Nome do Projeto
Novas abordagens para o controle do ciclo estral e ovulação em fêmeas ovinas
Ênfase
Pesquisa
Data inicial - Data final
01/06/2023 - 31/05/2027
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Ciências Agrárias
Resumo
A rentabilidade dos rebanhos ovinos está relacionada com o desempenho reprodutivo. Neste sentido, protocolos hormonais associados a monta natural ou inseminação artificial em tempo fixo (IATF), são importantes ferramentas, pois permitem a retomada da ciclicidade em períodos de anestro estacional, e o planejamento e concentração dos partos em períodos favoráveis. Além disso, a IATF descarta a necessidade de detecção do estro, além de maximizar a utilização de reprodutores com alto mérito genético, melhorando a eficiência reprodutiva. Um programa de IATF eficaz requer a utilização de tratamentos hormonais, que garantam taxas de prenhez aceitáveis, com pouca variação no resultado entre os lotes. Na ovinocultura esses tratamentos geralmente envolvem a utilização de dispositivos intravaginais (DIV) contendo progestágenos, associados a administração de gonadotrofina coriônica equina (eCG) na remoção do DIV, além do uso de análogos de prostaglandina (PGF). Alguns autores relatam taxas de prenhez variáveis com a utilização destes protocolos, principalmente nos períodos de anestro estacional da espécie. Uma possível explicação para essas oscilações, é a baixa sincronia no pico pré-ovulatório do hormônio luteinizante (LH), que resulta em ovulações tardias. Além disso, durante o procedimento de IA cervical é comum que ocorra refluxo do sêmen, diminuindo a fecundação. Após tratamentos com progestágeno e eCG, apesar da maioria das ovulações serem concentradas num período de 60-64 horas após a retirada do DIV, o momento da ovulação pode variar entre 48 e 80 horas. Há potenciais alternativas para se obter incremento nas taxas de prenhez após a IATF, como a utilização de indutores de ovulação, aumentando a precisão no controle do momento da ovulação, e a utilização de dupla IA. As duas IAs têm como objetivo a disponibilização de maior número de espermatozoides, contornar eventuais refluxos em uma das IAs, além de melhorar a sincronia entre possíveis ovulações tardias e o momento da deposição do sêmen. Com isso, hipotetiza-se que a dupla IATF associada a tratamentos hormonais, contendo GnRH no momento da primeira IATF, é capaz de diminuir as variações das taxas de prenhez entre os lotes ou até mesmo aumentá-las. Com isso, o objetivo do presente estudo é avaliar a eficiência da utilização da dupla IATF, associada a tratamentos hormonais contendo GnRH. Além disso, serão investigadas alternativas para redução do custo dos protocolos hormonais, por meio da redução da dose de PGF, e pela avaliação da gonadotrofina coriônica humana (hCG) como potencial substituto da eCG, o que poderia reduzir a demanda dessa gonadotrofina extraída de éguas gestantes. Finalmente, também será validado o modelo de imunocastração em ovinos, utilizando vacinas comerciais, o que pode contribuir no entendimento da fisiologia reprodutiva, bem como no desenvolvimento de uma alternativa para a castração cirúrgica de machos.
Objetivo Geral
Objetivo geral: desenvolver alternativas para o entendimento e controle dos ciclos reprodutivos em ovinos.
Objetivos específicos:
• Comparar duas doses de cloprostenol (análogo de prostaglandina F2 alfa) no controle da fase luteal de ovelhas.
• Determinar a curva de concentração de hCG após administração de diferentes doses em ovelhas.
• Avaliar a viabilidade de utilização da hCG para induzir crescimento folicular final e ovulação em ovelhas.
• Avaliar se o tratamento com GnRH no momento da IATF aumenta a taxa de concepção.
• Avaliar a viabilidade de realização de dois procedimentos de inseminação artificial (IA) para aumentar a taxa de prenhez na IA em tempo fixo (IATF) em ovelhas.
• Validar a utilização de imunocastração com vacina comercial em ovinos.
Objetivos específicos:
• Comparar duas doses de cloprostenol (análogo de prostaglandina F2 alfa) no controle da fase luteal de ovelhas.
• Determinar a curva de concentração de hCG após administração de diferentes doses em ovelhas.
