Nome do Projeto
Ecologia do Habitar: o cotidiano e o infraordinário na prática artística
Ênfase
Pesquisa
Data inicial - Data final
17/06/2024 - 30/12/2026
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Linguística, Letras e Artes
Resumo
O projeto propõe o estudo do ambiente da casa e seu cotidiano, pela percepção infraordinária como fonte de produções poéticas em arte. A partir de estudos teóricos e práticos sobre o tema e da análise dos lugares, seus objetos, memórias, gestos e hábitos cotidianos, a pesquisa intenta alcançar uma pequena ecologia do habitar. Ecologia é uma palavra de origem grega. Nela, vemos a junção das palavras "eco" ("oikos"), que tem como significado casa e "logos" que significa "saber", "estudar". Trata-se, portanto, do estudo do local onde vivemos, ou seja, ecologia é a ciência que estuda os seres vivos em "suas casas", no meio em que vivem. Este projeto desloca esse sentido para o campo da arte a para através da produção artística investigar o que gera vínculos, funda e garante a existência de um território humano. Pretende-se contribuir para esta reflexão na arte contemporânea compreendendo seus desdobramentos nas pesquisas e nas formas de olhar os lugares de vida. O projeto propõe uma ênfase na leitura/escrita, e assim já indica o principal dispositivo de criação e observação desta pesquisa, contribuindo para as formas de ler o mundo, narrar as experiências, visando também refletir a leitura e a escrita como práticas artísticas. Entre outros meios artísticos coadjuvantes propõe-se o uso da publicação artística como meio de criação, abarcando todo seu potencial como lugar-livro, que além de dialogar com as formas de habitar os espaços da vida, proporciona a difusão da palavra como estratégia de memória e compartilhamento. Para isso partiremos do uso de diários de processo e documentos de trabalho dos artistas como campo de análise dessas leituras/escritas.

Objetivo Geral

Objetiva investigar as formas de uso da leitura/escrita como prática artística vinculadas aos espaços da vida, a casa, os dias, o cotidiano e o infraordinário, nas produções artísticas contemporâneas.

Justificativa

O mundo que vivemos reivindica reflexões sobre a relação entre as pessoas seus lugares, com capacidade de compreender seu modo de vida, seu território, sua comunidade, o meio ambiente, as formas de construção e do gesto de habitar (PALLASMA, 2017). Observa-se a necessidade de entender a presença atenta no mundo com gesto político que pode modificar as formas de percepção da realidade. Acreditamos que a partir da leitura/escrita do mundo colaboramos nos vínculos sociais e culturais, entre as pessoas e a sobrevivência de seus lugares de vida (SEGAUD, 2016). Partimos da leitura do mundo (FREIRE, 1989) como forma de aproximação infraordinária (PEREC, 1989) com os lugares cotidianos (CERTEAU, 2014), compreendendo assim não só o tempo, mas uma camada da realidade pouco percebida. O ato de escrever também promove uma aproximação de si, como redescoberta de novas potências num mundo tão massificado e cheio de repetições. Partiremos do estudo da autobiografia nas artes visuais (RODRIGUES, 2021) como forma de narrar a vida ao dizer-se ainda que sob o viés da autoficção (Arfuch, 2010).

Metodologia

Exercícios de percepção, leitura e escrita como criação e produção poética das pesquisas artísticas. A leitura teórica como aprofundamento das questões em referenciais teóricos e artísticos como forma de conhecer o campo da arte e os diálogos contemporâneos sobre o tema. O acompanhamento dos processos em diários de criação.

Indicadores, Metas e Resultados

Criação de publicações, livros de artista, exposições e seminários de pesquisa. Esperamos que a pesquisa proporcione o aprofundamento do entendimento sobre os contextos artísticos existentes nas diferentes pesquisas dos membros do grupo. Os resultados em forma de produção artísticas e textual apresentada em exposições e seminários de pesquisa em arte.

Equipe do Projeto

NomeCH SemanalData inicialData final
Bianca de Oliveira Lempek De-Zotti
HELENE GOMES SACCO4
JESIEL ROCHA LOFHAGEN

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