Nome do Projeto
Determinantes da trajetória de força de preensão manual em adultos da Coorte de nascimentos de 1982 da cidade de Pelotas, RS.
Ênfase
Pesquisa
Data inicial - Data final
26/02/2024 - 28/02/2025
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Ciências da Saúde
Resumo
A força de preensão manual tem como objetivo captar a maior força de preensão palmar isométrica exercida pelo indivíduo. É uma importante medida utilizada como marcador da força muscular geral dos indivíduos, permitindo predizer a função muscular e a independência funcional. Seu uso em adultos não-idosos vem se mostrando importante, realizando a avaliação precoce, visando o acúmulo e manutenção da massa muscular. O objetivo do presente trabalho é estudar os determinantes da trajetória da força de preensão manual em adultos da Coorte de nascimentos de 1982 da cidade de Pelotas, RS, nos acompanhamentos dos 30 e 40 anos. Ainda não se tem literatura suficiente sobre o que determina a força de preensão manual e faltam estudos de acompanhamento, o que ressalta que ainda há lacunas na literatura a serem preenchidas. O estudo será realizado com dados de uma coorte de nascimentos, analisados de forma longitudinal e transversal, trabalhando com a força de preensão manual como desfecho. As variáveis de exposição estudadas serão: sexo, cor da pele, escolaridade, renda familiar, classe social, tabagismo, prática de atividade física, obesidade, acidente vascular cerebral, hipertensão arterial, diabetes mellitus, doenças osteomusculares, traumas e fraturas. A análise longitudinal permitirá entender como estes fatores influenciam a trajetória da força de preensão manual ao longo do tempo, enquanto a análise transversal fornecerá uma visão destas variáveis em um determinado ponto no tempo.
Objetivo Geral
Avaliar a trajetória da força de preensão manual dos 30 aos 40 anos e fatores associados nos participantes da Coorte de Nascimentos de 1982 da cidade de Pelotas, Rio Grande do Sul (RS), Brasil.
Justificativa
Pesquisas epidemiológicas sobre adultos não-idosos são essenciais, pois podem indicar tendências esperadas e orientar intervenções. O presente estudo se mostra relevante pois pretende avaliar os determinantes da trajetória da força de preensão manual dos 30 para os 40 anos de idade. Considerando que a força de preensão manual é um importante marcador de força geral e, consequentemente, da capacidade de execução das atividades de vida diária e autonomia, compreender as tendências de força nesta faixa etária pode contribuir para identificar subgrupos da população com maior risco de apresentar comprometimento físico funcional no futuro.
Tendo em vista que a maior perda de massa muscular ocorre em idades mais avançadas, o grupo de adultos não-idosos está em uma faixa etária em que ainda grande parte da massa muscular está preservada. Portanto, esta faixa etária pode ser estratégica para intervenções visando manutenção da força em níveis adequados. Inclusive, já existem estudos evidenciando que intervenções muito tardias podem não reverter os malefícios da baixa força de preensão manual, apenas retardar (WU et al., 2020). Por termos uma população cada vez mais idosa no Brasil, torna-se imprescindível desenvolver mecanismos de avaliação e prevenção de incapacidade física visando orientar estratégias para melhorar a saúde dos indivíduos ainda na idade adulta, levando a uma velhice mais saudável e independente, garantindo melhor qualidade de vida e autonomia para os futuros idosos da nossa sociedade.
A partir da literatura encontrada, constatou-se que mais pesquisas de delineamento longitudinal são necessárias para avaliar determinantes da força de preensão manual em adultos não-idosos (AMARAL et al., 2015; BAE et al., 2019). O delineamento longitudinal se faz necessário pois muitos resultados encontrados podem ser fruto do viés de causalidade reversa, já que para muitas exposições em estudos transversais não é possível determinar a temporalidade, principalmente em relação a variáveis antropométricas e de estilo de vida, que mudam constantemente com o passar do tempo (RIVAS-CAMPO et al., 2022). Além disso, poucos estudos avaliaram a mudança da força de preensão manual ao longo do tempo, o que é essencial para identificar indivíduos com alto risco de desenvolver comprometimento físico no futuro.
Ainda, o presente estudo também visa contribuir para preencher esta lacuna avaliando padrões e determinantes de mudança da força entre 30 e 40 anos de idade. Grande parte dos estudos realizados dentro deste tema, envolvem a população idosa e institucionalizada, sendo poucos os estudos relacionados a adultos não-idosos e não-institucionalizados. Além disso, considerando que muitas das evidências encontradas na revisão foram produzidas em países de alta renda, bem como a enorme heterogeneidade da população brasileira, produzir resultados no contexto local é importante para que tenham maior aplicabilidade.
Outro ponto importante, já mencionado na seção 2.12, é que os estudos relacionados a força de preensão manual, em sua maioria, avaliam a força como preditora de diversos desfechos. Estes resultados são claramente importantes, pois demonstram a utilidade da aferição da força de preensão manual como marcador não só de força geral e massa muscular, mas também da situação de saúde de modo mais abrangente. Porém, a menor disponibilidade de estudos avaliando a força de preensão manual como desfecho, principalmente através de estudos longitudinais avaliando trajetórias, dificulta identificar subgrupos com alto risco de desenvolver força insuficiente no futuro, o que é necessário para orientar intervenções. Em nosso estudo, o objetivo principal é avaliar os determinantes da força de preensão, tratando-a como desfecho, para poder entender como a força de preensão é associada por diferentes fatores, incluindo variáveis sociodemográficas, comportamentais e de saúde.