• Avaliar a viabilidade de utilização da hCG para induzir crescimento folicular final e ovulação em ovelhas.
• Avaliar se o tratamento com GnRH no momento da IATF aumenta a taxa de concepção.
• Avaliar a viabilidade de realização de dois procedimentos de inseminação artificial (IA) para aumentar a taxa de prenhez na IA em tempo fixo (IATF) em ovelhas.
• Validar a utilização de imunocastração com vacina comercial em ovinos.
Justificativa
Na ovinocultura os tratamentos hormonais geralmente envolvem a utilização de dispositivos intravaginais (DIV) contendo progesterona ou progestágenos, como o acetato de medroxiprogesterona (MAP), associados a administração de gonadotrofina coriônica equina (eCG) na remoção do DIV, além do uso de análogos de prostaglandina (PGF). Alguns autores relatam taxas de prenhez variáveis com a utilização destes protocolos, principalmente nos períodos de anestro estacional da espécie. A eCG é eficaz em promover o crescimento folicular e, consequentemente, sincronizar o estro e a ovulação. Entretanto, é extraída de éguas gestantes, o que pode comprometer o bem-estar animal, justificando o estudo de alternativas. A gonadotrofina coriônica humana (hCG) é um hormônio extraído da urina de mulheres gestantes e é capaz de se ligar aos receptores de LH em equinos, suínos e ruminantes. Portanto, o presente projeto investigará a viabilidade de substituição da eCG por hCG em protocolos de inseminação artificial em tempo fixo (IATF) em ovelhas.
A taxa de concepção após IATF em ovinos é variável, o que pode ser explicado pela baixa sincronia no pico pré-ovulatório do hormônio luteinizante (LH), que resulta em ovulações tardias. Além disso, durante o procedimento de IA cervical é comum que ocorra refluxo do sêmen, diminuindo a quantidade de espermatozoides no trato reprodutivo. Utilizando tratamentos com MAP e eCG, foi observado que, apesar da maioria das ovulações serem concentradas num período de 60-64 horas após a retirada do DIV, o momento da ovulação pode variar entre 48 e 80 horas. Há potenciais alternativas a serem testadas para se obter incremento nas taxas de prenhez, como a utilização de indutores (GnRH), aumentando a precisão no controle do momento da ovulação, e a utilização de dupla IA. As duas IAs têm como objetivo a disponibilização de maior número de espermatozoides, além de melhorar a sincronia entre possíveis ovulações tardias e o momento da deposição do sêmen. Embora alguns estudos antigos tenham avaliado a eficácia de duas inseminações durante o estro natural, não há estudos avaliando a viabilidade nos protocolos atuais de IATF em fêmeas ovinas.
Um dos grandes gargalos da ovinocultura é a perda neonatal de cordeiros. As biotécnicas da reprodução possibilitam concentrar as IAs ou coberturas e, consequentemente, os partos. A otimização de protocolos hormonais, seja pelo aumento das taxas de sucesso, ou pela redução de custos, possibilitam a maior adesão às técnicas. Portanto, avanços no controle reprodutivo podem impactar positivamente no bem-estar animal e na rentabilidade da propriedade.
Finalmente, pretende-se validar a imunocastração em ovinos. Esse estudo se justifica pelo fato de que carneiros não castrados não apresentam valor comercial, devido a características organolépticas desagradáveis na carne. Por outro lado, a castração cirúrgica de carneiros adultos é comumente seguida de severas complicações, e até mesmo morte dos animais por hemorragias ou infecções. A validação da imunocastração em carneiros poderia evitar sofrimento decorrente de castrações cirúrgicas, bem como representar uma fonte de receita para os produtores que poderão encaminhar os animais para o abate, com maior valor agregado, caso nossa hipótese seja confirmada.
