Nome do Projeto
Influência do Oceano Atlântico Sul e Austral no (des)conforto térmico da região Sul do Brasil
Ênfase
Pesquisa
Data inicial - Data final
23/05/2023 - 01/09/2024
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Ciências Exatas e da Terra
Resumo
A identificação e quantificação das características térmicas de uma região, dos fenômenos climáticos urbanos, da variabilidade climática que pode afetar uma região assim como as correlações com diversos outros fatores, são de grande importância no sentido de dar subsídio a projetos de planejamento urbano e desenvolvimento de ações de prevenção à vulnerabilidade social, favorecendo a melhoria da qualidade de vida de seus habitantes. Logo, este estudo busca identificar a influência dos oceanos Atlântico Sul e Austral no (des)conforto térmico da região Sul do Brasil a partir de dados de reanálises ERA5, modelagens obtidas pelo HYSPLIT e dados coletados in situ pelo Projeto "Associação entre Condições Meteorológicas e Níveis de Atividade Física em Crianças e Adultos" da Universidade Federal de Pelotas e pelas estações meteorológicas (manual/automática) do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET/EMBRAPA).

Objetivo Geral

Analisar a Influência do Oceano Atlântico Sul e Austral (des)conforto térmico da região Sul do Brasil a partir da investigação da origem das massas de ar oceânicas e continentais e do transporte de vapor d’água que causaram eventos extremos de desconforto térmico região Sul do Brasil e que podem causar máximas taxas de internações por doenças específicas em populações mais vulneráveis como crianças e idosos.

Justificativa

Existem diferentes conjuntos de massas de ar de origem continental e oceânica que adentram à região Sul do Brasil nas distintas estações do ano causando recordes de temperaturas altas/baixas causando extremos de desconforto térmico que podem causar sérios impactos na saúde e bem-estar da população em geral. Logo, identificar padrões de formação e atuação dessas massas de ar através de retrotrajetórias a partir do modelo HYSPLIT, bem como os padrões de transporte associados a esses extremos, pode ajudar a mitigar os danos causados nesses períodos, bem como reduzir número de internações por doenças respiratórias e contribuir no planejamento urbano, favorecendo a melhoria da qualidade de vida dos habitantes da região principalmente os que estão em condições de vulnerabilidade social e podem ser afetados diretamente por situações extremas de desconforto térmico.

Metodologia

A área de estudo é a região Sul do Brasil que segundo a classificação climática de Köppen onde diferenciam-se pela temperatura média do mês mais quente (janeiro) se enquadra como Cfa (Clima subtropical úmido com verão quente) que abrange a maior parte da região Sul e tem a temperatura média de janeiro superior a 22°C e o tipo Cfb (Clima temperado com verão ameno) com temperatura média de janeiro inferior a 22°C presente nas pequenas áreas nos altos da Serra do Sudeste do Rio Grande do Sul e regiões de maiores altitudes do Planalto Meridional e nas áreas mais elevadas dos três estados do Sul do Brasil.
O banco de dados a ser utilizado reúne várias fontes. Os dados coletados “in situ” fazem parte do Projeto "Associação entre Condições Meteorológicas e Níveis de Atividade Física em Crianças e Adultos" coletados em conjunto com o Projeto COORTE 2015 da UFPEL, de onde serão obtidos dados do equipamento Data Loger (medidas de Temperatura e Umidade), marca Hobo, modelo U23-001, instalados no exterior e interior de residências amostradas na cidade de Pelotas entre janeiro e setembro de 2019. Aliado a estes, serão usados dados de variáveis meteorológicas obtidas através das estações meteorológicas (manual/automática) do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET/EMBRAPA). Para investigar a origem das massas de ar que causaram os maiores desconfortos térmicos na cidade de Pelotas no período estudado, será utilizado o Hybrid Single-Particle Lagrangian Integrated Trajectory (HYSPLIT), desenvolvido pela NOAA (National Oceanic and Atmospheric Administration). Para completar a base de dados, serão usados dados de Reanálises atmosféricas ERA5 que é a mais recente reanálise climática produzida pelo ECMWF (European Centre for Medium-Range Weather Forecasts) , fornecendo dados de hora em hora sobre muitos parâmetros atmosféricos, da superfície terrestre e do estado do mar. As informações a respeito de internações hospitalares, serão obtidas a partir de registros de Autorizações de Internações Hospitalares (AIH) do Banco de Dados do Sistema Único de Saúde (DATASUS, 2022).

Indicadores, Metas e Resultados

O avanço no entendimento do tempo, do clima e das mudanças climáticas e suas possíveis influências na vida humana precisam avançar continuamente, abrangendo as contribuições individuais dos diferentes componentes do sistema terrestre, sistema climático, biosfera e de suas interações. Há grandes questões ainda não respondidas sobre essas interações, especialmente no que diz respeito as influencias dos processos de interação oceano-atmosfera especialmente no Oceano Atlântico sobre a vida humana. Logo, definir padrões que estabelecem as condições do tempo/clima e influenciam diretamente na saúde e bem-estar humano na região Sul do Brasil, buscando uma melhor compreensão do conforto e desconforto térmico em ocorrências de eventos extremos de temperatura e umidade associados a formação e passagem de massas de ar, podem atenuar danos na saúde e bem-estar social da população em geral. Logo, espera-se que os resultados possam fornecer informações para publicações visando: Analise de dados mensais, sazonais e climáticos partir de índices adequados para o verão, outono e inverno; Classificação do desconforto térmico dos três principais estados da região Sul do Brasil; relacionar casos extremos de desconforto térmico às origens e deslocamento e transporte de vapor d’água pelas massas de ar atuantes sobre a região.

Equipe do Projeto

NomeCH SemanalData inicialData final
ANDERSON SPOHR NEDEL
DOUGLAS DA SILVA LINDEMANN0
JÉFERSON PRIETSCH MACHADO
LUCIANA BARROS PINTO1
LUIS AFONSO PEREIRA ALARCAO
LUIS FELIPE FERREIRA DE MENDONÇA
MARCELO FELIX ALONSO1
MARCO ANTONIO FLORES DE MEDEIROS
Pablo Eli Soares de Oliveira
RODRIGO MACHADO DE ANDRADE BARTELL DA CRUZ
ROSE ANE PEREIRA DE FREITAS2
Rafael Afonso do Nascimento Reis
Reynerth Pereira da Costa

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