Diante do exposto, nosso estudo busca preencher lacunas quanto a: i) pergunta de pesquisa, uma vez que serão estudados determinantes da força de preensão manual, cujas evidências são consideravelmente mais escassas do que sobre a força de preensão manual como marcador de desfechos futuros; ii) delineamento do estudo, que será longitudinal, permitindo estabelecer a temporalidade das associações e estudar trajetórias da força de preensão manual; iii) população estudada, considerando a pouca disponibilidade de estudos no Brasil e em adultos não-idosos.
Tendo em vista que a maior perda de massa muscular ocorre em idades mais avançadas, o grupo de adultos não-idosos está em uma faixa etária em que ainda grande parte da massa muscular está preservada. Portanto, esta faixa etária pode ser estratégica para intervenções visando manutenção da força em níveis adequados. Inclusive, já existem estudos evidenciando que intervenções muito tardias podem não reverter os malefícios da baixa força de preensão manual, apenas retardar (WU et al., 2020). Por termos uma população cada vez mais idosa no Brasil, torna-se imprescindível desenvolver mecanismos de avaliação e prevenção de incapacidade física visando orientar estratégias para melhorar a saúde dos indivíduos ainda na idade adulta, levando a uma velhice mais saudável e independente, garantindo melhor qualidade de vida e autonomia para os futuros idosos da nossa sociedade.
A partir da literatura encontrada, constatou-se que mais pesquisas de delineamento longitudinal são necessárias para avaliar determinantes da força de preensão manual em adultos não-idosos (AMARAL et al., 2015; BAE et al., 2019). O delineamento longitudinal se faz necessário pois muitos resultados encontrados podem ser fruto do viés de causalidade reversa, já que para muitas exposições em estudos transversais não é possível determinar a temporalidade, principalmente em relação a variáveis antropométricas e de estilo de vida, que mudam constantemente com o passar do tempo (RIVAS-CAMPO et al., 2022). Além disso, poucos estudos avaliaram a mudança da força de preensão manual ao longo do tempo, o que é essencial para identificar indivíduos com alto risco de desenvolver comprometimento físico no futuro.
Ainda, o presente estudo também visa contribuir para preencher esta lacuna avaliando padrões e determinantes de mudança da força entre 30 e 40 anos de idade. Grande parte dos estudos realizados dentro deste tema, envolvem a população idosa e institucionalizada, sendo poucos os estudos relacionados a adultos não-idosos e não-institucionalizados. Além disso, considerando que muitas das evidências encontradas na revisão foram produzidas em países de alta renda, bem como a enorme heterogeneidade da população brasileira, produzir resultados no contexto local é importante para que tenham maior aplicabilidade.
Outro ponto importante, já mencionado na seção 2.12, é que os estudos relacionados a força de preensão manual, em sua maioria, avaliam a força como preditora de diversos desfechos. Estes resultados são claramente importantes, pois demonstram a utilidade da aferição da força de preensão manual como marcador não só de força geral e massa muscular, mas também da situação de saúde de modo mais abrangente. Porém, a menor disponibilidade de estudos avaliando a força de preensão manual como desfecho, principalmente através de estudos longitudinais avaliando trajetórias, dificulta identificar subgrupos com alto risco de desenvolver força insuficiente no futuro, o que é necessário para orientar intervenções. Em nosso estudo, o objetivo principal é avaliar os determinantes da força de preensão, tratando-a como desfecho, para poder entender como a força de preensão é associada por diferentes fatores, incluindo variáveis sociodemográficas, comportamentais e de saúde.
Diante do exposto, nosso estudo busca preencher lacunas quanto a: i) pergunta de pesquisa, uma vez que serão estudados determinantes da força de preensão manual, cujas evidências são consideravelmente mais escassas do que sobre a força de preensão manual como marcador de desfechos futuros; ii) delineamento do estudo, que será longitudinal, permitindo estabelecer a temporalidade das associações e estudar trajetórias da força de preensão manual; iii) população estudada, considerando a pouca disponibilidade de estudos no Brasil e em adultos não-idosos.
Metodologia
O delineamento do estudo será do tipo coorte de nascimentos, que se caracteriza pelo acompanhamento dos indivíduos desde o primeiro dia de vida ao longo da vida, visando analisar associações entre diferentes fatores de risco e desfechos no transcorrer do tempo. Neste estudo, serão analisados dados dos acompanhamentos dos 30 (2012) e 40 anos (2022/2023) da Coorte de Nascimentos de 1982 da cidade de Pelotas/RS.
Indicadores, Metas e Resultados
Os resultados obtidos com o presente estudo serão divulgados por meio de um volume final de dissertação, um artigo científico a ser publicado em periódico científico indexado e um resumo com os principais resultados a ser divulgado em nota para a imprensa.
Equipe do Projeto
Nome | CH Semanal | Data inicial | Data final |
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DÉBORA VERGARA FERRO | |||
FERNANDO PIRES HARTWIG | 2 |