A taxa de concepção após IATF em ovinos é variável, o que pode ser explicado pela baixa sincronia no pico pré-ovulatório do hormônio luteinizante (LH), que resulta em ovulações tardias. Além disso, durante o procedimento de IA cervical é comum que ocorra refluxo do sêmen, diminuindo a quantidade de espermatozoides no trato reprodutivo. Utilizando tratamentos com MAP e eCG, foi observado que, apesar da maioria das ovulações serem concentradas num período de 60-64 horas após a retirada do DIV, o momento da ovulação pode variar entre 48 e 80 horas. Há potenciais alternativas a serem testadas para se obter incremento nas taxas de prenhez, como a utilização de indutores (GnRH), aumentando a precisão no controle do momento da ovulação, e a utilização de dupla IA. As duas IAs têm como objetivo a disponibilização de maior número de espermatozoides, além de melhorar a sincronia entre possíveis ovulações tardias e o momento da deposição do sêmen. Embora alguns estudos antigos tenham avaliado a eficácia de duas inseminações durante o estro natural, não há estudos avaliando a viabilidade nos protocolos atuais de IATF em fêmeas ovinas.
Um dos grandes gargalos da ovinocultura é a perda neonatal de cordeiros. As biotécnicas da reprodução possibilitam concentrar as IAs ou coberturas e, consequentemente, os partos. A otimização de protocolos hormonais, seja pelo aumento das taxas de sucesso, ou pela redução de custos, possibilitam a maior adesão às técnicas. Portanto, avanços no controle reprodutivo podem impactar positivamente no bem-estar animal e na rentabilidade da propriedade.
Finalmente, pretende-se validar a imunocastração em ovinos. Esse estudo se justifica pelo fato de que carneiros não castrados não apresentam valor comercial, devido a características organolépticas desagradáveis na carne. Por outro lado, a castração cirúrgica de carneiros adultos é comumente seguida de severas complicações, e até mesmo morte dos animais por hemorragias ou infecções. A validação da imunocastração em carneiros poderia evitar sofrimento decorrente de castrações cirúrgicas, bem como representar uma fonte de receita para os produtores que poderão encaminhar os animais para o abate, com maior valor agregado, caso nossa hipótese seja confirmada.
Metodologia
Experimento 1 - Dose de cloprostenol efetiva no controle da fase luteal de ovelhas.
Ovelhas serão previamente sincronizadas com dispositivo intravaginal por 7 ou 12 dias, sendo administrada eCG na remoção do implante. Após a remoção, será realizada detecção de estro com rufiões. O estro será considerado o dia zero (D0) do ciclo estral. As fêmeas serão dividas em três grupos: Controle, administração de 1 mL de salina; PGF 125, administração de 125 µg (0,5 mL) de cloprostenol sódico; e PGF 250 µg (1 mL) de cloprostenol sódico. Os tratamentos serão realizados no D5, em um grupo de animais (n = 10/grupo; total = 30 animais), e no D10, em outro grupo (n = 10/grupo; total = 30 animais), totalizando 60 fêmeas. Considerando a recomendação de 10% de rufiões (Souza & Moraes, 1998) em relação ao “n” total de fêmeas sincronizadas, serão necessários 6 rufiões. Portanto o “n” total será de 6 machos. Serão realizadas coletas de sangue (4 mL) às 0, 24 e 48h após a administração dos tratamentos (total = 180 amostras de sangue). Será avaliada a proporção de ovelhas que sofreu luteólise total (P4 basal às 48 h) e parcial (P4 > 1ng/mL às 48 h).
Experimento 2 – Curva de concentração de hCG em ovelhas
Ovelhas (n total =30) serão previamente sincronizadas com dispositivo intravaginal por 7 ou 12 dias, sendo administrada eCG na remoção do implante. No momento da remoção do implante, as ovelhas serão divididas aleatoriamente nos seguintes grupos: hCG 100 (n=10), hCG 250 (n=10) e hCG 500 (n=10), que serão tratadas com 100, 250 ou 500 UI de hCG, respectivamente. Serão coletadas amostras de sangue (4 mL) imediatamente antes do tratamento (0 h), 12, 24, 36 e 48 h após o tratamento (total = 150 amostras de sangue). As ovelhas serão inseminadas pela via cervical superficial, com sêmen proveniente de dois carneiros (n=2 machos). Sete dias após o tratamento (D7) será realizada uma coleta de sangue para confirmação da ovulação e das concentrações de progesterona sérica (total = 30 amostras de sangue).
Experimento 3 - Utilização da hCG no crescimento folicular final e indução da ovulação em ovelhas.
