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01/05/2025 - 01/05/2027

Multidisciplinar

Não é novidade que o turismo exerce um impacto significativo no meio ambiente. Por um lado, promove a conscientização ambiental e a preservação de áreas naturais e culturais, gerando valor econômico. Por outro lado, o crescimento do turismo pode resultar em pressão excessiva sobre recursos naturais, levando à degradação dos ecossistemas, poluição e perda da biodiversidade. A construção de infraestrutura turística aumenta o tráfego de veículos e pessoas em destinos sensíveis, esgotando recursos hídricos e terrestres e prejudicando habitats naturais. Portanto, o desenvolvimento turístico e a proteção ambiental devem caminhar juntas para garantir o equilíbrio entre a sustentabilidade do setor e a preservação das riquezas naturais e culturais dos destinos turísticos (Severino et al., 2006). O turismo, quando bem planejado e gerido, é uma ferramenta poderosa de desenvolvimento econômico e social. Gera empregos diretos e indiretos, promove inclusão social e fortalece a economia local. Incentiva também a preservação do patrimônio cultural e natural, pois as comunidades percebem o valor econômico e simbólico de seus recursos. Em suma, o turismo sustentável pode unir crescimento econômico, conservação ambiental e valorização cultural local. Por outro lado, o turismo mal administrado pode causar impactos negativos, como a pressão sobre recursos naturais e a degradação ambiental, especialmente em áreas ecologicamente sensíveis. O turismo em massa pode levar à perda da autenticidade cultural e aumento do custo de vida nas regiões turísticas, gerando desigualdade social. O maior atrativo turístico de uma praia é a possibilidade de utilização das águas, mas para isso, a balneabilidade deve ser verificada conforme os parâmetros legais, garantindo segurança aos banhistas (Resolução CONAMA Nº. 274/2000). O litoral gaúcho, com sua diversidade de praias e balneários, atrai turistas. A Laguna dos Patos, a maior laguna da América do Sul, banha 14 municípios do Rio Grande do Sul, com águas doces e salgadas. As praias do Laranjal, em Pelotas, têm potencial turístico, mas apenas 15,1% do esgoto da cidade foi tratado em 2021, resultando em falta de balneabilidade e impacto negativo no turismo. A Fundação Estadual de Proteção Ambiental (FEPAM) aponta que a cidade apresenta repetidamente pontos impróprios para banho, ao contrário de municípios vizinhos.