Nome do Projeto
Desenvolvimento de teste de biocarrapaticidograma para acaricidas injetáveis
Ênfase
Pesquisa
Data inicial - Data final
01/08/2024 - 30/07/2026
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Ciências Agrárias
Resumo
No Brasil, os carrapatos são amplamente distribuídos e causam prejuízos significativos tanto para a produção animal quanto para a saúde humana. A resistência desses parasitas aos acaricidas comerciais surge devido a fatores genéticos e ao uso indiscriminado desses produtos. Através de procedimentos de imersão e aspersão, o biocarrapaticidograma é a ferramenta utilizada para avaliar essa resistência de carrapatos aos produtos comerciais. No entanto, há uma oportunidade de desenvolver protocolos utilizando acaricidas injetáveis. Este projeto tem como objetivo padronizar a metodologia para testes com acaricidas injetáveis, focando na classe química das avermectinas. Serão utilizados 50 carrapatos fêmeas ingurgitadas da espécie Rhipicephalus microplus, divididas em cinco grupos, sendo um controle e quatro grupos experimentais, que receberão abamectina, doramectina, ivermectina ou moxidectina. Serão calculados os índices reprodutivos (IR) e de eficácia (IE) do tratamento e determinadas concentrações letais de 50% e 99%.

Objetivo Geral

Desenvolver e padronizar metodologia para teste de biocarrapaticidograma para acaricidas injetáveis da classe química das avermectinas. Também, determinar a dose letal destes compostos no teste de inoculação em carrapatos.

Justificativa

No Brasil, diversas populações de carrapatos são amplamente distribuídas em todo o território, causando prejuízos produtivos e sanitários a animais e humanos. Fatores genéticos e o uso indiscriminado de acaricidas levam ao surgimento de indivíduos resistentes às moléculas disponíveis comercialmente.
O biocarrapaticidograma é realizado em diversos laboratórios no país e tem como objetivo de avaliar a resistência dos carrapatos aos principais grupos químicos de carrapaticidas. Os testes comumente realizados avaliam a viabilidade do carrapato e capacidade de postura de ovos viáveis através do contato com o produto (imersão ou aspersão). Entretanto, há oportunidade de padronização de teste de resistência com inoculação de acaricidas injetáveis, garantindo assim um resultado mais preciso com relação à dose e eficácia dos princípios ativos.

Metodologia

Para testar a resistência à acaricidas injetáveis, 50 carrapatos (fêmeas ingurgitadas) da espécie Rhipicephalus microplus encaminhados por produtores rurais ao Laboratório de Biologia Molecular Veterinária (LaBMol-Vet) serão divididos em cinco grupos: (i) Controle – inoculação solução tampão fosfato-salina (PBS); (ii) Abamectina; (iii) Doramectina; (iv) Ivermectina; e, (v) Moxidectina. Para os grupos submetidos à inoculação com princípios ativos, a dose será calculada proporcionalmente ao que estaria presenta na circulação de um bovino tratado com os respectivos princípios de acordo com a recomendação das bulas. O volume a ser aplicado nos carrapatos será fixado em 5 µl, independente do grupo experimental. A inoculação nos carrapatos será realizada com seringa vítrea com agulha fixa, tipo Hamilton. Posteriormente, os carrapatos serão fixados em placa de Petri (cinco indivíduos por placa) com o uso de fita adesiva dupla face e colocados em incubadora B.O.D., programada para temperatura de 27°C e umidade > 80%. As fêmeas serão avaliadas diariamente para verificar a postura de ovos (até o 14° dia) e, à medida em que forem ocorrendo as posturas, serão pesadas as massas de ovos férteis. Os ovos serão colocados em tubo de ensaio fechados com tecido voal e elástico, para permitir a entrada de oxigênio no tubo, a fim de se avaliar a eclodibilidade destes até o 30° dia. A partir desses dados serão calculados os índices reprodutivos (IR) e de eficácia (IE) do tratamento de acordo com a metodologia descrita por Drummond et al. (1973).
Para determinação das doses letais dos acaricidas da classe das avermectinas, diferentes concentrações serão inoculadas em carrapatos da cepa sensível POA, cedidos pelo Dr. Itabajara da Silva Vaz Junior, do Núcleo de Biotecnologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Os dados de mortalidade percentuais de 50% e 99% (CL50 e CL99, respectivamente) e seus intervalos de confiança (IC95%) serão determinados.

Indicadores, Metas e Resultados

● Publicação de, pelo menos, um artigo em revista de circulação nacional ou internacional, classificada no mínimo, como “B1” no “Sistema de Classificação de Periódicos, Anais e Revistas” da CAPES;
● Divulgação dos resultados em dois congressos da área em âmbito regional e/ou nacional;
● Desenvolvimento de um teste de rotina que forneça maior precisão de informação quanto à sensibilidade/resistência de carrapatos ao uso de acaricidas injetáveis;
● Incrementação das opções de biocarrapaticidograma disponíveis para produtores rurais.

Equipe do Projeto

NomeCH SemanalData inicialData final
MHANUEL CARLOS ARIJAMA
NATÁLIA MACHADO RAHAL
RODRIGO CASQUERO CUNHA1

Fontes Financiadoras

Sigla / NomeValorAdministrador
PROAP/CAPES / Coordenação de Aperfeiçoamento de Nível SuperiorR$ 3.600,00Coordenador

Plano de Aplicação de Despesas

DescriçãoValor
339030 - Material de ConsumoR$ 3.600,00

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