Fêmeas ovinas receberão um DIV contendo 60 mg de MAP durante 12 dias. No momento da retirada deste dispositivo (D12), os animais receberão 300 UI de eCG (grupo eCG; n= 91) por via intramuscular (IM) ou hCG (grupo hCG; n= 91), em dose a ser determinada no experimento 2. Exames ultrassonográficos para avaliar o diâmetro folicular 48 h após os tratamentos serão realizados em um subgrupo de animais (n=10/grupo) utilizando scanner modo-B (A5V, SonoScape) e transdutor linear de 7,5MHz, pelo método transretal, com auxílio de um adaptador/prolongador. Após a remoção das fezes e lubrificação do reto (5 ml de carboximetilcelulose), será introduzido o transdutor lubrificado, e será feita a identificação das estruturas ovarianas e mensuração do diâmetro dos dois maiores folículos. As fêmeas serão mantidas com carneiros para realização de monta natural durante 5 dias. Os carneiros terão o peito pintado para identificação das fêmeas cobertas, e o diagnóstico de gestação será realizado 25 dias após a retirada dos carneiros utilizando ultrassonografia modo-B (A5V, SonoScape) e transdutor linear de 7,5MHz, pelo método transretal, com auxílio de um adaptador/prolongador. Após a remoção das fezes e lubrificação do reto (5 ml de carboximetilcelulose), será introduzido o transdutor lubrificado, e será feita a identificação de sinais específicos de gestação (embrião e envoltórios). Diagnósticos de gestação em estágios avançados (após 40 dias), para avaliar as perdas gestacionais, serão realizados pela via transabdominal utilizando transdutor convexo com frequência de 3,5 a 6MHz e gel específico para ultrassonografia.
Este experimento será realizado na estação reprodutiva (fevereiro a abril) e fora da estação reprodutiva (julho a setembro), totalizando 364 fêmeas. Amostras de sangue serão coletadas de um subgrupo de animais (10/grupo) nos dias 5 e 12 após o estro, na estação e fora da estação reprodutiva (total = 80 amostras de sangue). Considerando a recomendação de 10% de carneiros (Souza & Moraes, 1998) em relação ao “n” total de fêmeas sincronizadas, serão necessários 37 machos.
Experimento 4 - Efeito do tratamento com GnRH no momento da IATF na taxa de concepção.
Fêmeas ovinas receberão um DIV contendo 60 mg de MAP durante 12 dias. No momento da retirada deste dispositivo (D12), os animais receberão 300 UI de eCG por via intramuscular (IM), e serão inseminados 54 h após este manejo (D14), pela via cervical superficial. Em metade dos animais, grupo GnRH (n=170), será administrado 4 µg de buserelina IM. Na outra metade, grupo controle (n=170) não será administrado GnRH. O diagnóstico de gestação será realizado 25 dias após a inseminação utilizando ultrassonografia modo-B (A5V, SonoScape) e transdutor linear de 7,5MHz, pelo método transretal, com auxílio de um adaptador/prolongador. Após a remoção das fezes e lubrificação do reto (5 ml de carboximetilcelulose), será introduzido o transdutor lubrificado, e será feita a identificação de sinais específicos de gestação (embrião e envoltórios). Diagnósticos de gestação em estágios avançados (após 40 dias), para avaliar as perdas gestacionais, serão realizados pela via transabdominal utilizando transdutor convexo com frequência de 3,5 a 6MHz e gel específico para ultrassonografia. Este experimento será realizado na estação reprodutiva (fevereiro a abril), totalizando 340 animais. Considerando que serão realizados 340 procedimentos de IA, e que cada ejaculado é suficiente para inseminar 20 ovelhas, serão necessários ejaculados de 17 carneiros.
Experimento 5 - Viabilidade de duas IATF para aumentar a taxa de concepção.
