Nome do Projeto
Coletivo Carolina Maria de Jesus: Saúde Mental e Processos de Subjetivação
Ênfase
Extensão
Data inicial - Data final
01/08/2024 - 31/12/2027
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Ciências da Saúde
Eixo Temático (Principal - Afim)
Saúde / Direitos Humanos e Justiça
Linha de Extensão
Grupos sociais vulneráveis
Resumo
Pautado no cuidado em saúde/social/ético/político, o Projeto Sankofa, advindo do diálogo do Coletivo Negro Carolina Maria de Jesus com o Curso
de Terapia Ocupacional, visa valorizar através do estudo e práticas extensionistas, a subjetividade negra e sua epistemologia. Este projeto, além de
práticas internas de acolhimento de estudantes ingressantes no curso de Terapia Ocupacional advindos de ações afirmativas por cotas raciais,
através de estudos acerca de processos descoloniais, racialidade e educação antirracista, visa levar também à sociedade contribuições para a
aproximação de alunos negros com universidade.
Objetivo Geral
Promover a valorização da subjetividade e epistemologia negra, através do estudo e práticas extensionistas no Curso de Terapia Ocupacional.
Justificativa
Pretos são 78,5% mais pobres em relação aos brancos no Brasil segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), fazendo parte
desta majoritária classe social, 3% corresponde ao número de ingressantes por cotas raciais em universidades federais estipulados pela lei nº
12.711/2012. E muitos estudantes pretos e pardos abdicam da universidade pelas dificuldades atravessadas no processo formativo (PETRUCELLI;
SABOIA, 2013).
Corroborando com as dificuldades atravessadas pelo processo formativo, a sensação de invisibilidade causada pela falta de figuras negras em
assuntos abordados durante a graduação como as referências de intelectuais negros no plano de ensino, reforçam sentimentos dos quais levam o
estudante frequentemente ao questionamento de pertencimento ao espaço onde está inserido (RIBEIRO, 2017).
Desta forma, evidencia-se a necessidade de espaços de discussão e valorização da cultura negra e sua episteme, para que haja além da
minimização da evasão universitária, a manutenção da saúde mental e possibilidade de enfrentamento das adversidades pessoais e no âmbito
institucional constantemente permeado pelo racismo (LEITE, 2021).
Ainda, historicamente, vidas negras têm sido negligenciadas principalmente pela falta de acesso à saúde e escassez de ações que promovam
qualidade de vida e que estejam comprometidas em atender as particularidades desta população, fazendo-se necessário a formação de
profissionais pretos para aproximar ainda mais o cuidado com a comunidade da qual a maioria dos estudantes e futuros profissionais pretos
pertencem (LEITE, 2021).
desta majoritária classe social, 3% corresponde ao número de ingressantes por cotas raciais em universidades federais estipulados pela lei nº
12.711/2012. E muitos estudantes pretos e pardos abdicam da universidade pelas dificuldades atravessadas no processo formativo (PETRUCELLI;
SABOIA, 2013).
Corroborando com as dificuldades atravessadas pelo processo formativo, a sensação de invisibilidade causada pela falta de figuras negras em
assuntos abordados durante a graduação como as referências de intelectuais negros no plano de ensino, reforçam sentimentos dos quais levam o
estudante frequentemente ao questionamento de pertencimento ao espaço onde está inserido (RIBEIRO, 2017).
Desta forma, evidencia-se a necessidade de espaços de discussão e valorização da cultura negra e sua episteme, para que haja além da
minimização da evasão universitária, a manutenção da saúde mental e possibilidade de enfrentamento das adversidades pessoais e no âmbito
institucional constantemente permeado pelo racismo (LEITE, 2021).
Ainda, historicamente, vidas negras têm sido negligenciadas principalmente pela falta de acesso à saúde e escassez de ações que promovam
qualidade de vida e que estejam comprometidas em atender as particularidades desta população, fazendo-se necessário a formação de
profissionais pretos para aproximar ainda mais o cuidado com a comunidade da qual a maioria dos estudantes e futuros profissionais pretos
pertencem (LEITE, 2021).
