Nome do Projeto
Reescrevendo decisões judiciais com perspectiva feminista
Ênfase
Extensão
Data inicial - Data final
14/03/2024 - 30/05/2024
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Ciências Sociais Aplicadas
Eixo Temático (Principal - Afim)
Direitos Humanos e Justiça / Educação
Linha de Extensão
Educação profissional
Resumo
A reescrita feminista de decisões judiciais é uma das mais recentes metodologias legais feministas que desafia o modo de produção de sentenças judiciais e disputa os sentidos do direito. É uma metodologia que demonstra que a sentença poderia ter sido outra se considerasse a produção feminista no e sobre o direito e as experiências das mulheres. É também uma maneira de cobrar responsabilidades de juízas e juízes por suas decisões. A reescrita feminista é um passo além da crítica, porque ao mesmo tempo em que promove a crítica, oferece a possibilidade de uma decisão diferente.

Objetivo Geral

O curso de extensão proposto tem por objetivo oferecer ferramentas teóricas, metodológicas e técnicas para possibilitar que profissionais e estudantes de direito reescrevam decisões judiciais com perspectiva feminista, complementando a sua formação acadêmica.

Objetivo específico: reescrever decisões judiciais em perspectiva feminista

Justificativa

O feminismo jurídico vem produzindo, há mais de meio século, importantes críticas ao Direito. A produção feminista no campo do direito tem desafiado o malestream e oferecido novos métodos e interpretações jurídicas conectadas às perspectivas da pluralidade e da diversidade nas sociedades contemporâneas.
A reescrita feminista de decisões judiciais é uma das mais recentes metodologias legais feministas que desafia o modo de produção de sentenças judiciais e disputa os sentidos do direito. É uma metodologia que demonstra que a sentença poderia ter sido outra se considerasse a produção feminista no e sobre o direito e as experiências das mulheres. É também uma maneira de cobrar responsabilidades de juízas e juízes por suas decisões.
Há muito que decisões judiciais têm sido alvo de críticas feministas porque reproduzem os mais diversos estereótipos de gênero. O diferencial que a metodologia de reescrita feminista oferece é aliar a crítica feminista à produção de uma decisão judicial que seja crível e que enfrente os mesmos constrangimentos legais que magistradas e magistrados estão submetidas durante a elaboração de sentenças. Assim, a reescrita feminista é um passo além da crítica, porque ao mesmo tempo em que promove a crítica, oferece a possibilidade de uma decisão diferente. Desse modo, a reescrita desmistifica a ideia da neutralidade das decisões judiciais e revela seu caráter contingente, isto é, como determinadas escolhas jurídicas pavimentam o desfecho de uma decisão. Além disso, permite que mulheres apareçam como agentes, pois suas histórias e relatos de vida são ouvidos e as circunstâncias dos fatos que podem ser interessantes para análise e decisão, não são apagadas e/ou minimizadas.
Dentre os muitos estereótipos que podem estar presentes em decisões judiciais, os de gênero são bastante comuns, especialmente em casos que envolvem diversas formas de violência e sexualiades não hegemônicas. Por isso, o desenvolvimento do curso prevê a análise de decisões judiciais que debatem temas relacionados ao gênero, sexualidades e violências e suas interconexões com os direitos sociais. Dentre eles, os direitos relacionados à saúde (sexual e reprodutiva), à constituição da família, especialmente por pessoas de mesmo sexo, e o direito à segurança em casos de violência doméstica e sexual.
A extensão é uma atividade de interação dialógica da comunidade acadêmica com a sociedade por meio da troca de conhecimentos, da participação e do contato com questões complexas contemporâneas presentes no contexto social e tem, dentre suas diretrizes, o estímulo à formação crítica e responsável de estudantes, complementando a formação acadêmica estudantil.
A extensão integra as atividades do Programa de Mestrado em Direitos Sociais e o curso incluirá materiais que discutam em profundidade as perspectivas feministas relacionadas aos direitos sociais, em especial o direito à saúde (sexual e reprodutiva), a constituição e proteção à família e segurança (violência doméstica e sexual). Dessa forma, o curso incluirá materiais que dialogam com diversas áreas do direito, especialmente dos direitos sociais e de políticas sociais no âmbito da saúde, dos arranjos familiares e da segurança.

Metodologia

O curso será desenvolvido na modalidade híbrida, com encontros presenciais para alunas e alunos do curso de Direito da UFPel e síncronos, para alunas e alunos externos à UFPel.

Serão realizados 07 encontros, de duas horas, onde serão discutidos previamente textos e ao final deverá ser feita uma reescrita feminista de decisão judicial por grupo.

Indicadores, Metas e Resultados

Indicadores quantitativos: pelo menos, 5 decisões judiciais reescritas

Metas: habilidades teóricas e metodológicas para a reescrita desenvolvidas

Resultados esperados:
5 decisões judiciais reescritas
Divulgação dos trabalhos em eventos nacionais ou regionais
Publicação dos resultados em livro

Equipe do Projeto

NomeCH SemanalData inicialData final
ALICE SCHEER COELHO
ANA CAROLINA GIUDICE BEBER
CARMEN HEIN DE CAMPOS2
CAROLINE SRYNCZYK DA SILVA
Carla Pedroso de Mendonça
Clarissa Campani Maineri
Gabriela Campos Alkmin
JANDAIA VIEIRA PEIL
Johanna Romero Larco
LICIÊ IASMIN HENCKER SCOLARI
MARINÊS LOPES DE ROSA
MILENA MARTINS BARDOU ZUNINO
Pedro Henrique Hernandes Argentina
RAFAELA PERES CASTANHO

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