Fêmeas ovinas receberão um DIV contendo 60 mg de MAP durante 12 dias. No momento da retirada deste dispositivo (D12), os animais receberão 300 UI de eCG por via intramuscular (IM), e serão inseminados 54 h após este manejo (D14), pela via cervical superficial. Juntamente a isso, no momento da inseminação, serão administradas 4 µg de buserelina IM, e divididos dois grupos (n=200/grupo) de forma aleatória, sendo grupo 1IATF, onde os animais não recebem tratamento adicional, e grupo 2IATF, onde os animais serão novamente inseminados aproximadamente 14 horas após (D15). Serão utilizados 400 animais. Considerando que serão realizados 600 procedimentos de IA (200 no grupo 1 IATF e 400 no grupo 2 IATF), e que cada ejaculado é suficiente para inseminar 20 ovelhas, serão necessários ejaculados de 30 carneiros. O diagnóstico de gestação será realizado 25 dias após as inseminações, utilizando ultrassonografia modo-B (A5V, SonoScape) e transdutor linear de 7,5MHz, pelo método transretal, com auxílio de um adaptador/prolongador. Após a remoção das fezes e lubrificação do reto (5 ml de carboximetilcelulose), será introduzido o transdutor lubrificado, e será feita a identificação de sinais específicos de gestação (embrião e envoltórios). Diagnósticos de gestação em estágios avançados (após 40 dias), para avaliar as perdas gestacionais, serão realizados pela via transabdominal utilizando transdutor convexo com frequência de 3,5 a 6MHz e gel específico para ultrassonografia.
Experimento 6 – Imunocastração em carneiros
Carneiros de descarte serão alocados em três grupos: controle (n=10), sem tratamento; GnRH 0,25 (n=10), que receberá duas doses de 0,25 mL de vacina comercial anti-GnRH; GnRH 0,5 (n=10), que receberá duas doses de 0,5 mL de vacina comercial anti-GnRH. O intervalo entre as vacinações será de 30 dias. Os animais serão avaliados antes da vacina (avaliação 0), quinze dias após a segunda dose (avaliação 1), e após, a cada 30 dias (avaliações 2, 3 e 4). Em cada avaliação, será realizado exame andrológico completo, bem como será coletado sangue de um subgrupo de animais (n=5/grupo) para mensuração das concentrações de testosterona 0 e 2 h após desafio com GnRH, totalizando 150 amostras de sangue. Ao término do estudo os animais serão encaminhados a um abatedouro de escolha do proprietário, sob inspeção veterinária. Após o abate, serão coletadas amostras de tecido testicular, muscular e de gordura para avaliações moleculares, celulares e/ou sensoriais. Ressalta-se que a vacina anti-GnRH e o GnRH, que serão utilizados no estudo, possuem carência ZERO para o abate dos animais.
Ovelhas serão previamente sincronizadas com dispositivo intravaginal por 7 ou 12 dias, sendo administrada eCG na remoção do implante. Após a remoção, será realizada detecção de estro com rufiões. O estro será considerado o dia zero (D0) do ciclo estral. As fêmeas serão dividas em três grupos: Controle, administração de 1 mL de salina; PGF 125, administração de 125 µg (0,5 mL) de cloprostenol sódico; e PGF 250 µg (1 mL) de cloprostenol sódico. Os tratamentos serão realizados no D5, em um grupo de animais (n = 10/grupo; total = 30 animais), e no D10, em outro grupo (n = 10/grupo; total = 30 animais), totalizando 60 fêmeas. Considerando a recomendação de 10% de rufiões (Souza & Moraes, 1998) em relação ao “n” total de fêmeas sincronizadas, serão necessários 6 rufiões. Portanto o “n” total será de 6 machos. Serão realizadas coletas de sangue (4 mL) às 0, 24 e 48h após a administração dos tratamentos (total = 180 amostras de sangue). Será avaliada a proporção de ovelhas que sofreu luteólise total (P4 basal às 48 h) e parcial (P4 > 1ng/mL às 48 h).
Experimento 2 – Curva de concentração de hCG em ovelhas
Ovelhas (n total =30) serão previamente sincronizadas com dispositivo intravaginal por 7 ou 12 dias, sendo administrada eCG na remoção do implante. No momento da remoção do implante, as ovelhas serão divididas aleatoriamente nos seguintes grupos: hCG 100 (n=10), hCG 250 (n=10) e hCG 500 (n=10), que serão tratadas com 100, 250 ou 500 UI de hCG, respectivamente. Serão coletadas amostras de sangue (4 mL) imediatamente antes do tratamento (0 h), 12, 24, 36 e 48 h após o tratamento (total = 150 amostras de sangue). As ovelhas serão inseminadas pela via cervical superficial, com sêmen proveniente de dois carneiros (n=2 machos). Sete dias após o tratamento (D7) será realizada uma coleta de sangue para confirmação da ovulação e das concentrações de progesterona sérica (total = 30 amostras de sangue).