Metodologia
Em maio de 2022 após a estruturação do Coletivo Negro Carolina Maria de Jesus, percebeu-se da necessidade de um projeto de extensão para
abranger ações tanto internas quanto externas deste. Nos meses de junho, julho e inicio de agosto do mesmo ano, após diversas reuniões do
Coletivo, e de solicitações da comunidade através dos movimentos negros, estruturou-se a ideia do Projeto Sankofa.
Assim, através do Sankofa, cria-se espaços de união e compartilhamento de experiências, medos e frustrações vividas não apenas no ambiente
acadêmico, mas também em toda a fase escolar buscando minimizar as camadas de sofrimento proporcionadas pelo racismo no meio escolar e
acadêmico.
Outro fator importante que este projeto visa realizar é a capacitação permanente de docentes e discente para uma educação antirracista. Para isto
haverá uma preparação semanal de estudos internos de forma presencial no Curso de Terapia Ocupacional na Faculdade de Medicina.
Inicialmente, os encontros acontecerão na sede do Centro Acadêmico de Terapia Ocupacional e no Colegiado da Terapia Ocupacional no período
tarde/noite.
Atividades externas como promoção ou participação em eventos ligados ao movimento negro também serão realizadas oportunamente, assim
como ações em escolas públicas. Com base no dever ético-político, o Projeto Sankofa proporcionará a cada ação externa o compromisso de oferecer um espaço que proporcione a
discussão e reflexão sobre as pautas negras focando na garantia de direitos aliados à intersecção entre raça, classe, gênero, sexualidade e
formação acadêmica; contando com a colaboração de ativistas, profissionais de diversas áreas e pessoas devidamente qualificadas para o diálogo
e criação de estratégias de valorização que visem amenizar as adversidades que pessoas negras enfrentam cotidianamente.
abranger ações tanto internas quanto externas deste. Nos meses de junho, julho e inicio de agosto do mesmo ano, após diversas reuniões do
Coletivo, e de solicitações da comunidade através dos movimentos negros, estruturou-se a ideia do Projeto Sankofa.
Assim, através do Sankofa, cria-se espaços de união e compartilhamento de experiências, medos e frustrações vividas não apenas no ambiente
acadêmico, mas também em toda a fase escolar buscando minimizar as camadas de sofrimento proporcionadas pelo racismo no meio escolar e
acadêmico.
Outro fator importante que este projeto visa realizar é a capacitação permanente de docentes e discente para uma educação antirracista. Para isto
haverá uma preparação semanal de estudos internos de forma presencial no Curso de Terapia Ocupacional na Faculdade de Medicina.
Inicialmente, os encontros acontecerão na sede do Centro Acadêmico de Terapia Ocupacional e no Colegiado da Terapia Ocupacional no período
tarde/noite.
Atividades externas como promoção ou participação em eventos ligados ao movimento negro também serão realizadas oportunamente, assim
como ações em escolas públicas. Com base no dever ético-político, o Projeto Sankofa proporcionará a cada ação externa o compromisso de oferecer um espaço que proporcione a
discussão e reflexão sobre as pautas negras focando na garantia de direitos aliados à intersecção entre raça, classe, gênero, sexualidade e
formação acadêmica; contando com a colaboração de ativistas, profissionais de diversas áreas e pessoas devidamente qualificadas para o diálogo
e criação de estratégias de valorização que visem amenizar as adversidades que pessoas negras enfrentam cotidianamente.
Indicadores, Metas e Resultados
Espera-se que através deste projeto possa-se aproximar ainda mais a universidade da comunidade de Pelotas e região, destacando o compromisso
social desta com a formação de pessoas negras.
social desta com a formação de pessoas negras.
Equipe do Projeto
Nome | CH Semanal | Data inicial | Data final |
---|---|---|---|
DÉBORA ARAÚJO DE SOUZA | |||
LARISSA GOUVEA SOARES | |||
NATALIA FERREIRA CARDOZO | |||
NINA CARDOZO DA SILVA | |||
PATRICK GOMES DA SILVA | |||
RENATA CRISTINA ROCHA DA SILVA | 2 | ||
TAISHA CARVALHO ALVES |