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A busca por fontes alternativas de taninos é motivada pela necessidade de reduzir o impacto ambiental associado à extração de taninos de fontes tradicionais, como a acácia. Além disso, a casca de noz pecã e os clones de eucalipto são materiais abundantes e subutilizados, o que os torna candidatos ideais para a pesquisa. A utilização de resíduos agroindustriais não apenas agrega valor a esses subprodutos, mas também contribui para a sustentabilidade das cadeias produtivas. Com o apoio da Sociedade Extrativa de Taninos de Acácia - SETA, espera-se validar os taninos extraídos, garantindo sua viabilidade comercial e promovendo uma alternativa sustentável para o mercado.

Local de Estudo
O projeto será desenvolvido no Laboratório de Polímeros e Materiais Lignocelulósicos da Universidade Federal de Pelotas (UFPEL), que possui a infraestrutura necessária para a execução das etapas de extração e análise dos taninos.

Etapas da Metodologia
Coleta de Materiais

Fontes: Casca de noz pecã e cascas de clones de eucalipto.
Procedimento: As cascas serão coletadas de fontes locais e secas ao ar para remover umidade superficial.
Parceria: A Sociedade Extrativa de Taninos de Acácia (SETA) fornecerá material adicional, tecnologias e processos de obtenção dos taninos.
Preparação dos Materiais

Limpeza: Remoção de impurezas superficiais com água destilada.
Secagem: Secagem em estufa a 40-50°C até alcançar umidade constante.
Moagem: Moagem das cascas em moinho de facas até obter um tamanho de partícula uniforme.
Extração de Taninos

Procedimento:
As cascas moídas serão submetidas à extração utilizando uma solução aquosa quente (80-90°C) com agitação contínua.
A relação sólido-líquido será otimizada (por exemplo, 1:10) para maximizar a extração.
O tempo de extração será determinado com base em experimentos preliminares (geralmente entre 1 a 3 horas).
Equipamento: Banho-maria com controle de temperatura e agitador mecânico.
Parceria: A SETA contribuirá com tecnologias avançadas de extração para garantir a eficiência do processo.
Filtração e Concentração

Filtração: Filtração do extrato utilizando filtros de papel ou membranas para remover sólidos residuais.
Concentração: Concentração do extrato filtrado em evaporador rotativo até obter um volume desejado com alta concentração de taninos.
Caracterização dos Taninos

Teor de Taninos: Determinação do teor total de taninos utilizando o método de Stiasny ou Folin-Ciocalteu.
Compostos Fenólicos: Quantificação de compostos fenólicos totais através de espectrofotometria UV-Vis.
Capacidade Antioxidante: Avaliação da capacidade antioxidante dos extratos utilizando ensaios como DPPH, ABTS e FRAP.
Análises Adicionais:
Cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC) para identificar e quantificar os principais componentes.
Espectroscopia de infravermelho com transformada de Fourier (FTIR) para caracterização das funções químicas presentes nos taninos.
Análise térmica (TG/DTG) para avaliar a estabilidade térmica dos taninos.
Comparação com Produtos Industriais

Validação: Comparação dos taninos extraídos com taninos comerciais fornecidos pela SETA.
Parâmetros de Comparação: Teor de taninos, compostos fenólicos, capacidade antioxidante e características funcionais.
Estudo de Viabilidade

Análise de Custo-Benefício: Avaliação econômica do processo de extração desenvolvido em comparação com os métodos tradicionais.
Sustentabilidade: Análise do impacto ambiental do processo desenvolvido, destacando a utilização de resíduos agroindustriais.

Indicadores: Teor de taninos, quantidade de compostos fenólicos, capacidade antioxidante.
Metas: Obter taninos com qualidade comparável aos produtos industriais, desenvolvendo um processo eficiente e sustentável.
Resultados Esperados: Extratos com alto teor de taninos condensáveis e compostos fenólicos, demonstrando elevada capacidade antioxidante, comparáveis aos taninos industriais existentes.