Experimento 3 - Utilização da hCG no crescimento folicular final e indução da ovulação em ovelhas.
Fêmeas ovinas receberão um DIV contendo 60 mg de MAP durante 12 dias. No momento da retirada deste dispositivo (D12), os animais receberão 300 UI de eCG (grupo eCG; n= 91) por via intramuscular (IM) ou hCG (grupo hCG; n= 91), em dose a ser determinada no experimento 2. Exames ultrassonográficos para avaliar o diâmetro folicular 48 h após os tratamentos serão realizados em um subgrupo de animais (n=10/grupo) utilizando scanner modo-B (A5V, SonoScape) e transdutor linear de 7,5MHz, pelo método transretal, com auxílio de um adaptador/prolongador. Após a remoção das fezes e lubrificação do reto (5 ml de carboximetilcelulose), será introduzido o transdutor lubrificado, e será feita a identificação das estruturas ovarianas e mensuração do diâmetro dos dois maiores folículos. As fêmeas serão mantidas com carneiros para realização de monta natural durante 5 dias. Os carneiros terão o peito pintado para identificação das fêmeas cobertas, e o diagnóstico de gestação será realizado 25 dias após a retirada dos carneiros utilizando ultrassonografia modo-B (A5V, SonoScape) e transdutor linear de 7,5MHz, pelo método transretal, com auxílio de um adaptador/prolongador. Após a remoção das fezes e lubrificação do reto (5 ml de carboximetilcelulose), será introduzido o transdutor lubrificado, e será feita a identificação de sinais específicos de gestação (embrião e envoltórios). Diagnósticos de gestação em estágios avançados (após 40 dias), para avaliar as perdas gestacionais, serão realizados pela via transabdominal utilizando transdutor convexo com frequência de 3,5 a 6MHz e gel específico para ultrassonografia.
Este experimento será realizado na estação reprodutiva (fevereiro a abril) e fora da estação reprodutiva (julho a setembro), totalizando 364 fêmeas. Amostras de sangue serão coletadas de um subgrupo de animais (10/grupo) nos dias 5 e 12 após o estro, na estação e fora da estação reprodutiva (total = 80 amostras de sangue). Considerando a recomendação de 10% de carneiros (Souza & Moraes, 1998) em relação ao “n” total de fêmeas sincronizadas, serão necessários 37 machos.
Experimento 4 - Efeito do tratamento com GnRH no momento da IATF na taxa de concepção.
Fêmeas ovinas receberão um DIV contendo 60 mg de MAP durante 12 dias. No momento da retirada deste dispositivo (D12), os animais receberão 300 UI de eCG por via intramuscular (IM), e serão inseminados 54 h após este manejo (D14), pela via cervical superficial. Em metade dos animais, grupo GnRH (n=170), será administrado 4 µg de buserelina IM. Na outra metade, grupo controle (n=170) não será administrado GnRH. O diagnóstico de gestação será realizado 25 dias após a inseminação utilizando ultrassonografia modo-B (A5V, SonoScape) e transdutor linear de 7,5MHz, pelo método transretal, com auxílio de um adaptador/prolongador. Após a remoção das fezes e lubrificação do reto (5 ml de carboximetilcelulose), será introduzido o transdutor lubrificado, e será feita a identificação de sinais específicos de gestação (embrião e envoltórios). Diagnósticos de gestação em estágios avançados (após 40 dias), para avaliar as perdas gestacionais, serão realizados pela via transabdominal utilizando transdutor convexo com frequência de 3,5 a 6MHz e gel específico para ultrassonografia. Este experimento será realizado na estação reprodutiva (fevereiro a abril), totalizando 340 animais. Considerando que serão realizados 340 procedimentos de IA, e que cada ejaculado é suficiente para inseminar 20 ovelhas, serão necessários ejaculados de 17 carneiros.
Experimento 5 - Viabilidade de duas IATF para aumentar a taxa de concepção.
