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Os jornais brasileiros já perceberam que seus leitores estão envelhecendo e que precisam pensar como alcançar as gerações mais jovens. Mais do que a manutenção de assinantes, essa aproximação com o público jovem é importante para que o jornalismo cumpra sua função de informar os cidadãos e de subsidiar as decisões da população, o que inclui o letramento digital, o letramento midiático e o combate à desinformação. Ao investir no hábito de se informar através de conteúdos jornalísticos desde cedo, estamos investindo na consolidação do jornalismo como uma referência para a cidadania e para a democracia. Iniciativas que procuram uma aproximação com um público adolescente ou no início da juventude exigem uma revisão de proposta estética, da linguagem e das plataformas trabalhadas, o que perpassa pelo uso de plataformas como TikTok, Instagram, Twitter, YouTube, Whatsapp, dentre outros aplicativos. Entretanto, o jornalismo também precisa problematizar a dependência dessas plataformas e de seus algoritmos, considerando que essas empresas manipulam os acessos às informações de acordo com seus interesses comerciais. É necessário pensar em outros canais de interlocução com essa população. Nesta perspectiva, pode-se trazer o offline e a realização de oficinas de letramento midiático e letramento digital com a audiência jovem, buscando instrumentalizar essa população para uma leitura crítica da circulação da informação na atualidade e para o combate à desinformação. Também pode-se abrir espaço para construirmos outras vias de comunicação com uma audiência que não é homogênea e para consolidarmos redes de interlocução com esse público.

1) Definir ações de letramento digital e leitura crítica e reflexiva do contexto informacional no ambiente digital voltadas à audiência jovem.

2) Propor oficinas presenciais de Educação Midiática e combate à desinformação voltadas a jovens entre 15 e 21 anos.

3) Pesquisar e divulgar ferramentas que podem contribuir para a leitura crítica das informações e para o combate à desinformação.

4) Realizar parcerias com instituições de ensino de Pelotas, a fim de propor atividades de educação midiática e de combate à desinformação para a audiência jovem.

5) Realizar aulas expositivo/dialogadas, seminários, debates, trabalhos em grupo, leituras dirigidas.

Ao final do projeto, espera-se ter realizado:
1) A formação de 90 participantes entre 15 e 21 anos para trabalhar com estratégias de combate à desinformação e leitura crítica e reflexiva da mídia digital.
2) Contribuir para que representantes da audiência jovem de Pelotas saibam: identificar fontes confiáveis de informação no ambiente digital, denunciar informações falsas nas plataformas utilizadas, utilizar ferramentas para identificar informações falsas e refletir sobre a função social do jornalismo.
3) Propor uma metodologia de trabalho com a audiência jovem para o combate à desinformação e a leitura crítica e reflexiva da mídia digital.
4) Proporcionar a integrantes da audiência jovem de Pelotas momentos de formação e qualificação específica no que diz respeito à Educação Midiática e à função social do jornalismo.
5 ) Investir na aproximação entre a prática jornalística e a audiência jovem, de forma que exista uma maior interação e trocas de conhecimentos.