Nome do Projeto
Excesso de peso na idade adulta: Consumo de alimentos ultraprocessados e inatividade física.
Ênfase
Pesquisa
Data inicial - Data final
20/12/2023 - 28/02/2025
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Ciências da Saúde
Resumo
A prevalência de obesidade tem aumentado globalmente e já é considerada uma pandemia, de acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde (2019) 60,3% dos brasileiros apresentam excesso de peso e 25,9% obesidade.(IBGE, 2020b) A obesidade é um importante fator de risco para Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) e as DCNT são a principal causa de óbito e morte prematura no Brasil(BRASIL, 2021). De acordo com o estudo de Carga Global de Doença (GBD), em 2019, ocorreram 5 milhões de óbitos em decorrência da obesidade no mundo, e 6,3% dos anos ajustados para incapacidade (DALYs) seriam decorrentes do excesso de peso, um aumento de 138% entre 1990 e 2019(WHO, 2009). A obesidade apresenta inúmeros fatores associados, entre estes encontra-se o consumo alimentar e a prática de atividade física. No que diz respeito ao consumo alimentar, a ingestão de AUP está associada ao aumento no risco de sobrepeso e obesidade(BESLAY et al., 2020). Globalmente tem sido relatado um aumento no consumo de alimentos ultraprocessados e no Brasil, nos últimos 10 anos, ocorreu aumento na ingestão destes alimentos, e estima-se que aproximadamente 20% do consumo calórico diário dos brasileiros seja proveniente de alimentos ultraprocessados(IBGE, 2020a). Já a prevalência de brasileiros insuficientemente ativos, apresentou pequena diminuição, de 46% em 2013 para 40,3% em 2019, porém, ainda se encontra em níveis elevados(IBGE, 2020c). De acordo com o Atlas Mundial da Obesidade de 2023, mais da metade da população mundial irá viver com sobrepeso ou obesidade em 2035, com impacto econômico global de 4,32 trilhões de dólares anuais até 2035, em termos de gastos com o tratamento decorrente das doenças relacionadas a obesidade e perda de produtividade, se a tendência atual de aumento na obesidade, não for revertida(WORLD OBESITY FEDERATION, 2023). O aumento no consumo de alimentos ultraprocessados somado a baixa prática de atividade física podem ser fatores importantes na explicação do aumento da prevalência de excesso de peso no Brasil e no mundo. Entretanto, ainda há poucos estudos avaliando/analisando essa associação de forma longitudinal.

Objetivo Geral

Avaliar a associação do consumo de alimentos ultraprocessados e a
inatividade física com o sobrepeso e obesidade em adultos participantes
da coorte de nascimento de 1982 de Pelotas, RS.

Justificativa

Tendo em vista o aumento na prevalência de excesso de peso que tem
sido relatada globalmente, é importante identificar fatores modificáveis que
estejam relacionados a este aumento. Evidências sugerem que fatores
comportamentais como dieta inadequada e inatividade física estariam
relacionados com a ampliação dessa condição. Apenas um estudo analisou
conjuntamente a associação do consumo de alimentos ultraprocessados e a
inatividade física com o aumento do sobrepeso e obesidade, e poucos
estudos controlaram adequadamente para fatores de confusão,
subestimando a magnitude das associações ao controlarem para variáveis
colineares, além de introduzir viés de colisão, com direção imprevisível. Além
disso, poucos estudos utilizaram o desenho de coorte e foram conduzidos em
países em desenvolvimento. O presente estudo pretende avaliar a
contribuição da dieta e da atividade física para o aumento da prevalência de
sobrepeso e obesidade em adultos que tem sido prospectivamente
acompanhados desde o nascimento na cidade de Pelotas.

Metodologia

Delineamento

Coorte

População – alvo

Participantes da coorte de nascimento de 1982 de Pelotas, RS.

Critérios de inclusão

Participantes da coorte de nascimento de 1982, que foram avaliados nos
acompanhamentos de 2012/3 e 2022/3 e que tenham informações sobre
peso, altura, consumo alimentar e atividade física.

Critérios de exclusão

Participantes grávidas ou com suspeita de gravidez, com alguma limitação
física (deficientes físicos, cadeirantes) ou algum comprometimento
cognitivo que impedisse a realização das medidas e/ou exames.

Indicadores, Metas e Resultados

HIPÓTESES


• A prevalência geral de sobrepeso e obesidade aos 40 anos será acima
de 60% e 30%, respectivamente. Entre as mulheres a prevalência de
sobrepeso será acima de 25% e entre os homens acima 35%, e a
prevalência de obesidade entre as mulheres será acima de 20% e
entre os homens acima de 10%.
• O consumo de alimentos ultraprocessados será associado
positivamente ao aumento da prevalência de sobrepeso e obesidade
aos 40 anos, tanto nos homens quanto nas mulheres.
• A inatividade física estará positivamente associado a prevalência de
sobrepeso e obesidade aos 40 anos, tanto nos homens quanto nas
mulheres.
• O consumo de alimentos ultraprocessados, conjuntamente com a
inatividade física, estará positivamente associado com a prevalência
de sobrepeso e obesidade aos 40 anos, tanto nos homens quanto nas
mulheres.
• O consumo excessivo de alimentos ultraprocessados e inatividade
física aos 30 anos, estará associada positivamente a incidência de
sobrepeso e obesidade aos 40 anos, tanto nos homens quanto nas
mulheres.

DIVULGAÇÃO DOS DADOS

Os resultados do presente estudo serão divulgados por meio do volume
final da dissertação e artigo científico que será submetido a revista na área
de saúde pública e epidemiologia. Além disso, será realizado um resumo com
os principais resultados para divulgação na imprensa.

Equipe do Projeto

NomeCH SemanalData inicialData final
BERNARDO LESSA HORTA4
MARIANA RIBEIRO GUIOTI

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