Fêmeas ovinas receberão um DIV contendo 60 mg de MAP durante 12 dias. No momento da retirada deste dispositivo (D12), os animais receberão 300 UI de eCG por via intramuscular (IM), e serão inseminados 54 h após este manejo (D14), pela via cervical superficial. Juntamente a isso, no momento da inseminação, serão administradas 4 µg de buserelina IM, e divididos dois grupos (n=200/grupo) de forma aleatória, sendo grupo 1IATF, onde os animais não recebem tratamento adicional, e grupo 2IATF, onde os animais serão novamente inseminados aproximadamente 14 horas após (D15). Serão utilizados 400 animais. Considerando que serão realizados 600 procedimentos de IA (200 no grupo 1 IATF e 400 no grupo 2 IATF), e que cada ejaculado é suficiente para inseminar 20 ovelhas, serão necessários ejaculados de 30 carneiros. O diagnóstico de gestação será realizado 25 dias após as inseminações, utilizando ultrassonografia modo-B (A5V, SonoScape) e transdutor linear de 7,5MHz, pelo método transretal, com auxílio de um adaptador/prolongador. Após a remoção das fezes e lubrificação do reto (5 ml de carboximetilcelulose), será introduzido o transdutor lubrificado, e será feita a identificação de sinais específicos de gestação (embrião e envoltórios). Diagnósticos de gestação em estágios avançados (após 40 dias), para avaliar as perdas gestacionais, serão realizados pela via transabdominal utilizando transdutor convexo com frequência de 3,5 a 6MHz e gel específico para ultrassonografia.
Experimento 6 – Imunocastração em carneiros
Carneiros de descarte serão alocados em três grupos: controle (n=10), sem tratamento; GnRH 0,25 (n=10), que receberá duas doses de 0,25 mL de vacina comercial anti-GnRH; GnRH 0,5 (n=10), que receberá duas doses de 0,5 mL de vacina comercial anti-GnRH. O intervalo entre as vacinações será de 30 dias. Os animais serão avaliados antes da vacina (avaliação 0), quinze dias após a segunda dose (avaliação 1), e após, a cada 30 dias (avaliações 2, 3 e 4). Em cada avaliação, será realizado exame andrológico completo, bem como será coletado sangue de um subgrupo de animais (n=5/grupo) para mensuração das concentrações de testosterona 0 e 2 h após desafio com GnRH, totalizando 150 amostras de sangue. Ao término do estudo os animais serão encaminhados a um abatedouro de escolha do proprietário, sob inspeção veterinária. Após o abate, serão coletadas amostras de tecido testicular, muscular e de gordura para avaliações moleculares, celulares e/ou sensoriais. Ressalta-se que a vacina anti-GnRH e o GnRH, que serão utilizados no estudo, possuem carência ZERO para o abate dos animais.
Indicadores, Metas e Resultados
Meta: confirmar a hipótese de que a substituição da eCG por hCG é viável em protocolos de IATF em ovelhas
Resultado esperado: redução da demanda de eCG e, consequentemente, menor necessidade de coletas de sangue de éguas gestantes.
Meta: identificar a dose de cloprostenol (análogo de prostaglandina (PGF) mais eficaz.
Resultado esperado: identificação da menor dose efetiva repercutirá em menor volume aplicado e menor custo para o produtor. A utilização de PGF na sincronização de estros possibilita concentrar partos, facilitando a supervisão e, consequentemente, reduzindo a mortalidade neonatal.
Meta: testar a viabilidade de duas IATF em ovelhas para incremento da taxa de concepção,
Resultado esperado: melhora na taxa de concepção sem aumentar o custo com o tratamento hormonal e com sêmen, que geralmente é oriundo de reprodutores da mesma propriedade. Se confirmada a hipótese de aumento na taxa de concepção, essa abordagem possibilitaria otimizar o uso de hormônios, reduzindo o impacto ambiental dos resíduos gerados e reduzindo o custo por cordeiro oriundo de IATF. Ainda, a maior concentração dos partos pode ter impacto significativo na redução da morte neonatal, pois possibilita o acompanhamento e atendimento aos recém-nascidos, além de uma melhor programação de oferta forrageira e de estrutura (abrigo) para os animais, durante a parição.
