasil
Ênfase
Ensino
Data inicial - Data final
26/04/2023 - 31/12/2024
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Ciências Humanas
Resumo
A história das Mulheres é atravessada por violências de diversas ordens: física, psicológica, econômica, social, cultural, estrutural, dentre outras. Nós, mulheres, somos reprodutoras destas violências ao educar os nossos filhos e inconscientemente, na maior parte das vezes, oferecemos uma educação patriarcal, machista, homofóbica e racista. A mesma educação que nos foi oferecida, e que por gerações atravessa a história desta sociedade, neste caso a nossa: a sociedade brasileira que ironicamente é uma mescla de culturas, civilizações, refugiados de guerra e imigrantes. O Projeto que segue busca entender o motivo pelo qual as Mulheres, mesmo sendo vítimas de violências, buscam relações violentas dentro do BDSM (bondage/disciplina, dominação/submissão, sadismo e masoquismo). As práticas BDSM são todas consentidas e podem ou não envolver atos sexuais. Por isso o termo SSC (são, seguro e consensual). Da mesma forma, há a palavra de segurança, safe word, que é o código designado para comunicar que a praticante atingiu o limite físico ou emocional durante a realização do fetiche. Levando em consideração que o próprio Kama Sutra já apresentava práticas sadomasoquistas, nossa intenção não é julgar quem pratica o BDSM, mas somente tentar compreender o que leva as mulheres a procurar práticas violentas no BDSM erótico do Brasil? Nossa hipótese inicial é de que extravasa a questão psicológica de retorno ao trauma, envolvendo também curiosidade, fetiches e o próprio esgotamento das relações no mundo baunilha.
Objetivo Geral
Compreender o motivo pelo qual as Mulheres, mesmo sendo vítimas de violências, buscam relações violentas dentro do BDSM.