Meta: validar a imunocastração em ovinos.
Resultados esperados: a validação da imunocastração pode evitar sofrimento decorrente de castrações cirúrgicas, melhorando o bem-estar animal. Cabe ressaltar que a técnica é amplamente utilizada comercialmente na suinocultura e bovinocultura. Entretanto, não está validada em ovinos.
Indicadores: pretende-se publicar, no mínimo, três artigos científicos vinculados aos experimentos propostos.
Resultado esperado: redução da demanda de eCG e, consequentemente, menor necessidade de coletas de sangue de éguas gestantes.
Meta: identificar a dose de cloprostenol (análogo de prostaglandina (PGF) mais eficaz.
Resultado esperado: identificação da menor dose efetiva repercutirá em menor volume aplicado e menor custo para o produtor. A utilização de PGF na sincronização de estros possibilita concentrar partos, facilitando a supervisão e, consequentemente, reduzindo a mortalidade neonatal.
Meta: testar a viabilidade de duas IATF em ovelhas para incremento da taxa de concepção,
Resultado esperado: melhora na taxa de concepção sem aumentar o custo com o tratamento hormonal e com sêmen, que geralmente é oriundo de reprodutores da mesma propriedade. Se confirmada a hipótese de aumento na taxa de concepção, essa abordagem possibilitaria otimizar o uso de hormônios, reduzindo o impacto ambiental dos resíduos gerados e reduzindo o custo por cordeiro oriundo de IATF. Ainda, a maior concentração dos partos pode ter impacto significativo na redução da morte neonatal, pois possibilita o acompanhamento e atendimento aos recém-nascidos, além de uma melhor programação de oferta forrageira e de estrutura (abrigo) para os animais, durante a parição.
Meta: validar a imunocastração em ovinos.
Resultados esperados: a validação da imunocastração pode evitar sofrimento decorrente de castrações cirúrgicas, melhorando o bem-estar animal. Cabe ressaltar que a técnica é amplamente utilizada comercialmente na suinocultura e bovinocultura. Entretanto, não está validada em ovinos.
Indicadores: pretende-se publicar, no mínimo, três artigos científicos vinculados aos experimentos propostos.
Equipe do Projeto
Nome | CH Semanal | Data inicial | Data final |
---|---|---|---|
ALINNE MACHADO PETRARCA LÉO | |||
ARNALDO DINIZ VIEIRA | 3 | ||
ARTHUR MARÇAL ALMEIDA | |||
BERNARDO GARZIERA GASPERIN | 2 | ||
BIBIANA RODRIGUES DE FREITAS | |||
ENRICO AZEVEDO SPOSITO | |||
FABRÍCIO DIAS ALVES GULARTE | |||
FERNANDO CAETANO DE OLIVEIRA | |||
GABRIEL LONGO RODRIGUES | |||
GABRIEL MAGGI | |||
ISADORA RODRIGUES OLIVEIRA | |||
JÉSSICA LAZZARI | |||
LUCAS REICHERT MAUBRIGADES | |||
LUCIANO DA COSTA OLIVEIRA | |||
MONIQUE MAZZAROLLO FRATA | |||
MONIQUE TOMAZELE ROVANI | |||
RAFAEL GIANELLA MONDADORI | 3 | ||
RAFAELLA DA ROSA DE BARROS | |||
THIFANI CARLOS SESSIM | |||
THOMAZ LUCIA JUNIOR | 1 | ||
VITOR DUTRA ANTUNES DA CUNHA | |||
ÍSIS SOARES DA CUNHA |
Fontes Financiadoras
Sigla / Nome | Valor | Administrador |
---|---|---|
FAPERGS / Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado Rio Grande do Sul | R$ 30.000,00 | Coordenador |
CAPES / Coordenação de Aperfeiçoamento de Nível Superior | R$ 15.000,00 | Coordenador |
Plano de Aplicação de Despesas
Descrição | Valor |
---|---|
339030 - Material de Consumo | R$ 23.650,00 |
339018 - Auxílio Financeiro a Estudantes | R$ 10.000,00 |
339014 - Diária Pessoa Civil | R$ 5.000,00 |
339039 - Outros Serviços de Terceiro - Pessoa Jurídica | R$ 6.350,00 |